Voltamos para a mansão empolgadas, apesar de não ter aniversário, posso dizer que curti muito o dia. Me despeço de Charlotte e sigo pro meu quarto. Caminho sorridente pelos corredores, sentindo a brisa da noite nas cortinas esvoaçantes. Chego ao meu quarto, me livrando das botas, calças langgns, blusa térmica, deixo minhas adagas sobre meu criado mudo e caminho pro banheiro. Vou jogando minhas roupas íntimas pelo caminho, até chegar ao chuveiro. A água quente cai sobre minha cabeça, relaxando meu corpo exausto, lavo minha juba com shampoo e condicionador. Espalmo minhas mãos na parede, ficando naquela posição por alguns instantes.
__ Bry!__ ouço minha mãe abrir a porta do quarto, me chamando. Respondo que estou no banheiro, por costume, já que nós, os laycans, temos os sentidos apurados. Ergo minha cabeça, jogando os cabelos para trás, eles caem sobre as minhas costas descendo quase até chegar aos meus pés. Junto todo ele e lhes dou um leve aperto com meus dedos, pra água em excesso escorrer. Não o enxugo completamente, mamãe gosta de enxugar com a toalha e eu adoro a sensação da massagem. Quando ela acaba eu lanço um leve feitiço com as pontas dos dedos para os terminar de secar.__ Como foi seu dia?__ ela me pergunta.__ Foi maravilhoso, apesar de não ter Jasmine ao meu lado. Mamãe.__ Sim meu amor.__ Ela está bem, não está?__ minha mãe sorri, tentando me acalmar.__ Sua prima sempre foi geniosa, teimosa mas se tem algo que ela realmente faz bem. É se defender pois ela é valente, audaciosa e feroz, quando se empenha em algo. Ela dara muito trabalho ao Titã dela, ele pode ser o mais poderoso dos Laycans Titãs, em seu mundo mas Jasmine lhe dobrará ao modo dela. Ela sempre foi assim, igualzinha a sua sua tia Stella.__ Verdade! Igual aquela vez, que fugimos pras terras da Maovesa, para testar o pomar maldito, que Maovesa tinha recém construído. Papai e tio Marcos ficaram loucos de preocupação.__ Sim. E eu e sua tia também, quando descobrimos pela manhã. Vocês sempre foram tão diferentes de Rarysha, uma garota tranquila, centrada, obediente, dócil...__ Hei! Tô com ciúmes. Tantos elogios__ mamãe sorri. Ela sabe que é apenas brincadeira, Rarysha e Jasmine eram como irmãs pra mim.__ Agora vá dormir, seu predestinado virá amanhã pela manhã__ o ar faltou em meus pulmões, o coração faltou sair pela minha boca.__ Como a senhora sabe, que ele vira amanhã?__ Foi o combinado, que eles viriam no dia, ou um dia após o aniversário de vocês.__ Mas Jasmine...__ fui interrompida por minha mãe.__ Não a um lugar que você vá, que ele não saiba onde você está. Você e Jasmine são predestinadas, destinadas ao seu companheiro. A deusa Lua quando escolhe os predestinados, lhes coloca marcas invisíveis, que somente o casal reconhece. O seu cheiro, a presença forte, sempre saberá quando ele estiver próximo ou quando estiver em perigo. E a pior de todas, sempre sentirá as mesmas sensações que ele sente.__ Que tipo de sensações? __ minha mãe sorri, apesar de já ter tido várias conversar com tia Stella e tia Kalyska. Queria saber se minha mãe, teria uma conversa íntima comigo.__ Se seu predestinado tocar outra mulher, dedicar seus beijos e carícias a outra mulher, você meu doce de mel, saberá. Infelizmente, sentirá toda a exitação do ato, cada toque, cada arrepio e... será como ter borboletas voando em seu ventre!__ Mas...__ fiquei com medo de perguntar__ meu Supremo... me traíra mamãe?__ vejo lágrimas brilharem em seus olhos.__ Sinceramente, não sei meu amor, não conheço sua vida, ou como é seu comportamento em seu mundo. Tem alcateias, que seus lobos e lobas podem ter relações íntimas antes de encontrar seus companheiros mas esse comportamento vai muito do caráter do lobo e da loba.Fico pensativa, minha mãe me dá um beijo sobre minha testa e me deixa com meus pensamentos. Passo horas bolando na cama até o sono me derrubar, afinal o dia foi longo e cansativo.Acordo com uma vontade de ir ver o lago, nas primeiras horas da manhã. Saio descalça, caminhando pela floresta, ainda está escuro mas sou a predadora mais forte do território, então não me preocupo. Caminho algumas horas e em fim, chego na clareira do lago, bem na hora. Paro a frente dele, observando sua extensão, a frágil neblina saia de suas águas pairando sobre ela. Este evento só podia ser visto, nos primeiros minutos após o nascer do sol, uma beleza raríssima da natureza. Solto minhas tranças entrando na água, meu vestido de organza é leve, minúsculo e de alças finas, com um corte V que deixa minhas costas nua e praticamente meus seios ficam a mostra, apesar de serem pequenos e separados, como duas montanhas. O vestido é excelente pra nadar, gruda no meu corpo muito acima dos joelhos. Sempre gostei de dormir com camisolas ou vestidinhos sexy, me faziam se sentir confortável e exitada.Mergulho ao centro do lago, fico flutuando dentro da água, quando vejo uma sombra sobrevoar o lago. Meus olhos verdes se tornam lupinos e mesmo abaixo da água, sinto minha pele se arrepiar.Coloco apenas minha cabeça para fora, na margem do lago um homem extremamente alto, está parado me observando. Da distância que estou fica difícil identificá-lo, então ele salta e entra na água, me apavoro mergulhando.Flutuo observando o homem parado a minha frente. Era ele. Darkness. Desafiando a força da água, impecável, nem seus cabelos saiam do lugar enquanto o meu flutuava parecendo uma capa, atrás de mim. Ele se aproxima e a minha testa arde, minha tatuagem em forma de pena brilha, na presença do meu Titã que mas parecia um deus grego. Suas tatuagens pretas, distribuida pelo seu corpo moreno e terrivelmente musculoso. Se acendem em um dourado incrível, arregalo meus olhos me movimentando pra sair de baixo da água mas sou impedida pela mão forte.DarknessNão dormi a noite toda, pensando nas palavras do meu irmão, abro minhas asas, alçando vôo da sacada do meu quarto em meu castelo. Minha predestinada iria se adaptar ao meu mundo? Ela saberia lidar com minha frieza? Meus costumes? Desde que lancei minha proteção sobre ela ao nascer, que me sinto ligado a ela. Mesmo tentando ficar longe, de fora da sua vida, sempre sentia sua dor, seus medos e seus machucados infindos, nos árduos treinamentos que fazia rotineiros. Ficou tudo mais intenso, desde a noite em que absorvi sua aura na clareira.Tenho minhas mulheres, lógico que não são minhas companheiras, mas são lobas fortes e da minha raça.Como uma jovem Laycan, conseguiria me satisfazer?Atravesso o portal invisível entre os dois mundos e automaticamente sei que ela está fora das muralhas da alcatéia. Tão cedo! Pensei em conseguir pegá-la ainda dormindo, já que Laycans são noturnos. Mas no mundo humano, tudo acontece e até um predador noturno aos poucos se adapta, mesmo aqueles que estão em plena floresta. Avisto a clareira com um lago de águas cristalinas, incrivelmente chamativo. Observo uma mulher nadar, quase no fundo dele. É ela, minha predestinada, aquela que a deusa colocou em meu caminho pra me atormenta.Sobre vôo o lago, aterrissando em suas margens, retraio minhas asas, a fêmea me sente pois coloca a cabeça pra fora, me observa. Ela tem ótimos instintos, mergulho no lago, sentindo uma sensação maravilhosa, a água é morna e aconchegante. Paro frente a ela e paraliso ao vê-la quase nua em um vestidinho branco. Se aquilo poderia ser chamado de vestido? Espera ai! Tô com ciúmes? As fêmeas de Kritos andam ainda pior e você não dá a mínima. Isso tava errado.Olho pra ela, seus cabelos uma massa flutuante, de tão longo atrás de si. Nunca tinha visto sereias em toda a minha existência, mas deviam se parecer com ela. Os olhos entre lupinos e verdes, a boca vermelha e carnuda, os seios firmes e arredondados, quase todo a mostra naquele tecido fino. Me exito, meu corpo acende, ela arregala os olhos se assustando e começa a nada pra longe de mim. Agarro em seu braço, a puxando, ela invoca suas adagas, me ataca ferozmente. Faço as armas desaparecer imediatamente, a puxo para mim a aperto contra meu peito e começo a sair da água. Ela me olha como se eu fosse a devorar viva, no estado em que eu me encontrava, precisaria de muito alto controle pra isso não acontecer.__ Me larga!__ uma voz doce e meiga, em um corpo de deusa. A deusa gostava de brincar com seus filhos.__ Sou Darkness, seu predestinado, entãofique quietinha.__ ela ficou sem reação, até seus movimentos pararam, seus olhos voltaram a uma esmeralda viva e brilhante, envoltos por cílios longos naturais.Não resisti, puxei sua nuca e reivindiquei sua boca como minha.Nunca imaginei que iria sentir os beijos de Darkness novamente, foi impactante. Sentir a mão poderosa dele me segurar pela nuca, enquanto me perdia naqueles olhos azuis esbranquiçado. Sua boca se apossava da minha, a língua quente, pedindo passagem, deslizando sobre meus lábios, exigente e carinhoso ao mesmo tempo. Sinto ele se erguer de dentro do lago, me segurando apenas em um de seus braços. Ergo minhas pernas, o envolvendo pela cintura. Ouço um rosnado másculo sair de sua garganta, dominador e atraente. Deslizo minhas mãos por seu cabelo, descendo por sua nuca, pouso elas em suas costas me segurando. Sinto uma nervura abaixo das minhas mãos, parecendo raízes lisas e expostas.Então minhas costas pousam em tecidos macios, mas estou tão envolvida no beijo, que não ligo pra isso. Quero apenas continuar me embriagando, naquele néctar viciante, que me faz se sentir quente, em um mundo de chamas. O sinto se encaixar ainda mas, entre minhas pernas, sua boca me deixa, seus lábios desliz
Todas as manhãs Brymel saia para apreciar a beleza do lago, ela não sabia por quanto tempo iria ficar longe de sua terra natal, longe de seu mundo. Então, queria aproveitar cada instante, ao lado dos que amava. Charlotte aceitou acompanhá-la naquela manhã, no dia seguinte, Brymel e seu Titã, iriam partir para o seu mundo. E lá, em outro mundo, ela não saberia como sua vida séria mas se fosse como está sendo em sua alcatéia. __ Ar...__ ela seria a loba mas infeliz, que existia na face da terra.__ Bry!__ mergulhada em seus problemas, Brymel, não conseguia ouvir sua amiga lhe chamar__ Bryyyyy! __ Aham... o que... desculpa Charlotte, estou meia melancólica.__ Percebi amiga. Posso saber o motivo?__ como Brymel contaria a sua melhor amiga, que seu companheiro a evita constantemente.__ Darkness, desde que trocamos beijos na pérgola do lago, que ele me evita.__ Sem motivo algum, ou explicação?__ Brymel, afirma com a cabeça encostada em seu braço, apoiado sobre o joelho.__ Tem horas qu
O portal leva Dark e sua fera, exatamente onde Brymel estava com sua amiga, correndo entre a vegetação rasteira. Mística deixou toda a sua energia fluir ao entrar em contato com a natureza, poucas eram as vezes que sua humana lhe deixava emergir e correr livre pela floresta. Os lobos nescessitavam dessa liberdade, dependiam da energia concedida da natureza, pra alimentar a aura primordial de suas partes humanas. O rugido de uma fera tira Mística de seus pensamentos, ela dirigi sua atenção ao céu de onde veio a origem do rugido. Olhos felino lhe espreitavam em uma fera com pelos negro, levemente cobertos por chamas de fogo mas que não queimavam a mulher que a montava. Ao avistar Mística, Dark sorri, invocando seu arco e flecha que aparece instataneamente em sua mão, atirando contra Mística. A flecha voa rápido cortando o ar mas Darkness se coloca á frente delas, as dissolvendo com sua magia ao estender sua mão. Duas feras terrivélmente malignas se encaram, manifestando suas auras negr
Darkness entra em seu castelo, pela janela do seu escritório, pousando no chão de marmore, suas botas estalam enquanto ele caminhava até sua cadeira confortável, por detrás da extensa mesa. Ele podia sentir e ouvir cada batida acelerado do coração de Brymel, tem sido assim desde que ele absorvel sua aura. A mente atordoada dela, se perguntava. Quais eram os sentimentos de seu companheiro por ela? E como seria sua vida ao lado dele daquele dia em diante? Darkness sorri, por sua predestinada compartilhar, tão doces questionamentos, sobre ele. __ Ahr... minha querida... Se você soubesse o que lhe aguarda. Enquanto Darkness se deileitava com a mente de Brymel... __ Senhora, o Soberano chegou ao castelo, está em seu escritório__ Bellacrys sorri, se erguendo de sua poltrona confortável, de queixo erguido e nariz empinado caminha até a porta do seu quarto. __ Irei até o escritório do Soberano, não precisam me seguir. Quero falar com ele a sós__ as oito servas obedecem, aguardando s
Durante toda a cerimônia Brymel testemunhou as maravilhas do mundo de Kritos, desde a sua coroa aos minimos detalhes em sua riqueza distribuidas em cada detalhe em que se tornou a pergola que enfeitava o imenso jardim. As mesas com seus tampões de cristais, exibiam arranjos florais exuberantes dentro dos vasos estilo Grego intercalando sobre as mesas em tons azul, lílas e preto. Flores ornamentais se distribuiam por todas as partes entre cortinas de seda e gemas preciosas enfileiradas em correntes de ouro. __ Um diamante rosa em troca dos pensamentos da minha Soberana__ a voz masculina reverberou atrás de Brymel. Aquela voz não lhe era estranha. Pensou Brymel. Seus olhos se arregalam ao se virar e descobrir a quem pertencia aquela voz. Ao Alfa da alcateia Lua Prateada__ Soberana__ ele se curva em uma reverência graciosa. __ L... Lantis__ ele franse sua sobrancelha olhando pro seu Beta. __ Algum problema minha Sob
Blezzard se uni a Lantis que com muita dificuldade lutava contra aquele pequeno poder que foi separado de Darkness pra proteger sua predestinada. Quanta ironia! Pensou Lantis. A predestinada estava sendo morta aos pucos pelas penas negras, um dos ataques mais simples do Soberano enquanto sua esfera de proteção, tentava protegê-la dele mesmo. Impedindo assim, a verdadeira ajuda de chegar até ela. Uma fina camada de gelo começa a envolver a pulsante bola negra e dourada, congelando a por completo se destroindo alguns segundos depois, espalhando seus pedaços cristalizados por todo o jardim, fazendo todos os convidados que estavam na pergola se abaixarem pra que não fossem atingidos pelas farpas de gelos. Lantis corre pra pegar Brymel do chão em seus braços mas antes que ele conseguia alcançá-la, Darkness usa sua magia a transportando até seus braços. Amister fala angústiada. __ Preciso avaliar o dano causado, por favor Soberano__ ela pede cautelosa. Darkeness acena com a cabeça per
Raican chega a cabana de Belsazard, ela estava localizada no coração da floresta do sofrimento, era uma casinha humilde, feita da madeira dos pés de macieiras nebulosas. Coberta por trepadeiras e folhas de estrelato( um tipo de palmeira das folhas largas igualando a um coração verde brilhante). Sua mão vai à porta pra bater mas Belsazard a abre antes mesmo da mão encostar na madeira escura. __ Boa noite Raican__ o servo não se adimira da recepção já que Belsazard era um feiticeiro de primeiro escalão, ele podia captar todo tipo de aura e poder a quilometros de distância, desde que entrassem em seu território. Como passou muitos milênios no castelo dos Titãs de Kritos, conhecia cada ser vivente do mundo dos Titãs. __ A que devo a honra da visita do servo real de Cronos, na minha porta á esta hora da noite. __ Se tivesse comparecido a cerimônia de coroação das rainhas, não teria precisado me desabar do castelo até essas paragens atrás de você. __ Não tenho mais an
Darkness tosse de sua potrona, era a única fase em que o Titã se tornava vunerável, fraco a mercê de qualquer um que quisesse lhe eliminar. Apesar de ter usado essa técnica uma única vez. Prometendo a si mesmo que nunca mais a usaria, teve que voltar atrás em sua decisão está noite e tentar salvar sua rainha pois a primeira tentativa não lhe foi concedida a benção da deusa sobre seu sangue e a vítima vindo a falecer. Ao terminar seu trabalho Belsazard pensa em ir para um dos quartos do castelo, depois de usar tanta aura primordial precisaria descansar para repor suas energias e recuperá-las, o quanto antes isso acontecesse melhor. A corte era perigosa e cheia de armadilhas, sua casa era simples mais cheia de paz e fora do alcance das entrigas dos Titãs. Ele observa sua rainha por alguns instantes, os rumores não faziam jus a beleza dela, a deusa Lua demorou mas foi sábia na escolha da predestinada do Soberano. A atração de sua beleza, misturada a química dos laços de companheiro a t