Caleb Hale
Quando Clair de Lune nasceu, eu tinha apenas um ano e nove meses de idade, era bem pequeno e por isso não tenho recordações da minha mãe em minha memória. Ela faleceu no mesmo dia em que Clair nasceu por complicações no parto. Presenciar o quanto a Clair se culpa por esse incidente me deixa muito triste. Triste porque quero ver ela feliz plenamente, com aquele brilho único no olhar e não se culpando por algo que não tem nada a ver diretamente com ela. E pelo que nós vemos nas fotos, elas possuem muitas semelhanças!
Nosso pai Bobby não é muito presente na nossa vida, somente para nos bancar, como se isso fosse o suficiente. Então é somente eu e a Clair. Quando éramos crianças tínhamos um empregada doméstica que cuidava da casa e de nós, mas quando eu tinha doze anos ele a demitiu, não achou mais necessário manter ela no emprego. Eu e Clair ficamos tão tristes, a Santana era como uma mãe pra gente. Nossos avós não chegaram a nos conhecer, faleceram antes, e também não temos tios por parte de nenhuma das famílias, é definitivamente somente eu e a Clair, já que não podemos contar com nosso pai. Eu tenho minhas suspeitas de que ele tem uma namorada pra passar tanto tempo fora de casa e não ligar pra gente.
Quando li as palavras escritas por minha mãe no diário meu mundo clareou por completo! Eu já tinha esse sonho de ser cantor no fundo do meu coração, sempre gostei de música, mas tinha medo do que poderia acontecer. Mas agora eu vou me jogar nesse sonho de cabeça e fazer o possível pra realiza-lo para honrar a memória da nossa mãe.
Sei perfeitamente que Clair fará o mesmo, e nós seremos finalmente felizes. É óbvio que eu amo minha irmã, amo cuidar dela, ela é minha melhor amiga pra todos os momentos, a única que me entende perfeitamente, mas nós dois somos infelizes pelos acontecimentos que nos cercam há anos. As dores dela são as minhas também.
Fiquei muito impressionado ao ver os meninos cantando e muito feliz quando eles toparam formar uma banda comigo, embarcando nesse sonho louco sem medo. Tenho certeza que todos irão dar o máximo que puderem para que a gente alcance o mundo.
A única parte ruim desse meu sonho é que irei me separar da Clair. Provavelmente vamos acabar indo pra uma cidade maior e não posso levar ela comigo. Clair precisa terminar a escola, e mesmo eu e os meninos estando no último ano não vamos ficar mais tanto tempo juntos. Isso me parte o coração, mas nós iremos encontrar uma forma de resolver isso.
Falando em Clair, eu fiquei muito feliz de ver ela contente enquanto falava do Louis. Eu sabia desde o dia que eles se conheceram que ia rolar algo mais cedo ou mais tarde. Os olhares deles possuem uma conexão que eu jamais vi em outro alguém, eles formam um lindo casal. E eu gosto muito do Louis, vejo que ele a faz feliz de alguma forma e conseguiu até fazer ela se abrir sobre seus sentimentos, sei o quanto isso é difícil pra ela.
Por isso eu apoio esse casal, mas tenho medo do que o futuro os reserva, Clair ficaria destruída se algo ruim acontecesse e eu não sei quais seriam as consequências que isso traria para nós...
Mas no momento eu estou sem tempo pra pensar em mulheres, porém quem sabe um dia aparece alguma mulher capaz de me fazer feliz e preencher meu coração...
Louis Terry
Somente quando estou deitado em minha cama pronto para dormir e sozinho é que permito-me deixar a garota loira dos olhos azuis tomar conta dos meus pensamentos. Meu coração se agita só de lembrar dos seus sorrisos de hoje, ela me deixou feliz estando feliz. Ir atrás dela em seu quarto foi uma atitude impensada e impulsiva, porém não me arrependo nem um pouco.
A sensação de ter seus lábios contra os meus ainda me causa uma certa dormência na boca, nunca experimentei algo tão bom na vida, e apesar de pensar que ela é inexperiente ela se saiu perfeitamente bem. Eu poderia viver o resto da minha vida com ela recebendo seus beijos á todos os momentos.
As palavras de Caleb nos chamando para formar uma banda voltam em minha cabeça e um sorriso genuíno surge em meus lábios. Ser um cantor famoso e reconhecido sempre foi meu sonho secreto desde criança, e agora saber que talvez eu possa ter chances de conseguir alcançar isso e poder contribuir de alguma forma no mundo da música me alegra.
[...]
Após o café da manhã repleto de conversas com as minhas irmãs e minha mãe, onde eu contei a elas a novidade sobre a banda e recebi seus apoios, e as gêmeas imploraram para mim levar elas no parque próximo a nossa casa mais tarte eu retorno ao meu quarto. O meu celular vibra em cima da mesa de cabeceira e vejo a notificação de uma mensagem de um número desconhecido..
"Hey Louis, é a Clair. Só me
lembrei hoje de te m****r mensagem, foi mal kk."Um sorriso surge em meu rosto e eu me empolgo para lhe responder.
"Oie Clair, tudo bem?"
"Tudo e você?"
Uma ideia surge pela minha cabeça, quero muito chamá-la para ir no parque comigo e as meninas, mas tenho medo de que ela negue meu convite. Mas como irei saber se não a convidar né?! Preciso assumir certos riscos por ela.
"Também. Está de boa hoje?"
"Estou sim, porque?"
"Vou levar minhas irmãs no parque mais tarde, quer ir com a gente também?"
Mordo meu lábio inferior ansioso por sua resposta, quero tanto que ela aceite ir também. Porque bem, eu quero vê-la novamente.
"Huumm, quero sim. Que horas?"
" Ótimo, pode ser às 14 horas?"
"Pode sim. Encontro vocês
lá. Obrigada pelo convite.""Por nada Clair. Até mais tarde. "
"Até
Louis."Sorrio animado e faço uma pequena comemoração por ela ter aceitado ir com a gente, quero me encontrar com ela logo. Passo o restante da manhã fazendo deveres da escola e depois almoço com as mulheres da minha vida.
- Vamos lou? Eu quero brincar. - Daisy pede com uma voz manhosa e eu olho as horas no relógio contatando que ainda falta vinte minutos para dar duas horas da tarde.
- Vão calçar um sapato enquanto eu vou terminar de me arrumar e ai nós vamos. - As gêmeas saem correndo pra falar com as outras duas garotas mais velhas. Sigo até meu quarto para terminar de me arrumar.
Visto-me com uma blusa branca com uma estampa de uma banda, uma calça preta e um tênis all star branco. Deixo meu cabelo naturalmente bagunçado mesmo e passo um pouco de perfume antes de conferir minha roupa no espelho. Quero estar bonito pra ver a Clair...
- Estamos prontas louuuu!! - As gêmeas gritam da sala e eu saio do meu quarto indo ao encontro delas.
- Vamos minhas meninas. - Falo rindo ao ver a empolgação contagiante das mais novas e elas correm na frente.
- As duas pestes, se correrem na rua vamos voltar! - Lottie fala brava fazendo Fitizz segurar uma risada e as gêmeas param de correr. Elas olham pra mim como se pedissem permissão pra correr quando saímos na rua.
- As duas pestinhas vão dar as mãos pra gente até chegarmos no parque. - Elas fecham a cara frustradas mas me obedecem.
- Vamos andar mais rápido pelo menos. - Phoebe pede e Lottie e Fitizz nos entreolhamos comprimindo os lábios para não rir.
- Eu vou encontrar com minha amiga lá, se comportem viu!? - Falo e elas me olham curiosas.
- Amiga né?! - Fitizz diz com um sorrisinho e eu a ignoro, não posso dar brecha pra essas meninas me zuarem eternamente.
- Eu e Fitizz vamos nos encontrar com umas amigas lá também, não vamos te atrapalhar.
- Vocês nunca me atrapalham meninas. - Elas sorriem e eu sinto um aperto em minha mão esquerda. Olho pra Phoebe. - O que foi pequena pestinha?
- Chegamos. Podemos correr agora? - Percebo que chegamos no parque. Olho ao redor a procura dela e vejo a vejo sentada em um banco, o mesmo da outra vez.
- Vamos lá conhecer minha amiga primeiro aí eu deixo. - Elas reviram os olhos juntas e seguimos até Clair. Ela está com o fone de ouvido, mas tira quando nota a nossa presença ao nos aproximarmos. Ela está com uma calça preta, tênis preto e uma blusa de calor azul clara, que reflete com o tom de azul dos seus olhos, a cada dia que a vejo a acho ainda mais linda... Ela sorri de canto pra nós.
- Oie gente. - Ela diz envergonhada com tanta atenção em cima de si. Os olhares curiosos das minhas quatro irmãs podem intimidar qualquer um.
- Hey Clair. Meninas, essa é minha amiga Clair, e bem essas são minhas irmãs Lottie, Fitizz, Phoebe e Daísy. - As meninas cumprimentam ela com um beijinho da bochecha.
- Podemos ir brincar agora lou? - As pequenas perguntam e eu sorrio.
- Sim, mas eu estarei de olho. E vamos ficar por aqui, não vão muito longe por favor. - Elas concordam apressadas e saem correndo.
- Nós vamos ir encontrar nossas amigas, ta bom Lou?! - Fitizz diz e eu afirmo. - Vamos olhar as pestes de longe também.
- É isso ai, tchau gente!! - Lottie puxa Fitizz e as duas saem cochichando e rindo de algo. Volto minha atenção a garota linda em minha frente.
- Elas são muito parecidas com você! - Clair diz quando eu me sento ao seu lado e deixo um beijo em sua bochecha.
- São mesmo. Sofro em ser o único homem da casa.- Rimos. - Você está bem?
- Sim, e você?- Ela me olha de relance.
- Também. Fiquei surpreso com a sua mensagem...
- Ah, eu havia me esquecido mesmo de m****r antes. - Ela ri a abaixa levemente a cabeça envergonhada.
- Antes tarde do que nunca. - Pisco pra ela sorrindo. Ficamos nos olhando alheios ao mundo ao nosso redor e eu sinto vontade de beijar ela novamente e matar toda a saudade que estou sentindo, mas não posso, minhas irmãs podem ver.
- Você disse que é o único homem da casa né?! - Ela muda o nosso foco e a agradeço mentalmente por isso.
- Sim. Meus pais são separados, e ele mora no Canadá. Ele vem ver a gente somente uma vez no ano.
- Nossa... Porque pais são ruins assim?
- Realmente não sei. - Rimos olhando pro parque agitado a nossa frente. - Posso perguntar uma coisa?
- Pode.
- Você gostou do beijo? - Ela me olha com as bochechas coradas e eu sinto muita vontade de aperta-las e beija-la novamente como nunca. - É que eu não consigo tirar isso da cabeça...
- Eu também. E sim, eu gostei. - Ela abaixa o olhar tímida. Levo minha mão ate seu queixo o levantando e fazendo-a olhar em meus olhos.
- Eu estou com vontade de fazer isso novamente. Seria errado? - Digo sem vergonha alguma e ela sorri, o mesmo sorriso lindo de ontem. Não perco tempo em juntar nossos lábios e mais uma vez tenho certeza de que eu irei me viciar dos beijos de Clair.
Clair HaleDuas semanas se passaram desde aquele fim de semana inesquecível. Acabei conhecendo a mãe de Louis naquele mesmo dia junto com as meninas e ela é muito simpática, linda e radiante assim como ele. Eu e o garoto de olhos azuis temos conversado por mensagem todos os dias, pessoalmente não conversamos tanto por estarmos com nossos amigos, e bem, não rolou mais nenhum beijo infelizmente, já que não tivemos oportunidades de ficarmos sozinhos.Estou muito feliz pelo meu irmão e os meninos, eles ja estão ensaiando alguns dias por semana e juntos decidem todos os detalhes das músicas e das peformaces inventadas por eles - que consiste em brincadeiras basicamente, eles são péssimos em dançar, só Leon salva um pouco - e todos estão satisfeitos com os res
Clair HaleAcabei indo embora da casa de Melanie no fim da manhã para poder passar o resto do dia com Caleb. Durante meu caminho eu mal prestei muita atenção no mundo ao meu redor de tanto sono que ainda se encontrava em mim. Não demoro a chegar em casa e ao abrir a porta de casa deparo-me com os cinco garotos adormecidos na sala de estar. Alguns sem camisa, inclusive Louis. Caleb e Gregory estão somente de cueca.Começo a rir da cena a minha frente e me controlo para não olhar pra onde não devo. Vou até meu quarto em passos silenciosos e deixo minha mochila em cima da cama. Ao retornar pra sala eles ainda estavam apagados nas mesmas posições. Pego o meu celular do meu bolso e tiro uma foto para quem sabe um dia eu usar contra eles. Resolvo acordar eles com meio jeito carinhoso de ser e c
Louis TerryTive semanas exaustivas. Na escola estávamos tendo muitas provas e trabalhos que tomaram muito do meu tempo para estudar para conseguir ótimas notas. Infelizmente não vi a Clair nesses dias fora da escola, ambos estávamos muito ocupados. Além disso, eu ainda precisei cuidar das minhas irmãs mais novas por vários dias sozinho, já que a nossa mãe precisou fazer uma viagem à trabalho. A única coisa que me fazia desacelerar um pouco, trazendo alegria para os meus dias e melhorando meu humor eram os ensaios com os meninos da banda. Estávamos nos dedicando muito e nos encontrávamos na casa do Greg três vezes por semana para ensaiar.Chego em casa cansado da escola e após ser recepcionado pelas gêmeas eu sigo até meu quarto para me trocar. Lott
Clair Hale- Vocês fizeram algo? - Caleb me pergunta assim que Louis vai embora pra sua casa.- Sim. - Admito e o loiro arregala os olhos.- Vocês transaram?! - Ele indaga chocado.- Sim. E foi muito bom, perfeito. - Falo deixando um suspiro escapar dos meus lábios ao me lembrar de tudo que aconteceu pouco tempo antes em minha cama. Ele passa a mão pelo meu rosto.- E você está bem? Saiba que pode falar comigo sobre qualquer coisa. Mesmo isso sendo bem estranho, mas eu sou seu irmão, seu melhor amigo. - Sorrio com sua preocupação.- Estou melhor como nunca, apenas um pouco dolorida. Ele foi tão
Clair Hale~10 anos depois~A dor da perda é a consequência dos dias mais felizes e intensos da nossa vida. Quando acreditamos na verdade de um sentimento, deixamos que ele nos transforme aos poucos e mostre o melhor caminho a ser seguido. Nem sempre se lembrar desse caminho é fácil. Nem sempre voltar por esse caminho é necessário. As vezes o amor nos muda tanto, que aprendemos um jeito que nos reinventar. Não é tão simples. São dias olhando nos espelhos e contemplando as lágrimas que não param de descer ao som daquela música especifica. Potes de sorvete e temporadas série que fazem sua vida parecer tão sem graça quanto a de uma formiga de cozinha.E meus dias a partir da mudan&
Louis Terry- Vamos logo Louis, estamos atrasados. - Escuto a voz de Greg da sala de estar e eu termino de arrumar meu cabelo dando uma última olhada no espelho e saio do banheiro. Vejo os quatro rapazes na minha frente, todos arrumados em estilos diferentes.Greg com sua bota, calça jeans preta e uma camisa estampada. Zac com tênis azul, calça jeans de lavagem escura e uma blusa de desenhos animados. Caleb com uma blusa branca polo, calça jeans preta e um tênis branco. Leon estava com uma bota marrom, calça jeans de lavagem clara e uma blusa preta lisa. Eu estava com um tênis da Adidas, calça jeans preta e uma blusa preta da mesma marca do tênis.- Pronto. Vamos? - Pergunto guardando meu celular em meu bolso e eles assentem. Saímos do pr&ea
Clair HaleNão consigo conter a raiva de Louis por ele estar aqui anos depois como se nada tivesse acontecido, logo em um momento tão delicado pra mim. Eu o odeio tanto por ter me esquecido, esquecido do que tivemos, por ter prometido manter contato e nunca ter sequer me mandado uma misera mensagem desde que partiu para Los Angeles. Mas o melhor que posso fazer é ignorar sua presença, eu sou melhor que isso e todas as merdas que passei nessa vida.Me sento ao lado de Caleb em uma cadeira estofada e o abraço.- Eu senti sua falta Cal. - Sussurro em seu ouvido.- Eu também pequena Clair, todos os dias. - Ele deixa um beijo em minha testa. - Você sabe do que ele morreu?
Madison Steinfeld- Obrigada mad. - Clair diz ainda acolhida em meus braços.- Não é nada cunhadinha. Ah, eu vim dizer que simplesmente amei os tapas que você deu naquela mulher. - Nós rimos.- Ela mereceu. Falou mal da minha mãe, de mim e do Caleb!- Ela foi uma sem noção, isso sim. Mas acho que ela queria arrumar briga mesmo. - Falo ainda rindo, me lembrando da cena presenciada hoje mais cedo.- Provavelmente. Fiquei muito brava com o que ela disse sobre meu pai também. Ele foi um babaca...- Foi mesmo. Mas agora, que Deus o tenha e vida que segue. Agora seremos uma nova família, Eu, Caleb