Angélica Ross.
- O que faz aqui, Caio? - pergunto apavorada ao ver ele trancar a porta e se encostar nela.
- Vim te ver - fala com um olhar tenebroso - Soube que está namorando o seu chefe.
- Abre essa porta - peço começando a ficar com medo - Vicente vai sentir a minha falta.
- Calma, só quero matar a saudade - fala malicioso - Você já deu pra ele lindinha?
- O que? - minha respiração começa a falhar.
- Me responda - grita nervoso - Não minta, posso ir aí agora conferir.
- Eu amo o Vicente, natural que tenha acontecido - confesso com medo dele vim me tocar para conferir.
- Que menina malvada - balança a cabeça em negativa - Tem tempo que não nos vemos, você tem bloqueado todas as minhas tentativas de contato.
- Estamos separados a anos - minha voz sai tremula - Você já deveria ter me esquecido, você nem me amava, me traiu - o lembro.
- Eu amo você, sempre amei - declara e emu estomago e
Vicente Cooper.Começo a achar estranho a demora da Angel, decido ir atrás dela, bato várias vezes na porta do banheiro e nada dela responder. Vou até as amigas dela, com quem ela falou antes de ir ao banheiro e pergunto se sabem do seu paradeiro, elas dizem não saber.Volto para o banheiro imaginando que ela possa estar se sentindo mal e começo a bater de novo, mas novamente sem nenhuma resposta. Vejo Poseidon se aproximar, ele é um amigo antigo, mora na Grécia está no Brasil a passeio.- O que aconteceu, Vicente? - pergunta ao notar a minha preocupação.- Estou preocupado com a minha noiva, não tive a oportunidade de apresenta-los ainda. Enfim, ela entrou no banheiro já tem mais de quinze minutos e nada de sair. Talvez tenha passado mal.- Já tentou abrir? - questiona e nego.Decididos a tentar ouvir algum sinal que ela esteja
Angélica Ross.Já se passaram quinze dias desde o acontecido comigo na festa, onde meu ex noivo quase me estuprou e a mídia fica em cima de mim e do Vicente para darmos uma entrevista, para contar tudo que aconteceu. Isso mesmo depois dos meus sogros terem dado uma pequena entrevista.Eu tive muitas crises de ansiedade ao relembrar aquela noite, então, Vince me sugeriu uma consulta com um psicólogo, concordei e fomos juntos. Passamos por três consultas, que me fizeram muito bem e me ajudou a entender os sentimentos do meu amado noivo. Ele se sente culpado de alguma forma, por eu ter passado o que passei. Obvio, que ele não tem culpa de nada, mas ele sentia impotente por não ter estado na hora que eu mais precisei.Com a ajuda do psicólogo conseguimos superar em parte toda a tragédia, hoje em dia me sinto melhor psicologicamente, não tenho tantas crises e estou aos poucos
Angélica Ross. Já se passaram vinte dias desde que voltei a trabalhar, hoje é sexta feira, não tenho plantões marcados para os próximos dias, estou de folga. Termino de avaliar alguns exames e depois fecho o computador. Meu celular apita avisando que chegou duas mensagens, uma é de Vicente, avisando que vai chegar mais tarde pois terá uma reunião de última hora e a outra é da minha cunhada. "Oi cunhada, vai ter uma festa de aniversário temática da filha de uma amiga da mamãe hoje e eu gostaria que fosse com a gente" - convida. "Não quero ser inconveniente chegando de penetra" - respondo. "O convide se estendeu para toda a família, o Vince vai trabalhar até mais tarde hoje, não precisa ficar em casa sozinha, vamos vai ser divertido" - argumenta. Desde a última festa que eu não saio para me divertir, as vezes me sinto insegura, não sei se consigo entrar no banheiro de alguma festa sozinha. Mas pode ser le
Angélica Ross.- Vince - falo emocionada.Ele está parado segurando um buquê de rosas vermelhas, está vestido em um terno cinza e seus olhos estão me encarando emocionados.Olho para minha cunhada e minha sogra que estão atrás de mim, para ter certeza que estão vendo o mesmo que eu, para saber se não é uma miragem. Elas estão sorrindo também emocionadas, depois se afastam mais e meus olhos grudam no meu Vicente.Minhas lágrimas começam a descer com abundancia quando ele caminha calmamente em minha direção, seu olhar intenso queima a minha pele.- Anjo - fala após parar a centímetros do meu corpo - Eu sei que nosso começo não foi fácil, sei também que não temos muito tempo juntos, mas quando se ama alguém como eu a amo, a gente descobre que o tempo é irrelevante
Angélica Ross. Danço várias músicas com o meu marido, em um determinado momento eu sentir uma fraqueza, mas não contei nada para o Vince, do jeito que é preocupado é capaz de me colocar sentada em uma cadeira até o final da festa. - Estou tão sentimental - comento limpando as lágrimas. - Você sentimental é novo para mim - brinca - Hoje você pode tudo meu amor. - Poderia dançar com a minha irmã uma música? - Antone aparece do nosso lado. - Claro - Vince concorda - Vou ali conversar com alguns amigos, cuida da minha mulher. Ele nos deixa e meu irmão me conduz em uma música lenta, sorrimos um para o outro e sinto todo o amor do meu irmão através dos seus olhos. - Mamãe e papai teriam orgulho de você, Angel. Parabéns irmã, eu desejo toda a felicidade do mundo. - Eu não queria mais chorar - sorrio enxugando as novas lágrimas que se formam em seus olhos - Eles teriam orgulho de nós dois - afirmo - Não s
Angélica Cooper. No final do meu expediente recebo uma mensagem de Vicente pedindo para eu ir até a sua sala, nos últimos dias ele tem passado mais tempo como CEO, ele quer adiantar algumas coisas antes do nascimento dos gêmeos. Não tivemos uma lua de mel extensa, passamos um final de semana em uma fazenda que ele tem e o lugar era simplesmente magnifico. Voltaremos mais vezes. - Oi Vince - comprimento entrando em sua sala. - Oi anjo - me aproximo do meu marido e deposito um beijo casto em seus lábios - Quero te levar a um lugar. - Onde? - questiono curiosa. Ele desliga o computador. - Vem - estende a mão eu pego sem hesitar. Entramos em seu carro e ele segue pelas ruas da cidade. - Não vai me dizer? - pergunto e ele apenas sorri de lado. Fico ansiosa e curiosa, mas me calo, coloco uma playlist de músicas internacionais e me concentro na letra. - Estamos indo para casa dos seus pais? - pergunto
Angélica Cooper.- Angel, acorda - escuto Vicente me chamar enquanto distribui beijos pelo meu pescoço.- Bom dia, Vince - falo ainda de olhos fechados - Não quero acordar.- Precisa acordar, hoje vai ser um dia cheio - ele acaricia minha barriga - Bom dia bebês - ele fala e beija minha barriga.Após uma sessão de beijos e carinhos matinais, Vicente se levanta, me estende a mão e seguimos para tomar banho juntos. Nos arrumamos e sentamos na mesa para tomar café.- Precisa tentar ao máximo ficar calma hoje na audiência - Vince pede - Não pode se exaltar, estarei ao seu lado, nada e nem ninguém poderá machuca-la.- Obrigado pelo apoio amor, eu vou tentar ficar calma pelos nossos bebês - afirmo e como uma torrada.Terminamos nosso café e seguimos para o hospital, a audiência a tentativa de estupro que sofri pelo me
Alguns meses depois. Vicente Cooper. Cada dia que passa eu fico mais ansioso para a chegada dos gêmeos, tenho trabalhado menos para poder acompanhar bem de pertinho essa fase da minha mulher. Ela está com a barriga muito grande e por ser uma gestação dupla tem um certo risco. Angel dorme tranquila em meus braços, ainda de olhos fechados toco sua barriga, sinto meus bebês crescendo e isso me deixa bobo de amor. - Vince - a voz chega baixa, sinto um leve chacoalhar em meu ombro - Vicente. - Sim - digo sem abrir os olhos. - Acorda, amor. - Estou acordado. - Seus olhos estão fechados - suspiro, abro e ela me encara agora sentada na cama. - Que horas são? - pergunto achando tudo muito escuro para ser dia. - Três horas - ela responde e fecho os olhos mais uma vez - Sabe que me deu uma vontade enorme de comer chocolate, não consigo mais dormir só pensando em bombons.