Giovanna Ribeiro
Minha vida nem sempre foi essa montanha russa que estou passando!
Chegou um tempo que tínhamos tudo, como uma família tradicional, a casa cheia de amor e carinho, minha mãe cheia de atenção, meu pai chegando o trabalho todo amoroso. Não me lembro de como nossas vidas mudou de um dia para noite!Lembro que meus pais estavam discutindo, eu tinha apenas 12 anos, foi quando a minha mãe descobriu a traições do meu pai, o problema não era esse e sim, eu tinha dois irmãos mais novo, meu pai começou a deixar as obrigações da nossa casa, para sustentar uma amante e seus filho, meu pai saiu de casa e disse que nunca mais voltaria, essa foi a minha primeira decepção! O primeiro homem da minha vida, que era para estar ali para meu apoio, me decepcionou, me deixando de lado, desde esse dia nunca mais ouvir falar sobre ele, nem mesmo me procurou.As coisas começaram a ficar difícil, a casa que moramos era muito grande para apenas duas pessoas, foi quando minha mãe decidiu vender a nossa casa, para comprar um apartamento assim conseguia render um pouco de dinheiro já que minha mãe não trabalhava, e tínhamos muitas obrigações, dividas parece que nascia a cada dia que passava, foi quando minha mãe começou a trabalhar, eu tive que aprender a me virar sozinha, para não deixar a minha mãe sobrecarregada, já que trabalhava em um mercado o dia todo, para ganhar um salário, nunca fui de reclamar só agradecia a Deus por minha mãe ter essa força de vontade de querer trabalhar, e assim foi se passando os anos, minha mãe sempre trabalhando eu estudando, o básico tínhamos em casa o que era grata, ela sempre sai e eu ficava sozinha em casa, o condomínio onde morávamos era humilde mais era seguro, minha mãe precisava voltar a viver depois do abandono do meu pai, ela tinha todo meu apoio.Foi quando ela conheceu o Roberto, ele no começo sempre atencioso, levava minha mãe para sair, comprava presentes, e sempre no final de semana ele dormia na casa da minha mãe, me lembro como hoje eu tinha apenas 16 anos, quando comecei a sentir o olhar dele diferente em mim, não pense que usava roupas curtas ou algo decotado por que não usava, minha roupa sempre foi camisa larga, calça larga, vestido era raro usar um, short? Não me sentia bem vestindo. Ele começou a me presentear, nunca gostei de aceitar presente dele, mais minha mãe sempre falando que era feio negar um presente, já que ele teve a delicadeza de lembrar de mim, eu preferia que ele me esquecesse para falar a verdade.Das dormidas do final de semana, foi se estendendo durante a semana, e acabou ele morando conosco na casa da minha mãe, eu sempre da escola para casa, ou quando eu podia dormia na casa de uma amiga minha da escola a Aline. Quando eu estava em casa passava o maior tempo no meu quarto, quando ele chegava do trabalho eu já tinha jantado e sempre dava a desculpa para minha mãe dizendo que ia estudar e me trancava.Final de semana, eu inventava faxinar, mesmo eu sempre mantendo o meu quarto organizado.Quando ele levava minha mãe para viajar era até um alívio! Conseguia circular pelo apartamento tranquila, sem medo e receio. Alina tinha me convidado para passar o final de semana com ela e a família dela, eles iriam para casa de praia. Eu fiquei animada, minha mãe deixou depois que conversando com a mãe da Aline.Nunca tinha me sentido tão bem assim longe de casa, eles tinham um carinho grande por mim, sempre dizendo que eu era educada, uma filha de ouro. Eu só queria que a minha mãe me visse assim também, mas com a chegada do Roberto, meio que me afastei da minha mãe, nunca conseguimos fazer nada juntas porque ele sempre chegava.Foi quando eu voltei da viagem, bem animada, tinha até esquecido um pouco esse incomodo que era dividir a casa com namorado da minha mãe. Comecei a rotina da semana, eu sentia uma sensação estranha, como se alguém tivesse me vigiando, minha janela sempre fechada com cortinas, a porta sempre mantendo travada, acreditava que estava ficando paranoica.Foi quando em uma das faxinas eu encontrei uma minicâmera, entrei em desespero, quem tinha posto aquilo ali no meu quarto? Revirei o meu quarto e não tinha achado mais nada. Porém só vinha o namorado da minha mãe, ele sempre com um olhar maldoso para meu lado, mesmo nem falando com ele direito, um sorriso de velho tarado que chegava a me enojar, sinto embrulhos só de me lembrar.Cheguei a comentar com a minha mãe, que queria morar apenas só eu e ela, não me sentia bem com a chegada do Roberto em nossa casa. Essa foi a nossa primeira briga. Ela disse que eu era egoísta como meu pai, que não a queria ver feliz. Cheguei a mencionar sobre a sensação que eu sentia quando ele estava por perto, e até mesmo falado sobre a câmera que encontrei escondida em meu quarto.Ela brigou comigo, e disse que estava mentido só para acabar o seu namoro com ele. Infelizmente eu não podia fazer nada, ainda faltava pouco para completar 17 anos, eu não podia sair assim de casa, sem um trabalho, ainda estava terminando meu estudo, onde eu iria morar?Cheguei a conversar com minha amiga Aline, ela disse que eu poderia conversar com a mãe dela, quem sabe poderia falar com a minha mãe para alerta lá. Achei melhor não envolvera família da Aline, eles já me ajudavam muito me chamando para passar o final de semana na casa deles, o que para mim era perfeito lá me sentia em paz.Assim foram se passando os dias, até que um dia, Roberto estava de folga, e eu não sabia que minha mãe ainda não tinha chegado, ele estava assistindo tv, apenas passei direito para meu quarto, eu sempre olhava tudo no meu quarto para ver se eu não encontrava nada, depois da vistoria me organizava para tomar banho o que era bem rápido, depois iria para cozinha pegar meu almoço e voltava para o quarto e assim iria estudar. Organizei minhas coisas e fui para o banheiro, tomei o meu banho rápido e sempre eu saia vestida do banheiro, assim que abrir a porta, ele estava ali parado com um olhar estranho fazendo meu corpo sentir um calafrio.Cheguei a pensar que ele apenas queria ir ao banheiro então apenas sai e já fui entrando em meu quarto. Mas antes que eu pudesse fechar a porta do meu quarto, foi pior atormentou da minha vida, não consigo nem falar de como foi ruim, a forma que ele falava comigo, mim chamando de ninfeta gostosinha, me apertava em seus braços nojentos, ele rasgou a camisa que eu estava vestido e começou apertar meus seios, comecei a me debater contra ele, foi quando ele me deu um tapa me fazendo ficar desnorteada, mas não tinha desistido, ele já tinha baixado a sua calça quando ele tentou tirar a minha calça voltei a me debater e gritar com todo folego que eu possuía, eu não podia permitir que ele tocasse em mim, foi quando do nada ele caiu no chão desmaiado, depois de um barulho grande, eu estava fraca, chorando, toda dolorida por causa do aperto dele. Minha mãe tinha acertado um jarro na cabeça dele o fazendo desmaiar...Agora ela sabia quem era o namorado dela, o porquê eu não conseguia me sentir bem com ele em nossa casa, ela apenas se ajoelhou e me pediu perdão por ser tão omissa e não enxergar o monstro que tinha em casa.... Nesse dia passamos a tarde na delegacia, não poderia deixar esse crime impuni, foi o pior dia da minha vida, passar por questionários, fazendo exames, minha mente vagava, eu não conseguia sustentar o meu olhar para ninguém naquele momento.Quando saímos da delegacia Roberto estava preso, não era a primeira vez essa denúncia, ele já tinha sido preso por duas vezes, mais por bom comportamento ele sempre saía.Me senti imunda, sem vontade de viver, foi a pior coisa que poderia ter acontecido comigo, até mesmo acompanhamento com psicólogo eu tive que fazer por que eu não queria mais viver...Foram se passando alguns anos, tinha que voltar a minha vida, minha mãe ficou depressiva, eu teria que tomar de conta dela, acredito que todo que ela vinha passando só vinha acumulando e infelizmente ela não conseguia sair da depressão, comecei a trabalhar, cuidava da casa fazia tudo para manter a minha mãe bem, foi quando tivemos a pior notícia. Roberto tinha sido solto, uma amiga da minha mãe tinha visto e falou, minha mãe ficou desesperada com medo de que ele pudesse voltar para atormentar as nossas vidas. E foi assim que ele fez, na primeira vez ele bateu na minha mãe a sorte foi que os vizinhos tinham visto e chamaram a polícia, porém ele não foi preso por ter fugido antes mesmo deles chegarem.Foi quando minha mãe disse que o melhor a ser feito era sair da cidade. Nos perderíamos tudo que tinha construído, só por causa de um abusador filho da puta!Eu não poderia deixar minha mãe assim à mercê dele, foi quando ela disse que tinha uma irmã que morava um pouco longe mais seria o melhor a ser feito, ele nunca nos encontraria lá. Foi quando ela falou com ela, e aceitaram nos receber em sua casa.Viajamos durante a madrugada para ninguém descobrir e nem mesmo esse infeliz nos ver. Passamos quase doze hora dentro do ônibus bem dizer só com a roupa do corpo...Quando vi a Bonnie pela primeira vez, tinha sentindo algo diferente, ainda não conseguia identificar o que era aquilo que estava sentindo, por ser ainda novo, eu tinha apenas 13 anos, na época que ela entrou na escola que eu estudava, aos pouco fui conhecendo e vi que ela mexia muito comigo, não existiam outras meninas só ela, que tirava meu sono, gostava de conversar com ela, a forma que ela ficava tímida quando estava junto comigo e meus primos, era linda!Quando tomei coragem dei um primeiro beijo, ela não negou até gostou, minha irmã tinha me aconselhado que fosse com calma, pois Bonnie é especial, então eu não queria magoar ou fazer ficar triste por algo que eu faça que não goste, me lembro como hoje de como foi o nosso primeiro beijo, a forma que a pedi em namoro, o quanto ela ficou com vergonha, quando assistimos filmes juntos, sempre atenciosa, carinhosa, quase tudo fazíamos juntos e assim foi se passando os anos e nosso namoro foi ficando cada anos mais sério, nunca tínhamos
Chegamos na cidade que minha tia mora já era noite, estamos muito cansadas física e psicologicamente, triste por deixar tudo nosso lá, infelizmente o que parece é que estamos fugindo como se fomos a errada, a bandida da história por causa de ser humano sujo! Minha mãe disse que falaria com uma imobiliária para vender o apartamento assim não ficaríamos sem dinheiro, no meu trabalho meu chefe não entendeu nada, quando disse que precisava da minha demissão, inventei uma história para que ele pudesse liberar o que ainda me restava de dias trabalhados, além de que se acaso alguém me procure se mantenha a mesma história, eu tinha pouco dinheiro na conta e nos não podia dar mais despesa a minha tia, que já estava fazendo um favor e tanto, nos recebendo em sua casa.A casa era linda modo rustica, eles viviam muito bem, eu tinha mais três primos, o que me deixava animada por não ser a única jovem na família. Tem o mais velho que se chama Daniel, ele já estava noivo em breve iria se casar com a
Meu dia não começou bem, a minha secretária não me avisou sobre uma reunião importante, que venho ficando em alerta, pois é um grande negócio que farei para inovar ainda mais a nossa tecnologia. Fui salvo porque minha irmã Olívia iria participar dessa reunião. Ela me mandou uma mensagem perguntando onde eu estava. Finalizei a reunião com setor jurídico saindo de minha sala e indo em direção da sala de reunião. Eu estava muito irado, porque não foi só dessa vez que ela errou comigo, e isso eu não admito, onde já se viu marcar dois compromissos um próximo ao outro, fazendo minha agenda uma bagunça dessa forma. Errar uma vez até peguei leve e só chamei sua atenção, mas agora? Ela iria para o olho da rua, não admito uma incompetente trabalhando para mim! Consegui resolver sobre a minha reunião, infelizmente bagunçou a minha agende devido ter muitas coisas até me interessam e não poderia deixá-los sair assim. Mais uma conquista, minha irmã ficou me olhando a reunião inteira, apenas tent
Falar com eles me fizeram ficar ainda mais triste. Tento melhorar o meu rosto ou minha mãe perceberá que aconteceu algo. Eles não precisam de mais um motivo para ficarem triste comigo. Vou em direção a porta e de cara assim que entro vem minha sobrinha Kamily correndo em minha direção. Ela estar maior do que a última vez que a vi, foi quando ela completou 6 aninhos apego em meus braços ela estar eufórica! —Tio Ethan! — ela diz, com a voz engraçada. Ela a cada dia que passa fica ainda mais parecida com minha irmã Olí. —Oi, Kamily! Você cresceu muito! — falo fazendo ela rir. —Sim, minha mamãe diz que já sou uma mocinha! Já tenho um namolado! — ela diz, me fazendo ficar em alerta e logo ouço o meu cunhado resmungar. —Que história é essa Kamily? —Ops! — ela diz, colocando a mão na boca, fazendo uma carinha engraçada. —Ela estar brincando gatinho! Foi um amiguinho dela que disse que quer namorar com ela. Mas Kamily sabe que isso é errado, e muito novinha para pensar nessas coisas! —
Se algum dia me disserem que ir a uma boate dessa seria o máximo, eu já teria ido ah muito tempo. Eu acabei trombando em um homem que meu deus! Os olhos dele é lindo, não sei o que deu em mim, mas acabei rendendo aos beijos que mesmo eu sem saber direito estava muito bom, quando ele me puxou para dançar com ele, acabei esquecendo até que eu não sabia dançar, ficamos a noite lá digamos que estávamos muitos animados e quando ele me beija pela segunda vez eu senti algo diferente, ele me chamou para sair dali, me despedi dos meus primos e disse que estava indo embora. Antes de saímos da boate ele pagou pelo nosso consumo, não me pergunte quanto deu, pois, minha cabeça não estava conseguindo raciocinar imagina sabe o valor, mal conseguia falar meu nome. A noite que passei com ele, não me perguntei como, mas acabei me entregando para estranho, o nome dele, nem mesmo eu sei, ainda consigo sentir a sensação de estar nos braços dele, de como ele me fez gemer, cada beijo o toque dele em meu
Me sento enquanto ela vai seguir na direção do corredor. Pego meu celular e fico mexendo para passar o tempo, assim não fico entediada, aqui tudo bem-organizado, não tem se quer um barulho, até a mesas onde as meninas estão organizadas. Não demora muito e ela volta. —Voltei, Ellen, você ficara no lugar da antiga secretaria do Ethan, até o Rh selecionar uma. —Certo, senhora Olívia, mas e quando a senhora Milena voltar? — a moça pergunta. —Eu vou verificar, mas me passe agenda e siga para sala do meu irmão, eu resolvo. —Está bem, mas hoje não tem muito compromissos não. —Perfeito! Obrigada querida. Pode entrar Giovanna, e me desculpa te fazer espera. —Não tem problema senhora Olívia. —Olha como você vê, eu estou sem minha assistente, não é muito trabalho, porém, tem que ser muito atenta nos compromissos, e organizações de arquivos. Você tem alguma experiencia nessa área? — ela me pergunta e meu sangue chega gelar. Mas decido falar a verdade. —Senhora Olívia, eu não tenho experien
Eu me perco em seu sorriso. Ela se parece com a Bonnie, ela tem um jeito meigo, não perco tempo e a chamo para sairmos da boate. Cheguei a pensar que ela negaria mais não, ela aceitou ir comigo, sei que já tinha bebido muito, depois de anos me permitir beber além da conta, e agora pela primeira estou levando uma mulher para meu apartamento, pegamos o táxi, ela ainda estava animada, por conta da bebida e era essa vibe que me fazia ficar ainda mais leve ao seu lado, não sei se era impressão minha, mas acho que ela nunca tinha beijado ou ela podia ser tímida, mas essa segunda opção eu descartei por que a todo estante ela me beijava, e aproveitava cada beijo dela, a sua timidez que me fascinava a cada beijo dado... Seus lábios eram viciantes, seu corpo se encaixava perfeitamente no meu. Conseguimos chegar até o meu apartamento comportados, não iria expor ela assim nas câmeras do condomínio que eu moro. Ainda tinha essa noção mais depois que passamos da porta foi uma loucura, tinha mo
Passo amanhã todo enfiado nos documentos, recebo uma mensagem da Olívia sobre os documentos deixado em minha mesa que ela precisa com uma certa urgência, informo que já finalizei e vou enviar, peço para minha secretária levar até minha irmã, chega na hora do almoço, e decido almoçar por aqui mesmo, não quero ir muito longe assim que estou saindo, e a dispenso para almoçar o que eu não gosto é a forma que ela se insinua. — Senhor Ethan, se não for incomodar, eu gostaria de almoçar com senhor, sou nova por aqui e não conheço ninguém — que cara de pau. — Infelizmente não, preciso resolver uns assuntos, mais pode falar com a Ellen que ela te ajuda. Falo já saindo perto dela, como é ruim encontra uma secretária discreta hoje em dia. E assim vai passando mais uma semana e vou tentando ter paciência com minha nova secretária, mas ela também não estar colaborando, até mesmo falei com minha irmã Olívia, para ver se ela se contém e para de se jogar em cima de mim. Quantos não eu vou precisar