Visão de JúliaÉ manhã de sábado. Acordo com um pouco de dor no estômago. Acho que é fome, não comi nada ontem à noite. Levanto-me da cama e vou até a cozinha. Maya já está aqui preparando algo para comer. - Bom dia! - Bom dia.… está com fome? – Minha amiga pergunta colocando um prato a minha frente, com uma omelete, que pelo cheiro, está muito boa. Não preciso responder. Começo a comer imediatamente. A campainha da porta toca. Troco olhares com Maya. Quem será uma hora dessas? Vou atender e ao abrir a porta, Erick está ali parado. Nossos olharem se cruzam. Ele ainda estar com a roupa de ontem, um pouco amassada. Os cabelos bagunçados e manchas escuras ao redor dos olhos. - Erick... - Oi minha linda. – Ele fala baixo, no tom cansado. - Entra. – Fico de lado e ele passa por mim. Sinto o cheiro de seu perfume misturado com o cheiro de fumaça. - O que aconteceu? Erick fica em pé no meio da sala e olha para todos os lados do meu apartamento, como se estivesse o avaliando
Visão de Julia Na cobertura, Erick sobe direto para seu quarto e me leva junto segurando em minha mão. Seu apartamento parece bem maior agora, do que da noite que estive aqui. Ao entrar em seu quarto de portas de correr no final do corredor, fico admirada com tanta beleza e luxo. Sua cama é enorme. Os lençóis cinza com preto combinam com seu estilo. As paredes são brancas, assim como a poltrona no canto perto da janela com cortinas de cor creme. Erick começa a retirar suas roupas. Primeiro os sapatos, depois retira a camisa e a calça, ficando somente com a cueca boxe preta. Vem a passos lentos em minha direção. Minha nossa! Seu corpo é divino. Ontem eu estava tão focada no que ele estava fazendo comigo, que não reparei bem no seu corpo. Braços torneados pelos músculos. Tórax e abdômen bem definidos, a chamada barriga tanquinho e coxas grossas. Erick para na minha frente e segura minha blusa retirando do meu corpo. Sei o que ele pretende fazer e eu não vou resistir. Também o quer
Visão de Erick Abro os olhos. Meu quarto estar parcialmente no escuro. Júlia não está aqui. Olho para o relógio na mesinha ao lado, e é exatamente 13 horas da tarde. Levanto e abro as cortinas, vejo que o tempo mudou desde o período da manhã. Está nublado e a chuva não demora a cair. Desço as escadas de degrau a degrau. Quando chego no último, observo minha menina sentada encolhida no canto do sofá, falando baixo ao telefone. Aproximo. Quando me vê, termina sua ligação a quem quer que seja. - Oi... – Fala baixinho, quase ronronando feito uma gatinha manhosa. Sento-me ao seu lado e seguro seu rosto com as duas mãos e a beijo. – Oi. – Pronuncio também baixinho. - Está com fome? Preparei algo para a gente comer. – Ela se levanta e vai até a cozinha. Vou atrás dela. – Desculpa invadir sua cozinha, mas achei que você poderia acordar com fome. – Menciona constrangida. - Sem problema... a casa é sua. – Ela me encara e nada diz. Pega dois pratos e coloca sob a ilha da cozin
Visão de Júlia "Eu não queria dormir, estava com muito medo. O quarto estava escuro. A porta abriu devagar. É ele, ele voltou! Fechei os olhos bem apertados. Senti suas mãos em meu corpo. Ele puxou minha calcinha e começou a passar a mão ali no centro das minhas pernas. Abri os olhos e o vi diante de mim, já estava com as calças abaixadas e seu pênis para fora. Ele abaixou fazendo seu sexo tocar no meu. – Não faz isso tio, por favor!Chorei. – Ele sorriu e falou com sua voz forte.- Relaxa, você vai gostar, princesa.Eu conheço essa voz. Não é ele, é Erick! Não Erick! Por que está fazendo isso? Por favor, não! Gritei de dor, pois ele já tinha entrado em mim com seu pau grande e grosso e sorriu, aquele sorriso lindo e safado."Acordo assustada. O quarto estar um pouco escuro. Fico tentando me lembrar onde eu estou. Claro, estou na cama de Erick. Olho para o lado e ele está dormindo serenamente, com um braço embaixo da cabeça, o lençol cobrindo parte do seu corpo. Levanto-me e vou
visão de Júlia Paro de comer e fico prestando atenção na sua conversa. Quem é essa Hannah? - Fechar a boate em plena sexta feira, um dos dias de mais movimento? Claro que não Hannah. Erick fica ouvindo o que essa Hannah estar falando sem tirar os olhos de mim. - Ok, vou pensar no seu caso, depois nos falamos.Desliga e volta a sentar ao meu lado. Não falo nada e fico observando-o comer. Erick me olha de lado. Depois de alguns minutos, após comer, me levanto e vou até a pia para lavar as louças que eu havia sujado. - Hannah é minha irmã caçula. – Ele fala de repente. Irmã? Não sabia que Erick tinha uma irmã. – Irmã por parte de pai. – Ele continua. - Meu pai se casou novamente quando minha mãe morreu. Eu e Patrick fomos criados por Sarah e Hannah é filha dela com meu pai. Permaneço em silêncio. Não sei o que dizer. Continuo de costas para ele. Até que decido falar.- Vocês eram muito pequenos quando sua mãe morreu? – Pergunto.- Patrick tinha cinco e eu 2 anos. – Sinto muito
Visão de Júlia No dia seguinte chego no escritório cedo. Erick ainda não chegou. Arrumo os papeis na mesa, confiro sua agenda, preparo o café que provavelmente ele vai pedir e verifico minhas mensagens de e-mail.Já são 9 horas da manhã e Erick ainda não apareceu ou ligou. Ligo para ele e cai na caixa postal. Uma hora depois o elevador se abri e ele entra. Abro um sorriso ao vê-lo, porém, logo meu sorriso morre no rosto ao ver quem está atrás dele, Kate. - Bom dia Srta. Smith. – Ele me cumprimenta sério e vai direto para sua sala. Kate passa por mim e apenas me olha de cima a baixo. Ouço ela falar no caminho. – O que houve com Anna? Não sabia que ela não trabalhava mais com você. – Não se faça de desentendida Kate. Você sabe muito bem o que houve com Anna. Erick fala parecendo chateado. Entra na sala e tranca a porta, mas antes de fechar totalmente ele me olha e seu olhar parece querer me dizer algo... estar me pedindo desculpas? Meu coração começa a bater em um ritmo difere
Visão de JúliaMeus pensamentos estão confusos, dando voltas e mais voltas. Não consigo almoçar, tomo somente um suco. Penso em voltar para o escritório, já passa das duas da tarde. Estou atrasada, mas não estou me importando muito com isso. Minha cabeça está para explodir de dor. Cogito em ir para casa. Quero ficar longe de Erick, mas também não quero Maya me bombardeando de perguntas. Ando pelas ruas de Seattle sem rumo. Pego um táxi e acabo indo para o cemitério onde meus pais estão enterrados. Quando cheguei em Seattle, uma das primeiras coisas que fiz foi procurar o local onde eles tinham sido enterrados e sempre que posso venho conversar com eles e deixar umas flores em seus túmulos. Abaixo diante da lápide já gasta pelo tempo e choro. Como eu queria que eles ainda estivessem aqui. Me sinto tão só. Lembro que ainda criança, assim que aprendi a ler e escrever, escrevia para eles. Contava alguns acontecimentos da minha vida. Acho que ainda tenho essas cartas guardadas em casa
Visão de Júlia - Por que não atendeu minhas ligações? Seu tom de voz sai duro. – Ele está com raiva? Sério! Eu que deveria estar com raiva, e estou. – O que faz aqui? – Falo no mesmo tom de voz dele. Erick puxa a respiração e passa as mãos nos cabelos. – Não posso querer saber como a minha namorada está? Você não apareceu na empresa. Namorada. Repito essa palavra em pensamento, como ele ousa? Minha raiva sobe e eu não aguento segurar. – Que eu saiba, sua namorada não mora aqui e se me lembro bem, vocês estavam hoje juntinhos e aos beijos. – Falo com ironia. – Erick arregala os olhos e me encarra sem acreditar no que eu acabei de falar. – Kate não é minha namorada. Deixa-me te explicar. A Kate... – O interrompo. – Explicar? Não precisa me explicar nada, eu vi, ninguém me contou Erick. – Tento fechar a porta em sua cara, mas ele impede e força sua entrada. Saio da porta e retorno à sala. Ele me segue e fecha a porta atrás de si. – Júlia, se você viu o beijo, então deve ter vis