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CAPÍTULO XIII – Na boate
Visão de Júlia Jantamos e depois de um tempo saímos andando pelas ruas até encontrar um local onde pudéssemos beber e dançar à vontade. A fila de pessoas na porta da boate estava enorme, tivemos que esperar quase uma hora para entrar. Lá dentro estava mais cheio ainda. Nos esprememos para passar pelas pessoas até o bar. Quando pegamos nossas bebidas fomos para a pista de dança. Começamos a dançar e deixo a música me envolver. Fecho os olhos movendo meu corpo conforme o ritmo da música. Depois de um certo tempo e de beber mais algumas taças de coquetéis, sinto a sensação que tem alguém me observando. Olho para os lados e para cima, mas não vejo ninguém que eu conheça.A certa altura da noite e depois de ter ingerido uma boa quantidade de álcool, minha mente já estar me pregando umas peças. Todos os homens que se aproximam de mim eu enxergo meu chefe. Estou na pista de dança e sinto uns braços me segurar pela cintura. Começo a dançar e me esfregar nele. O homem me vira de frente para
CAPÍTULO XIV – Na boate 2
Visão de ErickPassar uma semana toda ao lado de Kate em um hospital foi desgastante. Depois que sua mãe me ligou, sai às pressas em direção a Olympia, cidade onde elas residem a mais ou menos 3 horas de Seattle. Não consigo acreditar que Kate teve a coragem de tentar o suicídio. Só para chamar minha atenção, só pode ser isso. Achei que retornaria em dois dias, por isso só informei a Patrick onde estaria, a mais ninguém. Porém, nem tudo sai conforme planejamos. Kate estava bem. Ingeriu uma quantidade enorme de medicamentos. Sua mãe chegou a tempo de levá-la ao hospital e agora está fora de perigo. A memória da minha ex-namorada retornou. Agora preferiria que ela continuasse com essa perda pelo resto da vida. Kate lembrou de coisas, ou se realmente as tinham esquecido, e está agora me chantageando. O acidente trouxe sérios problemas, não só a ela, mas a mim também. Por isso fiquei mais tempo na cidade para tentar resolver algumas questões. Não tive coragem de ligar para Júlia. Disse
CAPÍTULO XV – Constrangimento
Visão de Júlia Na segunda-feira levanto cedo e me arrumo para mais um dia de trabalho. Estou apreensiva pela volta de Erick. Ele havia retornado da sua viagem misteriosa e não entrou em contato comigo. E depois apareceu na boate, assim de repente.A cena da boate vem à minha mente. Estou com muita vergonha dele. Maya disse que ele havia ligado ontem querendo saber como eu estava. Como pude beber tanto e me expor ao ridículo daquela forma? Maya ainda dormia quando sai. Deixei um recado dizendo que só retornaria a noite e que ela aproveitasse o dia. Chego à empresa bem antes do horário. Aproveito para atualizar a agenda de Erick. Preparo o café e fico esperando-o chegar. O barulho do elevador chama a minha atenção. As portas se abrem e Erick entra, seu olhar vai direto aos meus. - Bom dia Sr. Prattes.- Bom dia Srta. Smith. Como você está? - Estou bem, obrigada por perguntar. Sinto meu rosto esquentar. Ele fica alguns segundos observando. Sorri, aquele sorriso torto que eu passei a
CAPÍTULO XVI – De volta ao trabalho
Visão de ErickNa segunda, ao chegar no escritório, dou de cara com ela. Está em pé ao lado da mesa me esperando com um sorriso estampado no rosto. Não consigo deixar de sorrir também. Nos cumprimentamos um ao outro e ela continua me olhando, talvez esperando que eu diga algo. Rio e sigo para minha sala. Ela pergunta se eu quero café, respondo que sim. Depois disso resolvemos organizar a minha agenda. Reagendar os compromissos que eu acabei abandonando, para ajudar minha ex-namorada, ex-noiva, enfim. Os assuntos mais urgentes, meu irmão resolveu Minha assistente está novamente com aquela expressão confusa. Sua timidez diante de mim é um encanto. Adoro seu constrangimento, pois sua pele fica rosada, sua respiração se altera e o tom de seus olhos muda. Em um momento ficam mais verdes, outros, acinzentados. Não mencionei nada a respeito do ocorrido na boate para não a deixar mais constrangida. Ela questiona os motivos da minha viagem repentina. Eu deveria contar a ela? Não, não posso
CAPÍTULO XVII – Preocupado
Visão de Erick - Ei, cara! Está me ouvindo? - O que? Estou sim... O que você disse mesmo? Olho para meu irmão que está falando sobre expandir os negócios, algo do tipo, não prestei muita atenção. Meus pensamentos estão em Júlia. Eu deveria ter ficado lá com ela. E se ela não tiver melhorado e passado mal novamente? - Ainda preocupado com toda essa merda que Kate criou? Suspiro passando as mãos pelo cabelo. – Não... que dizer, estou. - É, realmente é de se preocupar, mas tudo vai ficar bem, vamos resolver isso. Nosso advogado já está a par de tudo e estar vendo a melhor forma de resolver. - Eu sei. – Suspiro novamente me sentindo exausto. - Não vou mais ceder as suas chantagens emocionais. A sua tentativa de acabar com a própria vida foi demais para mim. Já falei para ela e para seus pais, ela não é mais problema meu. Depois de tudo que aconteceu com a gente, de tudo o que ela me fez eu ainda fiquei ao seu lado, tentei ajudar porque me senti culpado, na obrigação de dar a
CAPÍTULO XVIII – Primeira tentativa
Visão de Erick Vejo seus olhos umedecer, mas ela respira fundo e não deixa as lágrimas cair. Tem alguma coisa acontecendo com ela, posso ver a angústia estampada no seu olhar. - Sinto muito! – É só o que eu consigo falar no momento. Ficamos em silêncio até chegar à frente do seu apartamento. Quero abraçar, confortar e dizer que tudo vai ficar bem, independente do que esteja acontecendo. – Eu quero que você saiba que pode sempre contar comigo. Você é muito especial para mim Júlia. Retiro o cinto de segurança e me aproximo mais. Nossos rostos ficam bem perto um do outro. - Eu... eu quero você. – E então a beijo. A sensação de beijá-la novamente é inexplicável. Os movimentos se tornam mais intensos. Subo minha mão para sua nuca, afastando seu cabelo e puxando-a para mais perto. Ela geme baixinho e começa a afastar ofegante. - Erick! Nós não podemos... – Sim, podemos. O que te impede? Eu gosto de você. Desde o primeiro momento que te vi, senti uma certa ligação entre a g
CAPÍTULO XIX – Revelações
Visão de JúliaDepois de mais beijos entre eu e Erick no carro, entro em casa me sentindo mais leve. Por um momento esqueci do e-mail que recebi hoje pela manhã do meu tio Tony, o homem que eu mais detesto no mundo. Seu e-mail me fez ficar angustiada o restante do dia. Porque ele quer falar comigo, depois de muito tempo? Como conseguiu me encontrar? Sinto ânsia de vomito só em ouvir falar em seu nome. Abro a porta e dou de cara com Maya, que pela expressão, eu já sei que não vou escapar dos seus interrogatórios. - Oi. - Ela estreita os olhos e me olha de cima a baixo. – Por que a demora?- Você não recebeu minha mensagem? Eu tive que ficar até mais tarde no escritório. – Minto na cara dura. Viro as costas para ela e vou para meu quarto. Ela me segue. Sento-me na cama e coloco minha bolsa de lado. Me jogo de costas deitando-me. Minha amiga fica me olhando e se senta ao meu lado.- Desculpa July. É que passei o dia todo aqui trancada nesse apartamento, foi entediante. – Suspira,
CAPÍTULO XX – Revelações 2
Visão de JúliaSuspiro. Meu estomago se contrai e sinto vontade de vomitar. - Recebi um e-mail hoje daquele homem horrível. – O que? Daquele homem, do seu... - Sim. Estranho e absurdo não! Não sei como ele conseguiu me encontrar, depois de muito tempo. E o que ele quer comigo? Eu não posso vê-lo. Não vou suportar passar por tudo novamente, não vou Maya. Meus olhos se enchem de lágrimas e elas cai sem nenhum receio. Maya vem para perto de mim e me abraça. – Você leu o e-mail? Viu o que ele quer? – Não, não tive coragem. O que eu faço? Estou com medo. Maya me abraça mais forte. - Fala com Andrew, ele vai saber te ajudar. Balanço a cabeça em negativa. Ela continua. - Sim, July, ele é seu irmão, além de ser advogado. Você sabe muito bem que ele não teve culpa. Não tinha como ele saber. As pessoas que sabiam se calaram, inclusive eu. Você o afastou da sua vida e eu sei que Andrew sofreu e ainda sofre com a sua distância. Dê uma chance a ele, e a você mesma amiga. E isso
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