Ao chegar ao hotel, Gaby estacionou o carro na rua perpendicular e viu o carro de Fred do outro lado da rua. Ao entrar no hotel, deu de cara com Jane na recepção, mas ela a ignorou. Fazia parte do plano Gaby ver Jane ali para não levantar suspeitas. Na recepção, Gaby falou que estava sendo esperada no quarto 102 e o recepcionista liberou sua entrada. Subiu as escadas até o primeiro andar, seguiu no corredor e localizou o quarto 102. A mensagem dizia “pode chegar e entrar” e ela iria seguir as instruções. O quarto estava na penumbra e imaginou que fosse para criar uma atmosfera romântica. Era um quarto diferente, mais parecia um escritório adaptado para quarto. Havia uma espécie de antessala com mesa escrivaninha e cadeiras executivas. Parecia bem decorado. Sobre a escrivaninha, havia um balde com uma garrafa de champagne aberta. Uma taça servida pela metade, como se já tivesse sido bebida e abandonada ali. Ao avançar pela antessala, viu velas aromáticas e pétalas de rosas vermelhas
Rubens, Chris e Marcelo chegaram à Minaçu na hora prevista. Como não sabiam onde Gaby morava, passaram na padaria e uma atendente disse que algo havia acontecido, mas não sabia explicar. Tony e Flávia haviam saído apressados para socorrer Fred. Cida que vinha chegando, pois Flávia havia lhe pedido para ajudar na padaria, reconheceu Rubens no grupo e se aproximou cumprimentando-os. Rubens perguntou à Cida o que havia acontecido e ela explicou rapidamente que estavam à procura de Gaby porque aparentemente ela havia pego Fred em uma situação difícil. Rubens sentiu seu sangue ferver! “Aquele desgraçado havia lhe prometido não magoar Gaby, mas descumprira sua promessa.” —Onde ele está? – perguntou ele irado. —Leve-me à casa dele agora. Cida, entrou no carro com eles e levou-os. Ao parar na porta da casa de Fred, Rubens desceu apressado pulou os degraus do alpendre e entrou na casa. Fred e Tony estavam saindo para procurar Gaby. Flávia ficaria na casa para o caso de ela aparecer. Fred
Gaby passou a noite em claro. Beto tentou dar-lhe algo para comer, mas ela não conseguiu. Vomitou algumas vezes e ele ficou preocupado. Ao amanhecer, Beto achou que era a hora de dar a cartada final. —Gaby, case-se comigo. Fred já lhe provou que não vale nada. Eu te amo! Além do mais, sabe que fomos feitos um para o outro. Você é minha prometida desde que nasceu. Isso que aconteceu com Fred é a mão do destino para nos unir para sempre. Gaby ouvia tudo calada e tentava colocar suas ideias em ordem. Lembrou-se do vidente e concluiu que talvez Beto realmente fosse o seu destino. Além do mais, seu filho precisava de um pai. Começou então a elaborar aquela ideia. Fred, enquanto mulherengo que era, possivelmente não mudaria nunca. Lembrou-se também da conversa que teve com Rubens há cerca de dois meses sobre ver o lado bom de tudo e tentou ver o lado bom nisso também: Se ela tivesse se casado com Fred e descoberto suas traições depois, talvez seria pior. Pensou que Rubens seria um ex
Às 13h de sábado Gaby tinha que estar na casa de Cida, pois teria manicure, pedicure, maquiagem e cabelo marcados. Beto fez questão de levá-la, pois queria ter certeza de que ela não voltaria para a casa de Fred. Ao deixá-la na porta da casa de Cida, ele também foi se arrumar, pois afinal ele se casaria naquele dia e nem tinha comprado um terno. Usaria um terno que já tinha e que serviria para a ocasião. Gaby bateu a campainha da casa de Cida e ela quase caiu de costas quando a viu! Ela estava um caco e com olheiras profundas, típicas de alguém que não tinha dormido nada. Imediatamente, Cida colocou a amiga para dentro de casa. —Gaby, tá todo mundo louco atrás de você. Você comeu algo? Ao ver a amiga responder negativamente com a cabeça, Cida tentou dar-lhe algo para comer. Num misto de alívio pela amiga ter aparecido e preocupação pelo que estava por vir, questionou: —Onde você estava? —Com Beto. Vou me casar com ele. —Você ficou maluca? – indagou a amiga. —Talvez eu tenha fi
Lá fora, Tony colocava Fred no carro completamente transtornado. . Chris ao ver Rubens sair, perguntou: —Ela te ouviu? —Ouviu, mas não mudou de ideia. – deu uma pausa e falou. —Mas acho que ela deu uma balançada. —E agora? —Agora vamos fazer tudo para provar que ele é inocente. Leve-o para casa Chris. Faça-o tomar um banho e se vestir para se casar! Leve Flávia para te ajudar. —O que vai fazer? —Ainda não sei, mas se depender de mim ela não vai se casar com aquele cafajeste. – sorriu para Chris. Ela retribuiu o sorriso e saiu confiante. Rubens era muito perspicaz. Tinha certeza de que ele encontraria uma solução. Chris e Flávia levaram Fred para casa, enquanto Rubens reunia os homens para sua missão. —Tony, Marcelo, preciso de vocês. —*— Rubens tentou ordenar os pensamentos e traçar uma estratégia. —É simples. Plano A: Provar a inocência de Fred. —Como vamos fazer isso? – indagou Marcelo. —Ainda estou pensando... – respondeu Rubens. —Tony, preciso de maiores informações s
Na casa de Cida, Gaby estava praticamente pronta. A maquiadora finalizava a maquiagem e tentava esconder as olheiras de uma noite em claro. Desde que Rubens havia saído, Gaby não tinha esquecido as palavras dele. Outra coisa que mexeu com ela, foi a conversa com Cida. Lembrava-se também do olhar triste de Fred. Ele realmente estava sofrendo tanto quanto ela. Isso a fez pensar que se de fato ele tivesse transado com Luiza em sã consciência, não sofreria. Começou a analisar o ocorrido há 10 anos em que havia pegado Beto com Jane. Depois de seu reencontro com Beto, ele afirmara que quem havia passado a mensagem atraindo-a para flagrá-lo tinha sido Jane e, não ele. Ela tinha usado o celular dele enquanto ele estava distraído no banho. Lembrou-se de Rubens ter dito que colocaram um “Boa noite Cinderela” na bebida de Fred. “E se isso fosse verdade, Fred poderia ser inocente. Com ele apagado, qualquer pessoa poderia ter lhe enviado aquela mensagem. Mas e se não fosse isso?” Finalizada a ma
No altar, Dona Glória e Sr. Durval não estavam entendendo nada. Afinal, quem estava no lugar do noivo era Beto, não Fred. Na porta da igreja, Jane empurrou Tony e Flávia para entrarem. —Você aí! – Jane falou com Chris. —É Madrinha? —Sim! —Então, entra! – apontou Jane. —Meu par não chegou ainda. – respondeu Chris sem entender quem era aquela maluca dando ordens a todos. —Então acabaram os padrinhos. Quem entrou, entrou. Quem não entrou, não entra mais. Agora entre a noiva! —Quem é essa louca? – perguntou Chris. —Essa é Jane. A intrometida. – respondeu Cida. Rubens estava aflito. Nem Fred e nem Luiz Gustavo chegavam. Ele teria mesmo que sequestrar Gaby. Gaby estava em outro mundo e não percebia o que Jane estava fazendo. Nem percebeu que ela a havia posicionado junto ao pai na porta de entrada. Sua mente viajava nas palavras de Rubens, Cida e de Fred. O pai falava com ela e ela não o ouvia. A marcha nupcial tocou e o pai de Gaby começou a andar conduzindo-a. Pisara
Ao término da cerimônia, noivos e convidados seguiram para a padaria, onde aconteceria a recepção. Ao chegarem, os noivos foram aclamados e receberam os cumprimentos de todos. Quando seus padrinhos vieram lhe cumprimentar, Gaby os abraçou e agradeceu a presença. Os pais de Beto a abraçaram e felicitaram pelo bebê. Sr. Pedro e Dona Alice pediram perdão à Gaby e Fred pelo comportamento de Beto e se disseram envergonhados pelos atos do filho. Após os cumprimentos, os noivos sentaram-se à mesa dos amigos, enquanto seus pais e padrinhos sentaram-se à mesa ao lado. Na mesa dos amigos não se falavam de outra coisa a não ser da missão quase impossível que eles enfrentaram para desfazer o mal-entendido e unir os dois. Fred agradeceu a todos pela compreensão e empenho, em especial a Rubens. —Rubens, muito obrigado por tudo que fez por mim! De coração, cara! —De nada, Fred. Mas eu não fiz por você! – disse Rubens. Todos se espantaram com receio de Rubens se declarar à Gaby. —Fiz pelo