Oliver BlakeEssas semanas com a Tatiane estão sendo incríveis!Estamos vivendo juntos, dormindo juntos, tomando banho juntos e dividindo momentos únicos. Aproveitamos cada conversa, cada beijo, cada abraço e pela primeira vez, sinto que o vazio que eu sentia um tempo atrás está sendo preenchido. Tatiane tem me surpreendido em tudo e ela é uma mistura perfeita de menina mulher.Ela sabe ser mulher na cama, no beijo, no diálogo e quando estamos nos braços um do outro, é quando ela me mostra que gosta, do que temos nesse quesito e temos evoluído. Agora, quando estamos jogando conversa fora, ela é o tipo de garota que come sem vergonha alguma, que dança sem perceber, que sorrir alto pela espontaneidade, que briga por um pedaço de chocolate e mostra que não é perfeita.E nem quero que seja, mas ela é na minha visão.A cada dia que passava, eu vi o quanto estava e estou me apegando a ela, e o medo pela operação vinha com tudo. Ficar no carro conversando com ela, foi uma das formas que enco
Tatiane BlackyDesperto tomada pelo susto e me arrependo por isso no mesmo segundo. A dor na vista é grande pela luz branca e logo vem um incômodo na minha mão e, vejo nitidamente que estou numa cama em um quarto de hospital.Tento me sentar, mas noto que tem uma faixa no meu braço e no lado da barriga, então, algumas lembranças vem em cheio do que aconteceu. Lembro da operação, das mensagens que troquei com Oliver, de quando entrei na antiga casa da Hanna e por fim, alguns flashes vem de forma confusa sobre Douglas.Com certeza foi ele que me machucou e também tem um curativo na minha garganta.Não há ninguém aqui comigo, estou sozinha e tento procurar uma forma de chamar alguém, mas no momento não acho nada. A porta está fechada. Tento procurar algum objeto meu, mas lembro que o meu celular foi quebrado, porém, encontro um botão na grade da cama, bem abaixo do lençol e me arrisco a apertar.Sinto sede, um desconforto na garganta e uma dificuldade de me mexer, por causa da faixa perto
Tatiane BlackyNão consigo ter nenhuma reação.— Desculpe..., mas não sabiam que são meia irmãs? Acharam que eram irmãs dos mesmos pais? — A médica pergunta e não consigo responder. — É isso?— É..., é que..., nunca é..., nós pensávamos que..., meu deus! — Hanna se senta numa cadeira próxima e abaixa a cabeça apoiando os braços nas coxas. — Isso é loucura..., como que..., mas... — Ela fala sozinha e nem isso eu consigo dizer.— Pode nos deixar..., a sós? — Pergunto sem conseguir olhar para a mulher.— É claro! Mas precisam de ajuda? — Ela pergunta a nós duas e nego com a cabeça bem devagar.— Não..., só de ficarmos a sós, obrigada! — Falo ainda encarando a parede.A médica pede licença e sai lentamente indo para a porta, mas na mesma hora, a enfermeira retorna e ela me entrega a água que pedi. Tomo alguns goles bem devagar por orientação dela, porém, a água desde como uma pedra, me deixando sufocada e depois, é como se sentisse ela descendo até a barriga.Que sensação ruim!Depois de
Hanna DawsonOutra vez eu me sinto como se vivesse a vida de outra pessoa, pois descubro algo sobre a minha vida que nunca foi mencionado.Em momento algum, ouvi sobre eu ter uma irmã, sempre foi dito que sou filha única e mais uma vez eu estou sentindo que a minha mãe é uma mulher desconhecida. Como ela pode esconder um fato enorme desse de mim? Como que ela conseguiu viver normalmente como se tudo estivesse bem e conseguiu ignorar algo tão grande?Será que ela sabe onde o meu pai está? Será que ela é minha mãe mesmo?Sim, esse pensamento chegou na minha cabeça, porque nunca pensei que ela pudesse esconder tantas coisas de mim. Nesse momento, me sinto como se estivesse vivendo errado, como se tudo o que soubesse fosse inexistente e além disso, é como se eu tivesse caído dentro de um buraco negro.Pensei que as loucuras estivesse sido mostradas naquela confusão, eu tinha certeza de que aquilo já era suficiente e que só precisava me preocupar com o futuro, mas, lá vai eu outra vez ques
Hanna DawsonO dia de ontem foi com a Tati no hospital conversamos muito. Ela me contou da declaração de Oliver, falou dos seus medos e colocamos tudo em dia. Depois, eu trabalho na empresa para cobrir a ausência de Oliver e da Tati. Hoje, o dia já amanheceu e já recebi mensagens da minha mãe sobre ter chegado em Nova York e aposto que ela não veio sozinha.Pelas mensagens, ela deve ter vindo com Charles, afinal, ela não sabe andar por aqui e ela não me perguntou nada. Só sei que ela está no taxi vindo para a empresa, pois é o lugar mais adequado já que é dia e não posso faltar pela demanda, mas, agilizei o máximo possível.Mattew, concordou de ser aqui e já estou andando de um lado para o outro. Estou nervosa.— Eles chegaram! — Mattew diz na porta da minha sala. — Sabia que o meu pai vinha junto. — Bem que desconfiei. — Vai conversar com ele? — Questiono curiosa e ele dá de ombros.— Não tenho muita escolha..., ele vai insistir e acho que esses dias foram bom em distância. — Caminh
Hanna DawsonUm furacão na mente ainda é pouco para descrever o que sinto, porque eu nunca na minha vida cheguei a cogitar algo assim, mesmo ela contando que ele nos abandonou.A minha mãe nunca foi de dar muitos detalhes sobre ele, apenas dizia que ele tinha ido embora quando eu era pequena. Só isso. Mas, ouvir o que ele fez a ela é inacreditável!— Eu saí de casa muito cedo por causa dele..., estava apaixonada, achei que ele me amava e que tudo daria certo, mas..., tudo desandou. Martin, me sufocava em tudo. Ele começou a proibir que eu trabalhasse fora, controlava o que eu vestia, me ameaçava e começou a beber muito..., depois foi só piorando e eu não tinha ninguém. — Ela conta sentada ao meu lado. — Quando ele foi embora, me deixando com você e aquele bebê..., eu não tinha a quem pedir ajuda, eu não tinha reserva de dinheiro e eu não podia negligenciar na saúde de vocês. Eu ainda fiquei uns dias com a criança, mas, uma hora não deu... — Ela conta começando a ficar mais nervosa ao
Tatiane BlackyEu passei praticamente a noite em claro com a Hanna conversando. Ela soube muito bem conversar comigo e enquanto ela falava, um filme passava na minha cabeça. Somos irmãs do mesmo pai, um homem que não se importou com nenhuma de nós duas e está vivendo como se a nossa existência fosse um nada. Isso não me afeta de forma sentimental, mas não é boa a sensação de saber outra vez que foi abandonada.Já tinha essa certeza, mas, saber que foi por puro egoísmos e maldade é mil vezes pior!Não posso ser injusta e tentar questionar ou cobrar Nicole pelo que fez, mas se eu disser que não doeu saber a verdade, estarei mentindo. Tenho mais uma vez a confirmação de que nunca fui escolhida ou querida. Não é fácil reconhecer isso e, novamente, eu não estou culpando a Nicole, mas há mais de uma verdade em tudo o que aconteceu e essa á a minha verdade.As únicas vezes que fui escolhida de forma sincera desde o começo, foi a Hanna e Oliver.Voltar a pensar nisso como um fato e realidade,
Hanna DawsonÉ hoje que a Tati recebe alta do hospital.Essa é a melhor notícia que eu poderia ouvir. Fiquei aliviada quando a médica afirmou que seria hoje e o melhor de tudo, é que o local do ferimento não está mais vermelho, não tem nenhum tipo de secreção ou humidade, ou seja, está cicatrizando bem sequinho conforme o adequado.As dores diminuíram e consequentemente, as dosagens de medicamentos também foram diminuídas, então, o que ela vai tomar em casa são só umas capsulas. Ela terá que ficar em repouso e limpar o local umas três vezes ao dia trocando o curativo e passando pomada. É bem simples. O pior realmente já passou!Depois daquela conversa entre Tati e a minha mãe, ouvi sobre o pouco que ela sabe sobre Dayane. Pelo que entendi, Martin, o nosso pai, começou a trair a minha mãe e quando Dayane apareceu na casa deles, além da confusão, foi que as duas descobriram sobre a outra. Dayane a seguiu por ter as suas desconfianças e Martin fez tudo muito bem escondido e digo que o ú