Carolina Alcântara Al-MakkiChegamos a cidade com temperaturas negativas, por sorte havia pesquisado um pouco sobre o clima e me preparei comprando algumas roupas de inverno para aproveitar a semana que estaremos aqui. O hotel reservado fica em uma comunidade afastada e a maior atração turística é a aurora boreal que acontece aqui.Havia reservado três chalés para nos acomodar, um ao lado do outro, nossos seguranças estariam se revezando nos dois ao lado e ficaremos nos três no chalé do meio. O lugar é extremamente lindo, a neve cobria toda a paisagem e a floresta de pinheiros que circulava o complexo do resort, havíamos chegado um pouco mais de três da manhã, a atendente que nos recebeu nos avisou que naquela madrugada já havia tido uma aurora, mas que teríamos oportunidade de ver novamente.Bruno e Hassan começam a organizar o chalé que estavam com o aquecedor ligado e mesmo assim o frio estava me incomodando, retiro o casaco pesado e vou para a cama me enrolar com as cobertas. Graça
Carolina Alcântara Al-MakkiPara o meu desgosto precisei estar em mais uma festa anual de confraternização da “First”. Para o mundo inteiro a organização mafiosa que faço parte nada mais é que rede de apoio a filantropia, que ajuda as mais diversas situações no mundo inteiro.Mas na verdade tem associação com guerras que acontecem na África, na Sérvia e até mesmo com o terrorismo. Não que me agrade os negócios que Fritz comanda, se fosse eu no comando, manteria apenas o quesito de falsificações que geram uma boa receita. Não me agrada saber que a organização negocia e vende armas para os assassinos que matam pessoas nessa guerras por puro prazer. Respiro irritada por estar aqui, se dependesse de mim estaria ainda em casa no Sudão ou no Brasil, aproveitando o fim da minha gestação ao lado dos dois homens que tem se dividido em estar ao meu lado me mimando, cuidado de tudo para que a nossa gravidez seja o mais tranquila possivel.Salim aproveitou a oportunidade que estamos morando com
Hassan Al-MakkiAssim que me afasto da mansão, mantenho os olhos em minha filha que estava gemendo no banco de trás, a via se encolher com o frio que estava sentindo, imagino que seja devido à febre. Paro o carro no meio-fio e retiro o meu terno com a intenção de aquecer o pequeno corpo da menina que ainda não me aceita como marido de sua mãe. Viro para trás e a enrolo com para protegê-la.Mantenho os meus pensamentos em Allah, pedindo clemência e misericórdia, suplicando por saúde a minha filha, mesmo que Laís ainda esteja relutante em me ver ao lado de minha estrela, já amo ela como minha filha. Volto a dirigir e antes que chegasse perto do hotel onde Bruno havia feito nossas reservas, Laís acorda chorando e gritando com dor.Ao me virar para olhá-la, a vejo se curvando e vomitando no banco atrás de mim. Me desespero com o que vejo e em vez de ir para o hotel, decido ir para o pronto-socorro. Conecto a ligação no carro e ligo para Mariana que já estava esperando a minha chegada com
Hassan Al-Makki Olho para minha esposa que se aproxima e se abaixa em minha frente segurando o meu rosto com toda delicadeza que há, ela seca as minhas lágrimas. Posso ver no rosto dos dois toda a preocupação por não saberem o que estava acontecendo. Tento contar a eles o que houve e o que Laís fez para me deixar esperançoso em relação a minha aceitação como seus pais. — Ela vai ficar bem, minha Deusa! — Bruno diz mais tranquilo. O vejo se erguer do chão e faço o mesmo, nossa esposa não deveria estar assim abaixada, ainda mais tão perto de ter nossa menina. Levanto e ajudamos minha estrela a levantar. Com carinho ajudo a mulher que continua chorando a sentar no sofá ao lado da cama. Sento ao seu lado e seguro em sua mão. — Não sabia o que fazer, ela começou a passar mal e achei melhor trazê-la… — Digo me sentindo de certa forma culpado. — Você fez certo amor, imagina se fosse esperar por mim ou o Bruno no hotel? — Nego com a cabeça, acho que não ia conseguir esperar. Bruno sen
Dois anos depois Carolina Alcântara Al-Makki Dois anos maravilhosos que estamos vivendo, conseguimos encontrar a harmonia em nosso casamento, Bruno finalmente conseguiu voltar aquele homem por quem me apaixonei há tantos anos. Mesmo que nossas responsabilidades como CEO da “Smoke” tenham aumentado drasticamente com a expansão da empresa, que conquistou muitos usuários nos últimos anos. Para a minha surpresa ano passado meu marido desbancou o dono de uma certa rede social que em seu egocentrismo comprou outra rede social e as unificaram. Mesmo assim, Bruno foi mencionado duas vezes na listagem da Forbes, o que rendeu muita piadinha entre nossos amigos Lira. Assim como aos nossos amigos da Grécia que estavam muito orgulhosos de meu marido, que estava a cada dia prosperado ao meu lado. Mas meus negócios não estavam tão atrás assim, consegui finalmente construir dois novos Suíças, um no Sudão e outro no Egito, escolhemos esses lugares apenas para nos manter por perto do nosso futuro b
Carolina Alcântara Al-Makki Com o resultado nas mãos, precisamos voltar na clínica, ver se tudo está certinho e principalmente para saber se os dois embriões foram implantados. Afinal deveriam ser gêmeos. Nossa chegada no consultório da médica já estava sendo esperada, entramos por uma porta lateral para não ser reconhecida por alguma pessoa que estivesse por lá, Frank como sempre cuidando de minha segurança ao lado de Hassan e pelo sorriso do nosso segurança ele estava mais feliz do que eu, que estava gravida. — Ele apenas quer voltar para o Sudão, deixe de por ideias em sua cabeça. — Hassan diz quando o encho de perguntas. Mas acho que isso tem a ver com uma das empregadas do palácio que pareceu se interessar por ele. Mesmo que achei que não daria certo devido à religião. É muito mais fácil o homem árabe aceitar uma mulher fora do Islã, que uma mulher muçulmana aceitar um homem de fora da religião, é muita abdicação. Estou nessa vida há mais de dois anos e a cada dia é um ensin
Sete anos depois Bruno Alcântara Os anos tem se passado e nem parece que tem quase dez anos que aturo esse viciado em café diariamente. Minha amizade com Hassan se estreitou muito, conseguimos encontrar uma sintonia para estarmos sempre satisfazendo a nossa esposa. Claro que às vezes como irmãos existem pequenas brigas, ainda mais quando preciso me afastar e ele sempre diz que passo tempo demais longe da família. Que está na hora de delegar funções e contratar um substituto para a “Smoke”. De certa forma concordo com ele, mas depois de quase perder a minha empresa no início para um administrador que me roubou e depois o matei, fico com medo de deixar nas mãos de qualquer um. Mas sei que está na hora de deixar a empresa na mão de outra pessoa, enquanto um de nossos filhos não se torne um candidato. Se o que minha Deusa estiver planejando der realmente certo, Laís e Matheus terão seus casamentos com a máfia, então eles provavelmente não poderão assumir. Zara por uma obra do destino
Bruno AlcântaraDesço um pouco a minha cueca enquanto via Hassan trazendo nossa esposa para cama, sei que eles estão muito putos pelo que houve na sala de Mattia, mas o que mais poderia fazer.Porra é meu filho também…Tive que aceitar as ideias de Carol para Laís em relação a Henrique, por sorte a nossa pipoquinha também sente algo pelo chefe da máfia americana e tenho certeza que quando ele perceber que Laís é uma miniatura de sua mãe, talvez ele se apaixone por nossa filha.Enquanto Matheus está em compromisso com Atena Spanos, tenho certeza que Alex deve ter feito algum muito idiota para implorar que sua pequena joia se casasse com meu filho, tenho certeza que é um relacionamento que mais me dará dor de cabeça. Pelo menos acho, já que Matheus gosta de estar em Santorini, com as gêmeas de Alex e os trigêmeos de Demétrius.Minha Deusa é deitada na cama e ouço a sua risadinha, sei que por hora o seu tesão vai controlar a sua raiva, pelo que aconteceu ainda pouco. Observo Hassan retir