Na pequena cidade de Forks, a notícia da chegada do rei vampiro e sua delegação espalhou-se rapidamente. A população estava em um frenesi de curiosidade e apreensão. Para os lobos, era difícil confiar nos vampiros, e o sentimento era recíproco. Luke e Edgar sabiam que teriam que trabalhar arduamente para que a aliança entre as raças funcionasse.Luke e Edgar passaram a maior parte do tempo trancados no escritório de Dilan, trocando informações e discutindo planos. Incrivelmente, os dois líderes se deram muito bem. Embora viessem de mundos completamente diferentes, havia um respeito mútuo e uma compreensão compartilhada da importância da situação. Edgar era calculista e pragmático, enquanto Luke era determinado e estrategista. Essa combinação fez com que suas discussões fossem produtivas e focadas em soluções práticas para os desafios que enfrentavam.Enquanto isso, Ravena, a companheira humana de Edgar, passava o tempo com Hellen. Apesar da diferença de idade, as duas descobriram que
Em um porão escuro e sombrio, onde a luz do dia nunca ousava penetrar, uma cena de puro terror e escuridão se desdobrava. O ar estava pesado com o cheiro de cera derretida e enxofre, misturado com o odor metálico de sangue antigo. Velas vermelhas queimavam em suportes de ferro torcido, lançando sombras dançantes nas paredes de pedra áspera, cobertas de musgo e fuligem. O ambiente era abafado, como se o próprio porão estivesse respirando, exalando a escuridão e o mal que ali residiam.As paredes estavam adornadas com símbolos esculpidos em baixo-relevo, antigos e quase esquecidos pela maioria. Esses símbolos, escritos em uma língua perdida no tempo, eram assustadoramente detalhados, representando pactos demoníacos, sacrifícios e rituais que envolviam dor e morte. Estantes de madeira envelhecida, apodrecida pelo tempo e pelo uso constante, alinhavam-se ao longo das paredes, abarrotadas de tomos e grimórios antigos, cujas capas de couro estavam cobertas de símbolos misteriosos e títulos
Nos escombros do outrora majestoso Castelo de Luminaria, uma escuridão sufocante dominava o ambiente. Lá, em uma cela subterrânea, Herlon, a personificação do mal primordial, se encontrava aprisionado. Suas movimentações incessantes refletiam sua crescente frustração e a sede insaciável de destruição. As paredes de sua cela, encantadas pelos antigos deuses para conter sua malevolência, começavam a mostrar sinais de desgaste.Herlon girava pela cela em um ritmo frenético, seus olhos ardendo de ódio puro. Ele se chocava contra as paredes que o aprisionavam, proferindo maldições com uma voz rouca e ameaçadora. "Isso, suas criaturas imbecis e idiotas! Me soltem, me soltem! Juro que nunca conheceram tamanha dor, trevas e sofrimento. Vou aniquilar todas essas pragas que os deuses colocaram no meu mundo!" Suas palavras reverberavam pelas pedras frias, ecoando com uma promessa de destruição iminente.Em um canto escuro da cela, Hércules e Valesca observavam impotentes. Hércules, que sempre fo
Enquanto isso, outra delegação chegava a Forks. O rei Roan, a rainha Elizabeth, Ricardo, o beta real, e Severus, juntamente com um pequeno exército de lobos, aproximavam-se da cidade. Santos, que viajou com eles até a fronteira, decidiu visitar seu bando antes de enfrentar Dilan e contar a verdade a Hellen. O rei Roan já havia concedido a ele uma soma considerável, suficiente para começar uma vila nas terras vizinhas a Forks, que agora pertenciam a ele.Quando Santos chegou ao acampamento do antigo exército dos Desonestos, foi recebido com vivas e muita emoção daqueles que agora teriam um lar para chamar de seu. A alegria era palpável, e o sentimento de esperança preenchia o ar. Santos declarou com firmeza que as terras onde estavam agora pertenciam a eles e que ele, como seu alfa, faria tudo para transformar aquele lugar em um lar decente para eles e seus filhos.A multidão, composta por lobos e humanos que haviam seguido Santos em tempos difíceis, reagiu com entusiasmo. A promessa d
Assim que se viu sozinho com seu pai, Luke sentiu o peso das palavras que estavam por vir. Ele se aproximou de Roan, tentando manter a compostura diante da figura que sempre considerou inabalável."Pai, você tem certeza disso?" Luke perguntou, a voz cheia de incerteza.Roan assentiu lentamente:"Sim, filho. Santos estava sendo sincero. Ele realmente se importa com a filha."Luke olhou para o pai, buscando a confirmação de que precisava. Ele confiava no julgamento de Roan, um homem cuja sabedoria sempre guiara seu próprio caminho. Com um suspiro resignado, ele assentiu.Roan, percebendo a tensão no filho, colocou uma mão trêmula no ombro dele:"Luke, preciso te dizer algo importante. Estou morrendo."Luke abriu a boca para protestar, mas Roan levantou a mão, interrompendo-o:"Me deixe falar, por favor. A cada dia que passa, sinto-me mais fraco. Meu lobo está cada vez mais distante. Quero que você seja um homem honrado. A família de Santos foi injustiçada, e ele merece uma chance."Luke
De mãos dadas, Luke e Hellen entraram no quarto onde Rei Roan estava sentado em uma poltrona, com a Rainha Elizabete ao seu lado. O ambiente estava carregado de expectativa e emoção, e Luke sentia seu coração acelerar enquanto se aproximava de seus pais.A Rainha Elizabete se levantou e veio ao encontro de Luke e Hellen:"Luke, meu querido," disse ela, sua voz suave e calorosa. Seus olhos se voltaram para Hellen, e um sorriso gentil iluminou seu rosto. "E você deve ser Hellen. É um prazer conhecê-la."Luke deu um passo à frente, apresentando Hellen formalmente:"Mãe, esta é Hellen, minha companheira."A Rainha Elizabete abraçou Hellen, apertando-a com firmeza:"Você é linda, querida. Estamos muito felizes em conhecê-la."Hellen sorriu timidamente, sentindo-se acolhida pela calorosa recepção da rainha:"Obrigada, Majestade."Luke então levou Hellen até seu pai. Rei Roan estendeu a mão para cumprimentá-la, e algo incrível aconteceu. Quando Hellen apertou a mão dele, seus olhos ficaram v
A fúria e o medo tomaram conta de Severus ao perceber quais as ervas que a loba vermelha estava coletando. Ele sabia que, se o Rei Roan tomasse a infusão certa, meses de envenenamento silencioso seriam anulados, e ele estaria em grandes apuros. Severus sabia que sua identidade como envenenador poderia ser descoberta, e isso seria seu fim.Ele precisava agir rapidamente. A infusão não demoraria muito para ficar pronta, e o rei tinha que morrer antes disso. No entanto, ele não sabia exatamente como apressar a morte do rei. Talvez, se ele estragasse a infusão ou conseguisse mais veneno, uma única dose a mais poderia ser suficiente para matar o rei.Severus andava de um lado para o outro, a mente fervilhando de possibilidades. Precisava de um plano, algo que garantisse que o rei não sobreviveria até o dia seguinte. Decidiu que estragar a infusão seria a melhor opção, mas como fazer isso sem ser descoberto?Ao voltar para a casa do Alfa Dilan, Severus sentiu o cheiro da infusão. Hellen, so
De volta ao quarto do rei, Santos mantinha-se atento, vigiando qualquer movimento suspeito. Ele sabia que a situação era delicada e que cada segundo contava. O tempo parecia se arrastar enquanto aguardava o retorno de Luke e Hellen.Finalmente, eles voltaram com a nova infusão:"Está pronta," disse Hellen, entregando a mistura a Santos.Ele cheirou a infusão, fechando os olhos para se concentrar:"Está limpa," confirmou ele, entregando a dose a Luke.Com cuidado, Luke administrou a nova infusão ao seu pai. A Rainha Elizabeth segurou a mão de Roan, esperando ansiosamente por qualquer sinal de melhora. Todos na sala prenderam a respiração, esperando que essa dose salvasse o rei.Horas se passaram e, lentamente, o Rei Roan começou a mostrar sinais de recuperação. Sua respiração se tornou mais regular, e a cor voltou ao seu rosto pálido. O alívio na sala era palpável."Você conseguiu," disse Luke, virando-se para Hellen e Santos. "Você salvou meu pai."Hellen sorriu, sentindo um peso ser