Edgar atravessava a floresta com a velocidade sobrenatural que apenas um vampiro poderia alcançar. Seus sentidos estavam aguçados, cada movimento, cada som da noite amplificado ao extremo. Sua mente, um turbilhão de pensamentos e emoções, focava-se agora em um único objetivo: reconquistar Gloria e levá-la de volta para casa, mesmo que ela resistisse.Conforme corria, Edgar refletia sobre os últimos dias. Surpreendentemente, encontrava-se pensando menos em Ravena. A dor da perda ainda latejava em seu coração, mas começava a ser suavizada pelas preocupações com Gloria. Ele se perguntava se isso significava uma traição à memória de Ravena ou apenas um passo necessário rumo à cura. A verdade era que Gloria havia se infiltrado em seus pensamentos de maneira indelével, despertando sentimentos que ele achava que nunca mais sentiria. Agora, tudo que desejava era uma chance de reparar os erros e talvez construir algo novo com ela.Ao se aproximar do acampamento de Santos, Edgar diminuiu sua ve
Edgar atravessou a floresta em uma velocidade estonteante, com Gloria ainda sobre seus ombros, resistindo de todas as formas que conseguia, mas cada vez mais consciente da futilidade de seus esforços. À medida que se aproximavam da casa dos vampiros, o cenário ao redor se tornava um borrão de verdes e marrons misturados pelo movimento rápido.Ao chegarem, Edgar não hesitou. Ignorando os olhares curiosos e algumas expressões de desaprovação dos outros vampiros na sala, ele subiu as escadas de dois em dois degraus, uma determinação feroz estampada no rosto. Gloria, sentindo-se cada vez mais embaraçada pela situação e pela audiência não intencional de sua chegada tumultuada, sussurrou para Edgar, pedindo que a colocasse no chão. Ele, no entanto, ignorou seus apelos até chegarem ao quarto que deveria ser deles.Assim que entraram no quarto, Edgar finalmente a colocou no chão. Gloria rapidamente notou as mudanças no ambiente. Os pertences de Ravena haviam desaparecido, e a decoração tinha
Enquanto isso, Severus movia-se com cautela entre os escombros do antigo castelo de Luminária, seu corpo tenso e alerta. Ele sabia que o tempo estava contra ele e que precisava encontrar a cela mágica antes que fosse tarde demais. As paredes da caverna improvisada onde ele e a loba vermelha sequestrada estavam escondidos pareciam se fechar ao redor dele, aumentando sua sensação de urgência.A garota loba, amarrada com correntes de prata que queimavam sua pele, estava deitada no chão, amordaçada e incapaz de pedir socorro. Seus olhos estavam cheios de terror, seguindo cada movimento de Severus com uma mistura de medo e desespero. Ele sabia que ela era essencial para o ritual, um sacrifício necessário para libertar Herlon, e não podia permitir que ela estragasse seus planos.Severus caminhava pelos corredores escuros e úmidos, sua tocha lançando sombras ameaçadoras nas paredes. As patrulhas dos guardas de Luke e Edgar estavam cada vez mais frequentes, e ele sabia que um único erro poder
Severus sabia que o tempo estava se esgotando. O som dos guardas se aproximando ecoava pelos túneis, e ele não tinha mais momentos a perder. Voltou apressadamente para a caverna onde a garota estava presa, seus olhos fixos na entrada enquanto seus ouvidos captavam cada ruído vindo dos guardas. A tensão no ar era palpável, e cada passo que ele dava era um lembrete de quão perto estava do sucesso – ou do fracasso total.Com brutalidade, ele agarrou a garota, arrancando-a do chão com um puxão firme. Ela tentou resistir, mas as correntes de prata queimavam sua pele e drenavam suas forças, tornando a luta inútil. Severus pegou todos os ingredientes para o ritual e verificou o celular, que estava bem escondido em suas roupas íntimas, seguro contra qualquer perda. O dispositivo tinha sido carregado e desligado para garantir que não ficaria sem bateria em um momento crucial. Ele sabia que aquele aparelho seria sua única conexão com o mundo exterior uma vez que estivesse dentro da cela mágica.
De volta a Forks no chão do quarto, a respiração de Edgar estava pesada enquanto ele olhava para Gloria com uma expressão cheia de arrependimento e ansiedade. Os olhos dele, normalmente frios e calculistas, agora estavam cheios de emoção enquanto ele perguntava:"Você me perdoa?"Gloria, que estava deitada ao seu lado, ficou séria por um momento:"Perdoo, mas se ousar me tratar como tratou antes, eu juro..." ela começou, mas não teve a chance de terminar.Antes que pudesse completar a frase, Edgar se levantou do chão e a puxou para cima, envolvendo sua cintura fina com suas mãos firmes. Em um movimento inesperado, ele a girou pelo quarto, fazendo-a rir de surpresa. O quarto ecoava com o som das risadas dos dois, uma melodia rara e agradável.Eles giraram e dançaram sem música, apenas seguindo o ritmo dos corações que batiam juntos. Gloria sentiu a tensão e a raiva desaparecerem, substituídas por uma sensação de leveza e alegria que ela não sentia há muito tempo.Finalmente, os dois ca
No profundo silêncio que pairava sobre a grande sala de reuniões da sede da aliança, a tensão era palpável. Edgar, com uma expressão carregada de preocupação, ajustava os papéis em sua frente enquanto aguardava a chegada dos últimos membros do conselho. Ao seu lado, Gloria mantinha uma postura serena, tentando ocultar sua própria ansiedade.Lucios, Beto, e Diego já estavam presentes, trocando olhares inquietos sobre as notícias que tinham vindo da Itália. Santos, Dilan, e Trevan se juntaram a eles, trazendo um ar de gravidade que só reforçava a seriedade da situação. Luke foi o último a entrar, acompanhado de perto por Hellen, cuja expressão sombria deixava claro que ela já estava a par dos acontecimentos.A ausência do conselho da aliança não passou despercebida, e uma leve murmuração sobre isso foi rapidamente silenciada quando Edgar chamou a reunião à ordem. Ele começou explicando o motivo da exclusividade daquele encontro."Como vocês sabem, recebemos informações alarmantes de nos
Vanessa sentiu o coração disparar quando recebeu o chamado para a sala de reuniões. Enquanto caminhava pelos corredores silenciosos da sede da aliança, uma onda de ansiedade a inundou, fazendo-a questionar se suas ações secretas haviam sido descobertas. Ao adentrar a sala, Vanessa ajustou sua expressão para uma máscara de inocência perfeita, pronta para enfrentar qualquer acusação que pudesse surgir.Dentro da sala, a atmosfera estava carregada de tensão. Todos os olhos se voltaram para ela assim que a porta se fechou atrás dela. Hellen, que estava sentada de forma rígida ao lado de Luke, observava cada movimento de Vanessa com suspeita. Em sua mente, a loba de Hellen, Sally, rosnava furiosa, sussurrando "puro fingimento". Hellen concordava silenciosamente, mas sabia que a situação era delicada. Vanessa havia conquistado a confiança e simpatia de muitos ali, e qualquer acusação sem provas concretas seria vista como mero ciúme.Antes que alguém pudesse iniciar um interrogatório formal,
Na sala de reuniões da grande sede da aliança, o ar ainda vibrava com a tensão dos últimos acontecimentos. As paredes, que haviam testemunhado tantas decisões cruciais, agora ecoavam um silêncio pesado e carregado. Edgar e Luke, cada um carregando o peso de suas responsabilidades, partiram rapidamente para seus escritórios. Eles tinham missões claras e urgentes: alertar e preparar suas respectivas raças para a ameaça iminente das trevas que crescia mais formidável a cada momento.Antes de deixar a sala, Luke lançou um olhar carregado para Hellen. Seus olhos se encontraram brevemente, trocando acusações silenciosas. Ele estava convencido de que o ciúme dela por Vanessa estava turvando seu julgamento, complicando desnecessariamente as dinâmicas da aliança. Hellen, por outro lado, sentia-se frustrada e traída, pois Luke parecia cegamente desconsiderar suas preocupações legítimas sobre Vanessa, que ela estava convencida de estar conspirando com as trevas.Quando a porta se fechou atrás de