– Empregados usam as portas dos fundos. Vamos rapaz, regras básicas da casa. – Nesse momento Arianna olhou com certo receio para Amélia, mais depois voltou sua atenção para as frutas em sua frente na mesa. A porta da cozinha foi batida com muita força o que assustou Arianna e voltou seus olhos para a senhora, antes que qualquer palavra escapasse de seus lábios a mais velha já limpou a garganta e começou a tirar a mesa com as frutas. – Não gosto dele. Querida, se for sair leve sempre alguém com você. Não saia sozinha com ele. Tenho um mal pressentimento. – Foi tudo que Amélia falou antes de deixar apenas uvas para Arianna comer. Realmente o mal pressentimento em relação ao novo funcionário da mansão não vinha apenas de Amélia, a grávida também sentia o mesmo e olha que o conhecia somente a poucas horas. (...) Os meses foram se passando, Arianna estava agora com sete meses de gestação. Sentia-se enorme sempre que passava em frente a um espelho, mesmo Vincent a enchendo de mimos e
Sean Cortez, filho de uma latino americana, fruto da infidelidade de Tomás Lucchese durante a gravidez de Emília. Por dois anos seguidos Tomás conseguiu esconder a existência do garoto, pagando as melhores escolas para ele e Tom, dando assim a oportunidade de ambos terem uma boa educação, Tom havia completado três anos quando a mãe de Sean faleceu e assim sua existência veio a tona, Emília ficou furiosa não queria cuidar de Sean e tão pouco queria que seu marido fizesse isso, sem muitas escolhas Tomás enviou Sean para um colégio interno onde sempre o visitava e provinha seu sustento, Sean por sua vez achando que era culpa sua a distância de seu pai ele procurou ser sempre o melhor da turma. Não escondendo que tinha mais um filho Tomás enviou seu filho mais velho com quinze anos para estudar no mesmo colégio que Sean, esperando que ia dois se dessem bem e até virasse amigos, Emília não gostou muito da ideia porém ela não tinha escolhas, ou deixava Tom ter contato com Sean ou perderia
O plano era simples, Arianna e Vincent juntamente com o bebê seriam enviados para morar na ilha de Mykonos, Richard havia cuidado de tudo para que todos suspeitasse que o casal havia se mudado para a França. A residência em Mykonos estava no nome da avó de Arianna e por se tratar de uma residência antiga ninguém suspeitaria. O que eles fariam nesse meio tempo, já que ambos desejavam entrar para os negócios da família iriam primeiro cuidar do filho e enquanto isso aprender o ofício de Richard, coletar os segredos mais sórdidos de todo o mundo e assim saber a hora exata em que poderia ser usado. O prazo era de 05 anos. Olhando pela janela do quarto Arianna estava segurando um envelope pardo nas mãos, sua família aguardava no andar de baixo onde iria para o aeroporto. – Querida? – a voz de Vincent cortou o ambiente enquanto abria a porta e podia ver pelo reflexo a expressão serena dela. – O que é isso nas mãos? – Ele perguntou ao se aproximar mais um pouco e passar o polegar pelo
Com sua família por assim dizer em completa segurança, Richard pode se dar ao luxo de descansar naquela noite. Após Belinda e Antony embarcarem para uma viagem até Dubai para assim verificar o novo resort a ser construído e Melissa e Oliver cuidando da empresa e suas subsidiárias nas cidades vizinhas o idoso pode enfim olhar pela janela do quarto e sentir o mínimo que fosse de tranquilidade, pois a família estava em paz. Em Dubai por outro lado, Belinda e Antony estavam prestes a descobrir que paz e tranquilidade era a última coisa que iriam ter, pelo menos até entenderem o que de fato ambos sentiam e queriam para a vida. – Temos uma reunião com o novo arquiteto e sua secretária, depois vamos visitar o local onde ficará o novo resort e ver o antigo antes da reforma. – Antony falava enquanto arrumava a gravata mais uma vez no pescoço e vestia o terno preto. Belinda por sua vez estava em um vestido social preto os cabelos em um coque e a maquiagem não estava tão carregada. Acenando
A noite em Dubai era maravilhosa, os prédios se iluminavam, as ruas criavam movimento e da suíte no último andar a figura de Belinda vestida apenas com uma camisola de seda olhava cada movimento. Antony estava se arrumando para sair, após a reunião eles não trocaram muitas palavras pareciam dois estranhos dividindo um quarto de hotel. Kate havia modificado um pouco os planos de Caleb, conseguindo dois quartos no mesmo hotel em que os Morello estavam, ela havia telefonado a Antony pedindo para conversar alegando que precisava ouvir dele mesmo que tudo havia terminado. Com isso Belinda ficaria sozinha na suíte e Caleb teria seu momento. A porta se fechou informando que o mesmo já havia saído, respirando fundo Belinda vestiu o roupão de seda preto, seus cabelos estavam soltos e a ausência de maquiagem mostrava que por mais que a idade a tivesse alcançado ela ainda se mantinha bela e formosa. Batidas incessantes interromperam o momento dela sentada na poltrona em frente a janela onde ai
– Belinda precisamos conversar. – a voz de Antony soou atrás da figura da mulher que estava parada em frente à janela olhando o sol que já brilhava logo de manhã. Os olhos inchados dela indicavam o choro da noite anterior, porém o silêncio e a maneira como se virava para Antony mostrava que não era a melhor hora para conversar. – Pode ser em outro momento? – Belinda respondeu de maneira singela, pela primeira vez estava demonstrando fraqueza. Antes que pudesse caminhar em direção ao banheiro onde realizaria sua higiene pessoal, Antony a segurou pelo braço impedindo assim que prosseguisse. – Sabe que não. Nunca conversamos a sós, não quero continuar a levar esse casamento como algo de fachada. Droga Bel, eu errei e me arrependo por isso. – Antony tinha seus olhos baixos, enquanto falava. Belinda por outro lado estava sem reação nenhuma, era como se estivesse ligado o controle automático dentro de sua cabeça e agora apenas vivia para isso. – Se não deseja o casamento de fachada, assi
Ao chegar novamente no hotel logo no subsolo onde estacionou estava a figura de Antony parado com Kate ao seu lado, aquela imagem causou certa apreensão em Belinda, pois não se tratava apenas de Antony e Kate, mas sim de vários homens vestidos com ternos escuros ao redor do homem. – Se eu pedir que você fique no carro, você ficaria? – ela perguntou ao olhar para Caleb de forma assustada aguardando por uma resposta. Ele não respondeu parou o carro e logo ela desceu vestindo a máscara mais um vez de sua frivolidade. – Finalmente, achei que tivesse sido sequestrada. – Antony despejou as palavras com certa malícia enquanto os demais homens olhavam para algo atrás de Belinda, indicando que claramente Caleb não estava mais dentro do carro. – E você chamou todos eles, para que exatamente? – Belinda fuzilou Kate com o olhar que até então não sabia o que estava acontecendo, mas parecia se divertir.Antony caminhou até Belinda segurando o queixo da mesma com dois dedos e aproximou o rosto do
Antony•Havia acordado disposto a reconquistar minha esposa, o sol ainda não tinha nascido e por ser deserto estava frio. Olhava para a cama onde Belinda estava dormindo tranquilamente, após a conversa da noite passada que mais se tornava uma briga a mesma estava cansada, podia ver em seus olhos que tudo a cansava. Mensagens de textos foram digitadas de forma rápida, avisando que iríamos ficar longe hoje das reuniões e que Amir iria comandar, nem preciso dizer que muitos se espantaram. Pedi um café da manhã digno de uma rainha, arrumei a mesa no quarto e esperei sentado de frente para a cama a mesma abrir os olhos. Vários pensamentos rondavam minha mente e todos eles tinham algo em comum, Belinda. Não fazia ideia de como iria conquistar minha esposa, se ela realmente me amava, porém as palavras de meu pai ainda rondavam minha mente. °Flashback On° – Sente ali no sofá Antony. – A rouquidão presente na voz de Richard mostrava como a idade o havia atingido. Não iria brigar ou tão pou