Atravessaram a cidade de um lado para o outro. Uma longa caminhada, até que chegaram à casa da princesa. Como de costume o homem de branco ficou na esquina. E o rapaz foi bater palmas uma vez e novamente. ─ Já vou. ─ Gritou uma voz feminina. ─ Abriu a porta e era a própria.
─ Sísifo? É você mesmo? Nossa! Quanto tempo. Estava morrendo de saudades. ─ Veio depressa e deu lhe um abraço. ─ Há muito tempo queria saber onde você estava. Como me achou?
─ Não foi difícil encontrar seu endereço, visto que você não mudou. Vim lhe pedir perdão. Pelo sofrimento que causei a você e ao Himeros. ─ Com vergonha e sem jeito, mas a coragem fazia seus lábios não pararem quietos. Falava tudo que vinha do seu coração e sua mente obedecia aos comandos da sinceridade.
─ Eu sempre me perguntei o motivo pelo qual você fez aquilo com ele. Saiba que eu nunca contei que foi você, nem pra ele. ─ Com uma expressão séria.
─ Eu fiz porque te amava, profunda
Sísifo se levantou bem cedo, como vinha fazendo nos últimos dias. Tomou café com os pais. Seu pai o indagou. ─ Está arrumadinho, vai sair cedo novamente. O que anda aprontando? Está de namoradinha? Se arrumar algum filho terá que cuidar sozinho, já cuido de você, já deu. Vai ter que trabalhar se engravidar alguém. Por mim já estava trabalhando, sua mãe que estraga. ─ Marido, deixa o menino em paz! Você é muito ignorante, nem deixa o menino falar, tira conclusão precipitada e ameaça o garoto. Pelo amor de Deus. ─ Interrompeu com raiva, levantou-se foi até o rapaz e o abraçou. ─ Fica tranquilo, meu filho. Mamãe está aqui. O rapaz se levantou saiu sem dizer nada. Magoado e com o coração doendo. Se queixando do motivo pelo qual seu pai sempre lhe tratou mal. ─ Parece que nem sou filho dele… Ele sempre me tratou mal. Por quê? O que eu fiz de tão ruim para ele? Está difícil… Caminhou até a casa do conselheiro de cabeça baixa. Como de co
Certo dia, um jovem índio Cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem, e tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e disse: ─ “Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra.” O jovem continuou olhando, surpreso. O avô continuou: ─ “Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.” ─ “Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. Algo insignificantepodeprovoc
─ Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nema túnica recuses; ─ Isso meu jovem, é uma receita para matar o lobo do ódio. Você deve sempre reagir contra aemoção, contra o malque tem dentro de você. O impulso humano é sempre revidar. No entanto, seu eu que tem a escolha de decidir como agir. ─ E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lhe tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazeis vós, também. ─ Dar o primeiro passo, Sísifo, é fundamental. Ter coragem e fazer o bem sem esperar recompensa. Como você fez com os mendigos, se colocar no lugar dos outros, ter empatia. ─ E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os
─ Os chineses compuseram que o mundo é composto por forças opostas. Por isso é de suma importância encontrar o equilíbrio entre elas. Os chineses e sua filosofia pregam que a energia se manifesta no pilar negativo e no pilar positivo. Às duas esferas dentro do símbolo simbolizam a ideia de que, quando essa força atinge seu extremo, manifesta em si o seu oposto. Os mais estudiosos desse estilo de vida, dessa maravilhosa filosofia, argumentam que o “bem” não é Yin nem Yang, mas sim o equilíbrio entre ambos. Logo, o “mal” se manifesta quando o fluxo entre os extremos está desequilibrado. ─ Compreendo, deixei o ódio e a raiva sempre guiarem meu caminho. Meu ser ficou em desequilíbrio. Devo equilibrar minha vida, meu eu. ─ Isso mesmo! Sentir raiva e ódio é normal. Escolher como lidar com eles é o que faz diferença. Por exemplo, uma pessoa te trata mal, te humilha. Não quer dizer que você deve continuar convivendo com ele. Você deve tratar bem, perdoar e se afastar, caso e
ê sentia o mesmo, queria que você tomasse a iniciativa, tivesse coragem de dizer o que sentia. Sísifo ficou sem resposta, engoliu seco. Mais uma vez a coragem mostrou que nada é o que parece. Os fatos são enormes e cheios de probabilidades, falar a verdade e o que sente para as pessoas é o único caminho certo na vida. Ele a abraçou bem forte e comentou:
“O destino escolhe quem vamos encontrar pela vida, as atitudes decidem quem permanecerão nela.” (Castro Alves) “A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.” (Caio Fernando Abreu) “Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.” (William Shakespeare) “O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma a este dia." (Albert Einstein) “Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.” (Carlos Drummond de Andrade) Dica: As citações ajudam a compreender melhor toda história de Sisífo. Proporcionando o descobrimento dos misterios. Os nomes dos personagens possuiem grande significado.
O rapaz não pensou duas vezes e foi ao encontro do pai. Seu progenitor estava sentado no sofá assistindo a um jogo de futebol. Uma reprise da libertadores, seu timão. Bebendo uma cerveja e esperando a janta. Odiava quando alguém interrompia seu lazer favorito. Sísifo com cautela se aproximou e disse: ─ Pai, posso falar com o senhor, agora? parecia que tinha algo vivo se alimentando dele. Eu só queria fazer essa dor parar, desaparecer com todo esse sofrimento. Nem sei como cheguei a isso. Precisa ter muita coragem para pensar em tentar com a própria vida, mas não me acho corajoso, me acho confuso. Falta de instrução, necessidade de diálogo, me fizeram pular na escuridão. Porém, algo mudou quando estava prestes a cometer tal ato.E não se enganem, eu estava decidido, iria consumar minha escolha. Um homem me mandou uma mensagem. O conselheiro da escola que havia conhecido há muito tempo.Aos poucos 
gole de café, mastigando e comentou. ─ Eu tinha um ovo no pescoço, enorme. Aquele dia vocês não viram porque eu sempre tampava de vergonha. Mal conseguia falar, comer ou engolir água, doía dando pontadas. Acredito que era tumor ou câncer, algo assim. ─ Mordeu no pão e Sísifo estatelou os olhos. O senhor finalizou. ─ Eu estava sem comer fazia dias, porque não conseguia engolir. Mas após ele falar que estava curado, passaram-se alguns minutos e tive coragem, tentei comer e para meu espanto, não senti mais nada. Um calor tomou conta do meu corpo, como uma febre terrível, suei, tremi e quando percebi, o caroço havia desaparecido. ─ Bebeu o resto do café no copo e outra sem teto se aproximou, tinha escutado toda a conversa, e maginou que ele havia decorado novamente. Bateu palma, outra vez, mais passei aqui e sai andando com o homem