Capítulo 2

Asafe

Após termos ido embora do aeroporto, depois de tanta confusão, finalmente estava tudo calmo.

Daniel estava concentrado em seu computador, Marlone mexia no celular, Lucas estava distraído com o que aconteceu hoje e não falou nada, (parecia estar bolando algum plano pra que não tivéssemos que entregar Sarah para Bernard),eu sinceramente não aceitaria isso, ela pode ser meio esquentadinha, mas é frágil de mais, ela pensa que não vi algumas vezes ela chorando no quarto repetindo a mesma pergunta pra si mesma: "O que eu fiz pra merecer isso?"

A verdade é que o irmão dela a mandou para ser protegida e escondida de todos, mas não deu muito certo.

Agora estou aqui, imaginando mil e uma formas de livrar essa garota desse destino tão ruim, casar não é uma opção, se não quem vai pro caixão sou eu, dar-la para outro homem em matrimônio também não é opção, ou o irmão dela atira nas nossas cabeças, também não posso dar ela como morta seria óbvio demais.

_Sabemos que está preocupado com ela, mas isso agora é briga da Sarah, afinal foi ela que atirou no Bernard. E vamos, combinar que ele é louco de querer casar com ela depois de levar três tiros que ela mesma disparou contra ele.- falou Raphael rindo da lembrança.

_Ele é um genocida maluco, ele vai mata-la se ela casar com ele.- Diz Daniel.

_Ela estará condenada se casar-se com outro também.- afirmei

_Chega! Minha irmã não vai casar com ninguém que ela não queira.- Diz Lucas

_Não tem importância se ela escolher ou não, do mesmo jeito, ela não tem direito algum se seu pai não aceitar.- falei triste.

_Mas, ele não iria permitir isso.- falou Lucas.

_Verdade.- Diz Daniel.

_Bem o pescoço dela está nas mãos de Dom Diogo e isso pode ser ruim.- protestei.

_O que nós poderíamos fazer?- perguntou Raphael.

_Poderiam fazer qualquer coisa que não envolva casamento.- falou Lucas.

_Emerson nos matara se o fissermos.- Diz Marlone

_E eu também.- diz Lucas.

_Seria melhor do que a sua irmã ser casada com outro do que casar com um psicopata como Bernard.- afirma Daniel

_Pergunte para ele.- ironizo.

_Acho que teram essa chance agora.- Diz Lucas vendo a tela do celular.

Foi falar do demônio que apareceu o diabo.

Lucas olha para todos e atende a ligação do ser que chamamos de Dom Emerson, líder da máfia de Nevada, bom, pelo menos por mais uns meses.

Ligação

L:Alô?

E: Alô, Lucas quero falar com você.

L: Sobre o que seria?

E: Não sei, talvez o fato de que nossa irmã atirou na droga do Vontella e agora ele quer a cabeça dela seus idiotas, como deixaram isso acontecer?!- gritou do outro lado da linha.

D: Não nos culpe, ela mesma se meteu nessa roubada.- protestou.

E: Cale a boca! Eu pedi que cuidassem dela, enquanto eu estivesse em guerra com a droga da máfia do Vontella, mas agora vou ter que entregar minha irmã pra ele.

A: Por que?- perguntei sem entender.

E: Porque ele tá com a minha mãe e a minha mulher, porra! Vou ter que desenhar? Minha mulher está nas mãos de um maluco genocida! Amo a minha irmã, por isso tô tentando fazer um acordo com aquele maluco.

A: Se ela souber disso, ela não vai pensar nem uma vez, antes de correr pra trocar de lugar com a mãe.

E: Não deixem ela sair daí, entendido? Se eu souber de outra coisa, que não seja sobre nossa irmã estar bem e segura, podem apostar que perderam tudo o que vocês amam.

Fim da ligação.

Assim que ele desligou, mandamos o motorista acelerar, chegando em cerca de 10 minutos no condomínio da máfia do Daniel.

Uma verdadeira fortaleza cercada de homens bem armados e câmeras de vigilância, entramos correndo na casa de Daniel, e não encontramos ninguém com exceção da Emanuelli que estava caída desmaiada no chão com um ferimento na cabeça.

_EMANUELLI! DROGA! Emanuelli, acorda amor, Manu! Chamem o médico logo!- gritou Raphael desesperado.

_Já estão chegando.- falou Lucas.

_A Andressa não tá no quarto e nem em nenhum outro lugar da casa.- Daniel falou desesperado.

_Droga mas será que...- Lucas é interrompido.

_Gente! Achei uma coisa!- exclamou Marlone

Corremos todos para onde Marlone estava, com ele vemos um bilhete com a seguinte mensagem.

"Meus caros amigos, saibam que sua mafiosa libertina está comigo, se a quiserem de volta, teram que vir até mim.

Não se preocupem, não tocarei em um fio de cabelo dela, por enquanto.

Assinado: Bernard Vontella."

Maldito bastardo, iremos acabar com ele.

Bernard.

Devem se pergutar, por que eu sequestrei Sarah e Andressa? Bom, a resposta é simples, eu tenho uma certa inimizade com o irmão da Sarah, já Andressa sequestrei para deixá-los em desespero, afinal, procurar por uma pessoa já é difícil, imagine duas?

Além disso, Andressa está em minha casa no porão, diria que está bem, que não toquei em um fio de cabelo dela, mas em Sarah? Bem, eu não diria o mesmo, até porquê, eu sou um cara do mal e não um príncipe, apesar das mulheres me considerarem um.

Vou para o galpão onde deixei Sarah onde a vejo desmaiada, após mais uma seção de tortura, ela realmente não abriu o bico?

_E então?- perguntei para Liliane.

_Nada senhor, ela não falou nada, nem uma palavra.- Disse ela já se aproximando de mim.

_Aqui não é lugar pra isso Liliane, fora que, não será algo muito educado da minha parte me divertir com outra na frente da minha futura esposa.- digo apontando para a morena nevanience a nossa frente.

_Não está falando sério né? Olhei pra ela, não tem peitos, não é tão bonita e não tem nada pra dar, já eu...

_Você também já não tem nada a muito tempo Líliane, lembre-se disso, só a mantenho perto por pena, não alimente expectativas.- falei desdenhoso e a olhando com meu olhar mais frio.

_Você teria se casado comigo se eu não tivesse perdido o seu bebê!- Ela exclama e eu não a olho apenas sorriso psicótico e respondo.

_Se aquela criança tivesse nascido eu à teria matado, pelo simples fato de saber que você só quer dinheiro e a posição de lady da máfia, não seja ingênua.- digo e a observo se tremer por completo.- Mais uma coisa, não toque na minha mulher, entendeu? Se eu souber que você sequer olhou pra ela, eu irei te apresentar o verdadeiro inferno.

Ao terminar de falar ando até a porta, saindo daquele lugar. Andei pela minha casa e fui até o quarto da mulher de Daniel, ela ainda está desmaiada por termos dopado ela, porém, tenho certeza que ela logo irá acordar.

_É Daniel, você teve muita sorte, olha só pra ela, realmente fantástica. Me surpreende que Dom Mikhail tenha dado a filha dele pra você, mas ela parece te amar de verdade.- continuei olhando ela.- Apesar de não acreditar em amor, eu acredito que ela seja fiel a você no mínimo.

Dou as costas e saiu do quarto trancando a porta, vou ao meu escritório e lá encontrei meu consigliere Julián e meu sub-chefe Harry.

Vou até a minha mesa e os olho já sabendo do que vão falar.

_Não vou desistir dessa mulher.- digo sem olhar pra eles.

_Bernard, for Guds skyld, você já está arriscando sua máfia para ter essa mulher, somos fortes mais se essas máfias se unirem não teremos chances de nos defender.

_Irmão...- Harry me chama.

_Sim?- falei o olhando de canto.

_Essa mulher vale todo esse sacrifício, por quê?- ele perguntou me olhando de canto.

_Ela é alguém que posso usar contra as outras máfias.- digo sério.

_Certo, mas e a mulher do Daniel?

_Ela me servirá de garantia, afinal, Daniel faria de tudo pra que ela ficasse bem e viva.- olhei meu irmão que me olhou espantado.

_Mataria ela?

_Não, ainda não.

Após aquela pequena reunião eu simplesmente vou a um dos bordéis da família me divertir um pouco.

Voltei pra casa e fui até o porão onde Sarah está, abro a porta e acendo a luz vendo ela acordada.

Me aproximei dela e segurei seu rosto com cuidado.

_Hum, você fica linda acordada também.

_Idiota, me solta!- ela fala furiosa.

_Se acalme gatinha nervosa, ou quem vai pagar caro pelo seu mal comportamento é a sua amiga lá no quarto.

_Não ouse tocar nela, seu maldito!

_Eu não vou tocar nela, mas só se você se comportar, aliás eu tenho outra pessoa pra te fazer mudar de idéia, que tal sua mãe?- mostro a senhora que está do outro lado do porão.- ou quem sabe sua cunhada?- apontou pra jovem ao lado da mulher.

_Solta elas! É a mim que você quer não é? Então faz o que quiser comigo só deixa minha mãe, a Cecília e a Andresa fora disso!

_Hum, me parece uma boa troca.

_NÃO FILHA! NÃO FAÇA ISSO!- gritou a mulher desesperada.

_SARAH, NÃO FAÇA ISSO! NÃO FAÇA ISSO!- gritou a garota.

_Me diz o que você quer em troca de deixar elas livre e deixar as outras máfias em paz!?- Ela falou determinada.

_Quero que seja minha esposa, quero que assuma um compromisso comigo, e em troca eu deixo todos em paz.

_Não faça isso Sarah!- pediu a mãe dela.

_Primeiro liberte todas!- Ela diz me olhando com raiva.

_Hum... certo, mas antes...-me aproximei dela e segurei seu rosto.- Eu quero um beijo seu.

_O que?- Ela me olhou perplexa.

_Isso mesmo que você ouviu.- digo sorrindo pra ela.

_T-tá...- Ela fala com nojo na voz.

Ela se aproximou de mim, com um pouco de dificuldade, devido as correntes que a prendiam, me aproximei dela e quando iria acabar a distância entre mim e ela, ouço barulhos de tiros e explosões lá fora, corro até lá e vejo que fomos invadidos.

No meio da confusão, vejo os responsáveis pelo ataque.

_Pelo visto vocês são bem rápidos hein?- digo desdenhoso.

_Onde está a srta. Tenore? Solte ela agora Bernard Vontella!- Disse Marlone.

_Não á o que fazer, ela já aceitou minha proposta.

_Que proposta?

_Acho que você já sabe, Asafe.

_Não me diga que ela...

Ele iria falar alguma coisa, quando ouço um disparo atrás de mim e vejo que fui atingido pela m*****a Tenore de novo, que mulher pra gostar de tentar me matar.

_Regra básica sobre nós Tenores: nunca, abaixe sua guarda tendo um de nós atrás de você.- Ela diz com um olha frio, andando até os outros acompanhada da cunhada e da mãe.

_Mal...dita- eu digo e logo depois apago.

Contínua...

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