Sua boca desliza sofregamente pela minha pele febril me fazendo soltar alguns gemidos baixos, enquanto uma mão sua desliza pelas minhas costas, apertando a minha carne, e a outra incentiva-me a mexer o meu quadril em seu colo. Suas promessas se arrastam no som da voz rouca me levando além do paraíso.— Erick! — sussurro suavemente quando um fogo se acende de dentro para fora. Eu o quero, preciso dele dentro de mim agora. Penso extasiada. Contudo, algo estranho acontece e do nada o meu corpo começa a gelar, e as minhas forças fogem de mim.— Eva? Eva, o que foi? — A sua voz fica distante e tudo escurece de repente.— Hum! — gemo, abrindo apenas uma brecha de olhos e o vulto dele andando de um lado para o outro surge na minha frente. Uma ânsia me acomete e encontro forças para correr para o banheiro. Debruço-me diante do vaso sanitário e começo a vomitar.— Droga! — Ele resmunga e me ajuda segurando os meus cabelos e massageando as minhas costas. — Respire, querida, isso logo vai passar
Não é justo ter que parar os meus planos de liberdade exatamente quando tudo começa a dar certo. Assim como não é justo não poder apreciar cada segundo do momento mais sublime da vida de uma mulher. Ter um filho era algo que eu sonhava antes de tudo acontecer na minha vida. Eu simplesmente amo crianças e o casamento me fez sonhar com isso a curto prazo, e depois, esses sonhos se perderam. Então, passei a vivenciar esses momentos nos personagens dos livros. Eu até conseguia imaginar a barriga crescendo e seus os amantes se envolvendo. E meu Deus, a minha imaginação conseguia chegar ainda mais longe quando cada neném nascia trazendo a alegria, fortalecendo o amor e unindo as pessoas. E agora, eu não estou distante dessa realidade. Ele pode estar bem aqui dentro do meu ventre, crescendo e ficando cada dia mais forte e... o Erick? Ele será o melhor pai desse mundo todo. Sorrio para esse pensamento. Pensar nele me traz a consciência de que não posso, na verdade, eu não devo esconder esse f
Quando eu era criança ansiava pela noite de natal. Nos dois dias que antecipava essa data eu acordava bem cedo e me sentava no último batente da escadaria, apenas para ficar olhando as embalagens de presentes debaixo da árvore lindamente decorada e me perguntava qual deles era o meu. Então sim, sou muito ansiosa com surpresas. A minha cabeça fica fantasiando mil e uma ideias até descobrir de fato o que está escondido dentro do pacote. Não me lembrava mais dessa sensação, não recordava esse sabor suave da ansiedade e não sorria como uma criança assim há... bom, vocês mais do que ninguém já sabem. Não é muito diferente do que estou sentindo aqui e agora, pois Erick está quieto e silencioso, bem diferente de toda aquela festividade e animação de minutos atrás. Ele está dirigindo em direção a cidade, portanto, imagino que terei que aguentar essa espera por pelo menos duas horas, até descobrir o que ele está aprontando. Com um suspiro, eu olho para o lado de fora da janela do carro, mas é
— Talvez. Ou talvez esteja apenas esperando a poeira baixar. Mas enfim, com essa denúncia e o depoimento de Lia Fausto, André conseguiu pedir anulação e ela foi assinada pelo juiz essa manhã. — Solto um grito de extrema emoção e pulo nos seus braços. E o som da risada de Erick preenche o silêncio da noite. Contudo, ele me mantém colada ao seu corpo e nos beijamos com a intensidade de uma paixão avassaladora. Ofegante, ele para o beijo e mesmo relutante, me põe de volta no chão. — Venha, vamos conhecê-la por dentro. — Ele segura a minha mão e cruza os nossos dedos, e na sequência abre o pequeno portão. Contudo, a sua voz rouca não esconde o quão ficou excitado com a nossa comemoração rápida lá fora. Só posso dizer que também não estou tão longe disso. A porta da casa se abre e ao acender a luz me vejo dentro de uma sala ampla com piso de madeira clara, porém, completamente vazia. — Não pedi a mobília ainda porque quero que escolha tudo do seu jeito. — Ele informa, enquanto dou alguns p
P o s i t i v o. Essa palavra me acompanhou boa parte do dia e agora voltou a preencher a minha mente também. Por vezes me perguntei até quando conseguiria segurar esse segredo, pois eu sei que Erick dobrará os seus cuidados comigo apenas por esse fato, mesmo com o desaparecimento inesperado de Logan e isso inclui também nada de treinos. Contudo, após essa noite especial e esse pedido de casamento decidi que não posso esconder esse detalhe dele, a final de contas, ele é o pai e tem todo o direito de saber da existência desse filho. Solto uma respiração sutil e saio do meu aconchego no seu corpo quente, onde as batidas do seu coração soam como música para os meus ouvidos e encontro os seus olhos brilhantes. Porque sim, Erick não esconde a sua felicidade e nem seria capaz disso tão grande ela é. Confesso que não estou distante dessa felicidade e que estou amando-a com todas as forças da minha existência.— O que foi, meu amor? — indaga quando não falo nada, mas tenho certeza de que na
" Não é da minha natureza desistir sem lutar, mesmo quando as coisas parecem insuperáveis.' – Suzanne Collins – Jogos Vorazes.Eu jamais pensei que usaria essa frase um dia, mais eis ela aqui passando como uma brisa pela minha cabeça. Falta poucos minutos para Débora passar por aquela porta e me dar uma resposta definitiva para a minha proposta, que segundo ela é descabida e perigosa. A ansiedade me faz andar de um lado para o outro e brigar com os ponteiros do relógio que propositalmente parecem não sair do lugar. E falando em tempo, ele realmente parece ser o meu pior inimigo agora já que não posso mais contar com ele, pois, assim que revelar a minha gravidez tudo será cuidadosamente regrado e convencer o Erick de não parar com os treinos será como um desafio. E contrariá-lo não é uma opção. Uma puta sinuca de bico, eu sei.— Bom dia, Eva! Então, já desistiu dessa loucura de continuar com os treinos. Melhor, de enfrentar o psicopata do seu ex? — Jura que ela ainda está pensando assi
Uma semana depois...— Promete que vem me visitar outra vez? — peço abraçada a minha mãe e sem querer sair dos seus braços. Eu sabia que esse dia chegaria, que eles não ficariam aqui por muito tempo, mas é tão difícil deixá-los ir para longe de mim assim.— Voltarei o mais breve possível, minha bebê. — A frase carinhosamente faz abrir um sorriso pequeno e uma lágrima escapa no canto do meu olho. Respiro fundo e me afasto só um pouco para olhá-la. — Ficaremos no Rio só o tempo de resolver a aposentadoria do seu pai. — Um sorriso largo se abre no seu rosto lindo. — E parece que ele e Erick estão tramando algo.— Ah é, o quê?— Hugo ainda não me disse nada, mas o seu pai está bem animado com a ideia. — Diminuo os olhos, porém, dou de ombros logo em seguida.— Conhecendo o Erick como eu conheço, é algo muito bom. E se for para mantê-los perto de mim, eu vou amar o que quer que seja.— Eu digo o mesmo. — Rimos em cumplicidade igual duas adolescentes e voltamos a nos abraçar.— Vamos, menin
— Vocês só vão descobrir isso mais tarde, meninas curiosas. — Faço cócegas nas duas e o som que aprendi a amar de paixão reverbera por toda sala de jantar. — A propósito, essa mesa ficou muito linda! — declaro com entusiasmo na voz, referindo-me a linda toalha branca de renda, a louça de porcelana azul-celeste arrumada em seus devidos lugares, com seus talheres e taças fazendo um belo conjunto harmonioso. E bem no centro dela tem um vaso grande de vidro transparente com algumas tulipas que trouxemos do casarão. Mas, a verdade, é que por trás do meu elogio também existe uma fuga do nosso assunto real. As risadinhas e as palmas animadas me dizem que elas caíram na minha e isso me deixa mais tranquila.— O que vamos fazer agora, Eva? — Ska indaga e a garota é a empolgação em pessoa.— Bom, temos um cardápio muito variado para fazer para essa noite. Uma entrada, o prato principal e uma...— Sobremesa!!! — Elas gritam me fazendo rir.— Que tal irmos para a cozinha agora?— Siiimm!!! — Écha