Ariel Drummond
A água percorre é desliza pelo meu corpo até finalizar em meus pés, aperto as suas mãos que rodeiam a minha cintura e pouso a minha cabeça em seu peito. Arthur e eu transamos feito loucos para matar a dolorosa saudades que tínhamos um do outros, mas independente do que fizemos ainda pouco para recompensar os cinco anos perdidos. Estava feliz que ele tenha retornado para a minha vida, agora tudo será diferente, percebo que teremos de explicar para nossos filhos, eles receberão um choque ao ver o pai deles.
— O que tanto pensa princesa? - ele me perguntou tirando-me dos pensamentos.
— Em nossos filhos. - respondo — Como contaremos para eles que você está vivo?
Viro-me para encara-lo, sua expressão é de preocupação, talvez ele não tenha pensado sobre isso antes, ou talvez não saiba como fazê-lo.
— Eu não sei.
— Eu os criei tentando ser mãe e pai deles, eu tentei ser os dois para não ouvi-los pergunta
Ariel Drummond— Você tá queimando o pano!Me aproximo rapidamente dele e ponho o pano sobre a pia ligando a torneira.— Eu não tô queimando nada, quem queimou foi o fogo e não eu!Encarei seu rosto aborrecida, estávamos na metade dos preparativos e já era a segunda vez que nos vimos em conflito outra vez, já preparamos a massa da torta e seu recheio, agora apenas esperando que a massa da lasanha está pronta e por fim levaremos ao forno.— Onde está assadeira refratária? - lhe pergunto.— E eu sei mulher. - ele anda até a geladeira e verifica dentro dela. — Aqui ela não está.— E o que uma assadeira vazia faria dentro de uma geladeira?— Não é aqui que guardam?— Arthur, você é muito inteligente em arquitetar planos, acabar com vidas e liderar uma organização, mas é burro em coisas simples.— Esqueceu de falar que sou gostoso. - ele aproxima-se de mim e da um tapa na minha bunda. — Eu não sou burro, apenas
Ariel DrummondSentados sobre o enorme tapete da sala principal, Arthur e eu comemos a nossa lasanha e torta de frango, o vinho fazia parte da refeição, a lareira estava ligada enquanto uma tempestade caia lá fora, enquanto nos alimentava conversávamos sobre os nossos filhos.— Eu não acredito, ela fez isso mesmo? - ele pergunta se referindo a Estella.— Sim, ela jogou a boneca de Suzana fora e mentiu na cara dura, jogou a culpa no irmão e a discussão já não pertencia mais a ela.— Ela sustentou a mentira?— Sim. Ela me encarou pelo retrovisor e sorriu enquanto os irmãos discutiam.— Nossa.. Tão pequena e tão manipuladora.— Ela é extremamente ciumenta, isso me lembra de alguém..— Eu não sou ciumento.— Pra quem escondeu que meu amigo estava vivo.. Qual o motivo mesmo?— Fiz isso ao meu favor, princesa. Foi a chave para que você se apaixonasse por mim.— Calado você é um poeta,
Ariel Drummond— Como se sente?— Depois dessa transa? Exausto.— Não é sobre isso que estou perguntando. — Então, sobre o que? — Como se sente sabendo que em algumas horas irá conhecer nossos filhos?— Estou nervoso.Estávamos deitado na cama enrolados nos lençóis cobrindo nosso corpo pelado, já era 6h da amanhã, dormimos a noite toda depois de deixarmos a fala principal, agora assim que acordamos, transamos na tentativa de diminuir a ansiedade em saber que os três voltarão hoje para a mansão, finalmente eles verão o pai.Me sinto irresponsável e fraca por não ter falado de Arthur para eles, mas como uma egoísta e com raiva da sua falsa morte eu preferi me calar, achei melhor fazer os dois papéis do que falar de Arthur.— Me fale sobre eles, quero que me diga do que gostam, tudo.Me levanto do colchão e me encosto na cabeceira da cama.
Arthur DrummondHá mais ou menos cinco anos atrás eu era um líder frio e cruel com todos que entrava em meu caminho, Ariel mesmo não ter feito nada contra mim conheceu esse meu lado. Fui um verme miserável que a machuquei, aprisionei em minha vida para que me desse herdeiros, príncipes da máfia. Eu não imaginava ser um pai presente e carinhoso, eu apenas os criaria e ensinaria dentro da irmandade para que fossem cruéis e perigosos como eu, que seguissem meus passos.Mas agora tudo mudou quando conheci ela, a minha doce esposa, jamais pensei que eu mudaria por uma mulher, sempre fui machista e dominante, mas algo mudou, me encontro de quatro por ela. Hoje estou outro Arthur, continuo obsessivo pela minha mulher, mas respeito suas limitações, eu a amo e dela eu quero sua entrega espontânea, nada forçado.Meu pai foi um homem presente na minha infância não para me dar amor como a minha mãe, mas para me ensinar desde criança a se
Arthur DrummondQuando meus filhos se retiraram Ariel e a empregada subiram as escadas, juntamente com o Noah, naquele momento Trevor se aproximou de mim.— Preciso falar com você.Apenas dei-lhe as costas e deixei claro para que me seguisse até o escritório, ao passarmos pela porta eu a tranquei e me aproximei da minha poltrona sentando nela.— O que aconteceu?— Um dos anciões foi assassinado nessa madrugada.— Qual deles?— Boris Hoover, o ancião mais antigo da irmandade. Ele foi encontrado sem vida na propriedade, pendurado na parede com pregos nas mãos e nos pés.Quando Trevor me contou em detalhes elas me lavaram para nove anos atrás. Quando formei a falsa aliança com a máfia tailandesa e visitei a organização de Heron, ele mostrou-me sua sala secreta de tortura, nela havia um homem totalmente nu pregado sobre a parede com pregos de made
Arthur DrummondSabia que algo do tipo iria acontecer, Heron é esperto, ele sabia que estaria na mansão, por isso o imenso presente. Trevor está ao meu lado ainda trêmulo.— Tenta se acalmar ou você vai infartar.— Acabamos de escapar da morte, como pode estar tão tranquilo?— Sou o líder, estou fadado a tentativas de assassinato, e você como subchefe também está a tentativas.— Temos que falar seriamente sobre o meu cargo.— Você é um subchefe Trevor, se eu te nomeei foi porque vi capacidade em você, não deveria ser um homem que teme a morte.Trevor é um homem com habilidades especiais, ele poderia ser mais, poderia ser linda de frente em quais quer guerras de surgisse, mas sua bondade lhe deixa limitado.— Seu tio está louco, qual a necessidade de querer matar o próprio sobrinho?— Ele quer vingança
Ariel DrummondPensei que apresentação de Arthur para nossos filhos não seria tão difícil, foi além do que imaginei, odiei escutar aquelas palavras duras de Nikolai para o seu pai, sei que ele tem uma personalidade muito forte e complicada, será difícil convencê-lo do contrário, é a mesma personalidade de Arthur. Mas independe que seja, Nikolai é uma criança e não entende o sacrifício que o seu pai fez, apenas precisa de um tempo para absorver as informações que recebeu. Quando Estella subiu Noah e eu fizemos a mesma coisa junto com Matilde, ela foi para o quarto de Estella levar a sua mamadeira, Noah para o quarto de Suzana e eu para o quarto do meu pequeno embrulho.— Ele mandou a senhora?O garoto perguntou enquanto olhava para o lado da janela, observando a neve derretendo no jardim tornando-se poç
Ariel DrummondParada em frente ao espelho eu aliso o vestido preto de malha fina que está em meu corpo, arrumo a alça da peça e ponho algumas mechas de cabelo a frente, aliso a minha franja. Ao meu lado observo Arthur arrumar a sua gravata e depois organizar seus cabelos que estavam úmidos e desgrenhado.— Sua atitude foi de um burguês mimando a filha manipuladora.— E qual o problema dar uma fazenda para a nossa filha?— Está bem senhor fazendeiro, se você quer mimarnossos filhos e dar essa criação para eles, vá emfrente!— Eles são príncipes, se querem eu os dou.— Mas antes eles não viviam como príncipes, os ensinei a conquistar por mérito, e você está estragando eles.Ele enfia as mãos no bolso e fica me encarando atrás do espelho, seu olhar me deixa desconcertada, não consigo lhe encarar por tanto tempo, viro o meu rosto e ouço seu ar de sorriso sacana.— Sinto muito baby, mas aquela gar