Stella— Você está bem? — Pergunto, tocando suavemente na sua boca, que sangrava. Pego uma camiseta em minha bolsa e pressiono sobre o machucado.— Está doendo. — Ele reclama, estremecendo quando aperto. Seus olhos estão sombrios, refletindo a frustração e a dor.— Tem que doer mesmo, — Retruco, ten
StellaEu nunca tinha me sentido tão humilhada. Meu pai passou de todos os limites possíveis e impossíveis hoje. Se não fosse pelo Eduardo, ele teria me batido pela primeira vez, e bem no meio do hospital, com todos assistindo de camarote. Devido ao meu transplante, eu conhecia os funcionários fixos
EduardoÉ tão difícil vê-la tão vulnerável assim. Ela sempre foi tão topetuda, nunca levando desaforo para casa, enfrentando qualquer desafio com coragem. Ver aquela força se desmoronar diante do pai, ou até mesmo agora, em silêncio, quietinha com a cabeça em meu ombro, é doloroso. Sinto seu corpo t
Eduardo Chegamos a um bairro mais humilde, mas bem organizado, limpo e não muito longe do hospital.— Minha casa é aquela, ao lado da oficina. — Ela diz apontando para uma casa sobrado na cor laranja.— Muito linda a casa dos seus pais. — Ela revira os olhos, eu digo: — O quê? Achei bonita mesmo. —
StellaA compreensão de Eduardo foi muito importante para mim, mostrando que ele me respeita e se preocupa comigo de verdade. Confesso que foi difícil tomar banho com ele, ainda mais quando ele passou o sabonete pelo meu corpo. Foi uma tortura deliciosa. Ao mesmo tempo que eu queria me entregar a el
Stella— Toc, toc, posso atrapalhar o casal? — brinco ao entrar no quarto do meu irmão.— Sabe que você nunca atrapalha, maninha! — Léo responde com carinho.— Cadê sua sombra? — Emma brinca, fazendo Léo franzir o cenho em uma expressão exagerada de irritação e ciúme.— Desembucha. — Digo, já preven
StellaSaber que meu irmão está bem, que foi apenas um susto, trouxe um alívio ao meu coração. O peso da preocupação, o pensamento de medo do pior, drenando minhas energias, tanto minha mente quanto do meu corpo.A conversa que tive com ele, no entanto, foi dura. As palavras de meu irmão ecoaram em
StellaNo dia seguinte acordo com beijos em meu rosto e pescoço, sorrio apreciando o carinho.— Hum, que delícia acordar assim. — Abro os olhos e encontro um Eduardo sorridente.— Acorda dorminhoca, precisamos ver o seu irmão.Como se uma chave fosse virada, volto à realidade, onde nada é tão perfei