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MARCUS

O que tinha acabado de acontecer? Porque eu tinha feito aquilo?

Prometi ao meu pai que tomaria cuidado com esse lance de vampiro. Desde que fui adotado pelo meu pai e minha mãe eu sempre soube da existência de seres sobrenaturais já que eles faziam questão de me explicar toda a história.

Conheci aquela garota no corredor da escola e confesso que durante a minha vida toda, com dezoito anos eu nunca tinha conhecido alguém como ela.

Marcus: Eu fiz besteira. ----- Falei assim que entrei pela porta da minha casa.

Diana: Não tinha que estar na escola essa hora? ---- Me encarou de braços cruzados.

Marcus: Digamos que eu fui expulso sa sala. ---- Joguei a mochila no sofá.

Diana: Você também? ---- Cruzou os braços e olhei a mesma sem entender.

Andrew: E aí, irmão? ---- Ele acenou sorrindo de lado.

Diana: Vocês são iguais ao seu pai. ---- Ela respirou fundo e veio até mim.

Kaleb: Igual a mim? ---- Meu pai passou pela porta da frente com a tia Isabela.

Eles eram melhores amigos e estavam juntos sempre.

Diana: Seus filhos aprontaram na escola, de novo. ---- Revirou os olhos.

Andrew: Por uma boa causa. ---- Mentiu.

Marcus: Andrew tem razão, por uma ótima causa. ---- Concordei com meu irmão.

Nossa relação era de irmandade, apesar de algumas brigas sempre estávamos juntos. Eu daria a vida por ele e tenho certeza que ele faria o mesmo.

Isabela: O que você fez dessa vez? ---- Me encarou com os braços cruzados, engoli o seco.

Desde sempre tia Isabela era uma das pessoas próximas a mim, e que se um dia tivesse uma briga você saísse de baixo...as coisas ficavam tensas.

Marcus: Conheci uma garota.

Andrew: E bem bonita. ---- Completou, encarei ele que sorriu de lado.

Isabela: E qual o mal nisso? ---- Ela riu sentando ao meu lado.

Kaleb: Seja lá o que ela for dizer não siga os conselhos dela. ---- Apontou pra tia Isabela que encarou ele.

Isabela: Você é um chato mesmo né. ---- Empurrou ele, eles riram.

Diana: O que tem a garota nova? ----- Perguntou me olhando.

Marcus: A gente matou aula juntos e até comemos o seu sanduíche. ---- Ela me olhou nervosa. ---- E sim ela gostou.

Minha mãe respirou aliviada.

Kaleb: Sua mãe faz o melhor sanduíche. ---- Se gabou e eu concordei. ---- Mas qual o problema nisso tudo?

Marcus: Então.... ----- Fiz uma pausa e eles me olharam atentos. ---- Ela meio que se cortou e eu me alimentei dela.

Diana: O quê? ---- Me deu um tapa na cabeça.

Andrew: Uh, isso doeu. ---- Se meteu.

As vezes minha mãe tinha razão, Andrew era a cópia do meu pai.

Fofoqueiro e metido.

Marcus: Ai, mãe! ---- Revirei os olhos.

Isabela: Como você deixa isso acontecer, Marcus? ---- Me olhou sem entender.

Marcus: E-Ela nem percebeu, tenho certeza que ela não viu nada. ---- Falei pra mim mesmo.

Isabela: Mais vem cá, me conta como ela é? ---- Se aproximou curiosa e revirei os olhos.

Kaleb: Também quero saber. ---- Arqueou a sobrancelha.

Diana: Nome? Idade? Onde ela mora?

Marcus: Querem documento também? ---- Perguntei encarando eles. ---- O nome dela é Jade, ela estuda comigo.

Isabela: Jade? ---- Perguntou confusa e eu assenti. ---- Como ela é?

Andrew: Parece ser deliciosa.

Diana: Não ouse se alimentar da garota, não foi o que eu ensinei aos dois. ---- Deu um sermão.

Marcus: Ela é bem bonita, linda pra caralho. ---- Sorri de lado.

Kaleb: Eu conheço esse olhar. ---- Me encarou e eu neguei.

Marcus: Não, conheci a garota hoje. ---- Neguei. ---- Não sou igual a vocês, conhecem e já casam.

Kaleb: Com a sua mãe não foi assim. --- Deu de ombros. ---- Ela era difícil.

Diana: Pra você eu não era, você que era meio lesadinho. --- Brincou.

Isabela: Melhor ter cuidado com essa garota, não conhecemos ela direito. ---- Ela falou e assenti.

Marcus: Não vou fazer besteira.

Diana: Não de novo né?! ---- Fez um carinho no meu cabelo.

Marcus: Eu iria ter que virar vampiro algum dia, sabe disso. ---- Sorri.

Como virei vampiro é uma história complicada pra minha mãe, meu pai tinha me dado um frasco do seu sangue pra quando eu precisasse...e bom, eu não precisei mas eu queria ser vampiro de qualquer jeito.

Acabei tomando milhares de remédios e me matando em seguida, acordei vampiro e levei um grande sermão da minha mãe. Meu pai até gostou da idéia e vem me ajudando com esse lance até hoje.

Eu gosto de ser vampiro.

Força, audição avançada, velocidade, várias habilidades....é como minha mãe dizia

"Você é a cópia do seu pai, é um Parker"

E ela tinha razão, eu era a cópia do meu pai e nada me deixava mais feliz quando alguém me dizia isso.

Eu sou um Parker.


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