Capítulo Doze

Parte 1— Acho... Acho que não quero que você vá embora - esticou a mão sobre a mesa e tocou seus dedos.— Eu não vou porque estou com fome.— Não quis dizer agora... Quis dizer que não quero que me deixe Amanda - foi sincero. Tão sincero que nem ele mesmo entendia.Ela parou de ler o cardápio e o encarou. Depois riu.— Quem escutar vai mesmo achar que você me ama. Cuidado com a representação, querido - riu mais — Não precisa fingir o tempo todo Lorenzo, nossos conhecidos não estão aqui. Guarde para dep

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Parte 2Ela ficou calada e olhou em volta. Muitas pessoas conversavam animadas enquanto apreciavam seu almoço e ela só queria o mesmo, mas ele insistia em saber mais.— O que queria? Mais dinheiro? Voltar a ter fama? O que Amanda? Ódio? Era sexo quente? - bateu na testa ansioso — O que era?— Foi só uma bobagem - apertou os lábios — Eu sabia que você iria pedir sexo. Acha que não sei que sempre quis transar comigo? Não sou burra, Lorenzo. Só quis te encher um pouco, rir de você quando eu ganhasse e lesse o que havia escrito - largou o guardanapo em cima da mesa — Foi uma bobagem, ok? Depois me arrependi, mas aí já era tarde, o jogo já estava valendo e quando você ganhou fiquei aliviada

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Parte 3— É claro que eu vou - o olhou sem entender — O que acha? Que vou deixar um amigo aflito se virar sozinho? - deu um risinho — Não me conhece tão bem assim playboy.Ele sorriu emocionado pelo apoio que realmente não esperava.— Vamos logo - bateu em sua perna.— Sabe que não pensei que fosse sensível?— Isso é uma coisa muito feia a se dizer - balançou a cabeça e o olhou diferente — Claro que sou sensível, ainda mais ao sofrimento alheio. Você tem que aprender mais coisas sobre mim, além de só pensar em me ter embaixo de seu corpo. Ande logo, mas não co

Capítulo Treze

Parte 1Lorenzo se aproximou dela. Amanda levantou a cabeça e sorriu para ele, segurando o brinquedo colorido. Ele sentou ao lado e passou a mão na cabecinha do pequeno.— O que está lhe contando?— Nada, só conversando o que ele quer - sorriu.— E você entende a língua dos bebês? - ela riu.— Não de verdade, mas eles pensam que sim.Os dois riram. Foi um momento simples, porém bonito.— Tem muito jeito com crianças - lembrou dos meninos na rua dela — Não sabia desse talento.

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Parte 2— Quando entendi como as coisas funcionavam eu pedi aconselhamento com um dos advogados da agência e ele entrou com um processo de separação de bens e valores para mim, para que eu pudesse cuidar eu mesma de minha vida financeira. Consegui me emancipar judicialmente, apesar de minha tia ter ficado muito aborrecida com isso e comecei a me virar sozinha.— Você teve muita força.— Não - apertou os lábios de novo — Acho que tive foi muita necessidade, isso sim. Precisava mudar o que eu não gostava e quando a chance apareceu eu consegui segurar. Era muito nova e imatura e foi muito bom pra mim poder ter controle de minha vida. As viagens me ensinaram bastante e o trabalho abriu muitas portas.

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Parte 3Ele franziu a testa.— Acrescente a isso que ele nunca quis ter filhos e foi um excelente casamento.Lorenzo ficou surpreso e confuso. Talvez um pouco preocupado.— Certo... Mas... Por que você não queria filhos?— Eu disse que ele não queria filhos.— Agora me confundi mais.— Eu sempre quis ter filhos Lorenzo... Apenas não os posso ter.Aquela informação atravessou seu cérebro. Como a

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Parte 4Lorenzo sentiu o peito encher de uma nova esperança que ele não tinha antes. Talvez Amanda o amasse, mas por medo de sofrer se fechou para esse sentimento. Por isso o tratava assim distante. Essa mulher linda e corajosa não queria repetir os erros do passado.— Você me ama - falou sério.— Não seja presunçoso - uma lágrima escapou — Não posso ter nada mais do que sexo com você. É só isso. E depois vai me agradecer quando nos afastarmos e você seguir sua vida como sempre. Vai achar uma mulher que vai lhe dar muitos filhos, assim como sua família deve querer. Vai ver. Vai ser feliz.— Não seja teimosa Amanda, não pr

Capítulo Quatorze

Parte 1Lorenzo estava com as mãos tremendo. Já estava em seu segundo copo de uísque. O detetive havia entregue o relatório sobre a vida de Amanda. Não tudo, é claro, mas o que ele mais havia pedido.Caminhou pela sala preocupado e nervoso. Não quis que levasse em sua casa e pediu a entrega na cobertura. Largou a pasta em cima da mesa grande de vidro. Os papéis se espalharam. Ele suspirou e andou até a varanda para pegar um ar e pensar.Até que depois de um dia chuvoso a noite estava bonita. Dava para ver muitas estrelas no céu e lá embaixo haviam mais luzes de natal espalhadas pela rua. Ele nem tinha se animado a decorar a cobertura.

Último capítulo