-Certo. -Limito-me a dizer e sinto o aperto em meu ombro.
-Nada é fácil no mundo em que vivemos Jack, mas tudo se torna pior quando estamos sozinhos. Ergue a cabeça e siga em frente, podemos ser taxados de monstros sanguinários, podemos ser considerados a escória, mas nunca abandonamos os nossos. Um Voyaller sempre será um Voyaller e terá a proteção da família. -Dante afirma.
- Nunca duvidei disso, mas é complicado. Não quero pensar sobre isso no momento, vamos. -Observo o relógio de pulso. - Já são quase sete da manhã, não sei como ninguém veio atrás de nós ainda. -Afirmo desconfiado.
-Abaixe a guarda Jack, você está armado até os dentes. -Dante passa por mim caminhando pela sala extensa que levava ao jardim. -Aproveite a casa, a vista e a hospitalidade. - Ele sorri e pisca para mim descontraído o
Jessye.Assim que Jack sai sinto-me ainda mais perdida.É óbvio que ficar ao lado dele depois do comentário inesperado do meu pai era mais do que constrangedor, mas saber que ele não estava ali caso eu precisasse era pior ainda, afinal, ele garantiu que não deixaria minha mãe me fazer mal e apesar das nossas desavenças sei que ele cumpriria com sua palavra, mas eu sentia que ela estava apenas esperando o momento em que ficássemos a sós para me atacar.- Você está bem? -Eva sussurra e eu sorrio para ela indicando que sim.-Com licença. - Um dos gêmeos se levanta e sai logo em seguida.Aproveito o momento para me retirar da mesa também. Não havia comido quase nada, mas somente a ideia de ter um filho me assustava o suficiente para perder a fome.-Se me derem licença. -Sorrio levantando-me e antes que alguém me i
Ele sorri levando o copo de uísque aos lábios enquanto desvia seus olhos dos meus para a porta.-Perspicaz, muito perspicaz. –Ele afirma rindo. -Vocês são inteligentes, grandes e poderosos como diz, mas alguns dos seus não estão muito contentes e andou procurando a mim. –Ele retira um papel do bolso do terno entregando em minhas mãos. –Você tem segredos interessantes escondidos não acha? Alguns dos seus estão loucos para derrubá-los, cuidado onde coloca seus pés e sua língua afiada.Observo a fotografia com calma, mas o ódio e a raiva borbulham meu interior. A droga desse casamento só apareceu para desenterrar coisas que precisavam permanecer quietas e eu queria muito socar Edgar até tirar aquele sorriso nojento dos seus lábios.Devolvo a foto para o Edgar rindo.-O que quer? Me ameaçar com isso? –Pergunto lev
Caminho em sua direção e assim que seus olhos se voltam para mim ela rapidamente se levanta assustada.-O que faz aqui? Essa é uma área restrita você não pode entrar aqui. -Grita em histeria.-Onde está Jessye? - Pergunto com os olhos fixos nos dela e a vejo recuar assustada.- Não sei do que está falando. -Finge desentendimento e volto meus olhos para a porta de ferro ao meu lado.Estreito os olhos e seguro o braço da minha sogra com força fazendo-a ficar cara a cara comigo.-Jessye me contou o que você fez e faz com ela. -Forço meus dedos em seu braço e ela recua assustada com a minha atitude. -Jessye é uma Voyaller e se ousar machuca-la mais uma vez eu garantirei a sua própria destruição. -Afirmo e ela tenta me atingir com um tapa, mas seguro sua mão empurrando-a com brutalidade em direção a poltrona em
JessyeÉ tanta dor expressa naqueles olhos que meu coração comprime dentro do peito. A feição de tristeza, arrependimento e desespero está estampada naquele lindo rosto esculpido por anjos.Se Jack me desejava eu deveria dizer que sinto o mesmo, afinal meu corpo entra em combustão com seus toques e sinto cada parte do meu corpo responder a ele de forma absurda.Passo meus dedos por seu rosto retirando os fios molhados que caíam sobre seus olhos, aqueles olhos maravilhosos que agora demonstravam tanta tristeza e preocupação.-Me conte o que te causa tanta aflição.Vejo ele fechar os olhos e encostar a testa na minha novamente e quando abre confusão se estampa em sua face.-Tome seu banho, vou esperar no quarto e assim podemos conversar. Ele se retira e seguro sua mão apenas para concluir.-Eu também te desejo Jack e
-Jessye me perdoa. - Ele sussurra e quando vejo está ajoelhado entre minhas pernas com as mãos apoiadas nas mesmas. - Eu não queria que as coisas fossem dessa forma, mas são minhas filhas, minhas meninas. -Vejo o carinho e o orgulho brilhar em seus olhos banhados em dor. -Jasmine lutou por sete meses enquanto nossas filhas cresciam em seu ventre. Donatel tirou tudo de mim Jessye, ele tirou ela, tirou minha mãe, tirou a mãe dos gêmeos que cuidava de mim, tudo que amamos ele levou sem piedade, apenas para nós tornamos frios o suficiente para compreender que amor é um sentimento fraco e sem valor. Que tudo se vai e se apegar é desnecessário, mas ele não sabia que ela estava grávida. Eu consegui esconder minhas filhas por três anos, escondi de todos, até mesmo dos meus irmãos. Me privei como pai de vê-las crescer em meus braços, me privei de estar ao lado delas todos os dias para que Donatel não encontrasse elas. - Diz em desespero. Permaneço calada sem saber o que dizer. <
Aquelas palavras balançaram minhas estruturas brutalmente, pois eu mais do que ninguém sei o que é lutar sozinha em meio a leões famintos que tentam te devorar e foi exatamente isso que ele fez até o momento. Lutou sozinho para proteger o que foi deixado a ele sem que esperasse. Meus pais não são pessoas boas e levo as marcas dos traumas psicológicos comigo, mas não sei como eu lidaria ao saber que por culpa deles a pessoa que amei morreu. Jack é forte, aguentou calado as pancadas que Donatel lhe dava. Ele poderia culpar a vida, culpar as pessoas ao seu redor injustamente, mas o único culpado é o demônio a quem ele um dia chamou de pai. As duas meninas não foram uma escolha, ele não sabia que Jasmine estava grávida e também não podia imaginar que Donatel tiraria a vida dela, mas Jack foi forte o suficiente para proteger aquilo que lhe restou. Admirável no meu ponto de vista, extremamente admirável, pois em seu lugar não teria forças o suficiente para me mante
Jack Fico paralisado por um instante ao sentir os lábios de Jessye sobre os meus. Eu não sei dizer se aquilo era uma despedida ou uma aceitação. Ela estava me dispensando ou aceitando a massa quebrada e confusa que era meu coração? -Jessye? -Sussurro entre seus lábios apoiando as mãos em seu rosto para afastá-la, mas ela insiste em intensificar o beijo puxando-me ainda mais para o meio de suas pernas. Entendo o recado como algo positivo e deslizo uma das minhas mãos para sua cintura enquanto a outra invade seus cabelos úmidos entre os meus dedos segurando-os com firmeza. Jessye invade meus cabelos com seus dedos finos se fechando nos mesmos com delicadeza e quando vejo já estou envolvendo meu braço em seu quadril puxando seu corpo em direção ao meu enquanto a beijo com volúpia e desejo deixando que nossas línguas se enrosquem saboreando um ao outro. Seguro seu cabelo com um pouco mais de força e ela ofe
Retiro minha camiseta com pressa a jogando para o lado, os olhos de Jessye descem sobre meu corpo e para sobre a tatuagem da pantera envolta aos números 371, era uma tatuagem única que dava a impressão de ser encarado diretamente por aquele animal.Desço da cama apenas para me livrar das minhas calças e pegar o preservativo dentro da carteira que estava sobre a cômoda de madeira. Retorno deslizando o preservativo pelo meu membro duro e pulsante que implorava para estar dentro da minha pequena lady que me encarava com curiosidade enquanto caminhava novamente para ela.-Apreciando a visão? -Pergunto e leva as mãos sobre o rosto extremamente envergonhada. -Pare de se esconder. -Puxo seu pé e ela se encolhe. -Vai desistir agora? Vai mesmo me deixar nesse estado? -Pergunto deslizando minha mão por seu corpo e ela se vira de barriga para baixo deixando aquela bunda empinada em minha direç