Isa As coisas estavam ainda mais estranhas, o delegado que antes quase não saia da sala, agora não parava de ficar andando pela delegacia, mais pra pegar café s ficar me encarando, alguma coisa me dizia que a carniça tava grudando no meu lindo corpinho Eu estava tomando meu café, mas era mais pra passar o tempo mesmo, o famoso matar serviço, quando o Hael me ligou. Sinceramente, eu pensei mil vezes em atender porque, se eu estava ali pra ter um pouco de sossego, então porque atender uma ligação que, com certeza ia tirar a minha paz? Mas atendi, era melhor escutar a merda de longe do que de perto, ele iria aperrear a minha mente a noite se eu não atendesse Isa - Fala, mas fala rápido porque eu tô trabalhando Hael - E desde quando tu dá valor a esse serviço aí. Sabe muito bem que você está pra fazer o que eu mando Isa - O que o Killer manda, né? Esqueceu? Ele é o dono do morro, é ele quem manda na porra toda Hael - Eu não vou discutir com boxe não porque tenho mais o que fazer, eu
JoshuaEu escutei a gritaria, primeiro, somente a voz da Isabela e depois, aquele burburinho de gente querendo saber qual tinha sido a fofoca. Não me liguei, sério, no primeiro momento eu nem me liguei, mas daí, fui me aproximando, para perguntar o que tinha acontecido, mas parecia no meio da perguntaJoshua – O que foi que acon... Meu Deus, Alicia?Não controlei o tom da minha voz e muito menos, a minha fúria quando vi quem estava do seu ladoJoshua – O que foi que você fez com ela?Isabela – Eu não fiz nada, ela veio tomar um pouco de café e passou mal, caiu, eu não consegui segurarJoshua – CAFÉ?Eu gritei enquanto ainda estava agachado, segurando o corpo da Alicia Na altura do meu joelho. A Alicia não estava tomando café, se tinha uma coisa que mudou completamente na vida dela, foi a preocupação com o corpo. Antes ela achava que era algo natural, chegou a me dizer que aquele corpinho era dom de Deus, mas agora que está comigo dessa vez, evita comer muita coisa com a desculpa de qu
Fernando e CarolA Carol estava me deixando ficar mais perto dela, ad vezes fazer um carinho no seu braço, na sua bochecha, umas horas até rolava uns beijinhos, mas chegar perto mesmo, estava difícil No início, eu achava que ela estava se fazendo de difícil, mas depois que, meio que escondido, olhei ela no espelho do banheiro, levantando a blusa, pegando nas partes que ela chamava de “gordurinhas” e ainda, para fechar com chame de outro, falou bem baixinho que eu nunca iria olhar para ela como olhava para as patricinhas da faculdade, nunca iria desejar ela como eu desejava as mesmas patricinhas, percebi que a coisa era mais séria. A Carol estava se privando da felicidade propositadamente, vivendo de achismo, só porque não se achava boa o suficiente Ela tinha saído, para pegar uns documentos no fórum para mim. Fazia pouco tempo que eu tinha voltado a atuar como advogado, na verdade foi por causa dela tudo tinha sido por causa dela e a menina nem sabia A Carol não saída da minha cabe
NascimentoEu tinha escutado perfeitamente a ordem do Joshua, aquela que veio meio nas entrelinhas, ele sabia que eh tinha os meus contatos, mas para isso, ei precisava ter certeza de que ele ia me deixar fazer o que fosse precisoJoshua – Agora não, eu estou indo para casa, preciso deixar a Alicia descansarAlicia – Não Josh, por favor, me leva na casa da vó Inês, eu queria tanto ver elaJoshua – Disse bem, queria, mas eu não vou deixar, não hoje, Alicia, eu te quero em casa se possível, de trocar de uma caixinha, sem poder se mexer Ela deu uma olhada para o delegado, coisa que ninguém ali de teoria da delegacia se atrevia a fazer. Nesse meio tempo. Entre convence ou não convence o delegado, aquele seu amigo, o Fernando, chegou todo enfurecido na delegacia, exigindo que o Joshua desse prioridade pra ele, porque, se eu não me engano, o cara que veio na escola tá da polícia militar, tinha tentado estuprar a sua mulherEu vi a fúria consumindo o Joshua, a única coisa que ele queria era
JOSHUAQuando o Nascimento me falou que estava com o tal do Hael em mãos, meu coração decidiu que não conseguia ficar mais dentro do meu peito. A minha barriga doía, meu peito também, eu precisava ver a cara daquele filha da puta, eu precisava descontar a minha raiva neleJoshua – Me traz ele agoraEu gritei no telefone quando o Nascimento me avisou que estava já a caminho da delegacia, lógico que ele tomou cuidado para deixar a Alicia em segurança antes. Eu queria estar com ela, protege-la, mostrar que ia ficar tudo bem e que ela não precisava se preocupar, mas antes eu também precisava foder com a vida daquele filha da putaNascimento – Estamos aqui na frente, ele está sob a nossa jurisdição, então, cautela, ele já está com a genteFoi exatamente isso que o Nascimento disse pra mim, só que foi a mesma coisa de eu escutar “vem aqui e fode com esse filha da puta”. Fui na força do ódio, a minha sala era no andar de cima da delegacia, eu nem usei o elevador, desci as escadas que não est
AliciaEu sabia que algo estava errado. O Nascimento nos trouxe de volta para a casa do Joshua, mas não disse uma si palavra, nem mesmo que ele iria ficar até mais tarde na delegacia, só nós deixou e voltou com a desculpa de que tinha coisas para resolverAntônio – Fica tranquila, eu conheço o meu filho, logo ele vai estar aquiAlicia – Eu sei, eu só estou um pouco preocupadaAntônio – Não precisa... sabe, fazia tanto tempo que eu não o via daquele jeito, com aquele brilho no olhar. Ele nunca foi uma pessoa de muitas palavras, mas a gente sabe quando os nossos filhos estão bem. Eu estou feliz com isso, tranquilo, em pazEu me lembrei que no meio do caminho, o senhor Antônio tinha me dito que estava ali para ir ao médico, porque no interior, as coisas eram muitos difíceis, não por causa de dinheiro, mas por falta de médico mesmo. Olhando bem, ele parecia meio amarelado mesmo, doente, só que não me disse o que era, mesmo porque, segundo ele, ainda não se sabia de nadaAntônio – O meu fi
OpheliaHá tanto tempo que eu não via aquele olhar, tanto tempo... eles eram tão parecidos com os olhos do Joshua...Eu não sabia que ia encontrar o Antônio ali naquela casa, na verdade fui na surpresa, no desespero mesmoNo d em que encontrei a Eleonor, decidi que não ia deixar ninguém tirar a minha vida de mim novamente, nem mesmo o destino. Eu quis acabar com o rosto dela, mandar ela para uma clínica para fazer cirurgia plástica para consertar o estrago que eu estava mais do que a fim fazer, eu queria deixa-la exatamente do jeito que imaginei na minha mente, mas me segurei, fui superiorFlashbackOphelia – Você vai pagar pelo o que me fezEleonor – E o que eu te fiz? Você está completamente loucaOphelia – Talvez sim, mas agradeço por isso, porque vai ser a minha loucura que vai me dar forças para devolver tudo o que você me fez passar. Achou que eu não ia conseguir, não é mesmo? Até hoje eu fico pensando, como você pode ter inveja de uma mulher tão simples como eu? Você tinha tudo
GiseleNão é porque a minha vida com o Joshua não deu certo que eu também não posso me preocupar com uma das pessoas que mais foi importante na minha vida. Eu não só me lembro, como sei o quanto o senhor Antônio é um homem bondoso, ele fez tanta diferença na minha vida, tanta…Quando meu pai praticamente me obrigou a me casar com o Gustavo, o senhor Antônio veio conversar comigo e pasmem, ele ficou de joelhos diante de mim, me implorou para que eu não fizesse o filho dele sofrer, não daquele jeito, pediu para que eu achasse outra forma, mas como? Se nem eu sabia como resolver aquele problema na minha vidaEu nunca mais consegui olhar para a cara dele, por vergonha mesmo, eu não me achava mais digna de fazer isso, não com uma pessoa tão maravilhosa, que não mediu esforços para correr atrás da felicidade do próprio filhoConfesso que, quando o vi deitado no colo da Alicia, beijando a sua barriga, acariciando bem devagarinho, eu senti um pouco de inveja, não, mais do que isso, eu senti c