AliciaEu levantei e vi o bilhete que o Joshua deixou para mim dizendo que era para eu tomar café da manhã. Sabe o mais estranho? Depois da nossa conversa, com aquele bilhete ele só me deixava ainda mais perdida, ele nem estava focando na parte que eu tinha fodido a sua vidaFui para a cozinha e preparei um café da manhã básico, ainda estava comendo o pão quando telefone tocou, era a vó Inês Inês – Poxa filha, nem para você me dizer que estava bom hospital por cauda daquelas dores láAlicia – Vó, eu não tive nem tempo, quando estava com tempo livre, sem alguma coisa acontecia Inês- Mas é agora, você está bem? Está com o JoshuaEu estranhei, nunca tinha falado o nome dele na frente dela, como que ela sabia o nome do pai no meu bebê Alicia – Joshua? Quem foi que te disse esse nome?Inês – Ele mesmo filha... ele veio aqui Alicia, desesperado, procurando por você, disse que ia te encontrar que não ia deixar mais você sair de perto, porque você estava carregando um filho dele. Por que v
Joshua Eu já tinha passado tempo demais na delegacia, na verdade, eu estava me forçando a fazer isso máximo de serviço possível para esquecer tanto da Ophelia, quanto da minha vontade de querer voltar par casa só para ver o rosto da Alicia Mas não teve como, eu não sai tão tarde quanto eu gostaria, mas passei em uma rotisseria perto de casa não estava a fim de fazer comida Legumes assados e com ervas finas, ponta de peito fatiada, com aquela gordurinha perfeitamente cortada, arroz, feijão e uma salada de folhas porque nem isso eu estava a fim de fazer. O detalhe, aquela era a rotisseria favorita da Alicia e também, a combinação que ela mais gostava, mas tentei me convencer que eu fazia tudo por causa da criança No caminho pra casa, meu peito se apertou e meu pensamento me levou a ela de novo, decidi não tocar o foda-se pro meu tirocínio e fui direto pra casa, só tentando não pensar ... Joshua – Aonde você pensa que vai? Meu mundo caiu quando eu vi a Alicia preparada pra ir embo
GiseleEu cheguei no hospital completamente desnorteada, na verdade, nem sabia ao certo como consegui chegar àquele lugar. Já que eu praticamente não enxergava nada na minha frente, de tanto nervoso e desesperoGisele – Cadê ele? Pelo amor de Deus, onde está o meu marido?O saguão era grande, cheio de pessoas, lotado de cadeiras e havia uma sala de espera separada, para as alas “vips” do hospital. Eu nem sabia que existia isso, mas vindo da família Stuart, eu podia esperar qualquer coisa Segurança – Por favor, venha comigoEu achei que aquele segurança me levaria até o quarto do Gustavo e daí eh iria ver que já estava tudo bem, que o meu desespero já estava demais e que nem precisava eu fazer todo aquele escândalo Mas não, ele só estava me lavando para aquela maldita sala, onde estavam a pira da Leda, a soberba em pessoa, que no caso, era a minha sogra e o meu sogro que até o momento, eu não tinha nada a falar Gisele – Vocês já tem alguma novidade?Eleanor – Pelo amor de Deus, Gise
Joshua Ficar no mesmo teto com a Alicia e não poder ser quem eu realmente queria ser estava difícil. Parecia que o meu mundo estava desmoronando novamente, mas era por conta da volta da Ophelia, junto com a coisa de ainda não ter arredondado a investigação do roubo das provas, sinceramente, nunca que eu achei que é voltaria A Alicia e eu até que tentamos conversar enquanto a gente jantava, mas não teve como, a minha mente não aceitava a parte em que ela insistia em ir embora, então, não quis mais falar nada e ela aceitando, comeu no silêncio e depois subiu Eu fiquei ali, fiz cera, depois de colocar os pratos sujos dentro da cuba da pia, fui pro barzinho que eh montei no canto da sala, peguei uma dose de bebida, apaguei a luz e fiquei sentado no sofá. A luz da cozinha ainda iluminava o lugar, passei uns bons momentos ali, curtindo a minha caixinha do nada, depois, decidi subir e ir para o meu quarto Mas aquela porta entreaberta me chamou atenção e ali eu vi que, mesmo depois de tud
Fernando Me lembro daquele dia como se fosse hoje, o dia em que eu peguei o José tentando pegar a Carol a força e entrei na sua sala para impedir, o cara ficou tão furioso que nem viu que, atrás de mim tinha uma multidão e descambou a falar José – Acha mesmo que vai conseguir ter o que quer? Essas meninas tem que ser tratadas assim mesmo, não passam de meros objetos, são umas putas que oferecem favores em troca de algum agrado, você sabe muito bem. É meio ponto aqui, um ponto ali, não deixar de exame aqui, essa aqui não é diferente Eu nem liguei para o que ele falou das outras meninas, porque sinceramente, ele não estava mentindo, mas da Carol sim, eu liguei com força Porra, o desgraçado, além de estar desrespeitando a mulher dentro de casa, ainda estava tentando colocar a culpa na menina que não tinha nada a ver com a bagaço, no máximo, a sua culpa era ter nascida bonita demais para conseguir chamar a atenção daquele escroto Eu tive que sair praticamente carregado dali, porque n
JoshuaPodem me julgar, mas eu queria e queria muito, naquela hora e pra falar a verdade, em muitas poucas horas antes da Alicia voltar para a minha casa eu pensava na porra da história de roubo de provas, pra mim, a única coisa que ficou marcada de verdade foi que eu tinha perdido a mulher que me trouxe de volta a vida quando eu achava que realmente não seria possívelEu escutei cada gemidos cada respiração, senti seus toques, seus beijos, era exatamente como estava em minha mente, aquela sensação de sentir a Alicia minha e completamente minha Acordei no meio da noite e ela estava ali, nada de sonho ou de miragem, a Alicia realmente estava ali, nua, esparramada no colchão da cama de hóspedes. Sua barriga estava para cima a perna esquerda jogada em cima do meu corpo, a mão esquerda acima da cabeça e a direita, em cima da barriga. Inconscientemente ela protegia aquela criançaDevagar, porque eu não queria acorda-la, coloquei a minha mão em cima da barriga dela e acariciei, bem lentame
GiseleEu acordei sendo chacoalhada pelo menu sogro que, além de me deixar completamente tonta não parava de gritar dentro do quartoAlmir – Pelo amor de Deus, o que aconteceu, Alicia?Eu senti no chão e não sabia se colocava a mão na cabeça, como reflexo da bancada ou se colocava a mão na bochecha, porque ainda sentia a ardência, me lembrando de que eu tinha levado um tapa Almir – Vem aqui, levantaEu vi que a minha sogra também estava no quarto, mas no caso, ela estava do lado do Gustavo, procurando qualquer sinal de coisa errada no corpo dele, porque lógico, para elas era tudo que importavaMeu sogro me levou para a salinha, que ficava no segundo compartimento do quarto, me sentou na cadeira e depois, sentou na minha frenteAlmir – O que foi que aconteceu?Eu ia começar a falar, mas a minha sogra me interrompeuEleonor – Eu não sei porque você quer ficar dando assistência pra ela, é com o nosso filho que a gente tem que se preocupar, com ele e somente eleFoi a primeira vez que vi
JoshuaClaro que eu sabia que a Alicia estava ali, escutando a minha conversa e foi desde o momento que ela pisou os pés do meu quarto, aquele cheiro adocicado do seu corpo era inconfundívelEu estava vulnerável e não era pouco, não sabia ao certo o que meu pai tinha, mas em que mundo que é normal um homem urinar sangue, eu sabia que a coisa era séria e não estava com coragem de enfrentarMeu pai, o único que ficou do meu lado. Que chorou escondido quando achava que não tinha a capacidade de me ajudar, que por muitas vezes peguei estudando durante a madrugada a matéria que eu aprendi durante o dia, só para ter um momento pai e filho, me ajudando na tarefa, o único homem que tinha o direito e me deu a honra, de me entregar o meu diploma e não me decepcionouEra este mesmo homem, o que eu colocava como meta de vida, que estava me pedindo ajuda no silêncio e isso não era bom Alicia – Você está bem?Joshua – Bem? Meu mundo está desmoronando, Alicia e mesmo assim, eu não tenho o direito d