_ Eu não sabia que seria assim. _ Me desculpe, com tudo que aconteceu com sua mãe eu não tive a chance pra te contar. _ Tudo bem. _ Vou deixá-la trabalhar. _ Obrigada. Sento colocando minhas mãos sobre a minha mesa e logo percebo um envelope junto as flores assim que Adam sai para seu escritório. Então ao lê-lo fico sorrindo com o que diz: Seja bem vinda, é uma honra tê-la conosco em nosso empresa. Carinhosamente.. Adam Rivera. Ao notar as tulipas vejo que ele tem bom gosto e que sabe ser doce da maneira mais linda. Logo depois começo revisando vários casos que estão em uma pasta destinada a mim, que a empresa pegou nos últimos anos. Aliás há alguns que estão em branco no valor do pagamento, sem saber o valor eu não poderei cuidar da contabilidade da empresa. _ Como assim? Preciso perguntar ao Adam, tenho que repassar os valores ainda hoje para os clientes. Me levanto e vou em direção a sala de Adam, alinhando minha roupa antes de bater duas vezes em sua porta. | Toc Toc |
_ Mas- _ Já liguei para o hospital e sua mãe está bem, pode ficar tranquila. O doutor Muniz é um velho amigo meu, ficou de nos informar qualquer coisa, se for necessário ligará diretamente para mim. Não se preocupe. _ E para onde vai o dinheiro dessa festa beneficente? _ Para uma instituição. A presença da empresa ajuda a arrecadar fundos para crianças do orfanato. _ Então ok. Estarei lá. _ Obrigado, fico muito feliz. Não se preocupe com a vestimenta, a empresa se encarrega disso. _ Está bem, mas lembre-se.. É pela arrecadação. Mais tarde no hospital.. Como sempre venho fazendo, eu visito mamãe depois do meu trabalho todos os dias. _ Até que a comida daqui não é ruim meu amor. - Diz mamãe sorridente. _ A mamãe faço ideia de como seja, não precisa mentir é horrível, mas pelo menos é saudável. _ Sim é sim. Pego a bandeja que estava sobre a cama da minha mãe e a coloco na mesinha ao lado então notando só agora as lindas tulipas. _ Mamãe que flores lindas. _ São maravilhosas
Chego na Edvgs Center e vou direto para minha mesa, sem manter contato com ninguém. Adam passa por mim lendo um jornal, enquanto segura sua caneta de café.. para minha sorte ele não nota meu nervosismo e muito menos meu olho. _ Bom dia Bianca. _ Bom dia Senhor Rivera. - Digo com a voz trêmula, que o faz voltar. Droga, por quê será que não consigo ficar calma com ele por perto? Me amaldiçoou por não saber nem menos fingir. Ele gesticula vir até mim ao dobrar o jornal, fico com o rosto virado na tentativa frustrada dele não reparar. _ Você está bem? _ Sim, eu só fiquei sem jeito de agradecer pelo o que o Senhor fez por minha mãe. E por mim. Não tinha necessidade de mandar flores para minha mãe Senhor Rivera. _ Eu mandei para que ela se sentisse bem, aquele quarto de hospital sem cor é um desânimo, só quis que ela se anima-se com algo da natureza já que está sobre uma cama. _ Obrigada, de verdade. _ Não me agradeça por isso. Foi um prazer. Sem falar mais nada, ele vai até seu e
_ Sim? _ Você pode fazer hora extra hoje? É importante, é sobre o caso da senhora Andrés. _ Eu queria ver minha mãe, mas posso ficar sim por alguns minutos. Adam se aproxima e eu escondo meu rosto em uma pasta novamente. _ Você está bem? Tenho a impressão de que tem me evitado o dia inteiro, fiz algo errado? Seus passos estão mais perto de mim, eu prendo o ar enquanto o respondo. _ Não Senhor Adam- Entretanto não consigo acabar de falar, Adam tira a pasta da minha mão colocando meu cabelo para trás da minha orelha e em seguida seus olhos vão de encontro aos meus. _ Bianca, porque seu olho está roxo? Quem fez isso? Me fale agora. Ainda com suas mãos em meu rosto ele o acaricia tentando me desvendar. _ Não é nada Adam. - Respondo. _ Como não foi nada? Está nítido. _ Eu apenas me machuquei quando fui tentar pegar uma moeda que caiu no chão, dei de cara com a maçaneta da porta ao levantar de maneira apressada quando ouvi a chaleira na cozinha apitar. _ Bianca! Sou advogado, se
_ Eu pensei que você soubesse, afinal é a maior festa de todos os tempos de todos os anos. Pessoas matariam para ter o convite.. Mas fica tranquila.. São poucas convidadas que escolhem. _ Ainda bem.. - Suspiro pesadamente. | TOC TOC | _ Estão batendo na porta.. Quem será? _ Se for seu pai eu vou mostrar uma coisa pra ele.. Lucinda corre, pegando uma frigideira na cozinha, fazendo uma pouse muito engraçada depois. Eu sorrio dela não conseguindo segurar por ver sua cara de tonta ao olhar a porta amedrontada. _ Tomara que não seja então, por quê pelo jeito perderíamos a luta. - Digo ao ir em frente sorrindo. Abro a porta e fico surpresa ao ver um senhor.. que está com uma caixa na mão em um laço de seda vermelho. _ Sim.. Posso ajudá-lo? O pergunto. _ Cortesia da empresa Edvgs Center Senhorita. _ Eu- ... Obrigada. Ele coloca a caixa na minha mão e vai embora, nem me deixando falar ou devolvê-la. _ O que é isso? - Pergunta Lucinda curiosa olhando a embalagem. _ Dã! É uma caixa.
Tento me levantar em meio à crise que estou tendo, mas elas me seguram fazendo-me sentar novamente. _ Relaxa Bianca, O dinheiro do seu leilão vai para as crianças, é por uma boa razão, além do mais tudo aqui é com respeito. Ninguém te obriga a fazer o que não queira. _ Mas como funciona isso? Andressa chega mais chega mais perto para me explicar enquanto fala. _ Você será leiloada aos rapazes por três noites de encontro, na qual vocês entraram em um acordo de quando acontecerá. Não se preocupe, não pode haver nada sem seu consentimento. _ Eu não gosto disso Andressa. - Faço um cara nada boa olhando para o palco na minha frente. _ Vai dar tudo certo. - Ela afirma. _ Se ninguém quiser um encontro comigo? O que vou fazer? Andressa sorri de um jeito como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada. _ Eles já estão todos babando em você Bianca, isso não vai acontecer. _ Ok, pelas crianças. - Digo tentando parecer calma, mas com os nervos à flor da pele por dentro, onde vim me
_ Eu não acredito! - Resmunga mais ainda Amanda parecendo incrédula com a boca aberta. Amanda fica emburrada ao meu lado como se fosse uma criança que perdeu o brinquedo. _ Por favor senhor venha pegar seu prêmio. - O chama o leiloeiro. _ Prêmio? - eu pergunto. _ Bianca, eu espero que não fique chateada comigo. Ainda estou lidando com o fato de que fui arrematada para meu próprio chefe. O medo me consome, e me sinto trêmula a cada passa que ele dá em minha direção. Outras mulheres se sentiriam sortudas, mas eu ainda estou sem acreditar que agora estou prestes a ter três encontros com ele. _ Se você não quiser eu- _ Tudo bem Adam, Só fiquei surpresa. Aqui está, sua rosa. Dou a rosa vermelha a ele envergonhada enquanto nossos dedos de esbarram levemente por um curto tempo. _ Obrigado. - Ele responde com seu sorriso encantador. Seus olhos vão de encontro aos meus até que eu desvio sem graça minha atenção para o garçom que passa por mim com uma bandeja de champanhe. Ele estende
Adam e eu passamos o evento todo conversando, é incrível ver como não sabíamos nada um do outro e como temos tanto em comum. Já no final da noite, uma última música soa pelo salão da festa me fazendo lembrar da época que dancei em meu primeiro baile no colegial. _ Eu amo essa música! - Digo alto sem pensar, Adam me olha sugestivamente se levantando ao esticar suas mãos para mim. _ Você quer dançar? _ Eu adoraria. Ao pegar minha mão caminhamos até o salão de dança onde já tem alguns casais. _ Posso? _ Sim. Ele coloca a palma da mão em minhas costas onde está a venda do vestido revelando minha pele. O seu toque me envia arrepios, a ponta de seus dedos me acaricia como se estivessem também a dançar. E quando menos espero solto um gemido quando ele me puxa com força a ele juntando nossos corpos._ D - desculpe. - Falo sem graça ao seu ouvido enquanto ainda estamos próximos. _ Você... é tão linda! Adam me toca com sua mão livre colocando meu cabelo para trás do meu ombro, fazen