Nathaly Decidi que não vou resistir ao meu marido, o amor que sinto por ele é forte, depois de ver Júlia entrando com ele na loja e tratando de forma tão íntima, me senti enciumada. Não quero viver sobre a pressão que vivo e a desconfiança de Thales em mim. É a única coisa que nos separa. Preciso dar um jeito de provar que nem eu nem meu pai roubamos a empresa dos Alcântara. Só assim meu casamento tem uma chance e mesmo que não der, quero limpar nosso nome. Ir para a prisão por algo que não fiz não é mais uma opção, Aurora com sua força foi um exemplo para mim. Cheguei na loja entrei seguida do olhar curioso das meninas. - Bom dia Nathaly! - Bom dia a todas! - Achamos que não iria voltar. Olho para Kim e me sinto triste. Eu não queria sair, mas Thales não ia me deixar em paz e ainda podia prejudicar a loja. - Eu não vou. Vim para me despedir. - E verdade que você é esposa do dono do grupo Hilton? - Sim, mas não gosto de divulgar isso. - Porque trabalhar aqui? Voc
Thales Estou trabalhando na minha sala e escuto um burburinho do lado de fora, não me importo, já que toda vez que Júlia aparece faz uma sena. Continuo o que estou fazendo e ouço uma voz que parece de Nathaly? Mas o que ela faz aqui? Abri a porta e vejo minha mulher prestes a ser atacada por Júlia. - Sua puta do inferno! - Júlia, vou te pedir para sair. Já está passando dos limites. Agarro seu braço antes que sua mão chegue ao rosto de Nathaly. - Se atreva, Júlia! Esqueceu o que te falei mais cedo? Não quer mais sua mão? - Não acredito que você vai defender essa mulher. - Essa é a minha mulher, claro que vou defende-la. - Mas ela não... - Elizabeth, resolva isso por favor. Não dou atenção a Júlia e saio levando Nathaly comigo. - O que faz aqui? - Desculpa, não teria vindo se soubesse que a outra estava aqui. Ela tenta se afastar, não solto e a trago de volta para um abraço. - Não existe nada entre nós. Ela é patrocinada pela empresa, natural que às vezes venha resolve
Nathaly Saber que vamos a Miami me deixou animada. - Vou adorar conhecer Miami. - Eu sei amor. Porque não marca com Elizabeth e fazem compras para a viagem. - Eu não preciso comprar nada. - Claro que precisa, o clima está quente por lá. Comprei roupas leves, protetores e roupas de banho. Não sei como dizer a ele que não tenho dinheiro e também não quero pedir. Se tivesse um emprego, não estaria nessa situação, que para mim é tão degradante. - Eu não tenho dinheiro para ir às compras. - Claro que vou pagar tudo que você precisar. Você tem cada ideia. - Não, não estou te pedindo para pagar. Acho que dá para virar com o que tenho. Me sinto profundamente envergonhada, mas tenho que falar de qualquer forma. Ele não me deixa trabalhar e não tenho como prover meus gastos. Triste me lembro que ele acredita que eu é meu pai desviamos dinheiro, talvez esteja me testando. Esse assunto está tirando meu sono, fora o risco de meu pai ser preso já que não estou no Brasil. -
Thales Quando chego no lugar que devia encontrar Nathaly, Phill sinaliza para mim do outro lado da rua. O que Nathaly está fazendo em uma loja infantil? - O que ela faz aqui? - Está olhando bonecas. Surpreso, entro na loja à sua procura. - Obrigado Phill! Encontro ela avaliando as bonecas e penso que talvez, ela queira alguma coisa que desejou na infância. Tem pessoas que só realizam seus sonhos depois de adultos. - Vai comprar bonecas? Me aproximo colocando a mão em sua cintura e dou um beijo em seu rosto. - Eu queria dar uma de presente. Mas acho tão caro. Vou olhar em uma loja com preço mais em conta. Me lembrei da menina da praça e como Nathaly estava feliz, em um dia que tinha chorado, eu estava procurando por ela preocupado. Com certeza aquela criança merece, conseguiu fazer minha Nathaly sorrir. - Escolha uma. Com certeza vai fazer a criança muito feliz e isso não tem preço. Então não importa o valor. O brilho que vejo em seus olhos é como se fosse a cr
Nathaly Estava tão triste por não poder comprar para a Aurora uma simples boneca. Agora vou dar a ela tanto a boneca como roupas lindas. Minha felicidade é tanta que não sei como vou agradecer ao Thales. Até esqueci que fiquei com raiva por ele me obrigar a comprar roupas. Os preços são caros demais nessa loja e fiquei desconfortável. Mas para a Aurora nem pensei nisso, a única coisa que me veio a cabeça era a felicidade dela ao receber os presentes. Até Thales mencionar ter filhos. A gente nunca falou sobre isso e eu fico insegura. Claro que iria amar ter meus filhos com ele, porém nosso futuro era tão incerto. Quando mencionei o contrato, foi com um nó apertado no coração. Ser mãe é um sonho que desisti de ter. Com Renan o acordo era não ter filhos e com Thales, nunca tocamos no assunto. - Se eu não tiver um trabalho e condições de sustentar, prefiro não tê-los. - Amor, temos condições de ter cinquenta filhos e cria-los bem. Não é problema para nós. Claro que não agora
Thales A visão de minha mulher na camisola preta transparente, me deixou desnorteado. Nunca questionei, mas suas camisolas e pijamas são muito tradicionais e nada sensual. Agora entendi o porquê. Bri não tinha tino para isso. Nathaly reclama e eu até entendo seu lado, mas o medo que ela fuja me assombra. E agora ela deu as costas para mim, estou muito excitado com a visão dela na camisola e não sei se vou conseguir ficar sem tocar seu belo corpo. Falo meus medos enquanto a abraço forte. - A gente se dá bem na cama, mas para nosso casamento ser completo falta muito. Você não confia em mim. - Eu quero confiar, mas você não se abre comigo e isso me deixa inseguro, com medo e as vezes com raiva. - Fui sincera com você. Meu pai e eu não desfalcamos nada. Você não acredita em minha palavra. - Eu juro que quero acreditar, mesmo que tenha feito, já disse que vou te proteger. Mas preciso que me conte tudo. -Não posso falar de coisas que não diz respeito a mim. Não vou trair a con
Nathaly Descemos em Miami no meio da tarde e eu me sinto leve. Thales tem sido muito atencioso e estamos muito bem. Não voltamos a falar da fraude nas empresas Alcântara e estamos como loucos na cama. Miami é um paraíso e quero que seja perfeita nossa vinda aqui. Será como a lua de mel que não tivemos. - A cidade é linda! - Não viu nada, amor. As praias são maravilhosas e vamos ficar em uma casa com mais privacidade. Entramos em Miami-Dade, Onde o mar era de um azul intenso. Os hotéis à beira mar me fazem lembrar do Brasil, a orla infinita com turistas por todos os lados. Chegamos à Baía Biscayne, Um tanto afastada da área dos hotéis. As casas eram distantes uma da outra dando a privacidade que Thales falou. Nesse ponto quase não se vê banhistas e os poucos que vemos, devem estar ocupando as casas próximas. Era um paraíso que só quem tem dinheiro pode usufruir. Saímos do carro e sentimos o ar puro, o vento agitando nossos cabelos. A mansão à beira mar não podia ser ma
Thales Trazer o pai de Nathaly foi uma boa decisão, ela ficou feliz e talvez consiga descobrir algo que dê uma luz no seu caso. - Está tudo de acordo com o planejado Ted? - Está sim. Temos câmaras e escutas por vários pontos estratégicos, nada vai passar dessa vez. - ótimo. Agora é só deixar eles bem a vontade. - Só não tem câmaras no terceiro andar. Se for para lá com ele, não pegamos nada. - Pode deixar que cuido disso. Obrigado Ted Deixo eles na casa e vou trabalhar com toda equipe. Com poucas pessoas em volta o dia todo, é o ambiente ideal para um boa conversa. E eles tinham, mas não era o que eu estava interessado.- Nathaly, Lucy ficou uma fera. Tenho medo de você voltar e ela se vingar de você.- Eu sinto muito papai. Ela deve estar te infernizando.- Até que não. Renan não permitiu que ela me incomodasse. Acho que ainda tem esperança que você volte.- Impossível. Depois de viver com Thales, entendi que meu casamento com Renan não daria certo.Fico furioso com o que es