*Sophie Ramos.Parede, parede, parede e mais parede. Tudo que vejo ao meu redor são paredes, perdi a noção de tempo em que estou aqui, trancafiada. Fabio não apareceu mais, agradeço a Deus por isso, no começo ele tentou me conquistar, ver se pode isso, me trazia chocolate, flores, mas sempre jogava no vaso ou pisoteava, mostrando que nada o que ele fizesse iria me fazer ama-lo, mais tudo isso me concedeu alguns tapas e socos, mesmo assim não baixei minha cabeça para ele. Posso estar sendo irracional, que talvez não pense em meu filho, estou de sete meses e alguns dias, sei que um dia depois dele me trazer para cá, eu completei os sete meses, já que era sábado. Desde que cheguei aqui, meu filho não se mexe e isso esta me deixando com medo. Às vezes fico conversando com minha barriga, esperando que ele se mexa, mas nada. Não sei onde estou quanto tempo estou aqui. Não ouço a voz de ninguém e nem tem como saber se é de dia ou de noite, já que no quarto que estou não tem janela e nada qu
*Sophie Ramos. Abro os olhos devagar e me acostumo com a luz, mesmo baixa ainda incomoda um pouco, olho ao redor e vejo que não estou mais no quarto imundo, olho para minhas mãos e vejo que não está mais sujo de sangue, meu corpo esta limpo, sem nenhum resquício daquele sangue todo que aquela vaca mandou jogar em mim. Parecia que estava tendo pesadelo e finalmente tinha acordado e estava em casa, só que não. Olho ao redor do quarto e me levanto devagar e vou até uma janela que tem ao lado da cama, vejo do lado de fora e vejo alguns homens andando armados vigiando a casa, ao redor da casa vejo que é cercada por mato e parece distante de tudo. Vejo um pouco distante alguns fios de energia que levam até um poste e ele segue para outro, minha mente viaja em uma tentativa de fuga. Passo a mão em minha barriga e falo com meu filho. “—Tenho que tentar meu amor, pois não sei se algum dia nós ficaremos livres.” _ digo fazendo carinho em minha barriga e ouço vozes do lado de fora e volto de
*Pierry Barreto. Finalmente uma noticia boa, a espera finalmente deu resultados. Luccas conseguiu a localização de onde Sophie deve estar sendo mantida em cativeiro. Os policiais foram informados, já que precisaremos de reforços, não sabemos quantos homens Fábio tem lá com ele, tudo que peço é que ela esteja bem e que nosso garoto esteja bem também. -- Estamos prontos Pierry. _ Luccas diz guardando suas armas no coldre dele. -- Ótimo, então vamos logo buscar minha mulher e meu filho. _ digo colocando a minha arma na cintura. Sim, ouviram bem, como advogado eu tenho meus inimigos e tenho que me proteger, não posso contar apenas com Deus e com Daniel.-- Acho que não seja uma boa ideia você ir conosco. _ Luccas diz e Sebastian concorda. -- Quero ver quem vai me impedir. _ digo e saio da sala e sigo para a garagem, logo atrás de mim vem Luccas, Sebastian, Daniel e alguns de seus homens, entramos em carros divididos, logo que saio da minha garagem vejo alguns carros de policia na rua,
*Pierry Barreto. -- Que isso menino, fizemos isso sem interesses em recompensa, faríamos isso por quem quer que fosse. _ a senhora diz e me sinto um merda agora. -- Desculpe, não queria ofende-los. _ digo constrangido.-- Deixa disso, o importante que chegamos a tendo no hospital. _ o senhor diz e concordo, as horas passam lentamente e minha angustia só aumenta com ela. -- Oi Pierry, cadê o Sebastian? _ Luccas chega perguntando. – Boa tarde. _ ele cumprimenta o casal ao meu lado, me levanto e o abraço. -- Ela está aqui cara, acharam ela. _ digo entre o choro em seu ombro. -- Calma cara, como ela está e quem a achou? _ ele pergunta e apresento o casal e conto o que aconteceu. – Nossa cara. E já vieram falar alguma coisa sobre o estado dela? _ ele pergunta quando termino de contar o que aconteceu. -- Ainda não, e essa espera está me matando. _ digo passando a mão em minha cabeça e depois em meu rosto. -- Calma cara vai dar tudo certo. _ ele diz e concordo. – E sobre seu primo, já
*Pierry Barreto. As noticias não poderiam ser as melhores, mesmo apenas uma semana do que aconteceu. Há três dias o medico nos avisou que diminuíram os medicamentos que deixaram Sophie em coma, então é questão de dias até que ela acorde, o nosso filho está reagindo bem, mesmo assim o medico acha cedo ainda para tira-lo da incubadora, então esses dias a única coisa que tenho feito é pedir a deus em minhas orações que ele os proteja e que fiquem bons logo. -- Vai pra empresa hoje ou vai ver Sophie? _ Sebastian pergunta, ele veio tomar café comigo e me atualizar sobre a empresa que já fazem uma semana que não apareço por lá.-- Vou com você, no horário do almoço eu passo para visita-los. _ digo e ele concorda, terminamos de tomar café e seguimos cada um em seus carros, não demorou muito e já estávamos na empresa, subimos e cada um foi para a sua sala. Revejo alguns casos pendentes quando batem na minha porta. – Pode entrar. _ digo e espero. -- Bom dia senhor, dona Bia está e gostaria
*Pierry Barreto. Estou parado na porta do quarto dela sem ter coragem de entrar, mesmo ela estando ainda dormindo, mais não consigo entrar, Sebastian está do meu lado e aperta meu ombro me dando força, então respiro fundo outra vez e empurro a porta, vejo Sophie imóvel em sua cama e Geovanna na poltrona ao lado, ela está chorando, com certeza já soube do que aconteceu. Sebastian vai ao seu encontro e ela se joga nos braços de meu primo, que a consola. Limpo as lagrimas que descem outra vez e vou até Sophie, assim que chego perto e vejo seu rosto, uma lagrima desce pelo seu rosto me deixando assustado, será que ela já esta acordada? Logo mais lagrima descem, chamo Sebastian e Geovanna e eles também ficam impressionados com o que veem. -- Ela esta acordada? _ pergunto para Geovanna. -- Desde que cheguei ela não se mexeu e nem acordou. _ ela diz assustada. -- Vou chamar o medico e já volto. _ Sebastian sai às pressas do quarto, Geovanna vai para o outro lado da cama, eu chego perto d
*Pierry Barreto.-- Senhor, a dona Bia acabou de falar que já estão todos no saguão esperando pelo senhor. _ Fabi diz pelo telefone, me avisando que chegou a hora. -- Obrigada senhorita Fabi, já estamos indo. _ digo e desligo. – Já estão todos prontos, só falta à gente. _ digo me levantando, no caminho até o saguão, Sebastian não parava de dizer como imaginava sua estagiaria, a todo o momento eu tentava segurar minha risada, mal sabe ele que dona Bia me falou sobre as preferências de meu amigo, mal sabe ele que para evitar problemas futuros, deixei claro a dona Bia que queria os estagiários homens com profissionais homens da empresa e as mulheres com as mulheres, se caso acontecer alguma coisa que seja fora de minha empresa. -- Me diz ai, como está Sophie? _ ele pergunta ainda dentro do elevador. -- Esta na mesma, tentando se fazer de forte, sempre que pergunto ela diz que está bem, mais sei que ela chora as vezes escondida de mim, mas sempre vejo os sinais. Mesmo ela dizendo que o
*Sophie Ramos. Mais um dia se passou e eu continuo na mesma, mesmo me fazendo de forte para os outros, ainda sim estou abatida, faz exatamente dois meses que perdi meu menininho, sem ao menos ter o prazer de segura-lo nos braços, quando me lembro do sonho que tive com ele, de nossa despedida, sei que é estranho sonhar com seu filho e conversar com ele, sendo que ele ainda era um bebê que tinha acabado de nascer, e eu o via em meus sonhos como uma criança de uns cinco anos. Sorrir quando me lembrei de nossas conversas, ele era um homenzinho lindo, e ele tinha traços que me fizeram lembrar meu pai e seu sorriso era idêntico ao de Fabi, um sorriso aberto. -- Posso saber em que está pensando? _ sou tirada de meus devaneios por dona Claudia que entra na sala. -- Apenas lembrando. _ digo e suspiro, já está na hora de levantar e seguir em frente. -- Espero que lembranças boas. _ ela diz sorrindo. – Fiz um lanche para você querida. _ ela diz e vamos para a cozinha.Esses dias que estou a