Neah

Seus olhos estavam na minha mão. Raspagens estranhas e ocas saem dele enquanto o sangue escorre pela frente de sua blusa.

Muito lentamente ele olha para baixo. Como se o tempo tivesse parado para permitir que ele processasse o que aconteceu. Suas mãos tremem quando ele toca o peito, ele coaxa e seu corpo balança. Sem um único pensamento, eu o empurro do telhado. Fico parada até ouvir seu corpo bater no chão com um estalo ensurdecedor.

Sentada, puxo meus joelhos para o peito, deixando o ar frio da noite farfalhar em meu cabelo. Eu tinha acabado de matar alguém.

Viro minha mão para olhar para ela, ela havia se movido parcialmente. Manchas secas de sangue ainda permaneciam. Correndo meu polegar sobre as pontas dos meus dedos, não sinto nada, nenhuma dor, nenhuma ponta afiada sob minha pele. As garras desapareceram tão rápido quanto surgiram.

“Sinto muito por isso, mas aquele idiota precisava disso.” A voz ressoa em minha cabeça, sem se incomodar com o que aconteceu.

Não havia ninguém