Kaius ficou ali na gruta, ele via Kakaou da mesma forma, dormindo sem reação, como Charles poderia apenas lhe pedir para acordar? Kaius estalou a língua em reprovação, se aproximou de Kakaou e passou a ponta dos dedos em sua face.
— Sua chuva favorita está caindo Kakaou, desculpa pelo vendaval de agora, eu queria te acordar... — murmurou as palavras no ouvido do rapaz.
Kakaou assim como Charles havia dito, abriu os olhos, seu corpo estava intacto, porém um tanto "enferrujado" já que jazia ali dormindo a dois mil anos.
— Li...on... — o sussurro de Kakaou fez o dragão o abraçar sem dizer nenhuma única palavra.
Ele naquele momento em que escutou o sussurro ficou se perguntando se tinha escutado aquilo mesmo ou se era apenas uma invenção de sua cabeça, seu coração acelerou, sua boca tremia, Kaius mordeu o lábio para não gritar aos prantos.
— Hnn... — gemeu baixinho.
— Você acordou Kakaou, finalmente acordou...— Kaius falou criando coragem
Assim que Kakaou entrou na Aldeia das flores, seus olhos brilharam, era muito parecido com um dos seus sonhos, ele paralisou seu olhar, cada mínimo detalhe era importante, o pequeno lençol d'água que corria ao lado, com pequenos peixinhos coloridos, as casas delicadas feita em pedras brancas com seus detalhes em cristal, e uma casa no centro da aldeia, umas bem grande, no momento em que Kakaou entrou ele ficou impressionado com os divãs, o chão coberto com mármore, o lustre luxuoso em cristais branco como o leite, lhe chamava muito a atenção.— Kakaou, gosta do lugar? — inqueriu olhando para os olhos negros que brilhavam diante das coisas novas que estava vendo.— você mora sozinho nesse lugar? — devolvia a pergunta para Kaius, com o olhar um pouco apreensivo.— Não, tem serpentes aqui, e aqui funciona como um hospital, trazem feridos para esse lugar todos os dias, pessoas com doenças graves... É como na ilha, só que um pouquinho sofisticado, contudo eu acho que se
Kakaou e Kaius retornaram para a Aldeia das flores, lá Kakaou parecia se sentir seguro de certo modo.Estar próximo a Kakaou de novo era algo que Kaius não estava acreditando, ele sentia que aquilo era real, podia tocar as mãos de Kakaou, contudo ele entendeu que nem ele tão pouco Kakaou iriam tomar uma iniciativa para recomeçarem de onde haviam parado.Kakaou precisava conhecer esse novo homem a sua frente, muitas coisas tinham mudado, seu sentimento pelo dragão ainda era o mesmo.Eles foram para uma casa que Kaius tinha feito um pouco mais afastado, lá Kaius mostrou a Kakaou que nem tudo havia sido mudado, pois a casa era muito parecida com a cabana do passado.— Gosto de ficar aqui, é silencioso... — Kaius comentou abrindo a porta para que Kakaou passasse.— As pessoas com quem convive aqui, são muito simpáticas... — falou olhando diretamente nos olhos de Kaius.— Janine mudou muita coisa aqui, ela ajudou os Itsabs a criarem leis, ajudou eles a
Kakaou não escutou a conversa que o trio teve em sua porta, ele se recusou a isso e tapou os ouvidos, ficou extremamente contrariado, ele vinha de uma época onde Kaius não o deixava tanto tempo sozinho assim e quando ele o deixava sozinho sempre pedia para lhe esperar.Seus olhos arderam por alguns segundos, ele queria reprimir o choro que vinha, para Kakaou nada havia acontecido, ele apenas dormiu e acordou naquela era, seu corpo não sentiu impacto algum.Ao invés de ficar ali se martirizando, ele decidiu sair do quarto, lavou o rosto com a água que estava em uma peça de porcelana ao lado da cama, encarou seu reflexo na água, e a única coisa que o fazia acreditar que aqueles anos haviam se passado era seu cabelo que estava muito maior.Assim que Kakaou rumou sentido a saída da aldeia sentiu uma mão segurar suas vestes, era Charles, ele o impediu de sair da aldeia com aquele toque, tirou o anel Enfeitiçado de seu dedo e se mostrou a Kakaou.— Acho que começam
Janine estava com Kakaou na cozinha, e olhar para o velho amigo do passado era como reviver lembranças.— Kakaou não chore, eu bloqueei a conexão mental, eles não vão ficar aqui por muito tempo, depois do casamento todos vão embora, daí você vai estar livre. — Janine falava de maneira doce com o rapaz, ela tinha um grande apreço por ele.— Vocês recontaram a história de Kanish e destruíram todos os livros, criaram uma nova gráfia, e agora eu voltei, me pergunto se era pra voltar? Ou se vocês não contavam com essa chance? — Kakaou agora desafiava Janine com suas perguntas.— Você manteve os dragões seguros por muitos anos Kakaou, ao lado de Lion, você não deixava nenhum Itsab continuar existindo... — Janine pegou um copo com água e passou para Kakaou. — Quando você se foi, a ge
Kakaou estava na cozinha do castelo de Kaius ainda, e lá ele explicava que não sentia sede, e que não precisava dos poderes de ninguém para sobreviver.— Gente, eu procurei por respostas em cada milímetro de Kaedon, Dominik está viva, ela tem transformado as pessoas, e eu não queria envolver vocês com essa confusão toda, não ainda, eu ia esperar o casamento acabar pra vocês irem atrás dela. — Janine suspirou aliviada por falar a verdade.— Bom, agora a dúvida é se vai ter casamento, vocês viram a cara do Charles. — Kog comentou — Eu convivi com ele por anos, eu sei quando ele tá chateado com alguém.— Melhor dizer ao Umada como acalmar ele em tempo Record, afinal, o Léo acabou de sair com Ethan, isso vai dar uma confusão. — Himashi retrucou a Kog, ele estava já se preocupando com a própria situação.— Me perdoem pela dor de cabeça, eu não sabia que a fênix roxa era tão problemática assim. — Kakaou falou indo para o lado de Kaius.— A fênix roxa é proble
O híbrido branco tinha agora as duas pessoas que mais amava no mundo a ponto de se matarem dentro de casa, e ele não iria interferir, era sempre ele a entrar no meio das discussões e conversar com cada um separadamente, mas não faria isso dessa vez, desta vez ele os deixaria achar o caminho da paz sozinhos.Ethan entrou na primeira taberna que encontrou dentro da cidadela, e para que ele ficasse bêbado seria necessário altas doses de álcool, e começou bebendo uma garrafa de vinho diretamente no gargalo, esvaziou a garrafa em menos de dois minutos.— Taberneiro, me mande em copos agora, e que nas próximas horas eu me esqueça do próprio nome. — Falou colocando a garrafa vazia em cima da mesa.— Tio?! — Uma voz na entrada da taberna o chamava, era o jovem Kaleb, filho de Kalema e Graco.— Kaleb, como tem passado? — Falou animado.— Bem
Se em Dominik as coisas estavam quentes, em Kanish o clima de quarenta graus fazia a sua parte por igual.Kakaou nunca gostou muito do clima, também não estava habituado, já que sempre esteve com Kaius ao seu lado, mudando a temperatura do ambiente.O castelo da aldeia do fogo, contava agora com alguns standart, lobos, fênix, dragões, tudo muito bem pensando para a cerimônia, e diante de Kakaou, e sua ameaça, Léo colou nele juntamente com Janine, Léo sabia que ele não poderia lhe ferir, então para Léo era seguro a proximidade.Cada passo do rapaz era acompanhado pelos olhos agora violetas de Léo, Kakaou, não saia do lado de Kaius, ia como um cachorrinho atrás de seu dono a todos os lados. — " Kaius, isso chega a ser tóxico pra ele,na sua história ele não parecia ser essa pessoa." — Léo fez sua voz ecoar na cabeça de Kaius, ele não ia ficar ali parado vendo a cena toda sem falar nada, era como se Kakaou não tivesse vida própria.Kaius que recebeu a mensa
Sem dúvida a história dos guardiões estava interligada, cada um ali tinha um papel importante dentro de todo aquele caos.Charles foi um dos motivos para que todos começassem a se falar, ele precisou passar pela morte, e quando fez essa passagem ele descobriu o quanto ele era amado por todos, principalmente por Ethan e Umada, que juntos esperaram por ele, e talvez não importasse quanto tempo se passasse, eles ainda esperariam por Charles.A cama do trisal estava agora toda bagunçada, Umada e Ethan estavam em péssimas condições de cansaço, o único que parecia bem ali era Charles, Ethan estava deitado em seu colo, e ele apoiava as costas no aglomerado de músculos que ele chamava de "Carinho"Evitaram tocar em qualquer assunto relacionado a kanish naquele momento, queriam curtir o momento e fingir que nada estava acontecendo, contudo as horas estavam voando e indo mais rápido do que o esperado.— Meninos, já está quase na hora, temos que ir... — Umad