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Me chame de senhor James

Joseph James 

--Aqui seu café Presidente -- a secretaria Hall coloca uma bandeja com café e alguns biscoitos em minha frente -- Bem amargo, do jeito que o senhor gosta -- baixei meus olhos para o papel em minha frente

--Já temos alguma resposta sobre o pessoal da elaboração do design para o aplicativo? -- pergunto sem olhar para ela 

--O chefe geral mandou um aviso que em dois dias eles vão mandar a proposta deles para o senhor verificar -- diz ela 

--Diga que não tolerarei atraso -- 

--Sim! -- diz -- Com sua licença -- sai enquanto o ouço o barulho do seu salto fino tocando no chão. Continuei verificando os papeis enquanto tomo um pouco daquele café. Meu celular vibra e pego 

mensagem 

- O cara já estar aqui... Mando esperar ou vim de noite? - Jack pergunta 

- Chego em dez minutos - respondo

Pego minhas coisa e saio, assim que a secretaria Hall me ver levanta rápido 

--Mude toda minha agenda para depois das 14:30... Tenho algo para resolver -- ela concorda e saio. 

Cheguei em minha casa pouco tempo depois, de longe vim Jack conversando com um dos meus seguranças e do lado esta o cara. Assim que eles me ver me olha e cumprimenta 

--Pediu para me ver senhor James? -- David Jones pergunta com um sorriso simples no rosto

--Hum -- acenei com a cabeça com gesto de confirmação -- Vamos entrar! -- passei por eles e vou para uma casa pequena atrás da minha. Percebo que Jack estar bem atrás de David e o mesmo parece estranhar tudo aquilo 

--O que exatamente gostaria de conversar senhor James? -- ele pergunta, abro a porta e entro

--Sobre a enorme divida que você tem com meu pai -- vejo Jack fechando a porta e na mesma da hora David olha para trás. Jack estar rodando a faca na mão e logo senta no sofá no canto. Os olhos de David volta para mim 

--Isso? Isso eu resolvi com seu pai, lembra? -- deu um sorriso medroso -- Ele falou que eu não tenho presa já que minhas condições vão precárias 

--Você estar certo... Você resolveu isso com meu pai mas agora o chefe mudou -- começo a dobra as mangas da minha blusa social, seus olhos estão arregalados. 

Mal percebeu quando Jack levantou e fez ele sentar na cadeira em sua frente 

-- Meu pai costuma ser piedoso quando esse é o assunto mas pensa comigo David -- começo da a volta na cadeira e paro ao seu lado -- Se os outros souber que eu deixei alguém que me deve sair ileso você não acha que eu vou ficar queimado nisso? -- parei em sua frente 

--Me dê mais um prazo, eu juro pagar -- diz com certa urgência na voz, sorri de lado 

--Tem certeza? Você deve a mais de 23 anos e nunca pagou, pelo contrario, veio aumentando o valor cada dia mais -- digo 

--Eu vou arrumar... Posso pagar a metade e depois de 30 dias pago o restante -- diz e sorri 

--Tudo bem, vou deixar você pagar agora -- digo e vejo ele respirando aliviado -- Me der 5 mil agora e terá os 30 dias para pagar o restante -- 

--O QUE? -- ele fala alto -- Eu não tenho esse dinheiro -- 

--Então o problema não é meu -- sorri -- Vamos começar o pagamento -- digo e antes dele responder eu dou um soco em seu rosto, rapidamente ele tenta reagir mas Jack o agarra. Bati novamente nele e ouvir um gemido sai da sua boca. 

--Espera... espera -- diz antes de eu dá o próximo soco -- Eu posso pagar minha divida de uma forma diferente --

--Como? -- pego um pano e limpo minha mão. O nariz do desgraçado estar sangrando e ele tem dificuldade de falar 

--Eu...eu tenho uma filha -- fala pausando 

--Não estou interessando em comer ela -- digo esticando minha mão para continuar 

--Não é isso... Eu treinei ela deste de pequena, ela sabe vários estilos de luta... Eu diria que ela é a melhor -- ele faz ação de pegar algo no bolso mas Jack segura a mão dele -- Meu celular.. Eu posso provar -- Jack me olha e eu aceno com a cabeça. 

Enfia a mão no bolso e puxa o celular, entrega na mão de David que logo começa a mexer. Ele coloca um vídeo, de uma garota lutando com um cara com duas vezes a altura e o peso dela. 

Depois de muitos golpe ele acaba caindo no chão e ela vai para cima, prende seu braço e em menos de segundos ele b**e no chão em sinal de desistência...

Ela levanta e grita com os braço para cima e olha diretamente para câmera, na mesma da hora eu e Jack nos olhamos e voltei minha atenção para tela. 

Qual era a chance dessa garota ser a mesma daquele dia? Puxei o celular da mão dele e foquei minha atenção, a cena dela encarando o meu carro vem em minha mente e junta aquela lembrança com esse vídeo. 

Será que é a mesma que lutou com os oitos caras? - pergunta Jack

Oito caras? Quando? Onde? - David tenta levanta mas Jack faz ele sentar. Olho para ele, como sendo o pai ele não sabe sobre o perigo que ela passou? Como pode se declarar ser pai dela? 

--Traga ela -- digo e olhando para Jack 

--Me deixa ligar para ela, se vocês aparecer do nada ela vai dar muito trabalho... Me deixa falar com ela primeiro -- diz ele em pé. Olho para Jack por um instante

--Cinco minutos -- digo entregando o celular para ele. Pega e começa a mexer, logo coloca no ouvido 

****

Lisa Boo 

Acordei com minha cabeça doendo, meu corpo todo doí principalmente meu rosto. A luz do sol incomoda meus olhos fazendo eu levanta rapidamente e me arrependo na hora de ter feito isso. 

Fiquei tonta, contei ate cinco e me levantei. Assim que entrei no banheiro e coloquei a pasta de dente na escova ouvir alguém batendo na porta.

--Quem é? -- pergunto tirando a escova da boca 

--O amor da sua vida -- Dener diz fazendo eu revira os olhos. Abri a porta e ele entrou todo sorridente, pensa em uma pessoa para acordar feliz, essa pessoa é Dener. Pra ser sincera ainda não vi esse cara com raiva nem uma vez 

--O que estar fazendo aqui? -- pergunto e volto a escova meus dentes mas paro ao sentir o cheiro de pão de queijo -- Isso é o que estou pensando? -- pergunto apontando para a sacola e ele ri enquanto deixa a mesma em cima da mesa 

--Primeiro vai lavar a boca e depois você vem comer -- me viro e vou para o banheiro -- Eu sabia que depois da noite passada você estaria com alguma dor, então como um amigo maravilhoso eu trouxe remédio e sua comida favorita -- coloquei minha cabeça para fora e fiz legal para ele, o mesmo sorriu. 

Logo depois que terminei minha higiene, corri para a mesa e Dener já havia colocado os pães de queijo em um prato e também tinha comprado suco de laranja. Sentamos juntos e ficamos comendo enquanto conversamos sobre assuntos aleatórios.

--Preciso de um banho -- digo enquanto lavo o que sujamos 

--Posso assistir N*****x? -- pergunta já se jogando no sofá

--O dono da n*****x que eu uso é você... Precisa pedi? --

--Mas a televisão é sua -- diz já entrando no perfil dele. Não respondi nada, sequei minhas mãos e segui para o banheiro, ao tirar minha roupa vejo uma marca roxa abaixo dos meus peitos. 

Aquele desgraçado, a unica coisa que me deixa feliz é saber que ele estar sentindo mais dor que eu... Meu banho foi rápido, entrei no quarto e vesti uma calça moletom cinza, uma blusa de manga curta azul claro. Passei perfume e me olhei no espelho, arrumei meu cabelo e deixei ele solto.

--Ta assistindo o que? -- me jogo no sofá 

--Corra -- diz ele e fico olhando para a televisão mas não demorou para eu ouvir meu celular tocando, olhei 

-- Meu pai, já volto -- digo e ele concorda, vou para meu quarto e me jogo na cama 

Ligação

- Bom dia pai - digo 

- Filha me escuta, ok? - me levanto rápido e encaro o nada, quando ele fala assim é porque vem merda 

- O que o senhor fez agora? -pergunto

- Não há tempo para explicar só faça o que estou mandando... Na frente da sua casa tem um carro preto parado!?... Olhe e me fale - demorei alguns segundos mas assim fiz, a janela que da a vista para a frente da casa é a do meu quarto 

- Tem - digo vendo um cara encostado no carro - Pai o que estar acontecendo? - pergunto novamente 

- Você tem razão, seu pai fez merda novamente... Você precisa entrar no carro com ele, ele vai trazer você onde eu estou - 

- Não, eu não vou fazer isso... Que porra pai porque você faz tanta merda, HEIN? - grito 

- Eu sei que você não estar feliz mas se não vier então eu temo que nunca mais vai me ver - estou pronta para da outra resposta mas ouço outra voz 

- Acabou o tempo - sua voz é longe e não posso reconhecer 

- PAI - grito - PAI - grito novamente mas o celular fica mudo. Corro para janela e vejo o cara no celular, ele olha o prédio todo

--Alguma coisa errada Lisa? -- ouço a voz de Dener atrás de mim mas não respondo, apenas corri e comecei a calçar meu tênis -- Lisa? - ele se aproxima 

--É o seguinte, eu preciso resolve uma coisa -- digo pegando o celular - Tranca tudo, depois eu passo no seu apartamento e pego as chaves -- estou basicamente correndo pela a casa, abro a porta mas Dener me segura 

--Você não pode ir antes de me explicar Lisa -- encaro ele e puxo meu braço 

--Meu pai me ligou, ele estar em perigo -- percebo que enquanto eu falo ele me segue e a essa altura já estava quase no fim das escadas 

--Em perigo? E porque você vai até lá? -- paro na porta e encaro o homem, ele também me olha e olha para Dener -- Lisa? -- me viro e encaro ele 

--Olha Dener realmente não há tempo para explicar mas eu ligo para você, ok? Mas por favor, eu preciso ir... Agora --ficamos nos encarando e logo voltei minha atenção ao homem. Caminhei em sua direção -- Me leve ao meu pai -- digo seria e ele apenas abre a porta do carro, entrei e olhei pela janela para Dener que ainda estar parado encarando o carro.

Entramos em um caminho cheio de arvores, em minha frente tem apenas estrada estreita e reta, fiquei olhando pela a janela, quem mora aqui gosta mesmo de privacidade. 

Por todo caminho nem eu e nem o homem trocou nem uma palavra, ele é serio e olha pelo retrovisor algumas vezes, sinto vontade de perguntar se minha cara tá suja para ele olhar tanto mas prefiro ficar calada, minha mente estar preocupada demais com meu pai para querer se estressar com qualquer outra coisa.

Paramos o carro e ele espera o portão grande abri, quando entramos vejo o quão grande a casa é e nem vou falar sobre o jardim. Vejo uma piscina e a grama é bem verdinha e cortada certinha.

Desço do carro e vejo algumas pessoas fazendo alguns serviços, seja quem for, a pessoa sem duvida tem bastante dinheiro... 

--Me siga -- parece um cara em minha frente, ele tem um sorriso estreito no rosto. 

Na mão roda uma faca media. Encarei ele por alguns segundos e então segui. Passamos por todo jardim até nos afastar da casa e posso ver claro agora uma casa bem menor... 

Ele abre a porta e assim que entro vejo meu pai sentando na cadeira, corro em sua direção. O sangue é visível no seu nariz e boca...

--Pai... -- ele me olha -- O senhor ta bem? -- sinto sua mão em minha mão 

--Estou... Estou -- vejo que estar ao um passo de chorar -- Desculpa seu pai idiota... Eu deveria ser melhor para você, sempre que acontece algo eu ligo e você vem correndo -- algumas lagrimas dos olhos de cai 

--Pai, tudo bem... Tudo bem -- toco seu rosto 

--Não ta nada bem... Quantas vezes você apanhou por minha culpa? -- me olha -- Eu sou uma vergonha -- desvia o olhar 

--Que nada -- digo e ri de lado --Eles sentiram mais dor, sem duvida --

--Olha como está seu rosto.. -- passa o dedo abaixo do meu olho esquerdo e sinto a uma dorzinha chata --Eu deveria estar com você ontem... Deveria ter protegido você daqueles caras -- diz e ergo a sobrancelha, seus olhos olha o corto no canto do meu lábio -- Onde mais eles machucaram você? -- 

--Como o senhor sabe? -- pergunto e do nada ouço a mesma voz que falou no telefone 

--Então você é Lisa Boo -- diz com as mãos no bolso da calça, arrumei minha postura e fiquei na frente do meu pai 

--Quem é você e o que quer co

m meu pai? -- pergunto já fechando as mãos 

--Me chame de senhor James! -- diz e um sorriso fino apareceu no seu rosto -- Temos uma longa conversa pela frente senhorita Boo -- 

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