"Você não tinha o direito de bater nela, se o Henry souber disso talvez fique até sem falar com você Elisabete" Meu esposo fala me encarando
"Se o Henry pelo menos sobreviver não é, e tudo por causa dela, eu não consigo perdoar ela, nossos filhos não podem se encontrar que estão brigando" Falo entre meio às lágrimas, já faz duas horas que estamos esperando notícias, não posso entrar na sala de cirurgia por que não é permitido familiares presenciar os procedimentos
"O Cristóvão está cuidando dele amor, vai ficar tudo bem" Cristóvão é um velho amigo da família, ele também é médico e esta cuidando do meu filho
Horas se passaram, já estava com o rosto vermelho de tanto chorar, rezei e pedi a Deus para cuidar do meu filho, ele está em suas mãos agora.
"Deixe-me levar você em casa" Ele fala próximo a mim "Não força tá, por favor, eu não quero nenhum tipo de contato com você" Falo para o ser que não largou do meu pé "Da para entrar na droga do carro, eu não vou tocar em você, só quero que chegue em casa bem com o nosso filho" Sorrio alto com o comentário "Nosso filho uma ova, você denominou meu bebê como bastardo, agora ele é seu filho? por favor não é Henrique, saia do meu caminho que estou indo embora" Consigo acenar para um taxi que para próximo a mim, adentro e logo em seguida o embuste entra também "Já que não quer ir comigo, eu vou com você" Ele adentra o carro, o caminho foi em total silêncio, estávamos próximo ao prédio onde moro quando ele falou
"Eu não quero ela perto do meu filho" "Você não pode afastar ela dele, e quando ele acordar e perguntar por ela? Você vai mentir, dizer que ela não esteve aqui? "Irei fazer isso com o maior prazer do mundo" Eu sei que estão falando de mim, só não estou entendendo sobre o que estão falando, meu corpo todo dói. Flash me vem a mente, o carro batendo do meu lado, ainda vi o carro capota, mais naquele momento eu só queria ver a Isabelly, queria explicar e até mesmo insistir para ela casar comigo. Abro os olhos devagar, a luz me faz apertar os mesmos com força, alguns sons de dores saiu da minha boca "Filho" Sinto as mãos de minha m
Chego ao hospital e adentro o local, minha última vez aqui não foi das melhores. "Boa noite, gostaria de ver a doutora Letícia" A recepcionista procura ela e logo me informa "Ela está no segundo andar, pode ir lá que a outra moça te indicará onde encontrar ela" A mesma fala e então vou a procura da doutora Espero o elevador chegar e então vou para o segundo andar, minhas mãos estão suadas, estou com o famoso frio na barriga. "Olá boa noite, poderia me informar onde encontro a doutora Letícia? Pergunto para a outra recepcionista "Sim, só um minutinho" Ela procura no computador por alguns minutos e então olha para mim "Ela está fazendo as rondas, daqui a pouco ela está aqui"
"Filha para onde você vai assim" Mamãe pergunta quando ver eu fazendo as malas "Mamãe eu vou passar um tempo na fazenda de uma amiga, a senhora não chegou a conhecer elas, mais está tudo bem, eu estou bem, só preciso me afastar" Falo pegando mais algumas peças de roupa "E suas consultas, o Lucas ainda precisa de todo cuidado" Ela fala pegando em meu braço "Esta tudo bem mãe, vou continuar fazendo acompanhamento, só preciso sair daqui, vou deixar o endereço para a senhora, mais não diga a ninguém, e queria que me prometa que irá ser feliz, se for de sua vontade irá procurar o papai, e se não for, vai procurar todas as maneiras de ser feliz, pode ficar aqui o tempo que quiser" Ela me puxa para um abraço, estou sendo forte e não choro mais em sua frente, muitas vezes minha banheira e m
Já faz mais de duas semanas que não tenho nenhuma notícia da Isa, talvez ela já arranjou outra pessoa, pelo que que minha mãe falou ela nem veio me visitar, hoje tenho uma consulta com a doutora Letícia, já está no dia de tirar o gesso da minha perna, eu até poderia dizer que estou dando pulos de alegria, mais isso seria uma grande mentira. Meu motorista estaciona o carro e então vem me ajudar a descer, logo o enfermeiro aparece com uma cadeira de rodas, me sento devagar nela, ele então segue caminho, e até que foi legal, ele conversou bastante e estava bem animado pelo seu time de basebol ter ganhado na noite passada. "Cara não acredito que não torce para nenhum time" Ele fala entrando no elevador "Nunca tive muito tempo para isso, quando não estava estudando, estava acompanhando m
Já faz duas semanas que estou na fazenda, se é que pode ser chamado de fazenda, o lugar é maravilhoso, sem Internet, sem contato com qualquer que seja mundo virtual, aqui tem telefone a cabo mais eu não quero contato com ninguém por enquanto, mais a saudade do Henry é constante, queria saber como ele está, se já está recuperado, se ainda pensa em mim, mas creio que não seja uma boa ideia me reaproximar dele, depois das coisas que meu pai me falou, que a mãe dele me falou, eu só preciso me reconectar comigo mesma, eu preciso desse espaço, eu sei que não foi justo com o Henry sair daquela forma, mais sei também que eu tinha me perdido e a única coisa que eu precisava naquele momento era me encontrar, agora estou aproveitando melhor minha gravidez, aproveitando cada chute que o Lucas dá, pode ser que ninguém me perdoe por ter feito isso, mais depois de tudo que aconteceu comigo e com meu bebê eu só precisava de espaço, para cuidar da gente.<
Já estou entrando para o último mês de gestação, não tive notícias de ninguém, as vezes converso com a mamãe, para ela não ficar tão preocupada comigo, mais todas as vezes peço que ela não me fale nada sobre ele, ainda dou muito, dói pensar em como fugi dele, não foi bonito, mais não tenho coragem de encarar ele, já se passaram meses, talvez ele já esteja com alguém, e eu fui apenas uma lembrança para ele, ou talvez nem tenha sido isso, dadas as circunstâncias que sai de sua vida. "Isa para com isso, você deveria deixar de ser orgulhosa e ligar logo para ele, poxa você ama ele" Júlia fala tentando me tirar da fossa É nisso que estou dês do dia que cheguei, eu tento ser forte, por meu filho.Mas as vezes eu não consigo, eu amo o Henry, e está doendo tanto esse amor, só queria poder transformar ele em outra coisa, aqui as pessoas já
"Precisamos conversar" Falo assim que vejo ela descer as escadas "O que houve, vai me xingar, falar o quanto eu sou inescrupulosa? Sua voz sai como facas afiadas "Olha mãe, eu poderia fazer isso, mais na verdade quero saber por que nunca contou para mim e Henrique que somos adotados? Sua feição muda rapidamente, de sarcástica para apavorada "De onde tirou isso menino? Sua voz sai entre cortada "Para mim não precisa mentir, eu já sei de tudo, sei que meus pais já morreram, eu sei de tudo mãe" Falo e ela tenta se aproximar de mim "Eu... eu posso explicar meu amor" Ela se aproxima e me abraça "Pode começar a se explicar então" El