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Luiza narrando:
(...)
Ele para o carro na frente do prédio e quando ia descer ele segurou o meu braço.
- Não tente mais fugir, dessa vez eu te ajudei e da próxima eu te entrego.
- Eu não irei tentar. Porque você não vai me entregar?
- Você quer que eu entregue você? - eu nego.
- Eu só perguntei o motivo.
- Porque você é gostosa e fode gostoso - ele fala me olhando de cima a baixo.
Ele faz sinal para o segurança que vem até o carro, ele me olha sério, mas nos encaramos por alguns segundos.
- E a Lary?
- Se Carla já não achou ela, pode ter certeza que já está quase, desce vai - eu assinto com a cabeça descendo do carro.
O segurança me leva até o quarto e eu entro, estava um clima tenso dentro do quarto, as meninas estavam todas caladas, eu sento ao lado
.Luiza narrando:- Talvez não tenha sido nenhuma delas que ajudaram - Marcos fala.- Foi sim, as gravações foram apagadas, alguma delas ajudou tenho certeza e eu vou descobrir quem é - ela nos encara.- Tenho certeza que não foi nenhuma de nós - Maria fala para ela - não iríamos ajudar ela a fugir sabendo das consequências.- Só que algumas de vocês são novas aqui e parece que não entendem muito bem das regras - eu engulo em seco - quem foi que ajudou ela a fugir? - Carla nos encara- Nós vamos pegar ela e Lary irá abrir a boca para dizer quem foi - Marcelino fala para ela.- Lary deveria está mancomunada com alguém lá - Marcos fala.- Está querendo defender alguém Marcos?- Não estou querendo defender ninguém Carla, só não quero injustiças com ningu
.Luiza narrando:A porta se abre novamente e sinto os passos.- A sua sorte é que você conseguiu alguém para te defender - a voz de Carla soava atrás de mim.- Por favor, me solta - eu falo chorando.- Eu avisei sobre as punições, você quebrou uma das regras, você tentou nos trair - as lágrimas desciam pelo meu rosto.A porta se abre novamente e eu olho para trás vendo um segurança com um ferro na mão, eu começo a me desesperar, eles iriam me bater com aquele ferro.- Vamos acabar com isso logo - ela fala e segura a minha cabeça me fazendo olhar para ela - conta comigo– Carla diz com um sorriso no rosto - um - ela fala quando o segurança bate pela primeira vez nos meus pés, tudo queimava.- Para, por favor - eu tento me debater, mas ela segurava a minha cabeça e eu chorava.- dois - ela f
Luiza narrando:Fazia dois dias que eu estava deitada nessa cama, agora eu estava conseguindo me mexer um pouco, mas para andar doía muito ainda encostar os meus pés no chão. Marta hoje havia descido para a boate e eu estava sozinha nesse quarto.Era uma noite fria, mas parecia está bonito lá fora. Agradecia por Carla não me fazer descer desse jeito, porque eu não teria condições. Eu tento colocar os meus pés no chão e assim que encosto os meus pés doem demais, as lágrimas começam a descer. Isso aqui era um inferno.- Oi - eu olho para a porta e era Marcos entrando, ele para e me encara - eu vimver se você estava com fome e trouxe isso para você -, ele se aproxima da cama com uma marmita nas mãos - como você está se sentindo?- Como você acha que eu estou? Eu não consigo encostar os meus pés no ch&atil
.Luiza narrando:Algumas semanas depois...Eu já havia voltado para a boate, por mais que ainda sentisse algum desconforto eu já conseguia fazer tudo.- Ele não tira o olho de você - Marta fala e eu olho em direção a Marcos que me encarava.Depois daquele dia que ele foi até o meu quarto, o mesmo foi todos os dias durante uma semana, ele me levava comida a noite e remédios, ajudou a passar a pomada nas minhas costas, mas não conversávamos muito, ele ficava lá me ajudando em silêncio.- Impressão sua.- O cara tá quase te comendo com os olhos e você diz que é impressão minha? Luiza seja esperta.- O que você quer dizer com isso?- Ele tá amarrado em ti mulher, aonde que um traficante de mulher iria ajudar uma delas como ele te ajudou? - eu olho para ela -, usa isso ao seu favor e você vai
.Luiza narrando:Rodrigues já tinha saído do quarto e eu estava embaixo do chuveiro, eu fecho os olhos e algumas lágrimas saem. Era horrível, era uma sensação horrível. Levo um susto quando eu sinto umas mãos em minha cintura quando eu abro os olhos era Marcos parado na minha frente.- Você está louco? - Ele passa a mão de leve pelo meu rosto, por onde ainda descia algumas lágrimas - me deixa sair, eu preciso voltar para a boate - eu tento passar por ele, mas o mesmo me prende ali.- Você vai ficar aqui - ele fala me olhando.- Depois é comigo que Carla vai ficar braba.- Se for preciso eu pago para calar a boca daquela mulher - ele fala beijando o meu pescoço. - foi bom para você me provocar? - ele segura o meu rosto me fazendo olhar para ele.- Quem disse que eu te provoquei? Eu só fiz o meu trabalho, aliás, es
Luiza narrando:Os comentários eram que logo chegariam meninas novas por aqui e cada vez que isso acontecia, era horrível.- Carla está te chamando no escritório dela - Marta fala.- O que será que ela quer?- Eu não sei.- Eu irei lá ver.Era desde cedo, que havia uma movimentação bem louca na boate, vários homens entrando e saindo, passo por Marcos que estava conversando com alguns ali e ele sobe o seu olhar para mim, consigo ver o irmão dele ali também, que segue os olhos de Marcos parando em mim também. Eles eram todos misteriosos e estranhos.- Me chamou Carla- eu falo abrindo a porta do escritório, ela estava sozinha, mexendo em alguns papéis.- Sim chamei, sente –se aqui - ela fala apontando para a cadeira.Ela estava com um sorriso no rosto e isso me deixou desconfiada, até porque todo mundo
Luiza narrando:Eu jamais entregaria as meninas, apenas iria fingir que estava do lado deles.- Finge Luiza que você está do lado deles e que eles têm você nas mãos - Marta fala -, assim você vai sobreviver aqui.As palavras de Marta não saiam da minha cabeça. Eu precisava fingir que estava com eles para conseguir sobreviver aqui dentro.Estava terminando de me arrumar depois de mais um programa, eu vestia o vestido colado quando a porta se abre e eu levo um susto, Marcos entra e ele parecia bêbado.- Já se arrumou?- Estou terminando, tem algum cliente?- Tem, eu - veste isso - ele me entrega um sobretudo - nós vamos sair.- Para a onde? - ele não me responde.Eu o sigo até o carro e entro, ele dirige até a praia, para o carro e desce, abre a porta do meu lado e faz menção para que eu descesse também.
Luiza narrando:Talvez fosse isso que Marcos queria me dizer, eu encarava aquele quarto inteiro, meu corpo estava tremendo de medo.A porta se abre e ao contrario do que eu pensei não era Carla, não era Marcelino, e muito menos Marcos, ele estava com a sua arma na mão.- Luiza não é mesmo? - ele fala trancando a porta eu fico em silêncio e ele me encara - Luiza?- Sim - eu falo em quase um sussurro.- Já nos vimos algumas vezes, mas nunca fomos apresentados, vamos dizer que eu sou o chefe de tudo isso - os seus olhos encaravam o meu, tanto ele quanto Marcos tinha o mesmo olhar misterioso, até porque eles eram irmãos - normalmente eu não resolvo esses assuntos, nem interfiro nisso, mas como eu estava aqui e o assunto chegou até lá embaixo.- O que você vai fazer comigo? - Eu pergunto para ele engolindo em seco, as lágrimas estavam quase desce