A cabeça de Anala doía muito e abrir os olhos foi quase uma missão impossível. Qualquer claridade incomodava seu processo de enxergar gradativamente.
Olhou em volta e percebeu que estava no hospital. Tudo era visto em câmera lenta e ele solta um gemido ao tocar em sua cabeça.
–Ai, droga!
–Que feio...–Joseph surge no campo de visão dela.–Uma rainha tão linda xingando assim. Como você está?
–Eu quero saber como o cocheiro está. Ele está bem? Precisa de alguma ajuda? Ele tem família?
–Anala, calma!–O rei segura nos ombros da sua rainha.–Ele está fora de perigo. Não queriam matá-lo. Isso foi como um aviso.
–Que tipo de aviso, Joseph?
–Alguém quer dizer que está de olho em você e para ter provocado esse tipo de acidente não é com bons olhos.
***
Anala senta na beira da cama com muito esforço e é ajudada a se ajeitar por Rita. Estava ali
A família de Pauline nunca ligou muito para ela. Mesmo sabendo que era rainha, não eram de visitá-la ou mandar correspondência. Pauline nem amigas tinha. Se possuía, não passavam de duas.Eu ainda não sabia o que fazer. Mas tinha que pensar e logo. A barriga dela começaria a crescer e os eventos em que ela precisaria comparecer iriam surgir.Tive a brilhante ideia de dizer que ela estava em sofrimento mental e que iria para uma casa de repouso. Fiz Pauline comprar a ideia ameaçando seu amado. Me doía inteiro ver que só em mencionar seu nome ela cedia em tudo. Protegia-o como podia.–Eu não acredito que foi tão fácil pra você me esquecer, Pauline... Olha essa barriga... Era pra ser nosso.–Você está doente, Joseph. Por favor... Me deixa ir pra junto dele. Me deixa criar meu bebê com o pai. Não faz isso comigo...As palavras suplicantes dela não causavam efeito de compaixão em m
Enquanto terminavam de saborear a comida, chegou a sobremesa. Era cortesia do chefe do restaurante. Agradeceram e se deliciaram.–William, quero te perguntar algo.–Diga.–Responde após uma imensa colherada ter ido até sua boca.–Você realmente odeia a minha cor? Se sim, qual o problema com ela? Pergunto isso porque não sei ao certo se isso é real ou é uma forma de ofender. Quero descobrir.Ele suspira e então abandona a sobremesa. Desajeitado, mas confiante, pegou nas mãos de Kali por cima da mesa e as manteve segurando.Nesse exato momento, Léia ia chegando nesse mesmo restaurante acompanhado por um amigo. Kali acabou reconhecendo-a, mas logo tirou os olhos dela.Léia ficou parada, observando a interação dos dois. Ela estava acompanhada, mas estava furiosa também.–Mas o que eles estão fazendo aqui?–Sussurrou para si mesma.Kali volta o
–Tudo bem, William. Vamos tentar virar essa página.–Kali olha mais uma vez de relance para Léia e sorri.–Podemos passear um pouco antes de irmos?–Claro! Deixa eu encerrar a conta.Léia juntamente com seu acompanhante tinha sentado numa mesa perto da saída. Era impossível não serem vistos por quem precisava sair do local.Kali sabia que seria doloroso para ele presenciar a sua amada jantando com outro homem. Mas era preciso. William estava sendo trouxa e isso começava a incomodá-la. Ela não queria vê-lo nessa situação.William levantou-se primeiro e ajudou Kali a sair de sua cadeira. De braço dado, seguiram para a saída. Nesse momento, os olhos de William captam Léia sentada à mesa. Ele se aproxima.–Boa noite, Léia. Boa noite, Sr. Alvarenga. Bom jantar pra vocês!William cumprimenta e segue para fora do recinto. Para não soar mal educada, Kali cumprimenta com a cabeça. Do lado
Kali abriu os olhos calmamente e olhou diretamente para o relógio. Ainda estava um pouco cedo, mas tinha planos para o dia. Pediu que Lia a ajudasse a preparar um banho relaxante e depois de arrumada, seguiu para comer algo.Acaba parando ao ver alguns soldados colocando umas malas na sala. Resolveu aguardar para ver se alguém aparecia e explicava o que estava acontecendo.Quem está se mudando?Logo Ana surge acompanhada por um Charles com uma expressão nada boa. Kali ajeita a postura e cumprimenta o casal.–Vão para mais uma viagem?–Kali realmente estava curiosa.–Não, Kali. Estou indo embora desse lugar.–Ana aproxima-se de sua amiga e alisa o rosto dela.–Espero que consiga sobreviver nesse inferno. Acredito que você tenha mais força do que eu. Até breve, Kali. Boa sorte!–Mas...–Eu mando cartas, não se preocupe.Ela se aproxima de Char
A festa estava linda. Shanti vestia vermelho, exalando sensualidade e ao mesmo tempo ferocidade. Atraia alguns olhares, mas a maioria de mulheres que a admiravam.Denzel não estava atrás. Como tradição em momentos importantes, usava couro preto e tinha um semblante sério ao lado de sua esposa. Ele tinha demonstrado felicidade ao ver tudo que as mulheres fizeram.–Veja, Denzel!–Shanti apontava para uma mulher mostrando aos outros homens as armas que forjou.–Que inteligência da Satomi! Ela mesma que pensa e cria aquelas armas. Como essa mulher não é bem aproveitada por vocês? Por que será que ela não teve seu valor reconhecido?–Não tinha como saber disso, Shanti. Eu só me reuno com homens.–Justamente por isso.–A ruiva volta a olhar para o marido.–Essa festa claramente não tem só a intenção de exaltar a autoestima das mulheres, Denzel. Eu quero mostrar aos vocês, homens, que tem muitas mulheres entre nós que me
Léia estava possessa pelo tom acusatório de Kali, mas agora que tinha começado iria até o fim. Não iria recuar em hipótese nenhuma. Estava cansada de não conseguir desabafar com ninguém. Era sua chance de pôr tudo para fora.-William sempre foi muito carente, e quando pisou os pés nessa taberna eu já sabia só pela cara que ele precisava de alguém para ouvi-lo. E eu tenho sido esse alguém esse tempo todo.-Léia termina sua bebida e serve mais.-Eu sempre ouvi tudo que ele tem a dizer. Tudo. E acabei gostando dele também. Ele me parecia legal e divertido. Beber com ele é sempre uma diversão garantida.Léia sorria olhando para o copo com o líquido escuro. William bebe e fica muito risonho. Não queria enganá-lo, ele não merecia. Mas era o certo para ela.-Mas eu sempre soube que ele era inalcançável. Eu nunca seria esposa do William porque Charles me deixou isso bem claro quando descobriu sobre mim.-Kali suspira e muda o cruzamento
Os Yatús cercaram todo o povoado e, com a ordem do líder, começaram a atacar. Os homens lutavam enquanto as mulheres corriam para abrigar a si e as suas famílias.Denzel acaba ficando cara a cara com Tawan, líder dos Yatús. O homem estava armado com arco e flecha enquanto que Denzel só tinha uma faca média na mão.–Finalmente nos encontramos, Denzel de Thunder.–O homem faz uma reverência debochada.–Sempre quis conversar com você.–E por que ao invés de conversar nós não lutamos?–Sugere tentando ganhar tempo para pensar.–Sei que você não é de diálogo, Tawan.–Acertou.–Sorria mostrando seus dentes amarelados.–Você acha que sou idiota pra lutar com você? Sei que é como raposa astuta, Denzel. Prefiro barganhar.Homens surgem por trás de Tawan e eles seguram Fatina pelos braços, imobilizando-a. Os olhos de Denzel arregalaram-se e ele ameaça partir para cima, mas é contido por uma ação. Um deles colocam uma faca no pescoço de sua mãe.–Maldito!–Po
Anala tinha tentado de todas as formas conversar com Simione, mas a mulher tornou-se mais escorregadia que sabão. E seu mal estar não ajudava muito.Mas naquele momento ela seria de suma importância. Simione viveu ao lado de Pauline por muito tempo. Seria o depoimento dela que ajudaria Joseph agora.-Com licença.-A serviçal surge.-Em que posso servi-los?Pauline sempre falou muito bem de Simione pelas cartas enviadas a Paola. Ela sempre chamava a mulher de fada madrinha. Paola sorri em direção a Simione.Na hora que Simione entrou na sala, Joseph entendeu o que Anala quis fazer e aprovou. Logo a serviçal foi questionada e revelou toda a verdade para Paola. A jovem chorava e tremia. Tiveram que pedir um copo com água para conseguir acalmá-la. Seu estado estava caótico.-Aquela vagabunda! Como ela fez isso? O Rômulo seria rei se ela fosse uma mulher de valor e zelasse p