Maju— Bom dia meu amor. — JC fala, distribuindo beijos pelo rosto de Maju.— Hum que delícia acordar assim! — Ela diz sorrindo, abre os olhos e vê a linda bandeja de café da manhã. — Está me deixando mal acostumada!— Eu disse que ia te mimar, então aceita sem reclamar — Maju solta uma gargalhada e JC se junta a ela.Eles tomam o café da manhã juntos, conversando sobre a noite anterior.— Amor, aqui é sua casa agora, pode mudar o que quiser.— Nem tive tempo de olhar nada ainda, mas hoje também não vai dar.— Porque amor, o que vai fazer hoje?— Preciso resolver algumas coisas da farmácia, e quero ir na casa dos meus pais, pegar algumas coisas.— Eu tô enrolado hoje o dia todo, ficamos muitos dias fora, PH quase ficou doido cuidando dos três morros, então preciso organizar tudo, mas se quiser de noite eu vou com você na casa dos seus pais.— Tudo bem amor, eu vou sozinha e depois marcamos um almoço, aí você participa.— Tem certeza?— Absoluta, agora vou tomar um banho, me arrumar ra
Durante o Baile.— Que cara é essa garota? Ah, deixa eu adivinhar! — Samanta olha para a mulher, a sua frente e revira os olhos, então ela continua. — Inveja, porque a garota do asfalto ganhou o nego gostoso.— Quem é você, sua louca? — Samanta pergunta, com olhar de nojo.— Depende, eu posso ser sua aliada ou seu pior pesadelo.— Nossa, já deu para mim, tu é louca demais.— Eu já estive no seu lugar, mas fui inteligente e engravidei.— Desde quando ter filho é ser inteligente? — Samanta pergunta com deboche.— Desde que o filho seja do gostoso do dono do morro. — Maria diz, apontando a cabeça para o JC.— Se tem o filho dele, por que está falando comigo e não com ele? E em que isso me ajudaria? — Samanta pergunta confusa.— Filha, eu tenho uma filha, e te a ajudo ficar com ele. — Maria tenta manipular Samanta, como uma peça de xadrez, ela pode ajudar a causar intrigas entre o casal, já que a ruiva burra a ignorou.— Ata, finjo que acredito. — Samanta diz revirando os olhos.— Eu não
JC chega na farmácia e vê ela fechada, com sua chave ele abre e começa a chamar pela Maju. — Amor? — Ele não obtém resposta, então ele começa a ligar no celular dela que cai direto na caixa postal, ele a chama de novo, indo em direção ao depósito, onde encontra uma carta escrita com retalhos de revista. “VOCÊ VAI PAGAR PELO QUE FEZ” Ele amassa o papel com força e liga para Gabi. — Notícias da Maju? — Gabi não consegue falar, pois está chorando de soluçar. — Gabi? — então outra voz se ouve na ligação. — JC, é o Bernardo, eu acabei de encontrar o carro da Maju em um barranco, aquele no caminho da praia que ela mais gosta. — E como ela está? — JC pergunta já trancando a farmácia, para ir de encontro a sua amada. — Ai é que está o problema! — ele corta a fala de Bernardo, pois está nervoso demais. — Que problema, Bernardo? — Apenas o carro foi encontrado. — Não se importando com as pessoas que passavam na rua, JC cai de joelhos, com a mão na cabeça. Por coincidência Magrin está p
Assim que Magrin sai com JC, Bernardo coloca a mão na cintura e olha para seu pai, com o olhar carregado de preocupação, desaprovação e um leve divertimento, e sem perder a oportunidade de zombar do seu pai, ele diz.— Que coisa feia, velho desse jeito e brigando na rua — Ele dá um estalo na língua e tenta conter o sorriso, quando seu pai o encara com uma carranca nada amigável.— Eu ainda sou seu pai, e posso quebrar sua cara. — Igual fez com o JC? — Não aguentando mais segurar, ele solta uma gargalhada, Jhonny o ignora e começa a averiguar o veículo da Maju novamente!Após algumas horas eles voltam para casa, Janaína e Nina já retornaram dos hospitais.— Alguma novidade, mãe? — Bernardo pergunta esperançoso.— Nada, meu filho, e vocês? Meu Deus, bateu com a cara no poste, amor? — Janaína pergunta a Jhonny, que encara Bernardo, como se falasse silenciosamente, “fecha essa boca”, ao perceber o sinal do pai, ele dá um sorriso travesso, onde faz com que seu pai passe a mão no rosto, po
Maria estava inquieta, andando de um lado para o outro em seu quarto, ela queria descobrir se Magrão estava por trás do sumiço repentino de Maju, quando escutou várias motos fazendo barulho, ela olha pela janela, então vê vários carros com vários homens fortemente armados irem em direção à saída do morro, com Magrão sendo o líder.Curiosa ela vai até a porta para sair, quando percebe que a mesma está trancada, só então ela percebe que Poliana não está no quarto.A mesma começa a bater na porta como uma louca, então escuta um garoto dizer.— Fica quieta, se não eu entro aí e quebro todos os seus dentes.— Onde está a minha filha? O que fizeram com a Poliana? — Ela gritava desesperada batendo na porta com força. O vapor entra, e lhe dá uma coronhada, o que a faz desmaiar.…JC estava em meio a uma reunião de estratégias para encontrar Maju, mas nada o fazia focar no que seus parceiros e amigos diziam.Ele se afastou e foi ao banheiro, lá ele chorou. Ele se sentia culpado por não ter pro
Maju ainda se mantinha fingindo estar dormindo, sua barriga roncava de fome, sua garganta estava seca, seu corpo inteiro doía, a sensação é que tinha sido atropelada, mas ela se mantinha imóvel e controlava sua respiração, quando um homem fala. — Até quando vai fingir que está dormindo, seu estômago está roncando tanto, que poderia acordar os mortos. — A principio ela sentiu medo, mas sem alternativas, ela abre os olhos, devido a claridade, ela precisou abrir e fechar os olhos várias vezes para conseguir enxergar onde estava, ao manter abertos ela se depara com um homem alto, com o rosto sério a encarando. — Quem é você e o que quer comigo? — Olá para você também, sou Moisés, e não quero nada com você, ou melhor, quero que fique bem. — Então, por que não estamos em um hospital? — Maju rebate. — Porque estou preso como você. — Ele diz com o semblante triste. — Como assim, preso como eu? — Maju pergunta confusa. — Vou te contar como tudo aconteceu. Então foi um dia terrível, eu ha
*Atenção: Esse capítulo pode trazer gatilhos, se não está preparado, pule para o próximo capítulo.*A primeira reação de JC é a de atirar em todos os que estiverem com armas apontadas para ele. Sua mira é certeira e, a cada tiro, um caí no chão. Ele já percebeu que é do morro do Café, uma vez que viu Magrão e Lobão entrando em um beco. Ele faz sinal para PH, que segue em direção ao Lobão. Magrin fica na cola de JC por está preocupado com o amigo, que nesse momento não está muito estável.Foram horas de confronto, JC estava escondido, quando Maria apareceu no morro desesperada atrás da sua filha, Magrão olhava para ela sorrindo, parecendo um louco, como se o desespero dela fosse a coisa mais engraçada do mundo.— Onde está minha filha Magrão? — Ela gritava com ele.— Como conseguiu escapar raio de sol? — Magrão diz rindo.— Cadê a minha filha, Magrão? — Ela não temia a nada, Maria nunca foi uma boa mãe, mas agora ela parecia uma leoa feroz.Magrão aponta a arma na cabeça de Maria e gri
JC vai o caminho todo em silêncio, Magrin tenta conversar com ele, mas o mesmo está tão perdido em seus pensamentos, que nem sequer escuta seu amigo o chamar. Magrin percebe e decide se manter em silêncio também. Chegando no morro Babilônia, ele vai direto para a sua casa, em um movimento automático, sem ao menos se despedir do seu amigo. Magrin precisa voltar para casa, então pede para PH ficar de olho no JC, ele resume o que aconteceu na casa de Nina, e vai embora.JC não consegui dormir, conversar, comer, reagir! A imagem de Maju sendo operada não sai de sua cabeça, fica como um DVD riscado, o qual repete por diversas vezes a mesma imagem.— JC, tu precisa comer mano, não te vi colocar um alimento na boca hoje, sem contar que tu levou um tiro. — PH tenta convencer ele a comer algo. Ele apenas levanta o olhar, por estar sentado no sofá da sala.— PH, eu vi a perna dela aberta, vi sangue escorrer pela abertura, a última coisa que quero agora é comer. — PH engole em seco e tenta outr