MagrinChego na casa dela e já vou mandando mensagem.Whats Mila.— Loirinha abre a porta pra mim. — Ela visualiza e não responde— Abre a porta caralho, deixa eu te explicar. — Caralho a mina não ajuda, que raiva mano.— Se não abrir, eu abro com a minha chave.Como ela não abriu, eu pego minha chave. Entro na casa dela e começo a procurar, como ela não está no andar de baixo, vou para o andar de cima, quando ela me vê tenta fechar a porta, mas sou mais rápido que ela e coloca o meu pé impedindo que fechasse.— Por que não me respondeu? — já vou logo perguntando.— Porque eu não quis. — Caralho, mano, ela não tem medo não. Ficamos discutindo e eu não curto essas paradas de ter que ficar dando satisfação, estou quase perdendo o controle, respiro fundo e tento me justificar, mas a mina não dá brecha, nunca ninguém me desafiou assim, não sei se brigo ou se a agarro, essa mina me deixa louco.Ela se tranca no banheiro, por mais que ela se faça de durona, sei que ela foi chorar, e isso m
MagrinAlgumas semanas depois…Muita coisa aconteceu, a Júlia está realmente grávida, agora só preciso saber se é meu. O doutor disse que pode fazer exame antes de o bebê nascer, mas é arriscado, então decido por esperar. Eu estou auxiliando ela com remédios e tal, não vou mentir, de vez em quando dou uns pegas nela também. Ela vai na boca, decido tirar meu stress…, mas pra dizer a verdade eu tô cada dia mais gamadão na novinha, a mina é linda e gostosa demais, ela não cobra nada, mas já tem semanas que durmo na casa dela, com desculpa da síndrome dela.O negócio é cabuloso, ela tá dormindo tranquila e do nada acorda desesperada, chega falta ar, e tenho que entregar o respirador para ela. E quando não está dormindo, tão eu quanto minha mãe já presenciamos as crises, ela tá bem e do nada começa a dizer que está angustiada, sente dor no peito, fala que o tal do Sidney está atrás dela, e dá um trabalhão pra acalmar ela. Essa semana ela começa a passar com o psicólogo, tomara que ela melh
MatheusHoje o postinho está lotado, minha cabeça parece que vai explodir, tenho só mais uma paciente, depois posso ir para casa.Saio do meu consultório e dou uma volta para esticar as pernas, já que o dia foi bem agitado. Como de costume, ao passar pelas enfermeiras, percebo os cochichos, então exibo meu característico sorriso de lado que sei que elas adoram. Pego um café, passo na farmácia para pegar um analgésico e retorno para minha sala. No entanto, minha atenção é rapidamente desviada quando vejo uma linda garota entrar no hospital. Fico paralisado diante de tamanha beleza. Ela se aproxima, verifica o número da minha sala e só então percebo ser a minha última paciente do dia.Entro na sala e a chamo logo. Já havia analisado a ficha dela, então começo a consulta como faria com qualquer outro paciente. Embora possa ser confiante e um tanto sedutor, levo meu trabalho muito a sério e sou um profissional competente. Não sou de me gabar, mas a verdade é essa.Fiquei comovido com a h
MagrinQuando chegamos, ela olha pro PJ com olhar de ódio, mas a otária não sabe com que está mexendo, já tô sem paciência, então vou falando.— Tá maluca gringa, olhar assim pro meu mano! Nóis aqui é chefe porra. — Vi que a Mila veio atrás e traduzia para ela, eu não a chamei, mas deixo ela ajudar.— Eu vou acabar com cada um de vocês, seus bandidos de merda! — A tal de Tassia gritava, como se tivesse algum poder pra nos ameaçar.— Eu não vou traduzir isso — Mila fala vermelha de vergonha, esse jeitinho dela me encanta.— Eu traduzo. — Ele dá um soco no meio da cara da vadia. — Odeio bater em mulher, mas essa merece, por tudo que fez a Tina e Susi passarem. — Eu percebia que a Milena não estava confortável e PJ também, então ele falou que ela pode se retirar. — Pode ir Milena, eu assumo a tradução. — Assim que ele falou, ela foi embora rapidinho.Eu e PJ demos uma amaciada nela, então falo para os vapor.— Agora vocês podem usar até cansar, depois coloca ela no freezer.— Bora tomar
MagrinPassam-se algumas semanas e nada da Mila acordar, minha vida está uma loucura, o PJ resolveu alguns B.O da boca, pois estou sem condições de pensar nisso.O morro não foi mais invadido, Gabi está no morro com PJ e as crianças. Mano a Alicia é muito inteligente, ela está comigo no hospital hoje, disse que eu estava triste e precisando de carinho, fez uma birra que só, até que Gabi permitiu que ela ficasse.— Titio, ela é muito bonita. — Alicia fala.— Sim, meu amorzinho, ela é linda.— Titio.— Sim! — Pensa em uma criança curiosa.— Será que ela vai gostar de mim?— Tenho certeza que sim, princesa.Passaram alguns minutos, eu estava conversando com a Alicia e a Mila começou a ter um pesadelo.— Por favor não me mate, por favor não... — Mila falava chorando, Alicia arregalou seus lindos olhos verdes, mas logo fez carinha de triste.— Ela está tendo pesadelo, precisamos ajudá-la. — Mila continua gritando desesperada, e chorando, mas não abria os olhos, eu estava paralisado. Alicia
MagrinQuando ela sai de casa logo coloco um vapor pra seguir ela, não confio nesse médico.Falei pra ele cronometrar a consulta, se passar um minuto sequer era para me avisar, e se passaram dez minutos, em uma hora e dez minutos, dá pra se fazer muita coisa.Meto o pé na porta e entro com tudo, tô nem aí, o mauricinho fica branco como papel e Mila me olha com cara de brava.— QUE PORRA É ESSA MAGRIN?— Por que demorou a consulta?— Porque estava dando para o hospital inteiro.— Nem brinca com um negócio desse, se eu souber que alguém te tocou, eu faço virar peneira.— Você pode catar tudo que é puta e eu tenho que me guardar para você? Vai se foder Magrin, já falei, não sou como as puta que dá para você por dinheiro, não divido o que é meu e você nunca foi meu, então não temos nada para você vir surtar desse jeito. — Ela vai até o doutor Mauricinho. — Desculpa por isso, Ma, até amanhã. — Ela dá um beijo no canto da boca dele, que me olha assustado, mas deu pra ver o brilho de satisfa
MilaEstou completamente sem chão, meu maior pesadelo estava vivo, ele me encontrou... como ele me encontrou?Quando vejo Magrin entrando, por impulso, corro para seus braços, sei que a gente brigou, mas agora preciso dele, eu preciso me sentir protegida e só ele me faz isso.No caminho para casa o Magrin faz uma ligação, mas fico deitada no seu peito, quietinha...MagrinQuando leio o bilhete meu sangue ferve, eu nem precisava de assinatura para saber que era o desgraçado do padrasto da Mila, mas o que não sabia era como ele chegou até ela, no caminho mesmo liguei pra um parceiro, ele sempre ajuda a gente a encontrar pessoas.Ligação On...— Fala irmão, preciso de ajuda— Manda — Rogério fala.— Tem como ir no morro agora?— Daqui a uma hora chego, mas adianta aí.— Quero encontrar uma pessoa, e saber como ele chegou aqui no meu território.— Beleza, então, daqui a uma hora.— Valeu mano.— É nois.Ligação off...— Rogério nasceu e cresceu na comunidade, mas ele estudou com a ajuda d
MagrinDesligo o telefone e vejo como a Mila está, tenho medo dessas crises doidas que dá nela.Quando chego no quarto eu não a vejo, começo a chamar e ela não responde, meu coração chega errar a batida. Abro a porta do banheiro e ela está sentada no chão abraçando os joelhos, toda encolhida, foi uma cena de cortar o coração. Eu não penso duas vezes, tiro toda a minha roupa e entro no chuveiro, sento ao seu lado e a puxo para os meus braços, ela não diz nada, apenas me abraça.Depois de um tempo, saímos. Eu a sequei, me enrolei na toalha e a peguei no colo. Peguei um pijama folgado para ela vestir e, em silêncio, a ajudei a vesti-lo. Em seguida, peguei o secador e sequei seus cabelos. Após ver que estava tudo sequinho, finalmente disse:— Comprei uma pizza pra gente, você vai descer, ou quer que eu traga aqui?— Obrigada, mas não estou com fome.— Minha deusa, você precisa comer. — Faço um carinho nela, e digo — Já volto.Quando estou descendo as escadas o JC me liga.Ligação On…— O