Nas ruas da Cidade da Serra Azul, as pessoas passavam apressadas. Juliana sentiu seu corpo ser sacudido pelas vibrações do carro e, quando abriu os olhos, ainda tonta, uma rajada de vento frio a atingiu de lado, fazendo ela estremecer. Quando aqueles dois homens borrifaram o spray nela, ela, instintivamente, prendeu a respiração, mas ainda assim acabou inalando um pouco do sonífero. Felizmente, acordou rapidamente e ainda conseguia pensar em uma forma de escapar. O carro balançava, e o som dos outros veículos diminuía cada vez mais, o que indicava que ela estava se afastando, ficando cada vez mais distante do centro da cidade. Logo, Juliana percebeu o suave cheiro salgado do mar vindo do exterior do carro, ela imediatamente ficou alerta, será que estava na praia? O que aqueles dois queriam fazer com ela na praia? Juliana tentou se soltar das cordas que prendiam suas mãos, mas estava com os olhos vendados e não sabia o que acontecia dentro do carro. Foi então que a voz de
Douglas gritou e recuou vários passos. Juliana aproveitou a oportunidade para rasgar a fita em sua boca e a venda em seus olhos, e gritou em direção ao mar: — Socorro... — Vadia! Cale a boca! Danilo tentou avançar para bater nela, mas Juliana já havia se livrado da corda amarrada em seu tornozelo. Ela desferiu um chute certeiro na virilha de Danilo, fazendo ele gritar de dor. Douglas se preparou para avançar, mas foi derrubado no chão com um chute de Juliana. Claramente, Danilo e Douglas não esperavam que Juliana possuísse alguma técnica de luta. Juliana se sentiu aliviada por não ter se rendido sob as ordens de Alexandre; caso contrário, estaria morta agora. — Socorro... Enquanto gritava, Juliana entrou no carro de Danilo e, em seguida, acelerou com tudo. Douglas disse para Danilo: — Chefe! Ela fugiu! O rosto de Douglas estava pálido, e Danilo, com uma expressão sombria, deu um tapa em Juliana. — Eu vi, não precisa dizer! Por que não a segue imediatamente?
Juliana, com raiva, exclamou: — Como você é sem vergonha! Juliana amaldiçoou, mas George, surpreendentemente, não demonstrou nenhuma raiva. — Srta. Juliana, a senhora… A senhora voltou? — O mais surpreso era o segurança que estava ao lado de George. "Qualquer pessoa que não fosse burra saberia que aquele era o melhor momento para fugir, não é?" — Claro que eu voltei! George, você é um verdadeiro canalha! Você ordenou que seus subordinados me matassem! O que foi que eu fiz de errado? — Juliana, dizendo isso, estendeu a mão em direção à pistola que George mantinha na cintura. Ela fez uma expressão de raiva e disse: — Agora estou bem na sua frente, se quiser me matar, faça isso agora, à vista de todos! Enquanto dizia essas palavras, Juliana estava observando a expressão de George. Ela estava certa de que George não era a pessoa que queria matá-la. Quando estava fugindo e entrando no carro, ela pensou se deveria simplesmente escapar, mas logo descartou essa ideia. Ela
Todos os parceiros estavam prontos para rescindir os contratos com o Grupo Céu Estrelado, Fernando só precisava investir dinheiro em relações públicas para derrubar Emerson, aquele homem sem vergonha, e depois gastar ainda mais para difamar o Grupo Céu Estrelado, fazendo sua imagem despencar, assim, o valor das ações do Grupo Céu Estrelado cairia drasticamente e nunca mais se recuperaria! Ademir, do outro lado, disse com um tom preocupado: — Presidente Fernando, vários projetos da empresa estão no prejuízo. Neste momento, investir 10 bilhões para destruir o Grupo Céu Estrelado... Não seria um grande prejuízo? — Prejuízo? Se conseguirmos conquistar todos os parceiros em Castanda, nossa família Freitas terá o mercado de Castanda para sempre. 10 bilhões... A gente recupera isso em poucos anos. A família Freitas é tão grande, será que não pode passar por esse pequeno contratempo? Vendo que Fernando não parecia querer parar, Ademir hesitou em continuar a falar. Quando estavam em C
Juliana disse: — Ademir, preciso conversar com você a sós, você tem um tempo? Ademir franziu ligeiramente a testa e respondeu: — Srta. Juliana, estou ocupado. Não sei se tenho tempo. — Você está ocupado resolvendo os problemas da família Freitas, não é? Ao ouvir isso, Ademir ficou surpreso. Juliana disse: — Quanto Fernando te paga por mês? Ademir ficou em silêncio por um momento e respondeu: — 30 mil. — Então, no final do ano, somando os bônus, são 400 mil. — Isso mesmo. — Eu estou disposta a te pagar o dobro, você gostaria de trabalhar comigo? Ao ouvir isso, Ademir empurrou os óculos e sorriu: — Srta. Juliana, você está brincando. — Não estou brincando, estou falando sério. — Juliana deu um passo à frente e disse. — Eu investiguei sobre você. Você tem ajudado Fernando com tanto empenho porque, quando o Sr. Reginaldo estava vivo, ele te ajudou e patrocionou seus estudos. Por causa dessa gratidão, você sempre ficou ao lado de Fernando. Só que... Fernando nã
Juliana respondeu: — Você não quer saber como o Sr. Reginaldo morreu? Ao ouvir isso, Ademir se virou abruptamente: — O que você quer dizer com isso? — Disseram que ele faleceu de um infarto, mas, pelo que sei, ele foi morto por Fernando, seu próprio filho. Ouvindo essas palavras absurdas de Juliana, Ademir deu uma risada fria e disse: — Absurdo! O Presidente Fernando é filho biológico do Sr. Reginaldo, como ele poderia matar o próprio pai? — Você não admite, porque você não tem pai, então respeita o Sr. Reginaldo como se fosse seu pai. Mas agora, a verdade está diante de nós. — Juliana fez uma pausa e continuou. — O Sr. Reginaldo foi morto por Fernando porque ele queria encontrar seu filho ilegítimo. Então, Fernando, para proteger sua posição, o matou intencionalmente para que ele não interferisse em seu caminho. As palavras de Juliana não eram infundadas, elas se baseavam em uma pista que ela havia lido em um jornal na vida passada. Na época, devido ao trágico romance
Mais tarde, quando estava lidando com Fernando, Juliana fez uma investigação cuidadosa sobre a veracidade desse caso, e realmente encontrou evidências que confirmaram suas suspeitas. No dia seguinte à morte de Reginaldo, Fernando havia demitido a babá que trabalhou na casa por décadas. Ademir perguntou: — Você tem alguma prova do que está dizendo? Ademir hesitou, então Juliana começou a relatar as evidências que ela tinha lido no jornal: — No dia do incidente com o Sr. Reginaldo, havia testemunhas. Se você não acreditar, pode perguntar aos jornalistas de um jornal chamado Imprensa Estrela, lá na Cidade da Serra Azul. Eu acredito que os repórteres desse jornal logo vão apresentar as evidências para você. Na vida passada, ela se lembrava desse nome, se Ademir investigasse pessoalmente, provavelmente ele encontraria rapidamente mais pistas. Ademir disse: — Certo, vou investigar, mas se os resultados forem diferentes do que você está dizendo... Juliana respondeu: — Se os
Ademir disse: — Eu preciso ir, Presidente George. Srta. Juliana, vou embora agora. Ademir se virou e saiu do hotel. George se aproximou de Juliana e, com um tom sugestivo, disse: — Você e ele... Juliana respondeu: — O que você acha que há entre nós? — Não importa, desde que você não esteja tentando fugir. — Como eu poderia estar fugindo? — Disse Juliana. — Se eu quisesse fugir, teria feito isso ontem à noite, por que iria esperar até agora? — Não finja que não entende, você não fugiu ontem porque sabia que não conseguiria escapar. Olhando para George, o sorriso de Juliana foi desaparecendo aos poucos. Parecia que George tinha percebido, ele rapidamente entendeu a razão de ela ter voltado para ele naquela noite. George arqueou as sobrancelhas e disse: — Não se preocupe, na verdade, desde que você voltou, não importa qual tenha sido o motivo, eu aceito. — Presidente George, eu realmente não sei o que há de tão especial em mim, a ponto de você ficar tão obcecado,