Essa voz fez a espinha de Juliana arrepiar, e instintivamente ela deu um passo para trás, mas alguém segurou seus pulsos.George estava muito próximo, seus olhos exibiam um sorriso sinistro.— Você tem medo de mim?Juliana respondeu:— Eu não tenho medo de você!Com uma força surpreendente, Juliana se libertou das mãos de George e, com um movimento brusco, lhe deu um tapa.Esse tapa liberou toda a frustração e o ressentimento que ela sentia no peito. George, esse homem descarado que a tratava como uma presa, havia transformado tudo numa caçada emocionante e tensa.Max disse:— Presidente George...A expressão de Max empalideceu.No momento em que Juliana o bateu, metade do rosto de George ficou vermelha instantaneamente, e um traço de sangue escorreu do canto de sua boca.Despreocupadamente, ele limpou o sangue do canto da boca e então olhou para ela:— Depois de tantos anos, você é a primeira pessoa que me faz sangrar.O tom de Juliana estava carregado de sarcasmo:— É mesmo? Posso fa
Naquele momento, George estava sentado na cabine do navio, com o rosto apoiado na mão, olhando atentamente para o espelho à sua frente, que refletia claramente todos os movimentos de Juliana.Max falou:— Presidente George...George perguntou:— O que você acha que ela está fazendo?— Ela... — Max também fixou o olhar no espelho e viu Juliana recostada na parede do canto, encolhida e imóvel. — Ela deve estar com medo, não é?— Medo? — George ergueu uma sobrancelha, ele já tinha visto muitas pessoas confinadas em salas escuras sentir medo, mas a reação de Juliana era diferente, o medo não se manifestava dessa maneira. — Faça algum barulho para que ela possa ouvir.— Sim, Presidente George. — Max saiu da cabine.Logo depois, se ouviram gritos e lamentos de uma mulher vindo do quarto ao lado, mas esses sons pareciam não afetar Juliana no quarto escuro.Juliana no espelho continuava imóvel.Max retornou e disse:— Presidente George, está feito.George ainda observava Juliana no espelho, fr
Juliana estava tonta e não sabia há quanto tempo havia adormecido. Quando acordou, o ambiente ao seu redor estava completamente escuro. Então, ela se lembrou que havia sido jogada naquele quarto escuro pelos homens de George. Neste momento, uma dor aguda surgiu em seu braço, Juliana ofegou e, instintivamente, tentou retirar a mão, mas uma voz masculina soou: — Não se mova! Juliana perguntou: — Quem são vocês? Neste momento, a enfermeira acendeu uma lanterna, e Juliana tentou proteger os olhos. Não havia janelas, nem luz, tornando o local ainda mais sombrio. A enfermeira disse: — Você está com febre, o chefe mandou a gente aqui para te tratar. Juliana, com a luz da lanterna, viu o plástico descartado pelo médico, que realmente era um medicamento para febre. Juliana relaxou um pouco e, com calma, perguntou: — Até quando o George vai me manter aqui? — Isso é coisa do chefe, não cabe a nós especular. Vendo que os médicos e enfermeiros não sabiam de nada, Juliana p
George disse: — E ela? George olhou ao redor, se certificando de que não havia nenhuma rota de fuga. Ao seu lado, Max disse: — Ela ainda está lá dentro, já se passaram cinco minutos e ela não saiu. — Pergunte de novo. — Claro. Max bateu novamente com força na porta do banheiro feminino e disse: — Abra a porta! — Não houve resposta. — Srta. Oliveira, o Presidente George já chegou, não tem como escapar, abra a porta! A voz de Max estava cada vez mais irritada, mas ainda assim não houve resposta do interior do banheiro. Max, confuso, olhou para George e disse: — Presidente George... Será que ela desmaiou novamente? Ao ouvir isso, George franziu a testa. A porta do banheiro estava trancada por dentro. George tirou a pistola de sua cintura, mirou na fechadura da porta e disparou. Em seguida, deu um forte chute, e o som de uma grande explosão ecoou quando a porta do banheiro foi destruída. — Vamos. — George, com uma expressão sombria, entrou com os outros, mas enc
No momento crítico, George quase instintivamente agarrou o braço de Juliana. "Essa mulher está louca?" Neste instante, Juliana já estava completamente fora do navio, com as ondas do mar batendo em seus tornozelos. Se George a soltasse, ela cairia imediatamente na água. — Presidente George! — Max estava apavorado. "Como pode haver uma mulher que não quer viver?" George, furioso, gritou: — Você ainda está aí parado? Puxe ela de volta! Max respondeu: — Eu... Eu vou chamar alguém agora! Juliana disse: — Não precisa! Juliana foi se desvencilhando aos poucos de George, que, por sua vez, a apertava cada vez mais.— Juliana! Você realmente não se importa com sua vida? — George, sobre minha vida sou eu quem decido! Ou você me dá respeito, ou... — Juliana estava, de alguma forma, se enfrentando com George. George rosnou, apertando os dentes, seu rosto transbordava raiva, ninguém jamais o havia ameaçado dessa forma! Max disse: — Presidente George! A corda chegou! G
Max disse: — Presidente George! Esta mulher está sendo insuportável, acho que deveríamos jogá-la no mar e deixar os tubarões a devorarem! Max já não suportava Juliana há muito tempo, ao vê-la tão ousada e aparentemente sem medo da morte, ele aproveitou a oportunidade para causar uma confusão ainda maior e intensificar o conflito. George respondeu: — Cale a boca! Ao ver o rosto sombrio de George, Max rapidamente fechou a boca. Juliana estava apostando que o acidente de trânsito envolvendo seus pais e os pais de Alexandre estava, de alguma forma, relacionado a George. Se fosse realmente esse o caso, George certamente desejava o suposto tesouro de Castanda, que era um segredo guardado pelas quatro grandes famílias. A família Oliveira, atualmente, tinha apenas ela como descendente, e George não poderia deixá-la morrer! Observando a mulher teimosa diante de si, George apenas deu um sorriso de desprezo, depois soltou ela.— Você é uma mulher inteligente, tem algo de interessa
Neste momento, Alexandre franziu a testa e disse: — Não está certo. Tiago perguntou: — O que não está certo? — Este anel é tão pequeno, como poderia ser resgatado? "O anel cairia na água e afundaria, nunca poderia ser capturado pelos pescadores com uma rede. Esse anel parece ter sido deixado ali intencionalmente." Alexandre disse: — Onde está o pescador que encontrou este anel? Traga-o até aqui! — Certo, vou mandar alguém chamar agora mesmo! — Tiago, que inicialmente não compreendeu, logo percebeu que Alexandre estava certo, como um anel tão pequeno poderia ser resgatado com uma rede? Além disso, como alguém que encontrou um anel tão valioso iria espontaneamente procurá-los? Logo, o pescador foi trazido até Alexandre, escoltado pelos homens de Tiago. Ao ver o pescador tremendo de medo diante dele, Alexandre colocou o anel na sua frente e perguntou: — Quem te mandou entregar este anel para mim? — Eu… Eu que o pesquei. — O pescador não ousava olhar nos olhos de A
A empregada disse: — Srta. Juliana, algo importante que sumiu? Gostaria que eu fosse procurar para a senhora? As palavras da empregada trouxeram Juliana de volta aos seus pensamentos. Ela forçou calma e respondeu: — Não é nada importante, mas é algo valioso. Se perdi, que seja, não precisa procurar. — Está bem, então, descanse. Eu me chamo Raimunda, Srta. Juliana, se precisar de algo, é só me pedir. — Você sabe para onde estamos indo desta vez? — Naturalmente, estamos indo de volta para Castanda. Em três dias, o barco vai chegar ao porto. Ao ouvir essa notícia de Raimunda, Juliana não se surpreendeu muito. Já que George havia chegado a Castanda, não deveria voltar tão cedo. Só que… Ela precisaria encontrar uma maneira de avisar Alexandre de que ainda estava viva. Na manhã seguinte, Juliana acordou, escovou os dentes e lavou o rosto. Logo, o médico foi lhe aplicar uma injeção. George não se importava com o tratamento específico, desde que fosse algo que a ajudasse