De repente, Juliana ouviu o som da porta sendo aberta e uma luz fraca iluminava o interior do quarto.- Juliana. - A voz de Gustavo era grave.Juliana fingiu não ouvir.Gustavo elevou um pouco a voz:- Juliana!Juliana franzia a testa, ainda de olhos fechados:- O que você quer, me acordando no meio da noite?- Se levante! - A voz de Gustavo estava carregada de uma raiva incontida.Juliana, irritada, se levantou da cama e, encarando Gustavo na porta, perguntou:- Gustavo, você enlouqueceu?De repente, Gustavo avançou, e Juliana, assustada, no segundo seguinte foi pressionada contra a cama por ele.A luz fraca da porta caía sobre Gustavo, dando ao ambiente um ar ambíguo.A respiração de Juliana falhava, mas por fim ela se acalmava:- O que você quer, afinal?Gustavo disse:- Onde você estava esta noite?- Eu estava jantando com amigos.- Que amigos?Juliana franzia a testa:- Não tenho obrigação de te contar isso. Não se esqueça, nós só estamos nos usando mutuamente, cada um pegando o q
Depois de se casar com Gustavo em uma vida anterior, e seguindo o conselho de Nilda de que, para atrair um homem, era primeiro necessário fazer ele gostar da comida que ela preparava, ela, que nunca havia se envolvido em tarefas domésticas por ser uma moça rica, passou a cozinhar de todas as formas imagináveis.Porém, no final, Gustavo sequer chegou a provar sua comida, porque, no fundo, amava mais a Viviane.Quando o café da manhã estava pronto, Gustavo, ao perceber que não havia nada para ele, franzia a testa e perguntava:- Cadê o meu?- Faça você mesmo. - Disse Juliana, sem lhe oferecer um sorriso sequer.Gustavo se mostrou visivelmente irritado:- Juliana!Ignorando ele, Juliana continuava a comer seu pão, pedaço por pedaço.Uma vez que ela não mais gostava de Gustavo, não via necessidade de se esforçar para agradar ele.- Terminei. - Disse Juliana após comer, levando a louça para a cozinha e pegando uma pequena bolsa antes de sair.Gustavo perguntou:- Onde você vai?- Tenho aula
Juliana se encontrava em desvantagem nessa situação, sem outra escolha a não ser aceitar o que Gustavo dizia.Ela falou:- Tudo bem, então vamos às compras.Afinal, não era o seu dinheiro que estava sendo gasto, então por que se preocupar?Juliana não notou o sorriso involuntário que se formou nos lábios de Gustavo.Ao chegarem ao shopping, ela observou o layout, pois estava prestes a construir um grande centro comercial e considerava necessário estudar outros.De repente, Juliana sentiu sua mão ser levemente puxada e, instintivamente, puxou ela de volta, olhando cautelosamente para Gustavo ao seu lado, que tinha acabado de voltar com uma bebida, e perguntou:- O que você está fazendo?Gustavo respondeu:- Segurando suas mãos, alguém está tirando fotos.Após dizer isso, Gustavo lançou um olhar discreto para uma pessoa não muito distante que segurava uma câmera e parecia um paparazzi.Juliana, embora incomodada, concordou em cooperar.Em seguida, Gustavo tirou o celular do bolso e abriu
“Se ele realmente não gostava de sair com ela, por que não simplesmente evitar na próxima vez?”Juliana guardou seus pensamentos e Gustavo, ignorando ela, de repente acelerou o carro:- Depois de voltarmos para casa, transfira para mim o dinheiro que gastamos hoje.Ao ouvir isso, Juliana se irritou:- Você me convidou para sair e ainda quer que eu pague?Gustavo respondeu:- Estamos apenas fingindo que nos amamos.- O que custa um homem gastar um pouco com sua esposa?- Foi você quem disse, somos apenas um casal por acordo.Juliana ficou sem palavras.Ela tinha a intenção de tirar vantagem de Gustavo, mas agora parecia que tinha sido muito ingênua, Gustavo sendo um empresário, como permitiria que ele mesmo perdesse?- Você é tão mesquinho! - Juliana respirou fundo.Deixa para lá, sem raiva, afinal ela também não queria dever nada a ele, dar a ele o dinheiro e pronto, ela não estava faltando aquela quantia.Ao voltar à Mansão dos Costa, as notificações de notícias no celular de Juliana
No dia seguinte, o quadro de avisos da escola estava cercado por uma multidão. Juliana tinha acabado de entrar no campus da Universidade da Castanda quando percebeu que os olhares ao seu redor eram incomuns. Não muito longe, a voz irritada de um homem ressoou: - Se afasta! O que você está olhando?Logo após, o homem arrancou algo do quadro de avisos. Juliana franzia levemente a testa ao observar que a pessoa envolvida era Vasco, que amassava um pedaço de papel em suas mãos, ostentando uma expressão sombria. As pessoas ao redor, ao notarem Juliana se aproximando, rapidamente se dispersaram, recuando para longe, mas ainda lançavam olhares curiosos para Juliana e Vasco. Brincando, Juliana comentou: - Alguns dias sem nos vermos e parece que o temperamento do Sr. Vasco aumentou. - Você ainda consegue rir? Olha isso, você ainda consegue rir? - Vasco atirou o papel amassado em Juliana. Juliana, um tanto perplexa, desdobrou o papel. Era uma imagem de uma mulher com um corpo
Os colegas masculinos da classe já apreciavam a bela Viviane e, ao vê-la chorar, começaram a interceder por ela. Essa atitude acabou por colocar a professora numa posição de alguém severa e inacessível.Como esperado, a expressão da professora se tornou ainda mais rígida.Viviane se sentiu nervosa.Essa estratégia, ao contrário do habitual, não amoleceu o coração da professora, que respondeu friamente:- Em vez de prestar atenção na aula, você se destaca em fazer amigos, Viviane, você realmente é impressionante.Viviane rapidamente balançou a cabeça:- Professora, eu...Nesse momento, o sinal para o intervalo soou, a professora recolheu seus livros e saiu andando.Vendo que a professora foi realmente afetada por Viviane desta vez, Maia segurou o braço de Viviane e disse:- Não se preocupe com ela, ela está só com ciúmes de você! É claro que está na menopausa!- Mas vocês ouviram? Hoje de manhã, tinha uma foto de uma mulher usando roupas provocantes no mural, estava escrito garota de p
Viviane estava bastante nervosa e puxou o braço de Maia:- Chega, pare de falar.Maia não se importou.Juliana não havia sequer notado Viviane. ela apenas observou que havia lugares disponíveis atrás e foi ocupar um espaço.Quando Juliana se aproximou do trio, só então percebeu Viviane, que intencionalmente baixava a cabeça para comer.Foi nesse momento que Maia se levantou de repente, bloqueando o caminho de Juliana.- Com licença, nós nos conhecemos? - Perguntou Juliana com uma voz suave e um leve sorriso, embora seus olhos não demonstrassem alegria.- Uma garota de programa, claro que não poderia conhecer você, mas parece que todos conhecem. - Maia elevou intencionalmente o tom de voz, fazendo com que todos ao redor ouvissem.O incidente do mural da escola tinha sido o assunto do dia, quase todos na escola estavam cientes disso.Juliana não se irritou, mas estava curiosa para ouvir o que Maia tinha a dizer.Maia continuou:- Pessoas como você, que obtêm a vaga por meios impróprios,
Vasco olhou friamente para Maia, sem esconder o desprezo e o desdém em seus olhos. Ao perceber que a situação estava errada, Viviane rapidamente se levantou e se colocou na frente de Maia, dizendo: - Sr. Vasco, tudo isso é um mal-entendido. Maia não teve má intenção! - Desde quando você tem voz aqui? - Retrucou Vasco, sem dar a mínima para Viviane. O rosto de Viviane escureceu. A preferência de Vasco por Juliana era evidente para todos e a inveja brilhava nos olhos de Maia. Maia disse a Juliana: - Que artimanhas você usou para enfeitiçar o Sr. Vasco? Se virando para Vasco, Maia exclamou: - Sr. Vasco! Você sabe que essa mulher não só é amante de outro homem como também rouba namorados, ela é uma garota de programa! - Maia gritou alto, mas os olhos de Vasco ficaram cada vez mais frios. Sentindo o olhar gelado de Vasco, Maia tremia de medo enquanto ele dizia friamente: - Eu nunca bato em mulheres, mas se você continuar falando, poderá testar se eu bato ou não. Juli