Ao ouvir isso, o sorriso de Juliana se desfez: — Eu não sou grata? Sra. Nilda, você esqueceu algo? Quando Gustavo me traiu com Viviane, você não disse que homem algum deixa de trair? Por que quando acontece com uma mulher a situação muda? Nilda respondeu: — Homens e mulheres não são iguais! Juliana disse: — Sra. Nilda, como você, sendo uma mulher, pode ser realmente severa com outras mulheres? Juliana já conhecia a verdadeira face de Nilda e, naquele momento, não queria mais discutir. Ela disse friamente: — Sra. Nilda, se você veio por isso, por favor, pode ir embora. Tenho trabalho a fazer e não vou acompanhá-la até a saída. Ao ser rejeitada por Juliana, Nilda bateu na mesa e se levantou, gritando: — Juliana! Estou te dando uma oportunidade! Não seja ingrata pela bondade dos outros! — Oportunidade? Que oportunidade? — Juliana se encostou na cadeira do escritório, observando a postura altiva de Nilda. Nilda disse friamente: — Você não sabe quantas pessoas gost
Simão disse: — Quando Nilda chegou, o carro do Sr. Raul já estava aqui embaixo... Ao ouvir isso, Juliana não conseguiu se conter. Ela pensava que Raul iria procurá-la em breve, mas não imaginava que seria tão rápido! Simão, olhando para Juliana confuso, perguntou: — Presidenta Juliana? Juliana, voltando a si e resignada, se levantou e disse: — Estou descendo agora. No térreo do Grupo Céu Estrelado, Juliana viu claramente o carro exclusivo de Raul e, instintivamente, abriu a porta do veículo. Ela esperava encontrar apenas o motorista, mas Raul estava sentado no banco do passageiro, criando um constrangimento palpável no ar. Juliana, um tanto embaraçada, falou: — Sr. Raul... Por que veio pessoalmente? Ela riu nervosamente, se lembrando de quão ocupado Raul estava e de como ele raramente tinha tempo livre, como poderia ele aparecer naquele momento? Diante da dúvida de Juliana, Raul sorriu levemente e respondeu: — O médico disse que eu precisava arejar um pouco, ma
O carro chegou à Mansão dos Mendes, e o motorista ajudou Raul a descer. Quando Juliana viu a cena, se surpreendeu um pouco e disse: — Você já consegue andar? — Logo após as palavras escaparem, Juliana percebeu o quanto tinha sido indelicada e rapidamente se corrigiu. — Quero dizer... — Eu consigo andar, mas é um pouco cansativo. — Raul, acomodado numa cadeira de rodas, falou calmamente. — Ter ou não ter essas pernas pouco importa para mim, então não preciso me resguardar. Raul sempre teve um pensamento distinto dos demais. Como não havia nenhum mordomo por perto, Juliana tomou a iniciativa de empurrar a cadeira de rodas. Ao chegarem ao escritório no segundo andar, Juliana se sentou, um tanto constrangida, diante de Raul. Raul disse: — Já que você vai debutar, precisa de uma equipe profissional. A Empresa de Mídia dos Sonhos fornecerá os melhores recursos para você. Não é necessário alcançar grandes feitos, apenas ser lucrativa. — Sr. Raul, parece que suas expectativas p
Raul disse:— Ele não vai recusar você.A certeza na voz de Raul fez Juliana ficar em silêncio por um momento, antes de perguntar:— Sr. Raul, se Alexandre descobrir, ele ficará bravo com você?— Ele ousaria? — No rosto de Raul, um leve sorriso enigmático se formou.Juliana então respondeu:— Está bem, eu aceito. Espero que nossa colaboração seja prazerosa.Juliana estendeu a mão.Raul olhou para a mão estendida por Juliana em sua direção, sorriu e, suavemente, segurou as pontas dos dedos dela, dizendo:— Daqui a pouco chegará outra pessoa, você quer conhecê-la?— Quem é? — Perguntou Juliana.Enquanto Juliana estava confusa, de repente, uma voz familiar soou de fora:— Sou eu.A voz era profunda e carregava um tom mais sério.Juliana se virou e viu Vasco.Fazia tempo que não via Vasco, cuja pele estava mais bronzeada, os cabelos, antes vermelhos, agora estavam pintados de preto e cortados bem curtos. Ele vestia uma camisa branca e calças sociais, que realçavam sua postura ereta e musc
Observando Juliana examinar aquelas medalhas com atenção, Vasco finalmente perguntou:— Você e Alexandre... Estão juntos agora?Embora tivesse acesso ao celular semanalmente e pudesse acompanhar as notícias, algumas informações podiam ter escapado.Especialmente durante o período em que Juliana caiu no mar, ele ansiava por voltar, mas as regras da equipe o impediam de intervir ou mesmo de estar ao lado de Juliana, tendo que confiar apenas em seu irmão para ajudá-la.Desta vez ele havia retornado, porém havia recebido a notícia de que Juliana e Gustavo haviam se reconciliado, contudo, o tom e o olhar de Juliana ao mencionar Alexandre o deixaram inquieto novamente.— Sim, estamos juntos — Respondeu Juliana, sem intenção de ocultar. Ela deu um tapinha no ombro de Vasco e disse:— Você também não é mais tão jovem, deveria encontrar uma mulher que goste.Vasco, então, segurou a mão que Juliana colocou em seu ombro, perguntando:— Por que Alexandre?Juliana respondeu:— Muitas coisas neste
Observando a mão estendida de Vasco, Raul avançou e pressionou a mão de Vasco para baixo, dizendo:— Alexandre nunca aperta a mão de ninguém.Vasco observou sua própria mão, aparentemente ainda não possuindo o status necessário para apertar a mão de Alexandre.Com um sorriso nos olhos, Raul se voltou para Alexandre e disse:— Sr. Alexandre, me dê a honra, venha comigo, tenho algo a discutir com você.Ao ouvir isso, Alexandre imediatamente envolveu Juliana pela cintura, declarando:— Minha namorada acompanhará.Ser chamada de namorada em público fez o rosto de Juliana corar, ela olhou para Alexandre e replicou:— Quem disse que vou com você? Vão conversar, eu prefiro não interferir.Após isso, Juliana afastou a mão de Alexandre.Raul apenas sorriu suavemente, em seguida pediu ao mordomo que o conduzisse até o elevador.Nicole puxou Juliana para o lado e sugeriu:— Por que você não sobe para ver? Quando eles conversam, nem eu nem Tiago podemos ouvir, mas você poderia nos contar depois.J
A temperatura do quarto diminuiu oito graus. Nesse instante, a porta foi aberta abruptamente. Juliana, com a testa franzida, perguntou: — O que vocês estão fazendo? Ao ouvir a voz de Juliana, Alexandre rapidamente escondeu a arma que segurava, tentando parecer casual, se virou e disse: — Eu e o Sr. Raul não nos víamos há muito tempo, então decidimos beber um pouco. Raul, com um sorriso leve no rosto, disse: — Minha saúde não está boa, ele bebeu, eu fiquei de fora. Juliana falou: — Tem bebida e você não desce para beber? Sr. Raul, seu irmão já está bêbado, você não vai ver? Juliana realmente não esperava que Vasco tivesse tão pouca resistência ao álcool, apenas três copos e já estava bêbado. Raul disse: — Vasco ficou tanto tempo no exército sem beber, vou ver como ele está. O mordomo, que estava na porta, entrou e acompanhou Raul para fora. Juliana entrou e seu olhar caiu na cintura de Alexandre, dizendo: — Me mostra.Alexandre, sem querer esconder de Juliana, pr
Alexandre ensinava Juliana com seriedade. Ele se posicionou atrás dela, segurou suas mãos e disse:— Se concentre no seu alvo, não deixe suas mãos tremerem.Juliana fixou o olhar no centro do alvo à distância, tentando estabilizar sua respiração. Sob a orientação de Alexandre, ela disparou seu primeiro tiro.Ao ouvir o som do tiro, Tiago, que estava prestes a entrar para servir café, se assustou:— Meu Deus, já atirou!O recuo da pistola fez as mãos de Juliana formigarem levemente, e Alexandre, aliviando a tensão em seus pulsos, disse:— Isso é normal, só precisa praticar mais.— Meu Deus, acertou bem no centro! Quem disparou esse tiro? — Perguntou Tiago, olhando para Alexandre. — Alexandre, você deve ter ajudado a Srta. Oliveira, não é?Alexandre respondeu:— Ela está em boa forma física, não precisei ajudar.Juliana estava ciente de sua própria condição física. Desde que renasceu, ela começou a correr todas as manhãs para manter seu corpo saudável.Além disso, devido ao treinamento