- Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo, obrigada. - Disse Juliana, enquanto pegava sua mochila e saía da sala de aula.Tiago estava certo, ela realmente pretendia se aproximar de Vasco.Embora todos soubessem que Raul era uma pessoa de pulso firme, não era de conhecimento geral que no futuro o irmão de Raul, Vasco, seria ainda mais complicado de lidar, se conseguisse se tornar amiga de Vasco antecipadamente, enfrentaria menos obstáculos no futuro.No entanto, a personalidade de Vasco era distinta da maioria, adulação e tentativas óbvias de agradar apenas o irritavam, de fato, Vasco tinha muitas semelhanças com Gustavo, na vida anterior, ela tentara tanto agradar Gustavo que, no final, ele a desprezou completamente, a ponto de não querer ver ela nem em seus últimos momentos.Mas, uma vez que parava de se importar com alguém, essa pessoa começava a perseguir ela incessantemente.Por isso, Juliana deliberadamente contornou a entrada principal do prédio de ensino integrado, evitando
Vasco franziu a testa e, ao se virar, viu Gustavo segurando um guarda-chuva. Além de seu irmão Raul, poucas pessoas em Castanda possuíam tal presença.- Gustavo? - Vasco zombou friamente. - Por que eu deveria desistir?- Porque eu sou o marido dela. - Os olhos profundos de Gustavo carregavam uma aura de perigo extremo.Ao ouvir a palavra "marido", Vasco ficou completamente rígido.Gustavo largou o guarda-chuva, tomou Juliana dos braços de Vasco e Marcelo, ao seu lado, ergueu o guarda-chuva, seguindo Gustavo de perto.Somente Vasco permaneceu parado."Juliana... É a esposa de Gustavo?"No hospital, Juliana despertava lentamente, ainda chovia lá fora.Ela vagamente se lembrava de ter sido parada por Vasco na entrada do prédio de ensino integrado, mas o que aconteceu depois?Juliana se esforçava para se levantar, mas ao se virar viu Gustavo dormindo de lado.- Senhora, você acordou? - Marcelo entrou com uma pasta.Gustavo abriu os olhos, vendo Juliana acordada na cama do hospital.Vendo a
Ao olhar para Gustavo, Juliana sabia que insistir não adiantaria.Se ela continuasse a confrontar Gustavo, era possível que ele mandasse alguém para levar ela à força para casa naquele mesmo dia.Juliana respirou fundo."Os verdadeiramente poderosos sabem recuar temporariamente diante de circunstâncias adversas, esperando um momento mais oportuno para retaliar. Então, por agora, é melhor recuar."- Eu entendi. - Disse Juliana. - Posso ficar em casa pelo menos duas vezes por semana, isso serve?Gustavo respondeu: - Três vezes.- Você! - Juliana estava a ponto de explodir, mas, ao ver o olhar de Gustavo, conteve seu temperamento."A carga de estudos na pós-graduação da Universidade de Castanda não é tão pesada, ir para casa três vezes por semana realmente não é um problema. Gustavo certamente já havia consultado o reitor antes de fazer essa exigência."Juliana ajustou sua postura e exibiu um sorriso forçado para Gustavo: - Então, três vezes. O Presidente Gustavo tem mais algum pedido?
Nesta sala de aula, ela sonhava em entrar, e agora Juliana estudava aqui com tranquilidade. Refletindo sobre isso, as mãos de Viviane agiram involuntariamente, e ela abruptamente abriu a porta da sala. Essa ação capturou a atenção de todos presentes, Tiago virou a cabeça para olhar e achou a pessoa na porta um tanto familiar, enquanto Viviane já sabia que ele era o homem que ajudara Juliana naquela ocasião no leilão.- De qual turma você é? - Indagou Tiago, confuso.Juliana também percebeu Viviane na entrada.Viviane, assustada com seu próprio ato, exclamou em pânico:- Desculpe, entrei na sala errada.Após dizer isso, Viviane fechou a porta rapidamente.No momento em que a porta se fechou, o coração de Viviane pulsava acelerado.O professor no pódio parecia não ter a reconhecido.Contudo, ela sabia que ele era o presidente do Grupo Ramos!Eles já haviam se encontrado anteriormente, mas Tiago claramente não se lembrava dela.Nos olhos daquelas pessoas abastadas, ela era tão insignifi
Bianca segurou Juliana pelo braço e levou ela até o carro, se dirigindo a uma casa noturna nas proximidades. Assim que chegaram, encontraram uma sala privativa já reservada para elas. Diferentemente do ruído externo, o ambiente na sala privativa era consideravelmente mais silencioso.Ao abrir a porta da sala, Juliana avistou Vasco sentado no sofá, trajando roupas punk. Seu olhar era agora mais frio e severo, o que intensificava sua já naturalmente imponente aura selvagem.Juliana tinha visto aquele carro seguir Bianca e sabia que era Vasco quem desejava ver ela, não demorou muito para Bianca sair, deixando apenas Juliana e Vasco no ambiente.- Sr. Vasco, realmente não era necessário me encontrar neste tipo de lugar, não é? - Disse Juliana, se virando para sair, mas percebeu que a porta da sala já estava fechada.Ela não sentia medo, como esposa de Gustavo, Vasco não ousaria lhe fazer mal, e essa era a razão pela qual ela se atrevera a vir sozinha.- Este lugar é seguro, ninguém vai no
Observando o rosto de Juliana, o sorriso de Vasco se desvaneceu lentamente, mas ele sentia uma imensa satisfação interior. No entanto, logo depois, Juliana sorriu de novo e comentou:- Não imaginei que o Sr. Vasco, da família Mendes, pudesse ser tão infantil.Vasco franzia a testa:- O que você disse?- Se você realmente tivesse a coragem de fazer algo a mim, ainda assim chamaria secretamente alguém para nos encontrar aqui? - Juliana empurrou Vasco suavemente e caminhou despreocupada pelo espaço reservado. - Aqui não há câmeras e, com o barulho do lado de fora, ninguém notaria este recanto. Você tem medo que Gustavo ou Raul descubram este encontro. Como poderia ousar fazer algo comigo aqui?Juliana se sentou no sofá e mordeu uma maçã casualmente. Ela já estava acostumada com esse tipo de lugar, a privacidade dessas cabines é sempre de alto nível, geralmente reservada para negociações importantes, onde nem mesmo uma mosca poderia escapar.Juliana olhou para Vasco:- Sr. Vasco, me poup
Isso mostra o quão especial era o relacionamento entre os irmãos, embora não fosse bem conhecido por outros. Não se sabe se Juliana intuiu seus pensamentos, mas Vasco desviou o olhar e afirmou: - Não pense que me compreende. - Eu não compreendo, apenas estava comentando. - Juliana se levantou e disse. - Tudo bem, Sr. Vasco, já permaneci aqui tempo suficiente, posso ir agora? - Você fica. - Vasco franzia a testa, claramente não tinha a intenção de deixar Juliana partir tão cedo. Juliana falou: - Você já ameaçou, já se vingou, o que mais deseja? "Ameaças? Vingança?" Ele pensou nisso, mas Juliana esteve aqui por tanto tempo e não saiu prejudicada, pelo contrário, ele é que acabou irritado! Vasco se sentia um tanto frustrado, pois nunca havia sido tão desafiado por uma mulher antes. - Gustavo tem outra mulher em Castanda, você sabia? - Eu sei. "Essa mulher não seria a Viviane?" Ao ver Juliana indiferente, Vasco perguntou: - Isso não lhe importa? - Eu e ele tem
- Já mandei o Tiago investigar esse ID, acredito que logo teremos uma resposta. - A voz de Alexandre era firme, transmitindo um pouco de tranquilidade para Juliana. - Você tem ideia de quem possa ser?Juliana esfregou a testa, imagens de inúmeras pessoas passaram por sua mente, mas sem resultado:- Também não sei, só tenho certeza de que não é o Vasco.Alexandre soltou uma risada leve:- Então foi com o Vasco que você teve um encontro secreto?- Com tudo o que está acontecendo, você ainda faz piadas?Alexandre comentou:- Se fosse o Vasco, seria mais fácil de resolver.Juliana ficou em silêncio.Sim, a fofoca recente mencionava apenas que ela estava em uma boate com um homem, mas não revelava quem era ele. Isso indicava que a outra parte ou não queria divulgar a identidade do homem, ou realmente não sabia quem ele era, especulando apenas que ela estava tendo um encontro às escondidas com um homem com base em seu casaco, no entanto, a última possibilidade parecia mais provável, pois ni