Dois corredores de pessoas guardavam a entrada da Mansão dos Mendes. Assim que o carro de Juliana chegou, ele foi diretamente para a garagem.A confidencialidade na Mansão dos Mendes era alta, especialmente naquela área quase deserta, onde ninguém notaria que ela veio diretamente da delegacia.— Por aqui. — O mordomo guiou Juliana até um quarto no segundo andar.Juliana se lembrou de que, normalmente, não havia muitas pessoas no segundo andar da Mansão dos Mendes, mas ficou surpresa ao descobrir que havia tantos quartos de hóspedes lá.O mordomo disse:— Srta. Juliana, se houver algo de que você não goste, pode me dizer que faremos as alterações necessárias.Juliana respondeu:— Não é necessário, eu realmente gosto daqui.Era quase um apartamento de três quartos com uma sala de estar, como ela poderia não gostar?— Certo, se a Srta. Juliana precisar de algo, basta pressionar o botão ao lado da parede que alguém virá te ajudar.— Muito obrigada.O mordomo saiu do quarto.Juliana olhou a
Juliana olhou para as dívidas que se acumulavam, começando de algumas dezenas de milhares até centenas de milhares, e finalmente ultrapassando os dez milhões, as dívidas cresciam, e era possível imaginar em que circunstâncias Bruno havia assinado os documentos, esses papéis de dívida começaram a se acumular há quatro anos.Juliana se virou para Raul e perguntou: — Você já sabia de tudo isso?Raul respondeu: — Sabia mais ou menos.— Então você também sabe quem me denunciou? Raul ficou em silêncio, mas Juliana já tinha sua resposta, quem mais poderia ser?Em sua vida anterior, após se casar com Gustavo, ela permanecia em casa cuidando dos negócios da família Oliveira, então naturalmente não se metia nos assuntos de Bruno.Nesta vida, porém, ela decidiu mudar as coisas e pediu para tomar conta dos negócios da família Oliveira, afinal, esses negócios pertenciam a seu pai e Bruno não tinha o direito de impedir.Agora, o Grupo Oliveira havia se fundido ao Grupo Céu Estrelado, e durante a
Juliana, ansiosa, disse: — Não é..."Não! O que farei se você se for embora!"Juliana tentou falar, mas o segurança foi mais rápido do que um coelho.Ela permaneceu parada, observando Raul, que respirava com dificuldade na cadeira de rodas, e sem alternativa, se aproximou gaguejando: — O que devo fazer agora? Ou o que você precisa neste momento?Raul respondeu: — Fique de pé.— Ficar de pé?— Sim, ficar de pé está bom.Raul falou com uma voz fraca, e Juliana sabia no fundo que o melhor era não atrapalhar ficando de pé.Mas Raul já tinha ajudado ela tantas vezes, e vê-lo sofrer assim doía, ficar lá parada sem fazer nada parecia uma grande falta de gratidão.Lembrando como os auxiliares de enfermagem cuidavam dos pacientes no hospital, Juliana rapidamente disse: — Espere aí!— Srta. Juliana! — Raul tentou impedi-la, mas Juliana foi rápida e desapareceu num piscar de olhos.Enquanto Raul tossia, Juliana correu até a janela, abriu todas para ventilar o ambiente, e encontrou uma toalha
Raul lançou um olhar ao seu guarda-costas, que prontamente se aproximou de Juliana e disse:— Srta. Juliana, por favor, aguarde do lado de fora.— Certo. — Juliana, preocupada, lançou um olhar para Raul e, após sair, perguntou. — O Sr. Raul sofre muito com asma?— Asma? — Respondeu o guarda-costas.— É, ele acabou de... Não era asma?— O senhor frequentemente cospe sangue e tem dificuldades para respirar, mas nunca foi diagnosticado com asma.— Não tem asma? — Juliana expressou surpresa, se recordando da expressão de Raul, que parecia querer dizer algo enquanto ela o auxiliava no quarto.Retomando a conversa, Juliana questionou:— Então, o que acontece se alguém que não tem asma tomar medicamento para asma?— O quê? — Ainda confuso, o guarda-costas seguiu o olhar de Juliana, que estava fixo em Raul dentro da casa.Raul, diante das perguntas do médico, respondia com paciência, mantendo sua serenidade habitual.Após a consulta médica, Juliana entrou e questionou:— Sr. Raul, se o senhor
— Uma autoridade? Quem é? Eu mesmo vou falar com ele. — A expressão de Gustavo se tornava cada vez mais fria.Em Castanda, não existia ninguém influente que Gustavo não conhecesse, e Severino se sentia envergonhado. Desde a prisão de Juliana, ele não teve um momento de paz, mal conseguiu mandar Nicole, aquela mulher problemática, embora, e agora Gustavo surgia!Severino disse: — Presidente Gustavo, fique tranquilo. A Srta. Juliana está segura conosco, não haverá problemas. Assim que completarmos o processo, poderemos liberar a Srta. Juliana...Gustavo interrompeu: — Eu perguntei quem é essa autoridade?Gustavo pressionava cada vez mais, e Severino, suando frio, apenas conseguiu se aproximar de Gustavo e sussurrar: — Presidente Gustavo, você conhece essa pessoa, a Srta. Juliana já foi libertada sob fiança, por favor, não me crie dificuldades...Severino falava sinceramente.Juliana já havia sido levada embora, e ainda assim, continuavam a procurá-la, o que tornava a vida de Severino,
Juliana, que observava ao lado, ficou repentinamente tensa ao perceber o silêncio de Gustavo ao telefone.Ela supôs que Gustavo, ao receber a notícia da morte, estivesse satisfeito.Com o falecimento dela, o lugar de Sra. Costa certamente passaria a ser de Viviane.Como esperado, a voz mimada de Viviane ressoou do outro lado: "— Guto, de quem é essa ligação?"A chamada foi finalizada, e o tom de desligamento ecoou.Juliana sorriu ironicamente.Como previsto, apesar de saber da morte, Gustavo não demonstrou emoção alguma, afinal, Viviane era o amor de sua vida.Juliana sentiu como se tivesse resolvido um problema emocional. Justo quando fechou os olhos para deixar esse sonho, ela subitamente ouviu ao seu lado o médico repreendendo: "— Quem levou o sangue tipo A? Por que vocês não verificaram antes? Vocês sabem quem está deitada aqui?"Juliana abriu os olhos e viu o médico furioso. Juliana morreu, junto com o filho que carregava, ambos da família Costa, uma era a senhora Costa, e o out
"— Está bem, então subirei primeiro, Srta. Viviane, por favor, espere um momento."A enfermeira saiu da sala do necrotério, deixando Viviane sozinha.Viviane avançou e puxou o lençol branco, revelando o rosto pálido da mulher por baixo, com olheiras profundas e uma expressão exausta, nada parecida com a de uma moça rica.Juliana olhou para si mesma em sua vida passada e não pôde deixar de rir de si mesma. Naquela vida, por Gustavo, ela se torturou tanto que acabou tendo um fim trágico. Realmente, não valia a pena."— Juliana, não me culpe por ser cruel, apenas com a sua morte o lugar de Sra. Costa poderá ser meu."Viviane retirou o anel do dedo do cadáver e o examinou cuidadosamente.Juliana ainda se lembrava de que o anel havia sido presente de Nilda após sua gravidez, e Nilda até disse que a reconhecia como a única nora da família Costa. Agora, parecia que tudo não passava de uma piada.Viviane riu enquanto colocava o anel em seu próprio dedo:"— Nunca imaginei que Guto realmente da
Juliana disse:— O senhor já acordou?— O senhor já está de pé há bastante tempo. — Respondeu a empregada. — Srta. Juliana, deseja ver o senhor?— Acho que é hora de eu partir. — Juliana estava segurando as provas dos crimes de Bruno e poderia ir embora a qualquer momento, mas revelar isso equivaleria a enviar Bruno para a prisão.Enquanto isso, Bruno tinha acabado de acordar quando um som de batidas na porta ressoou.A empregada avançou, abriu a porta e viu o rosto de Juliana, dando um salto de susto:— Srta. Oliveira?Ao ouvir a voz da empregada, Bruno desceu as escadas, perguntando:— Quem está aí?Bruno avançou e viu que quem entrava pela porta era Juliana. Seu rosto endureceu por um momento, mas logo em seguida voltou ao normal.Ele correu até Juliana, com uma expressão preocupada, e disse:— Ju, como você veio parar aqui? O que aconteceu? A polícia já resolveu tudo?Juliana não respondeu a nenhuma das perguntas, apenas sorriu levemente e disse:— Tio Bruno, você realmente se preo