Alexandre tirou seu casaco e o usou para envolver o corpo de Juliana, protegendo ela em seus braços.— Gustavo, você é realmente desprezível. — A voz de Alexandre era fria, com um toque de raiva.Do lado de fora, Simão chegou um passo atrás de Alexandre, já ofegante, pois Alexandre tinha corrido escada acima sem esperá-lo.— Presidenta Juliana! — Exclamou Simão ao entrar. — Já chamei a polícia, eles chegarão em breve.— Chamar a polícia? — Gustavo esfriou o olhar, zombando de Alexandre. — Você está louco? Alexandre, que posição você acha que tem? Você lida com negócios ilegais! Como ousa chamar a polícia?Juliana também ficou surpresa e repreendeu baixinho:— Alexandre! Você sabe o que está fazendo?Ela não sabia se os negócios ilegais de Alexandre haviam se estendido a Castanda, mas se tivessem, chamar a polícia seria perigoso. Alexandre estava nesse ramo há muitos anos e deveria saber disso.Alexandre disse:— Um presidente sequestra a esposa à noite, com intenção de estupro, mas é p
"Parece que desta vez, Gustavo não deve ser punido."— Senhores, por favor, nos acompanhem até a delegacia. — A atitude do policial se tornou mais amigável, mas claramente esse não era o resultado que Gustavo desejava.Gustavo franziu a testa, e Marcelo disse friamente:— O chefe da polícia não explicou a situação para vocês?— O chefe da polícia já explicou a situação, mas ainda precisamos que os três venham conosco à delegacia para fazer uma declaração.A atitude do policial decidiu tudo, Gustavo rapidamente fixou seu olhar em Alexandre."Nisso tudo, é Alexandre quem está causando problemas?"Juliana também franziu a testa.Ela não sabia que o poder de Alexandre já havia se infiltrado em Castanda. Claramente, na vida passada, Alexandre só se estabeleceu em Castanda três anos depois, como ele já poderia ter tanta influência agora?— Estamos apenas agindo de acordo com a lei, por favor, Presidente Gustavo, não dificulte. — Após dizer isso, o policial fez um gesto de convite."Desta vez
Juliana não conseguia evitar o olhar de Alexandre, cujos olhos exibiam uma seriedade incontornável:— Eu não gosto de dever nada a ninguém, muito menos dívidas sentimentais. Juliana, meu coração pertence somente a você, pertenceu no passado, pertence no presente e continuará a pertencer no futuro.— Alexandre, eu não acredito em amor. — Disse Juliana, com um tom indiferente. — Se fosse no passado, talvez eu pudesse me apaixonar por você, mas agora, não quero me apaixonar facilmente por ninguém.As lições de uma vida passada já tinham sido dolorosas o suficiente, ela admitia que teve um breve momento de afeto por Alexandre, mas isso não era suficiente para arriscar a segunda metade de sua vida.A vida é preciosa, e ela, tendo conseguido uma segunda chance, definitivamente não se perderia no amor.Alexandre respondeu:— Tudo bem, então eu ficarei ao seu lado até o momento em que você me aceitar.— Você...Juliana estava prestes a continuar, mas o motorista entrou no carro naquele momento
Kelly, ao ouvir a promessa de Nilda, se sentiu aliviada:— Sim, Sra. Nilda!A viatura policial percorreu as ruas por meia hora, antes de chegar devagar ao distrito policial.Ao descer do carro, o rosto de Gustavo estava carregado, e Marcelo ao seu lado também reprimia sua ira.O motorista propositalmente tomou um caminho mais longo, evidente para que os cidadãos notassem a viatura os transportando, buscando provocar mais atenção pública e discussão, intensificando o impacto do acontecimento. Como Alexandre pôde recorrer a uma estratégia tão desonesta?— Sr. Alexandre, Srta. Juliana, por favor, desçam.Em outra viatura, Juliana saiu envolvida no sobretudo de Alexandre, e seus olhares encontraram os de Gustavo friamente.Gustavo lançou um olhar a Alexandre e disse friamente:— As estratégias do Sr. Alexandre são realmente elaboradas, agora vejo.Alexandre, sem falsa modéstia, respondeu:— Comparado ao Presidente Gustavo, minhas estratégias são um tanto mais refinadas.— Sr. Gustavo, por
— Espere aí. Alexandre interrompeu Nilda de repente, que, confusa, se virou, encarando Alexandre com desprezo:— O que foi? Você é apenas um jovem insignificante, um mero filho ilegítimo da família Ferreira. Você também quer me dar lições?Alexandre respondeu:— Você está certa.Essas palavras aparentemente descompromissadas de Alexandre, surpreenderam profundamente Juliana.Nilda era uma senhora idosa e em Castanda, ela também era uma figura influente, diferentemente dos homens que competem no mundo dos negócios, isso era um assunto entre mulheres, mas Alexandre ainda assim ajudou Juliana.Nilda lançou um olhar para Alexandre, depois olhou para Juliana e disse:— Entendi, vocês estão juntos, conspirando! Juliana, então você já traiu Guto e estava com Alexandre? Não é à toa que você queria tanto o divórcio, porque achou um homem melhor!Juliana respondeu:— Sra. Nilda, eu respeito você como minha mais velha, por isso que normalmente te deixo em paz, por favor, não cause problemas sem
— Você... Que atitude é essa? — Nilda nunca tinha sido tratada com tanta impaciência por um estranho, uma humilhação que a fazia tremer no peito.Um policial ao lado falou:— Eu já fui muito educado com você! Desde que entrou, quer ver o chefe da polícia, você acha que qualquer um pode ver o chefe da polícia? Você realmente não está sendo razoável!— Você... — Nilda apontou para a pessoa à sua frente, com as mãos tremendo.— O que você pensa que está fazendo? Este é um departamento de polícia! Não é lugar para você fazer escândalo!Nilda ficou tão irritada que seus olhos se turvaram.Vendo isso, Alexandre levantou uma mão, interrompendo o policial.Alexandre disse calmamente:— Devemos tratar os idosos com o respeito que merecem.O policial respondeu:— Sr. Alexandre está correto, foi uma falha na minha atitude.Alexandre sorriu de canto:— Já que a Sra. Nilda quer ver o chefe da polícia, então chame ele aqui.— Certo, Sr. Alexandre, vou ligar para o chefe agora mesmo. — O policial sai
Nilda não esperava que Severino fosse tão inflexível e imediatamente arregalou os olhos.— Você...— Delegado Severino, não se irrite. — Disse Alexandre, calmamente ao lado. — Gustavo é uma pessoa de status, prendê-lo assim realmente não parece adequado. Acredito que, após o depoimento,caso não haja nada contra ele, deveríamos soltá-lo.Ao ouvir isso, Severino concordou repetidamente:— O Sr. Alexandre está correto, vamos proceder como ele sugere.Nilda, ao ver essa cena, ficou instantaneamente com uma expressão bastante desagradável.Alexandre mudou o tom e disse:— Contudo, a Sra. Nilda parece desconhecer os protocolos, seria bom que seus subordinados a instruíssem adequadamente.Nilda sentiu um frio subir pela espinha, fazendo ela estremecer involuntariamente.Kelly franziu a testa e disse:— Sr. Alexandre, a Sra. Nilda já tem uma certa idade, não seja tão severo!Alexandre ignorou completamente Kelly. Severino, ao perceber isso, imediatamente interveio:— Quem é você? A Sra. Nilda
— Guto! Você ficou louco? — Exclamou Nilda, empalidecendo. Até Kelly, que ainda tentava encontrar uma maneira de absolver Gustavo das acusações, ficou constrangida.Ela havia reunido coragem para dizer aquelas palavras, mas uma frase curta de Gustavo a transformou em motivo de piada aos olhos dos presentes.Em um instante, lágrimas brotaram nos olhos de Kelly.Nilda, furiosa, gritou:— Juliana, o que você fez para enfeitiçar meu neto a ponto de fazê-lo dizer tais coisas?— Vovó, isso não tem nada a ver com ela. — Disse Gustavo, com seu olhar ardente se desviando de Juliana.Um dos policiais falou:— De acordo com o depoimento do Sr. Gustavo, os responsáveis pelo sequestro de Juliana são os familiares dela, Hélio e Sofia.Severino ordenou:— Então, vamos prender Hélio e Sofia imediatamente!— Sim, Delegado Severino.Vários policiais partiram juntos.Gustavo, do começo ao fim, não tentou se defender.Nilda, rangendo os dentes, disse:— Guto, por causa de uma mulher, você está disposto a