Ao ver Mariana com aquele vestido, a inquietação de Lucas só aumentou.Afinal, já faziam quase três semanas que não estavam juntos.Ainda assim, ele não esperava que, apesar de estar na plena juventude, apenas olhar para Mariana despertaria nele um desejo incontrolável.Ele até esqueceu de Joana, que estava ao seu lado.Mas não conseguiu soltar o pulso de Mariana e, sem pensar, virou-se para Joana e disse apressadamente:— Espere aqui.Em seguida, puxou Mariana consigo e saiu.O organizador da festa era um velho conhecido de Lucas. Como já havia estado em outros eventos semelhantes, sabia exatamente para onde ir e levou Mariana diretamente ao andar de cima, onde havia salas de descanso.Enquanto subiam, algumas pessoas os observaram.A união entre a Família Oliveira e a Família Silva, embora discreta e sem cerimônia de casamento, era conhecida no círculo social da elite.Muitos tinham visto Lucas aparecer publicamente com Joana várias vezes, especulando que o papel de Mariana como espo
O homem ignorava completamente os sentimentos dela, e isso era uma humilhação para Mariana. Contudo, seu corpo traía sua própria vontade, ansiando por aquele homem.Os dedos longos de Lucas deslizaram para mais perto, enquanto seu hálito quente se misturava ao ouvido dela.— Já está molhada...Antes que ele terminasse a frase, Mariana cravou os dentes o pomo de adão dele.Lucas soltou um gemido de dor, o corpo reagindo ao impulso.Aproveitando que Mariana deixou escapar um suspiro, Lucas a beijou, avançando sem hesitação.Só então Mariana voltou a si, se debatendo como uma leoa indomável, tentando socar e chutar.Lucas poderia facilmente contê-la, mas nunca a machucaria. Com ela se debatendo assim, ele simplesmente não conseguia continuar.— Mariana! — ele rosnou. — Fique quieta!— Lucas! — Mariana o encarou furiosa. — Chamar você de animal não é exagero nenhum. Você só pensa nisso o dia todo?— Eu sou homem — respondeu Lucas, irritado. — Tenho necessidades!— Você não sabe a diferença
Mariana pensou nas vezes em que ela e Lucas faziam sexo, ele sempre a levava ao ápice do prazer.Mas Lucas nunca sabia a hora de parar, a exaurindo até o limite.Por isso, ela sentia uma mistura de amor e ódio.Mariana o empurrou: — Cala a boca!Vendo que ela estava irritada, Lucas teve ainda mais certeza de que estava certo.Os dois ainda discutiam quando ouviram batidas na porta.Era Luísa do lado de fora, chamando: — Mariana? Você está bem?Mariana respondeu em voz alta: — Estou bem.Ela disse isso e já ia sair quando Lucas a puxou de volta.— O que está fazendo?Lucas tirou seu próprio casaco e o colocou nos ombros dela: — Ou você vai direto para casa agora, ou usa minha roupa.Mariana cerrou os dentes, lançou-lhe um olhar fulminante, ajeitou o casaco e saiu.Lucas deu um passo largo e a seguiu para fora.Ao ver Mariana sair, Luísa finalmente ficou aliviada.Naquele momento, um garçom passou, e Mariana pegou um suco e entregou um a Luísa também.O garçom fez uma leve
Joana estava, na verdade, totalmente lúcida. Ela seguiu as instruções do homem misterioso ao celualr e calculou o momento exato para dizer que não estava se sentindo bem.Pois, nesse momento, Lucas já havia bebido a bebida com a substância.Assim que entrou no quarto, Lucas logo começou a sentir os efeitos. Seus olhos estavam vermelhos, e ele parecia confuso, sem conseguir reconhecer as pessoas.Joana não esperava que o efeito da substância fosse tão rápido e intenso. Já deitada na cama, com Lucas sobre ela, sentindo o corpo forte dele e o perfume que deixava qualquer mulher encantada, Joana quase se deixou levar.Mas, de repente, a porta se abriu!Joana ficou apavorada. Ela sempre sonhou em fazer sexo com Lucas, mas nunca pensou que isso aconteceria na frente de outras pessoas.Ela ficou em choque por um instante e, ao voltar a si, viu o olhar incrédulo de Mariana.Imediatamente, Joana disse: — Lucas, não… não aqui. Vamos para casa…Luísa também viu o que estava acontecendo e
Agora mesmo ele estava em cima de Joana, e agora estava tentando se aproximar de Mariana!Mariana encostou-se nele e sentiu o calor anormal que emanava de seu corpo.— Tire ela daqui — ordenou Mariana, enquanto tentava segurar as mãos inquietas de Lucas e falava com Paulo. — E traga um balde de água gelada, o mais fria que puder.Paulo não teve a menor pena de Joana e a jogou porta afora, fechando-a em seguida. Em seguida, foi ao banheiro pegar a água.Luísa percebeu que algo estava errado e perguntou:— Mariana, o que está acontecendo com ele?— Deve ter bebido alguma coisa — Mariana respondeu. Ela já tinha ouvido falar de situações assim, mas era a primeira vez que via. — Não está vendo que ele está agindo como se tivesse perdido a noção?Paulo voltou com um balde de água gelada:— Como vamos fazer isso?Mariana deu alguns tapinhas nas costas de Lucas para acalmá-lo, e o homem, antes tão agitado, tornou-se mais dócil.Mariana explicou:— Quando eu me afastar, jogue a água
O rosto dele escureceu um pouco:— Quem fez isso?Mariana olhou para ele com um sorriso irônico:— Você pergunta para mim? O que foi, acha que fui eu?Lucas não respondeu, ele não era bobo e sabia que Mariana não faria uma coisa dessas.Ele queria, mas Mariana nunca deu, muito menos forçaria a situação entre eles.Mariana perguntou:— Já adivinhou quem foi?Lucas de repente perguntou:— O que aconteceu com meu rosto?Ele só sentia algo gelado antes, mas agora sentia dor.Mariana tentou segurar o riso.Lucas estava todo molhado agora, com o cabelo pingando, e o rosto inchado onde Paulo havia acabado de lhe dar um soco.Se não fosse pelo fato de ser bonito, aquela cara estaria horrível.Mariana disse:— Vamos.Lucas ainda estava meio lento para reagir:— Pra onde?— Para o hospital, para onde mais! — Mariana lançou um olhar irritado para ele. — Quem sabe se isso não tem outros efeitos colaterais!Lucas estava sentado na beira da cama:— Me ajuda a levantar.Mariana eng
Lucas saiu sem olhar para trás.No caminho para deixá-la em casa, Paulo comentou:— O monitoramento não encontrou nada suspeito, com certeza alguém planejou tudo antecipadamente. Esse tipo de esquema… Não parece coisa que Joana conseguiria fazer.Mariana estranhou:— Não foi a Joana? Então quem poderia ser? Qual o objetivo? Queriam fazer Lucas passar vergonha?— Se não foi Joana, realmente fica difícil entender o que a outra pessoa queria. Será que… essa coisa não era destinada ao Lucas?Nesses eventos, há todo tipo de transação oculta. Se Lucas bebeu sem querer, até que seria possível.Mariana apertou as têmporas:— Deixa pra lá, não importa mais.Ela perguntou:— E Joana?— Estava choramingando, estava me irritando, então mandei alguém levá-la pra casa.Mariana suspirou:— Que situação...— Esse tipo de homem, você ainda tem esperança? — Paulo rangeu os dentes. — Ele é um lixo!Mariana disse:— Eu sei o que estou fazendo.— Sabe nada! Anos nisso e ainda quer se rebaix
Lucas, usando uma máscara, olhou para Joana.Joana piscou rapidamente e disse:— Eu realmente não queria te incomodar, mas eu não sei mais o que fazer. Lucas, você pode me ajudar? Se não puder, tudo bem… é culpa minha, uma irmã incapaz…— Não se subestime. — Lucas falou com a voz um pouco rouca. — Eu resolvo.Joana soltou um “ai” e exclamou:— Lucas, você está constipado?Lucas já sabia desde ontem que, com certeza, alguém o tinha agredido. Só de pensar, já dava para adivinhar quem teria coragem de encará-lo.Depois ele juntou as peças do que tinha acontecido. Sabia que quase foi “pego em flagrante” por Mariana, ainda que não fosse sua intenção, ele também era uma vítima. Mas, se Paulo o tivesse socado para aliviar a raiva de Mariana, ele aceitaria aquele golpe.Além disso, depois de ser jogado num balde de água fria e ainda ter ido para o hospital, mesmo com sua resistência, Lucas não aguentou e acabou pegando uma constipação.A bofetada, a água fria… ele não ia esquecer essa