— Não seja modesta! Na época, você foi uma das principais na nossa escola nas olimpíadas de física e química! As melhores universidades queriam te dar uma vaga garantida, mas você recusou e preferiu passar no vestibular sozinha.Renato não pôde deixar de comentar: — Mariana é realmente incrível!— É mesmo, muito incrível! — Anderson também falou.Na verdade, ele tinha um bom desempenho, mas estava longe de ser o suficiente para uma vaga garantida.Mariana sorriu e disse: — Naquela época, não tinha mais nada para fazer, então coloquei toda a minha atenção nos estudos.Na verdade, ela só pensava que, se fosse ainda mais excelente, talvez seus pais gostassem mais dela.Mas a realidade provou que, por mais que ela se esforçasse, Mário e Mónica não a aceitavam.Enquanto caminhavam mais adentro, não havia muito tempo para conversar, mas naquele curto trajeto, Anderson já havia se encantado por Mariana.Ele não conseguia evitar de vez em quando olhar para ela de soslaio.Renato percebeu e fic
Mas agora, uma garota que só existia em suas imaginações estava ali diante dela.Não, era ainda mais bonita do que ela havia imaginado.Ela havia pensado em como seria sua filha, se pareceria com ela ou com o marido. Mas nunca imaginou que uma menina pudesse reunir todas as qualidades boas de ambos, ela e o marido.Isso era algo que ela nem sequer ousava imaginar.Não sabia por que, apenas ao ver aquela senhora, Ana sentiu uma sensação intensa.Essa sensação era difícil de explicar, mas estava agitada no fundo do seu coração, provocando um alvoroço emocional.— Mãe...Renato chamou - a.Ela não ouviu, só estava olhando fixamente para Mariana.Mariana também não conseguia ver mais ninguém, apenas aquela mulher.Ao olhar para Renato, Mariana não sentia muita coisa.Mesmo sabendo que Renato era seu irmão mais velho, a surpresa de Mariana era maior que a alegria.No entanto, neste momento, ao ver aquela senhora, não sabia por que, Mariana se sentia profundamente ofendida e de repente senti
Mariana secou as lágrimas dela: — Pare de chorar, mãe. Eu... Eu voltei e não vou mais embora.Essas palavras fizeram com que as lágrimas de Ana, que haviam acabado de parar, começassem a cair novamente.Mariana também sussurrou um soluço, e as lágrimas estavam rolando em seus olhos: — Você, você... Mãe, pare de chorar...Ana abriu os olhos muito largos, as lágrimas escorregavam para baixo e novas lágrimas estavam se acumulando: — O que você me chamou?— Você é minha mãe. — Mariana olhou para ela chorando: — Mãe, eu voltei. Desculpe por fazer você esperar por tantos anos...— Minha filha!Ana abraçou Mariana e começou a chorar alto novamente.Mariana estava prestes a abraçá-la quando ouviu o som desaparecer repentinamente.Ana ficou tão emocionada que desmaiou!Todos ficaram assustados.Felizmente, Mariana era médica. Depois de fazer um exame e tratamento simples, Ana acordou.Antes de abrir os olhos, ela disse: — Minha filha, minha filha...Mariana segurou sua mão: — Mãe, estou aqui. E
Anderson também se abaixou:— Didi, eu sou o seu irmão mais velho. De agora em diante, nós dois somos irmãos!Diego respondeu:— Eu sou Diego.Anderson perguntou ao pai:— Papai, o sobrenome da tia e do meu irmão...Renato lhe lançou um olhar de reprovação.Será que esse é o momento apropriado para falar sobre isso?Além disso, agora que ela voltou, o sobrenome não é o mais importante. É apenas um identificador. No entanto, é preciso considerar a opinião de Mariana. Se ela quiser mudar, ótimo. Se não quiser, também não importa.Essas formalidades não são relevantes para a família Marques. Era como Mário pensava, e Renato compreendia bem isso. Ele simplesmente acreditava que, afinal, a família Silva criou Mariana, e a família Marques certamente não teria coragem de entrar em conflito com eles. Afinal, a família Marques preza pela reputação e honra. Sendo uma família tão influente e com Renato envolvido na política, essas questões eram cruciais.No entanto, isso era apenas o que ele pens
Ana se apressou a chamá-lo com a mão: — Didi, venha cá. Diego se aproximou dela. Ela fez a criança sentar-se ao seu lado e disse: — Olha só, nosso Didi, dá para ver que é um menino educado. Cresceu com a mãe, com certeza passou por muita coisa. Mas agora a vó vai te mimar, além do tio e do irmão. Nós não vamos deixar você sozinho nunca mais.Diego respondeu educadamente: — Obrigado, vó.Lucas não conseguiu ficar quieto: — Sra. Ana, antes fui eu...Mariana interrompeu-o: — Vamos deixar o passado para trás, não vale a pena falar mais nisso.Depois olhou para Ana: — Mãe, com tanta alegria hoje, não seria legal celebrar um pouco?Ana já se sentia muito feliz só de ouvir Mariana chamá-la de mãe.— Comemorar! Temos que comemorar! — Ana disse e olhou para Renato: — Renato, mande alguém trazer todas as coisas da sua irmã!Renato disse: — Ok, vou mandar agora.Mariana ficou curiosa: — Que coisas?Ana disse: — São suas coisas. Nossa família tem uma tradição. Cada criança, desde o nascimento, te
Quando ela disse isso, a espinha de Lucas se retesou imediatamente.Mariana ficou surpresa e olhou para ela: — Mãe, isso... Vamos não falar disso agora, ok?— Não há ninguém estranho aqui. O que não se pode falar? — Ana disse. — Você está solteira agora. Claro que tem o direito de escolher um parceiro.— Mãe. — Mariana sorriu tristemente. — Eu não quero pensar nisso agora.Renato também disse: — Mãe, vamos falar disso depois. Hoje é um dia tão feliz. Vamos falar de outra coisa.Ana olhou para Lucas e assentiu: — Ok. Mas no futuro, o casamento de nossa Mariana deve ser tratado com muita cautela.Depois de terminar a refeição, a atenção de Ana finalmente se desviou de Mariana para Diego.Mariana novamente viu o encanto do afeto dos idosos pelas gerações mais novas. Antes, ela sempre achava que o casal Gustavo e Afonso já dava muito carinho a Diego. Mas depois de ver o jeito de Ana com Diego, Mariana soube que talvez não haja limite para o carinho dado às crianças.À noite, Ana quis ficar
Ela sentiu um aroma familiar e frio.Era Lucas.— Por que está sozinha aqui?Mariana estava sentada, com as pernas encostadas no peito, e sua figura de costas parecia um pouco solitária.— Por que você não foi tomar banho nas águas termais? — Perguntou ela.— Você quer ir? Posso te acompanhar. — Lucas respondeu.Mariana balançou a cabeça.— Não quero.— Então, eu também não quero.Ela olhou para ele e inclinou a cabeça.— Não se preocupe com o que os anciãos disseram hoje.— Eu entendo o que eles sentem. — Lucas respondeu.Mariana voltou a olhar para a mata de taquaras e assentiu.— Mariana... — Lucas quis segurar sua mão, mas no fim, não se moveu. — Não... não olhe para outros.Ela não entendeu imediatamente e inclinou a cabeça.— O quê?— É que... Se sua mãe te mandar para um encontro arranjado... — Lucas abaixou os olhos. — Você pode não ir?O coração de Mariana, que antes estava cheio de tristeza, pareceu receber um raio de luz.Ela sorriu.— Minha mãe não me mandaria para um encon
Ana disse:— Mariana, a mamãe só quer te proteger. Naquele tempo, você criou seu filho sozinha, deve ter passado por muita coisa! Tudo isso foi culpa dele!— Mãe, eu poderia ter abortado, mas escolhi ter o bebê porque sabia que conseguiria cuidar dele. O Didi trouxe muita alegria e calor para a minha vida, nunca me senti sofrendo.— Minha menina, eu nunca vou te obrigar a nada, muito menos interferir no seu coração. Mas agora você é filha da família Marques, precisa saber que a mamãe está aqui para te dar apoio, tá bom?Mariana se apoiou no ombro dela.— Eu sei. Obrigada, mãe.— Minha filha querida...Na manhã seguinte, Ana preparou pessoalmente uma refeição caseira para Mariana.Renato e Anderson também estavam lá.— Há quanto tempo a vovó não cozinha, hein? — Comentou Anderson. — Só me lembro de quando eu chorava quando criança, e ela fazia uns docinhos especiais para mim.Ana riu.— Até comendo você não para de falar!— A comida da vovó é deliciosa! — Afirmou Diego.Ana acariciou os