Isso era uma questão de dinheiro?Mariana se desvencilhou dele com um movimento brusco:— Escolhe sozinho!Lucas a puxou de volta para seus braços, com um sorriso travesso:— Se você não me ajudar a escolher, como vou saber do que você gosta? Olha só esse brinquedo em forma de pênis... tem até um feito de jade, dizem que faz bem pro corpo...Mariana perdeu a paciência:— Cala a boca!— Fica quietinha. — A voz de Lucas carregava um tom divertido. — Senão, mando embalar tudo e levar pra casa.Ele era maluco o suficiente para realmente fazer isso, e Mariana sabia disso. Respirando fundo, ela bufou:— Tá bom, eu escolho.Pelo menos assim as coisas não sairiam tão do controle.Lucas, satisfeito por ter conseguido o que queria, soltou-a:— Certo.Na verdade, ele nunca foi muito fã de usar brinquedos. Para ele, isso era até engraçado ele mesmo ainda não tinha tido diversão suficiente; por que deixaria algo assim tocar no corpo de Mariana? A intenção era só provocá-la. No entanto, algumas roup
Não era como se Mariana não tivesse dinheiro para pagar, mas ela realmente não esperava que algo assim pudesse custar tão caro.Quando os dois saíram da loja, Mariana fez um juramento silencioso: nunca mais voltaria ali!Lucas, percebendo o humor dela, explicou:— Os tecidos são todos de seda pura, e os desenhos são feitos à mão. Por isso o preço é um pouco mais alto.Mariana, mal-humorada, soltou uma risada sarcástica:— O Sr. Lucas parece entender muito bem dessas coisas, hein?Lucas tinha ouvido alguém comentar sobre isso outro dia. Curioso, perguntou mais detalhes e, claro, explicaram tudo para ele. Entendendo a provocação, ele respondeu com naturalidade:— É pra você usar. Claro que eu precisava saber se a qualidade é boa.Mariana cerrou os dentes, irritada:— Ah, muito obrigada pela consideração!Lucas, satisfeito por ter conseguido o que queria, sugeriu:— Vamos almoçar juntos?Com toda a demora na loja, já havia passado da hora do almoço.Mariana respondeu:— Já marquei com alg
Mariana ainda estava surpresa por Lucas realmente ter insistido em acompanhá-la no almoço. Para ser sincero, até o próprio Lucas achava que seu comportamento naquele momento era estranho. Mas ninguém estava mais chocado do que os outros três.Luísa arregalou os olhos, claramente surpresa.Paulo ficou paralisado por um segundo, mas logo recuperou a compostura:— Como é que tem gente que aparece sem ser convidado?O tom da voz dele ficou frio, e seus olhos carregavam uma evidente hostilidade.Lucas, ao notar o olhar de Paulo, devolveu com a mesma intensidade:— E desde quando esse restaurante é só seu? Foi sua família que abriu?Mariana interveio rapidamente:— Já chega, os dois. Falem menos, por favor.Paulo não respondeu, mas sua expressão mostrava irritação. O problema era que Mariana nunca interrompia Paulo quando ele falava. Porém, bastava Lucas abrir a boca, e ela já pedia para que ele se calasse. A parcialidade dela não passou despercebida por Lucas, que ficou ainda mais incomodad
— Engraçado. — Paulo disse com o rosto fechado. — Ainda bem que foi só cenoura. Não faz mal. Agora, se fosse amendoim e Mariana fosse alérgica, poderia ser algo fatal.Lucas ficou desconcertado. Como ele podia saber que Mariana não comia cenoura? Tentando disfarçar, ele riu com ironia:— E você sabia que ela não come, mas pediu mesmo assim?Luísa, com uma voz baixa e tímida, respondeu:— Fui eu que pedi. Eu gosto.Lucas sentiu uma irritação crescendo por dentro. Ele só queria mostrar a proximidade que tinha com Mariana, mas terminou se expondo ao ridículo. O apetite que já era pequeno, desapareceu por completo.Mariana, percebendo o clima pesado, interveio:— Eu posso comer cenoura, só não gosto muito. E, em encontros como esse, é natural que a gente tente acomodar os gostos de todo mundo.Camila riu e comentou:— Mariana está certa. Mas tem gente que, mesmo sem saber das preferências dos outros, quer bancar o apaixonado. É realmente muito engraçado.Lucas, observando a situação, penso
Paulo saiu do banheiro e viu Lucas encostado na parede, fumando. Ele lavou as mãos com calma, pegou uma toalha de papel e começou a secá-las.Lucas lançou um olhar para ele e falou:— Você acha que conhece bem a Mariana, não é?Paulo fez uma breve pausa no que estava fazendo, mas logo descartou o papel e respondeu com um sorriso leve:— Pelo menos eu sei que ela não gosta de cenoura.Lucas soltou um riso seco:— Essas coisas são irrelevantes. Detalhes bobos. O que você sabe de verdade sobre ela? Sobre sua personalidade, seus verdadeiros gostos?Paulo deu de ombros e se aproximou, parando ao lado de Lucas. Os dois tinham praticamente a mesma altura, e seus olhares se cruzaram com uma tensão evidente.— Saber o que ela gosta de comer, o que não gosta, sua cor preferida, o estilo de roupa que ela prefere... pode parecer irrelevante para você, Sr. Lucas. Mas, para mim, são essas coisas que realmente importam. — Paulo falou com calma, mas com firmeza. — Mariana é uma pessoa única, construíd
Mariana sorriu:— Se não me engano, há alguns anos, do segundo dia do Ano Novo até o dia 15, eu raramente via o Sr. Lucas em casa. Eu te disse alguma coisa?Naquela época, Lucas tinha muitos compromissos e, além disso, ele nunca se preocupava com os sentimentos da Mariana.Este ano, não sabia o que tinha acontecido, mas ele estava sempre querendo ficar perto dela. Mesmo sem ter nada para fazer, parecia gostar de estar ao lado dela o tempo todo.Só que Lucas mesmo não percebeu isso.— Você também disse que foi há alguns anos. — Lucas disse. — Este ano é diferente. E acho que o Gustavo também deve querer que a gente fique em casa com ele.— Hoje já está combinado, não tem como. — Mariana disse. — Depois de amanhã, eu folgo, aí posso ficar em casa com o Gustavo.— Você tem que ir?Vendo a expressão dele, Mariana não teve como:— Não posso voltar atrás com a palavra dada.— Então, tá bom. — Lucas disse. — Também vou.Mariana não conseguia acreditar:— Você vai fazer o quê? É uma reunião de
Quando os dois saíram, Paulo já tinha pago a conta. Camila disse:— Como sinto que o Lucas está um pouco diferente de antes?Luísa respondeu:— Diferente? Ele sempre foi tão insuportável.Camila balançou a cabeça:— Antes, ele tratava a Mariana com total indiferença. Agora…Paulo disse:— Não é porque ele não é indiferente que ele está realmente prestando atenção.— Não vou nem falar de outras coisas, mas essa do Joana, ele realmente faz as pessoas odiarem-no! — Disse Luísa, irritada.Camila sorriu:— O calor ou o frio no casamento é como a água que a gente bebe, só quem bebe consegue sentir. Não sei se a Mariana vai conseguir tomar a decisão definitiva dessa vez.Paulo olhou para dentro:— Como eles ainda não saíram?Camila olhou para ele:— Você não pode ser mais corajoso, ao menos uma vez?Paulo franziu a testa:— Não fale bobagem.Luísa balançou o braço de Camila:— Bebê, não fala mais nada, vai que a Mariana ouve.— Tudo na vida a gente tem que tentar, se não tentar, como vai sabe
— Então você pode chamar de outro jeito. Isso é um apelido, todo casal tem.Mariana deu uma risada sarcástica:— Mas eles são um casal de verdade, casados e felizes. Você esqueceu que nós dois estamos fingindo ser um casal? O rosto de Lucas imediatamente ficou sério.A partir daí, nenhum dos dois falou mais nada.Quando chegaram na casa de Camila, os outros estavam bem à vontade, só Lucas estava sentado no sofá, com a cara fechada, sem ninguém falando com ele.Paulo foi para a cozinha fazer o jantar, e Camila levou Mariana e Luísa para conhecer o seu quarto.— O que será que aconteceu com o Lucas? — Camila teve a oportunidade de perguntar. — O que ele está fazendo?Mariana balançou a cabeça:— Também não sei.Luísa comentou:— Ele nunca quis brincar com a gente antes.— Quem quer brincar com ele? — Camila disse. — Acho que ele está querendo algo.— O que ele quer? — Mariana perguntou, confusa. — Temos algo que ele quer aqui?— Isso, não sei. — Camila respondeu. — Mariana, ele tem se c