Depois de ser “castigada” por Lucas, Mariana já estava sem forças para reagir. Ele saiu do quarto revigorado, enquanto ela ficou estendida na cama, sem vontade de mover um músculo.Esse homem era implacável. Aquele ritmo frenético… era como se ele quisesse realmente deixá-la presa ali, sem conseguir se levantar.Agora, Mariana entendia bem as consequências deo que ganhava por manter a língua afiada.Arrependeu-se amargamente por sua provocação. No fim das contas, quem saía perdendo era sempre ela.Lucas tinha ido embora, mas agora restava o problema: como ela ia descer e encarar o Gustavo?Sem escolha, Mariana levantou-se e, com a cara mais lavada possível, desceu. Felizmente, Gustavo não estava em casa; ele havia saído para dar uma volta pela vizinhança.Ela rapidamente pegou o carro e partiu.Ainda bem que não encontrou Gustavo, mas só de pensar no que Lucas havia aprontado, ela estava com uma vontade imensa de esganá-lo.Ao chegar no hospital, Mariana ainda estava raiva evidentebufa
Lucas imediatamente olhou para o motorista:— Aumente o aquecedor, por favor.Mariana balançou a mão:— Não é isso, Ceia. Colocaram perfume aqui no carro?Por cousaconta do trabalho, Mariana não usava acessórios nem perfumes fortes enquanto estava no hospital. Assim que entrou no carro, notou um perfume intenso.Lucas cheirou o ar, mas não sentiu nada.O motorista respondeu rapidamente:— Não, Srta. Mariana. Não colocamos nada no carro.— Que estranho… — Mariana franziu o nariz e olhou para Lucas.O motorista, que estava à frente, manteve os olhos na estrada, atento para não se envolver na conversa. Ele não se atreveu a dizer que o cheiro vinha de Lucas.Mariana também percebeu. Aproximou-se, apenas inclinando a cabeça para o lado dele e logo se afastou.Lucas nunca usava perfume. De onde vinha aquele cheiro? Só podia ser… de Joana.O perfume de repente ficou ainda mais enjoativo para Mariana. Ela abriu a janela, deixando o vento gelado invadir o carro com força.Lucas estremeceu com
Lucas acabou indo lá fora tirar o casaco, e só então Gustavo permitiu que ele entrasse.— Aqui em casana nossa casa nunca tivemos esse tipo de cheiro. — Gustavo lançou-lhe um olhar severo. — Você andou atrás de outra mulher lá fora?— Não, vovô. Pode ter sido um descuido. Vou subir primeiro. — Lucas tentou se esquivardesviar.Ao chegar no quarto, encontrou a porta trancada. Ele bateu, e Mariana respondeu lá de dentro:— Só um instante.Alguns minutos depois, ela abriu a porta, vestindo um conjunto de roupa de casa, simples e sem estampas. Passou por ele com a clara intenção de descer, sem nem ao menos dar uma chance para ficarem sozinhos.Lucas segurou o braço dela:— Sobre o cheiro…Mariana o interrompeu:— É bom, bem caro, até edição limitada. É só que meu olfato é inferior, não consigo apreciar.E lá vinha ela de novo.Lucas, antes, nem sabia que Mariana podia ser tão sarcástica, ao ponto de deixá-lo com os nervos à flor da pele. Agora, parecia que ele enfrentava isso todos os dia
Ela se virou e viu Lucas estava ajoelhado na cama, segurando seus tornozelos firmemente.Do outro lado da linha, sua amiga JiLuísa perguntou:— O que aconteceu, Mariana?Não podia simplesmente dizer que o "cachorro" do Lucas a segurou e parecia querer algo a mais, certo? Mariana rapidamente respondeu:— Nada, preciso desligar. Falo com você depois.Ela jogou o celular de lado, e o homem já estava sobre ela, seu hálito quente roçando atrás de sua orelha e provocando arrepios.— Lucas!Ele respondeu, num tom divertido:— Estou aqui, não precisa gritar tão alto.— Sai de cima! — Mariana tentava se mexer, mas ele a imobilizava. — O que pensa que está fazendo?— O que você acha? — Lucas enfiou a mão por debaixo da blusa dela. — Todo dia fazia a mesma coisa, todo dia a mesma pergunta.— Some daqui! — Mariana tentou chutar, agitando os pés. — Não me toqueca!— Só quero provar que não estou dormindo com mais ninguém. — Lucas murmurou. — Estou dando tudo para você… não sobra nada para os outros
Visto que Lucas já tinha visto o frasco, Mariana simplesmente adotou uma postura calma:— Está escrito no rótulo, Sr. Lucas. Não sabe ler?O tom desdenhoso e indiferente dela fez a raiva de Lucas crescer ainda mais:— Mariana!Mariana achou a ira dele totalmente sem sentido.— Não foi você que disse que não queria filhos? Que já foi um sacrifício aceitar-me como sua esposa, e que eu não devia ter nenhuma outra expectativa? — Mariana respondeu com serenidade, relembrando as palavras de Lucas.Lucas ficou surpreso por um instante:— Eu... Quando foi que eu disse isso?Ela lamentou por não ter gravado na hora.Não era que ele tivesse memória ruim; pelo contrário, Lucas tinha uma mente brilhante, com tudo sempre à mão. Se ele dizia que não lembrava, era porque preferia não se lembrar. No fundo, era apenas mais uma prova de que ele nunca a levou a sério.Mariana sentiu uma pontada de amargura e esboçou um sorriso forçado:— Você disse sim, e, de qualquer forma, sempre foi o que pensou. Se
Mariana abriu os olhos, olhando para ele em total descrença.Que tipo de lógica era essa? Seriaá que o cérebro dele tinha sido aplainado com cimento?— Acertei em cheio, não foi? — Lucas viu sua expressão e sentiu-se ainda mais satisfeito. — Vou te dizer uma coisa, Mariana: não ouse sequer pensar nisso! Quer tomar remédio? Pois tome, e tome certinho, sem faltar um único dia!Ele terminou de falar e se levantou da cama com um ar de triunfo, olhando para ela de cima:— Desta vez, vou lembrar bem do que eu disse.Mariana também o olhou, mas seus olhos transbordavam tristeza e sarcasmo. Era como se estivesse rindo de si mesma, sentindo pena de si mesma.— Que tipo de olhar é esse? — Lucas notou e não gostou nada.Ele subiu de volta na cama, a pressionando-a novamente:— Já que você está tomando remédio, não vamos desperdiçar, certo? Hoje à noite, quantas vezes a gente quiser, sem preocupação.Sua voz estava cheia de escárnio e satisfação, como se ele fosse um rei vitorioso, saboreando o tr
Lucas, com febre alta, estava totalmente fora de si, mas, em meio ao torpor, sentiu uma leve sensação refrescante em seu corpo. Instintivamente, buscou mais proximidade com essa sensação.Mariana segurava a toalha molhada em suas mãos, que estavam geladas. Lucas, meio inconsciente, agarrou o braço dela, esfregando o rosto contra sua pele fria.Observando seu estado vulnerável, ninguém poderia imaginar que aquele era o poderoso empresário, temido no mundo dos negócios. Naquele momento, masmais parecia um filhote de pássaro buscando proteção no colo de Mariana.Talvez por uma espécie de instinto materno, Mariana levou a mão à cabeça dele e começou a acariciar seus cabelos curtos. O toque era um tanto áspero contra a palma da mão.Se fosse em outra ocasião, jamais teria a oportunidade de tocá-lo assim. Mas agora, sentia-se livre para o explorará-lo sem medo.Conforme continuava, sua mão desceu pelo pescoço dele, até os músculos firmes das costas, apertando suavemente.Os ombros largos de
Mariana jogou a caixa do remédio que ele tomou na noite anterior em sua direção:— Dá uma olhada nisso! E, aliás, você estava vestido, certo? Eu limpei todo o suor que você soltou e ainda tive que tirar sua roupa...Antes que ela terminasse, Lucas já entendeu e interrompeu:— Espera aí!Ele se sentou, e o lençol deslizou, revelando seu peito musculoso. Mas agora, diferente da noite anterior, duas fileiras de marcas de mordida apareciam em seu peito, frescas e visivelmente doloridas.— Vai me explicar isso? — Ele apontou para as marcas.Mariana soltou uma risada sarcástica e levantou a camisa, mostrando as marcas roxas em sua cintura:— Quer competir? Acho que fui até leve demais na mordida!Lucas ficou surpreso.A pele clara dela destacava ainda mais as marcas, parecendo flores vermelhas caídas na neve. Ele engoliu em seco, ainda incrédulo:— Mas você disse que eu estava com febre, não foi?— Sim, mas quem diria que, mesmo com febre, você seria tão… insaciável. — Mariana revirou os olh