ATTICUS.“Como ela está?”, perguntei baixinho no momento em que Valerie fechou a porta. Ela olhou para a porta do quarto de Adriana antes de caminhar pelo corredor até onde eu estava esperando, encostado no corrimão da escada.Suspirando, ela balançou a cabeça. “Não está bem. Ela não está dizendo muita coisa. Ela apenas me disse para ir embora”.“E Zade tentou falar com ela? Ela não desafiaria seu alfa”.Valerie olhou para mim com uma expressão simpática e balançou a cabeça. “Ela também não quer vê-lo agora”.“E desde quando ele escuta alguém?”, franzi a testa.“Desde que ela decidiu não usar nada e disse que seria uma violação de sua privacidade se eu entrasse no seu quarto”, Zade falou friamente.Meus olhos se arregalaram de surpresa e Valerie sorriu levemente. “Quer dizer, funcionou…”, ela disse, balançando a cabeça.“Então estou feliz que você realmente ouviu”, disse, sentindo uma onda de ciúme ao pensar em Zade vendo-a nua.Zade deu de ombros: “Se não houvesse outra opção
“Isso acabou de chegar junto com duas caixas menores”.“Obrigado, isso é para o túmulo de Ada. Vou cuidar deles amanhã, deixe-os no corredor e eu levarei isso”, disse, pegando o grande buquê que pedi para fazerem com uma mistura de flores que achei que combinasse com ela.Zade levantou uma sobrancelha. "Eu disse para confortá-la, não para levá-la para um maldito encontro".“Deixe comigo”. Eu franzi a testa para ele.Isso não era demais, era? Na verdade, não achava que fosse.Valerie sorriu colocando a mão no meu braço. “Faça o que acha que é certo. Adriana tem sorte de ter você”.Eu franzi a testa para Zade enquanto ele mordia uma fatia da pizza que deixei para eles e transferi a de Adriana para uma tábua de madeira.Terminei de preparar, pegando a maior das duas bandejas.“Importa-se de ajudar?”, perguntei a Zade, que engolia a fatia.“Claro, a pizza está bem legal. Você pode ser útil para ela”.Franzi a testa para ele, mas ele pegou a bandeja e Valerie pegou as flores. “Ela
ADRIANA.Meu coração acelerou quando ele sussurrou essa palavra com sua voz sexy e profunda. Não sabia o que estava errado comigo. Num momento estava me afogando em dor e tristeza e no segundo seguinte me sentia entorpecida e vazia. Não sabia como me sentir e apenas queria sentir alguma coisa.Qualquer coisa.Eu me abaixei, pronta para beijá-lo quando ele segurou meu rosto, seu polegar acariciando minha bochecha me segurando firmemente a centímetros de seu rosto.“Para você comer, cuidar de si mesma e me deixar estar ao seu lado”.Bem, chega de me querer.Eu zombei e me afastei dele, sentindo sua rejeição queimar em mim como vergões quentes. Suas reações me confundiam e o lembrete apenas alimentava a raiva que crescia dentro de mim.“Você é um idiota”, murmurei andando até minha mesa, pegando meu quimono de cetim floral azul escuro que estava na cadeira, enrolei-o na cintura e o amarrei.O cheiro da pizza e do parmo estava me deixando com água na boca. Sem falar nos coquetéis…
Não pude deixar de sorrir. “Você é fofo”.Ele inclinou a cabeça, como se não tivesse certeza do que dizer sobre isso.E é também sexy."Bem, coma antes que esfrie".Concordei com a cabeça, pegando uma fatia, observando o queijo quente esticando ao puxá-lo e então dei uma mordida. Fechei os olhos, deixando escapar um gemido de pura felicidade.Merda, essa pizza estava tão boa.“Uau, você mesmo pediu isso? Eu não esperava que conhecesse pizzarias tão boas por aqui”.“Você realmente acha que eu não como pizza?”, ele perguntou, levantando uma sobrancelha, pegou o garfo e colocou um pedaço do frango parmo nele."Realmente não. Mas você também é novo aqui. Tenho certeza de que eu e os meninos já experimentamos todas as pizzarias da região”, disse, dando outra mordida.Eu o vi sorrindo levemente e notei a covinha em sua bochecha e a maneira como seus lábios se curvavam.Peguei um pedaço de parmo com os dedos e mordi.Certo, estava vendida.“Me fala o nome de onde conseguiu esta pi
Coloquei o copo na mesa, meu vestido escorregando do meu ombro. Eu lentamente o deslizei de volta, meu olhar se voltando para Atticus, cujos olhos saltavam para o meu peito, que estava parcialmente à mostra quando meu vestido escorregou.“Ela está em um bom lugar. A morte não é um adeus, é apenas um até logo. Um dia você a verá novamente”, ele disse calmamente, tomando um gole de sua bebida.“Sim...”. Envolvi meus braços em volta dos joelhos, pressionando minha testa contra eles e fechando os olhos, respirei fundo.Por que a morte doía tanto?Eu deveria ter protegido Ada. Acabou tendo uma doença que a deixou tão fraca e indefesa que não conseguiu se recuperar. Não era justo…"Você não queria realizar um funeral para ela?", ele perguntou. “Por que considerou que precisava fazer tudo sozinha?”.Sua voz era suave, virei minha cabeça para olhá-lo.“Por que alguém deveria me ajudar? Ninguém se importaria se Ada está ou não morta, ela não fazia parte...”.Ele colocou um dedo em meus
ADRIANA.“Então, tire tudo”, disse baixinho, querendo desviar o olhar, mas incapaz de fazê-lo.Ele desabotoou os botões e eu lutei contra a vontade de ficar de joelhos e ajudá-lo a arrancá-los... ele tirou a camisa e meu olhar mergulhou para onde eu o havia enfaixado. Ele estava praticamente curado, a ferida ainda estava vermelha, mas estava fechada, de manhã provavelmente estaria bem melhor.Ele com certeza removeu o curativo rapidamente.“Não gostou do seu corpo perfeito coberto com bandagem?”, zombei.Ele levantou uma sobrancelha e jogou a camisa no banco na ponta da minha cama, me esforcei tentando não olhar para seu torso nu.“Quando fui tomar banho percebi que estava me recuperando bem”.Nós dois olhamos para seu ferimento novamente, mas me distraí com seu abdômen perfeito. Havia uma fina trilha de pelos que começava abaixo do umbigo e desaparecia nas calças.“Sim, você está”, disse, tentando não olhar.Mas no momento em que começou a desfivelar seu o cinto com rapidez e
Ada adoraria essas flores também.Meu sorriso desapareceu, aquele vazio retornando. Ela se foi.Eu deveria tomar banho.Vinte minutos depois, saí do chuveiro, sequei meu cabelo com uma toalha antes de enrolá-la em mim e voltar a entrar no meu quarto. Atticus estava acordado agora, sentado, com as costas apoiadas na cabeceira da cama, uma perna apoiada e ele se afastou de onde estava olhando pela janela, seus olhos percorrendo-me.“Bom dia”, ele disse, sua voz soando perigosamente sexy. Por que a voz matinal de um homem era tão gostosa?“Bom dia”, respondi caminhando até minha gaveta e tirando uma calcinha dela. Eu a segurei e minha toalha acabou caindo enquanto pegava um sutiã.Eu ouvi um pequeno ‘humph’ dele."O que?", perguntei sem me virar enquanto colocava meu sutiã."Realmente nada, apenas que você é uma provocação". Ele riu e caminhou na direção do banheiro. Parou na porta, me dando um sorriso antes de desaparecer.Eu levantei uma sobrancelha. Como?Balançando a cabeça,
ADRIANA“Oi, Valerie,” ele diz, beijando sua testa e dando-lhe um pequeno sorriso.Posso dizer que estou com ciúmes dela agora? Da irmã dele? Sim, estou perdendo a cabeça.‘Eu poderia ser seu irmão mais velho e te dar um tapa na cabeça, como irmãos normais fariam. Essa merda não é o padrão.’ A voz zombeteira de Zade é clara, vendo direto através de mim.Eu sorri com isso. ‘Desde que eu possa te dar um tapa de volta.’‘Você pode tentar.’ Ele dá de ombros.Zade tem sido um alfa incrível, e eu não admitiria, mas também um bom irmão mais velho. Alguém em quem eu sempre poderia contar, mesmo quando ele mal falava duas palavras.“Vamos?” Atticus me pergunta.Eu aceno com a cabeça, feliz que nem Zade nem Valerie perguntam para onde estamos indo.Zade dá uma palmadinha nas minhas costas enquanto eu passo, e eu dou a ele um pequeno sorriso.Estou no meio das escadas quando hesito, percebendo que de alguma forma Atticus me levantou quando eu estava tão para baixo. Tão facilmente...Ele está espe