A Luna para mim.Uma novela sobre a história de Atticus e Adriana.ATTICUS.Meu nome é Atticus Payne e sou o alfa da Matilha Whispering Mountain. É uma das mais fortes do mercado, conhecida pela sua localização impressionante e segura. Sou conhecido pelo meu poder, força e claro, pelas minhas festas de Réveillon.Tenho trinta e oito anos, sou solteiro e não estou mais apaixonado pela mulher de outro alfa. No entanto, não estou pronto para enfrentar a mulher a quem a Deusa me uniu. Não porque ela não me atraia, mas porque não consigo entender ou compreender que alguém possa ter sido criado para mim. Que a... atração intensa é mais do que apenas uma atração incrível.É uma atração que não entendo, que eu não poderia imaginar que fosse de tal intensidade, apesar de ter sido informado sobre isso. Não quero que isso me cegue, influenciando minhas decisões.Somos compatíveis? Eu nem tenho certeza. Nossas origens são extremamente diferentes, mas já vi opostos trabalharem juntos de manei
(FLASHBACK – TRÊS MESES ATRÁS – CASAMENTO DE HUGH E SHELBY)O cheiro dela enchia esses corredores como algo que chegava a ser intoxicante. Era o dia do casamento de mamãe e Valerie deixou bem claro que Adriana queria se mudar com a irmã, embora não fosse o ideal, considerando o estado de saúde dela.Por mais que quisesse conversar com Adriana, poder dizer que Ada estaria segura aqui, era muito difícil enfrentá-la. Não sabia como iria reagir quando ficasse cara a cara com ela. Porém, sabia o que estava enfrentando. Estou perdendo minha mãe, e ela, perdendo sua irmã.Ela estava com Ada e ao ver que o caminho estava livre, bati na porta antes de abri-la. Estava parada olhando para a irmã, com os braços em volta de si mesma. A cena mais vulnerável em que provavelmente já a vi.Ela instantaneamente se endireitou, enfiando as mãos nos bolsos de trás, aquele brilho desafiador de volta em seus olhos me lançando um olhar fugaz antes de voltar sua atenção para sua irmã.Mas apesar de sua ati
Fechei a porta do quarto da mamãe, tentando não desmoronar. Este deveria ser um dia especial, que poderia prometer um futuro juntos, mas agora parecia que experimentávamos um sonho fugaz que ambos sabíamos ser impossível acontecer.No momento em que começou a tossir sangue, foi quando realmente percebi que ela não iria melhorar. A estava perdendo... estava perdendo minha mãe, merda. Ela esteve ao meu lado desde o início, nunca me tratou de maneira diferente da de Linette, embora não tivéssemos parentesco de sangue, ela era a minha mãe.Ela sempre dizia que queria me ver sossegado, me repreendia por demorar uma eternidade para escolher uma companheira e dizia que queria ver seus netos. Eu me perguntei o que ela pensaria de Adriana? O que ela teria pensado? Por um breve momento pensei que gostaria de poder apresentá-la, mas qual seria o sentido? Nem estávamos juntos.Andei pelos corredores que agora pareciam extremamente grandes, sentindo um desconforto que me apertava o peito, abri a
ADRIANA."Merda!". Eu gemi ao ser jogada por entre as árvores. Galhos quebraram quando bati neles, estremeci por ter sido incapaz de recuperar o equilíbrio e deslizei através deles, caindo 12 metros abaixo no chão, estava sem fôlego. "Merda…".“Impressionante”, Zade disse enquanto caía no chão a poucos metros de distância. Damien e Valerie apareceram, ambos pálidos e Valerie se aproximou de mim para me examinar."Impressionante?". Eu zombei. "Você me bateu".“Você se saiu bem, você é resiliente e destemida”."E ela está sangrando". Valerie suspirou e me forcei a sentar, cerrando os dentes.Oh, definitivamente tinha quebrado algo."Zade, você pode apenas ser gentil?", Valerie repreendeu.Ele inclinou a cabeça, olhando para ela como se isso fosse óbvio. Ela revirou os olhos em resposta.Eu não sou gentil.Provavelmente foi isso que acabou de dizer a ela, ou algo do tipo, pelo menos.Eles eram um ótimo casal, opostos, mas tão perfeitos um para o outro. Vê-los era um lembrete de
Abri a torneira, inclinando-me sobre a banheira por um segundo. Eu sabia por que tinha pressionado Zade para ser mais duro comigo... Ada.Fechei os olhos, as palavras de Valerie de uma semana atrás ressoando em minha mente.“Me desculpe, Adriana… já tentei de tudo. Você gostaria que a trouxéssemos para cá? Seria bom para vocês passarem algum tempo juntas”.Eram as palavras de um médico quando já não há mais nada que possa ser feito. As palavras de um médico admitindo a derrota.Ela estava morrendo. Minha irmã estava morrendo.Meu lábio tremeu, mas me recusei a deixar minhas emoções tomarem conta de mim. Respirei fundo e me acalmei, levantando-me e ficando de pé. Tirei minhas roupas e voltei para trocar a roupa de cama enquanto a banheira enchia.Não terei família depois que ela se for. Claro, eu tenho a Matilha, mas ninguém que eu possa chamar de meu...Abotoei a capa do edredom, jogando-o de volta na cama antes de voltar ao banheiro e tirar a calcinha, olhando meu reflexo no es
ATTICUS.Tentei não olhar descaradamente para aquele seu pêssego sexy antes que ela se endireitasse e se virasse para mim, sua boca estava cheia, parecia que tinha mordido mais do que poderia mastigar e percebi que era a primeira vez que a via tão... descomposta e muito fofa. Suas bochechas estavam inchadas graças à pizza. Seu cabelo estava molhado e despenteado na frente do rosto e no que consegui ver, seus olhos estavam arregalados.Como simplesmente ver alguém poderia fazer você se sentir mais leve? Eu estava me sentindo cansado no meu laptop momentos atrás, mas agora… estava perfeitamente revigorado.Sorri levemente e fui andando até ela, com uma mão no bolso e com a outra passava os dedos pelos cabelos. De repente ela piscou, virando-se e pegando seu refrigerante. Ela bebeu alguns goles como se estivesse tentando ganhar algum tempo.Dei a ela um momento enquanto andava lentamente ao redor do balcão e a olhei. Seu perfume de lavanda, rosas e manteiga de karité era como uma bris
Voltando para a sala, sentei-me no sofá de frente para as portas de vidro que davam para o quintal da casa da Matilha e coloquei os pés sobre a mesa, cruzando-os na altura do tornozelo antes de pegar meu laptop e voltar ao trabalho.Franzi a testa assim que olhei e vi que a minha tela habitual tinha desaparecido e em seu lugar, havia uma janela preta com as palavras ‘NUNCA DEIXE SEU LAPTOP LIGADO PARA QUE NINGUÉM TENHA ACESSO AOS SEUS DADOS, IDIOTA’, em letras grandes na cor lilás.Adriana.Acho que nunca me chamaram tantas vezes de idiota como ela fazia e isso, no curto período que a conhecia. Estava já fechando meu laptop quando fiz uma pausa e cliquei na tela e percebi que o cursor piscava e as seguintes palavras foram digitadas.‘Usar o Wi-Fi aqui também é arriscado, então isso é prova suficiente de que realmente não tenho nada a esconder’. Apertei o ‘Enter’ e vi outras palavras aparecerem sob a primeira frase, agora com tamanho menor.[Ah, que fofo, na verdade você tem este l
ADRIANA.Meus olhos se arregalaram involuntariamente com sua audácia. Eu não achei que fosse assim, mas claramente ele também poderia ser totalmente desprezível."O que disse, pode repetir?". Eu perguntei, tentando permanecer indiferente. Embora me sentisse extremamente constrangida desde o momento em que o vi olhando para minhas queimaduras e a maneira como parecia irritado ou enojado ou o que quer que fosse, só me fazia sentir ainda pior."Não. Por que eu deveria rejeitar você?”.“Talvez por que eu não me encaixe na sua caixinha linda de idealismo? Ou talvez porque eu não seja o tipo de Luna que sempre quis. Não fui criada como uma dama, como a mulher por quem está loucamente apaixonado. Sou um produto defeituoso, como você notou”. Eu estendi meus braços na minha frente por um momento, permitindo que ele os visse claramente."Espere um minuto, o que está dizendo?". Atticus perguntou com a testa franzida.Balancei a cabeça, recuando. Não queria fazer isso e gostaria de não ter f