ZADE.O comportamento de Valerie mudou e ela se inclinou um pouco mais para mim, com o coração disparado.‘A expressão dele está estranha’, ela murmurou através do link, me beijando sensualmente. Envolvi minhas mãos em torno dela, beijando-a de forma protetora.‘Não estou surpreso. Há mais nele do que aparenta e talvez possamos descobrir hoje quais são exatamente as suas intenções’, falei e me afastei para olhar para o homem cuja expressão estava mais uma vez educada e acolhedora.Mas mesmo um assassino pode sorrir."Então, me fale, como vocês se conheceram?", Cassian perguntou. “Não vou negar que fiquei muito decepcionado quando Valerie comentou que estava acompanhada”.Eu sorri fracamente. “Qualquer um ficaria”, observei. “Nos conhecemos há algum tempo, mas até o destino nos criou um para o outro. Você deve ter ouvido falar do vínculo predestinado de um lobisomem?”.“Sim, mas também sei que é bastante raro”, comentou.Como ele sabia disso, eu não ouvi dizer que era raro. Como
Um silêncio se fez presente ao nosso redor, mas eu os ignorei e mantive meu olhar para frente.Era uma pintura a óleo, mas qualquer quadro pintado à mão exigia a presença e estar perto de algo deixava um perfume. Portanto, tenho certeza de que poderia descobrir a quem pertencia esse quadro se ele estivesse aqui.“Começaremos com cinquenta dólares”.Ninguém falou e eu levantei meu cartão.‘O que está fazendo?’. Valerie perguntou, confusa.‘Espere e veja’, respondi, desenhando círculos em sua coxa sensual. Ah, eu queria transar com ela. Ela parecia tão boa.Hesitante, outra pessoa se juntou, mas éramos apenas um velho e eu. Ninguém mais se atreveu a licitar."Quatrocentos dólares", levantei meu cartão novamente.“Temos quatrocentos e cinquenta dólares?”.Olhei para o homem, que puxou o colarinho, mas não levantou o cartão.“Parabéns, é seu, Sr...”.“Toussaint. Zade Toussaint”, disse em alto e bom tom e outra onda de desconforto se infiltrou pela sala. Todos conheciam o nome, m
VALERIE.As mãos de Zade cobriram meus ouvidos e o barulho estridente e ensurdecedor que chegava até eles, parecia querer despedaçar minha cabeça. Suas mãos diminuíram essa pressão, mas era insuportável, dificultando a respiração.E os seus ouvidos?Virei-me para cobrir seus ouvidos, mas ele balançou a cabeça, com os olhos voltados para a frente. Ele não parecia estar afetado ou era capaz de suportar muito bem.Como?‘Você está bem?’, perguntei através do link mental, meu coração batendo forte.'Sim. Fique alerta. Não estamos sozinhos’, ele disse. Concordei com a cabeça, virando-me para o homem mascarado.Por um momento não o reconheci até que inclinei a cabeça e observei os pequenos detalhes. Tentei prestar atenção naquilo que normalmente alguém não conseguiria esconder, assim como Zade me ensinou a fazer. Para poder analisar as pessoas que conhecia, para que se eu as visse em um ambiente diferente... eu as pudesse reconhecer.E reconheci o homem que estava diante de mim. A l
Bem, estou pronta para fazer o que ele queria que Anthony fizesse. Mas para fazer isso, precisava sair deste corredor.De alguma forma.E rápido.Olhei em volta, tentando avaliar qual das portas poderia usar, já que todas as saídas estavam cercadas por filas de pessoas em pânico enquanto mais tiros eram disparados.“Você pode fazer a fachada que quiser, Owen. Isso não mudará seu destino”.“Que fachada? Todos nós sabemos que é um assassino! Você é um lobisomem entre nós que nem sequer tem chip. Alguém que foi preso por sua própria espécie! Ninguém estará seguro enquanto pessoas como você estiverem por perto. Pelo nosso povo, farei tudo o que for preciso! Estou disposto a protegê-los de você! Então pare de fingir ser um herói!”.Uma risada suave saiu de Zade, uma risada que me fez parar e olhar para ele. "Herói? Quem disse que sou o herói? Não sou Zaia Toussaint, Sebastian King ou Atticus Payne… Não jogo bem. Erre comigo e eu retaliarei…”, sua voz era suave, porém, clara acima de
“É um local que estará lotado. Se algo acontecer, pessoas inocentes poderão se machucar”.Zade inclinou a cabeça olhando para frente, parecendo quase entediado. "Tudo bem. Plano A, Plano B, vou ter isso em mente…, mas se decidir que não são ideais, irei para o plano C”.“Não temos um plano C”, disse Zaia.“Sim, mas eu tenho”, respondeu Zade.“Zade, o que está pensando em fazer?”, ela perguntou, preocupada."Você descobrirá. Passaram-se semanas e o governo se recusou a fazer uma reunião para tratar de todos os assassinatos e destas fichas. Eles não se importam. Os militares foram vistos em torno dos territórios da sua matilha. Você realmente vai arriscar?”.“Não temos outra escolha”, murmurou Atticus, franzindo a testa profundamente."Errado. Você não, mas eu sim, merda!”.(FIM DO FLASHBACK)Isso foi tudo o que ele disse antes de encerrar a videochamada e apenas me informou que se chegasse a falar sobre o plano C, pediria o deveria ser feito… confiei nele, acreditando que dessa
VALERIE.No momento em que olhei, percebi que lá fora estava repleto de homens uniformizados, com armas nas mãos. Por que eles chamariam o exército? Quando não fizemos nada de errado? Você não precisaria de militares para lidar com dois lobisomens... bem, talvez precisasse se eles fossem poderosos, mas tudo isso parecia muito conveniente.Como conseguiram convocar tantas pessoas para este local? Quer dizer, estamos em uma pequena cidade no meio do nada com uma pequena e única delegacia de polícia!Estreitei meus olhos, tudo tinha sido planejado... tenho certeza... me abaixando, tirei meu telefone de onde o coloquei no vestido, mas não tinha sinal. Coloquei-o no modo avião, não querendo que ele tocasse e alertasse alguém se conseguisse conexão quando saísse.Bem, estava indo para fora, independentemente do que eles queiram.‘Alguém pode me ouvir? Anthony?’, franzi a testa tentando fazer a ligação mental.‘Ainda nada’, a voz profunda de Zade veio até mim. Ele parecia um pouco sem f
“Na verdade, pessoas como vocês não merecem viver entre nós, de qualquer maneira. E você, deveria de estar morta há muito tempo, Valerie Scott”, zombou o homem. “Você fez algo com um de nossos amigos quando ele foi visitá-la, não foi?”. Um dos homens falou debochando e dando um passo à frente.Minha raiva borbulhava dentro de mim, me perguntando se alguns desses homens eram aqueles que invadiram meu apartamento. “Você quer dizer o homem que me drogou e tentou me estuprar?”, perguntei, com a voz trêmula, mas não de medo, como eles poderiam estar se confundindo.“Isso foi para ensiná-la uma lição. Nenhum de nós gostaria de transar com uma cadela por prazer. Entendeu, vadia? Ele apenas queria mostrar o seu lugar, vadia!”. O homem jogou a cabeça para trás rindo e meus olhos brilharam.“Vadia é algo perfeito para ela! Sim, porque ela é uma...”.Um rosnado ameaçador rasgou o céu, um que nem eu reconheci. Meus olhos brilharam e levei um segundo para perceber que vinha de mim.“Somos pess
ZADE.Assim que soube que Valerie saiu deste salão, acabei com os homens que estavam me atacando. Eu estava apenas me segurando para que ela tivesse a chance de ir embora.Peguei uma das pequenas adagas que escondi e corri em direção a Cassian, ele se abaixou, disparando alguns tiros. Eu me esquivei deles, pulando para o lado, quase sorrindo enquanto jogava a pequena adaga nele com força total. Observei-a penetrar em sua orelha e respingar sangue.Ele uivava de dor e eu sorri.Acho que esse fone de ouvido não funcionará mais.Ele soltou um grito de dor cambaleando para trás e puxou a adaga, deixando-a cair no chão, vi quando o pedaço preto de plástico caiu.“Como essa merda de som não o está incomodando?”, ele sibilou, enquanto os militares tentavam acalmar as pessoas aglomeradas na entrada, mas os que estavam de preto exigiam que fossem revistadas antes de saírem.Eles revistavam todos em busca de algum lobisomem que estivesse tentando fugir do grupo. Alguns foram encontrados c