ZAIA. "Você está bem?". Sebastian perguntou enquanto me sentava cuidadosamente no sofá. Concordei com a cabeça quando ele se sentou ao meu lado, sua mão indo para minhas costas, e por um momento pensei que fosse me beijar, mas ele recuou. Estávamos na sala e as crianças entretidas montando o tabuleiro do jogo Banco Imobiliário, lindas com seus suéteres de Natal.Já passava das três da tarde e depois do nosso sexo matinal, tomamos banho e enquanto Sebastian trocava a roupa de cama eu me vestia, tentando cobrir as muitas marcas que não haviam desaparecido. Não pude deixar de sorrir, minhas bochechas queimavam ao me lembrar da noite passada.Reprimi um bocejo e Xander olhou para cima. “Mamãe, você dormiu demais hoje. Por que está bocejando? Você não quer brincar?”. “Claro que quero jogar”, disse suavemente. “É inverno e por isso estou com mais sono”, acrescentei, olhando para as peças que sobraram e me acomodando no braço do sofá.Ele não pareceu estar convencido e não deixei
TRÊS SEMANAS DEPOIS. SEBASTIAN. A vida tem sido ótima. Passamos o Ano Novo nas montanhas e foi o momento perfeito para conversarmos sobre tudo e aproveitar esse tempo a sós. Simplesmente compensando o tempo perdido. Foi memorável e houve tempo de sobra para simplesmente desfrutar da companhia um do outro e de nossos filhos, com tempo ainda para fazermos amor.Eu nunca me cansava dela, e em cada beijo, em cada sorriso, sentia que me apaixonava ainda mais por ela, algo que nem pensei ser possível. Voltamos assim que o trabalho de Zaia foi concluído, demorou um pouco para acomodá-la em nossa nova casa. Sem falar nas crianças que levaram tudo.Estava ansioso para ter meus filhotes constantemente na mansão que construí do zero para nossa família, na esperança de um dia tê-la aqui ao meu lado, sem ter mais dias de silêncio. Era incrível ver as pias duplas do quarto principal sendo usadas todas as manhãs, ver os produtos de beleza dela no balcão ao lado do meu e aproveitar o grand
VALERIE. A vida mudou muito e com o tempo a dor se tornou suportável. Perdi o homem que amava, mas ainda estava ligada ao homem que o matou. Um homem que de alguma forma sempre me deixava curiosa sobre o que se passava em sua mente. Já se passaram cinco anos, mas ele não pronunciou uma única palavra, quase como se tivesse feito um voto de silêncio.Cara tinha sido exilada da matilha quando sua sentença terminou, assim como Annalise, mas Zade? Ele ainda permanecia na prisão... sua sentença seria cumprida quando eu a considerasse cumprida. Uma decisão que Sebastian resolveu deixar para mim, já que ele queria apenas despedaçá-lo. Isso estava em minha mente, mas apesar de não ter pressão de ninguém, não sabia exatamente o que fazer…Pedi a Zaia para tomar a decisão, ou mesmo a Sebastian, mas ambos disseram que a decisão seria minha e persistiram nisso. Ninguém sabia desse fato, mas… saber que isso estava em minhas mãos, me deixava em conflito. No fundo, sentia que ele tinha cumpr
ZAIA. “Zaia, Shelby estava perguntando se gostaria de passar o próximo fim de semana na nossa casa. Será o aniversário dela e vamos dar uma festinha em família”. Papai perguntou, me fazendo sorrir. Nunca o vi tão feliz como estava agora, nem com mamãe, nem com Annette. Shelby era uma boa mulher e claramente o fazia feliz. Mesmo agora ela o olhava com admiração, a mão entrelaçada na dele.“Acho que adoraríamos isso”, disse, respondendo por Sebastian também. ‘Vamos?’, ele comentou. 'Sim’."Isso é excelente. Estou tão feliz que concordou! Acho que será ótimo ter todos vocês, filhos, juntos”. Shelby disse com um sorriso feliz. “Será ótimo passar um final de semana na mesma casa que o Atticus, parece que será muito divertido”, disse Sebastian sarcasticamente. ‘Você sobreviverá’. Eu respondi.“Não consigo pensar em nada melhor do que passar um final de semana com Sebastian”, disse Atticus com um sorriso, quase como se soubesse o que Sebastian estava pensando. “Tenho certeza
A surpresa passou por seu rosto e ele olhou entre nós. "Eu?". “Não, estávamos conversando com o fantasma ao seu lado”, disse Sebastian sarcasticamente.“Ah, não, quero dizer, não me importo, mas eu… vocês têm certeza de que querem alguém invadindo sua casa?”, ele perguntou incerto. Isso era bem um não sem evidência e força. “Acho que sua ajuda também seria útil”, disse com um sorriso, sabendo que isso o faria se sentir melhor.“Sim, você será bom como babá”, comentou Sebastian. Aran estava prestes a contra-atacar antes de sorrir levemente e suspirar. “Bem, não acho que seja uma má ideia. Talvez eu aceite”. "Ótimo!". Falei me libertando do aperto de Sebastian e abraçando Aran, surpreendendo-o.Ele logo relaxou e me abraçou de volta. “Obrigado, Zaia… Obrigado, Sebastian, vai ser bom ter as crianças por perto”, ele disse, com os olhos suaves, apesar do tom enérgico. Mas nós dois o conhecemos melhor do que isso. Além desse exterior duro, existia um homem que se preocupava
O Alfa em mim. (Ocorre algumas semanas após o epílogo do livro anterior).Prólogo. ZADE.O barulho das dobradiças quando a porta foi aberta estava alto no silêncio frio de minha cela. Uma cela que continha três portas antes de chegar à porta da minha cela, quase como se temessem o que poderia fazer se escapasse. Era o único aqui... isolado do resto dos criminosos.Se eu quisesse, não teria me rendido no começo… Naquela noite fatídica, percebi que embora a Deusa possa ter criado todos nós, ela já havia escolhido a dedo os vencedores. Afinal, eu não estava planejando desistir... a morte não seria melhor do que o fracasso?Mas naquela noite, toda a minha vida girou em torno de seu eixo. Ela estava lá. Alguém que eu nunca pensei que estivesse nas minhas cartas.A Deusa adorava brincar comigo e continuava a fazê-lo. Mesmo agora, nesta cela sem janelas, ela provavelmente estava rindo de mim e sou um tolo em pensar que tudo isso poderia significar algo. Durante anos me d
Por quê? Claramente o que vinha dela me fazia bem e eu não era nada além de sua ruína. Ela congelou, seus grandes olhos estavam cheios de dor e angústia antes de se transformar. Ela choramingou baixinho, mas não se deixou abalar, mudando para sua forma de lobo, lançando-se sobre mim cheia de vingança.Estava pronto. Afinal, ela não era tão rápida. Era isso… Espero que esteja feliz, Selene.Este será o meu fim… "Pare!". Virei-me bruscamente ao ouvir a voz da criança, aquela que Gerard e Lawrence queriam. Era ele, o ponto do poder da Triqueta final.Minha companheira caiu no chão, recuando rapidamente, com o coração batendo forte. “Pare, mamãe! Pare, papai! Parem todos! Vocês não entenderam? Precisam parar de lutar!”. Zion falou, dando um tapa na testa enquanto olhava para mim, eu o observava e nossos olhos se encontraram, odiei por ele estar ali. “Temos que parar!”.“Nunca, garoto”. Eu zombei. “Eu não vou parar! Ele matou Jai!”. Sebastian rosnou. Sim, você nunca fo
Dezessete meses depois… VALERIE. “E esta é a cozinha. Tem micro-ondas e fogão, mas precisará comprar a geladeira”. O proprietário falava, enfiando as mãos musculosas nos bolsos da calça.Respirei fundo olhando ao redor do apartamento de um quarto que iria alugar pelos próximos doze meses. "Parece bom. Tenho uma geladeira que chegará amanhã”. Respondi, dando-lhe um pequeno sorriso.Ele balançou a cabeça, pegando um guardanapo bastante manchado e enxugando o suor da testa. “Bom, bom, agora sobre os pagamentos…”. Ele foi repassando as questões jurídicas e não prestei muita atenção, pois já tinha verificado o contrato e inclusive havia feito o depósito do aluguel, fiz tudo online.“Sim, Sr. Frank. Tudo bem, eu o pagarei no primeiro dia de cada mês e garanto que não haverá atrasos”. “Bom, bom… e ouvi dizer que trabalhará no hospital. Seus documentos diziam que é enfermeira?”, ele coçou a cabeça, tentando se lembrar. "Sou médica, e sim, irei trabalhar no Hospital Neverson”. Eu