ZAIA. Coloquei minha jaqueta, olhando para a cama desfeita. Sebastian já tinha saído e eu já estava pronta para começar meu dia e ir até a matilha de meu pai. Desde que acordei estava me sentindo desconfortável. Sabia que algo não estava certo na matilha do meu pai e, embora tenha tomado todas as precauções possíveis, ainda me sentia nervosa.Estaria perdendo algo vital? Apressei-me em uma reunião com o Sr. Harrison. A situação atual estava realmente sendo bem exaustiva, mas não poderia me dar ao luxo de perder o negócio com ele. Enviei uma mensagem para meu pai dizendo que estaria lá ao meio-dia, embora planejasse chegar mais cedo.Também deixei uma mensagem para Sebastian avisando-o de meus planos, já que o seu telefone estava desligado. “Tudo bem, pessoal, estou indo”, disse, enfiando a cabeça pela porta do quarto de Jai. As crianças brincavam no tapete e Valerie estava sentada na cama ao lado de Jai, e claramente, estavam no meio de uma conversa.Algo tinha mudado entr
Mantive meu ritmo constante enquanto caminhava lentamente até as portas para destrancá-las com minha chave, colocando primeiro as sacolas no chão e mantendo a mão no quadril, bem como nossa governanta fazia há anos. Se alguém estivesse me observando ou houvesse câmeras no caminho, não poderia levantar nenhum tipo de suspeita.Quase dentro…O lugar era fortemente vigiado por fora, mas a partir do momento que entrei, tudo ficaria bem. Estava extremamente silencioso, coloquei as sacolas no armário de casacos antes de começar a procurar mamãe pela casa. Eu sabia que a equipe entrava e saía, mas, pelo que fui informada, ela tinha se recusado a sair de casa desde que nos desentendemos.Se pensou que isso me faria voltar, ela estava errada. Não poderia perdoá-la por todas as suas mentiras. Sim, eu a amava, afinal, ela era minha mãe. Havia um silêncio total, o que significava que nem mesmo o pessoal estava aqui..., mas eu teria sido avisada se mamãe tivesse saído de casa. Não ouvi nada,
Levantei-me e tirei as várias camadas das roupas que vestia, preparando a arma que havia levado, caso fosse necessário, eu a usaria. Precisava tirar mamãe daqui, mas não confiava em usar meu telefone sem saber para quem poderia ligar. Quem estaria perto o suficiente para vir em meu auxílio? A estranha mensagem de papai agora estava me deixando preocupada com ele. E se eles o pegaram também?“Mãe, acalme-se. Diga-me, meu irmão Zade, ele faz parte do Sable… como ele é?”. Eu perguntei, colocando gentilmente seu cabelo para trás. Ela estremeceu e senti um emaranhado de sangue. Como eles puderam fazer isso? “Cabelos ruivos, olhos cinzentos, mas um olho é diferente”. Ela falou, seus olhos se arregalando de horror.Eu concordei. “E quem mais, você sabe de mais alguém que possa me contar? Quem fez isto?", perguntei gentilmente, sabendo que ela não poderia falar quem nos atacou quando éramos recém-nascidos. Ela ficou tensa. “Foi Zade... ele fez isso...”. Ela fechou os olhos e outra
ZAIA. Olhei para minha arma na cama e tentei manter meu coração firme, a peguei e girei, balançando-a na direção da pessoa que se aproximou de mim. Era um homem. Ele era alto e claramente tinha uma boa estrutura física, vestindo calça de moletom preta e um moletom com capuz. Foi tudo que consegui ver quando um rosnado baixo escapou dele e fui empurrada para trás com imensa força.Cegamente, puxei o gatilho da arma. O som foi alto quando a bala atingiu o teto. O homem rapidamente estava sobre mim, com o joelho na minha barriga me jogou na cama, agarrou meu cabelo e bateu no meu rosto. Eu o chutei e tentei me levantar, mas ele me deu um forte soco e senti o gosto de sangue na boca, continuei a lutar e para me libertar dele, rolei para fora da cama, caindo no chão acarpetado. Ele era forte.Tudo estava acontecendo tão rápido e pela maneira como ele se movimentava, sabia que não era novato nisso. Ele usava um boné de beisebol que cobria seus olhos e, embora eu tentasse vê-lo, n
ZAIA. "Pai!", eu gritei. “O que diabos está fazendo na minha casa? Sem nem bater!”. Parei ao ficar cara a cara com Annette. Ela estava segurando uma xícara de chá na mão e parecia chocada ao me ver."Onde está meu pai?". Eu perguntei. Ela franziu a testa. “Seu pai está viajando a negócios nos últimos dias”. Ao ouvir os gritos lá embaixo, ela correu para a varanda. “Quem você trouxe para minha casa?”. Alguns guardas subiram correndo as escadas e eu a observei, sem confiar nela.A… “Procure por toda casa, não deixe nenhum espaço de fora”. Fui até Annette e estendi minha mão. "Me passe seu telefone". Ela franziu a testa, mas o tirou do bolso e hesitante, me entregou. “Quando foi a última vez que falou com o pai?”. Eu perguntei.“No dia em que ele foi embora… por quê?”, ela perguntou, seu rosto empalidecendo ao olhar para meu pescoço e certamente viu sangue que escorria por ele. “O que está acontecendo, Zaia?”. "Falei com papai ontem à noite... preciso encontrá-lo... de
"Qual número?". Eu perguntei, agora franzindo a testa. “Ele nunca… Oh, Deusa, eu disse para ele passar o número pessoalmente a você! Ele queria ver as crianças antes da viagem de negócios! Será que esse número ainda será válido, deu tanto trabalho consegui-lo! Então, ele não foi até sua matilha…”.A compreensão surgiu sobre ela, deixando-a nervosa. Tudo estava dando errado! "Qual número?". Eu perguntei.“Vou buscá-lo”, ela disse e foi correndo para seu quarto. Não confiava nela, então a segui e a vi vasculhar atentamente a gaveta da penteadeira antes de pegar um cartão. "Aqui. É um deles”. Ela sussurrou como se alguém pudesse ouvi-la. Eu disquei o número e ele chamou. Eu me perguntei se ela realmente tinha conseguido encontrar alguma coisa!Alguém atendeu a ligação após alguns toques, mas não falou. “Tenho certeza de que pode me ouvir”. Eu comecei. “Zaia, que bom ouvir sua linda voz novamente”.Meu estômago revirou e meus olhos brilharam, reconhecendo aquela voz. “Gerar
ZAIA. Por favor, diga que isso é mentira... Suas palavras ao telefone ecoavam em minha mente, fazendo todo o resto desaparecer. “Zaia!”. O grito distante de Annette disparou em minha mente e caí de joelhos, quebrada.Sebastian tinha me deixado. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e apertei meu peito. A dor que sentia era muito pior do que qualquer coisa que já senti na vida. Muito mais doloroso do que quando ele me rejeitou anos atrás. Doía tanto... meu batimento cardíaco zumbia em meu ouvido, junto com o som estridente de um assobio e minha cabeça parecia que ia explodir.Não conseguia respirar. Sebastian… "Por que!". Eu gritei enquanto olhava para frente, sem ver.Flashes de nossos momentos juntos inundaram minha mente, mas apenas conseguia me concentrar nele. Os sinais estavam o tempo todo ali, a maneira como ele estava se comportando... há quanto tempo ele planejava fazer isso? Achei que éramos uma equipe. Eu disse a ele que precisava dele. Por quê?Nada seria ap
Eu me virei, percebi que meus olhos ardiam, olhei pela janela aberta para a lua que brilhava no céu. Nada poderia consertar isso… Eles entraram, Atticus deixou a porta entreaberta, murmurando algo sobre as crianças estarem dormindo. Ele se sentou no chão ao lado da cama, esticando as pernas, mas sabia que estava preocupado.Esta noite… não consegui esconder minhas emoções de ninguém. Até meus bebês. Eu sou uma mãe horrível. Não posso nem dar a eles a melhor vida que mereciam e Sebastian... eu não fui boa o suficiente para ele... Jai estava sentado ao meu lado, envolvendo-me nos braços, mas não queria que ninguém me tocasse. Eu só queria ficar sozinha.O cansaço que sentia me escoriava por dentro, no entanto, recusava a me deixar cair em um abismo sem fim de dor e destruição. “Vamos, onde está aquele sorriso lindo que nos derrete quando vemos?”. Jai disse, enxugando minhas lágrimas. Eu não respondi e Valerie riu suavemente. “Está se escondendo um pouco, mas logo aparecerá.