“Certo, até que isso tudo acabe, moraremos juntos na minha casa, por ser mais segura. Um lugar onde nem mesmo os guardas e meus pais têm acesso”. Sebastian nos disse, olhando para Zaia. Seu coração bateu forte e acho que isso respondeu à minha pergunta.Posso dizer pela louca atração que percebo entre eles, que se desejam muito, no entanto, não tenho ideia de como e onde eles estavam em seu relacionamento. Quero dizer, sabia que estávamos voltando para sua casa, mas eles realmente resolveram seus problemas?“Eu sei”, disse Zaia. “Val, estará segura conosco. Eu prometo que ninguém vai te machucar”. Ela apertou minha mão e senti aquele toque de poder percorrer meu corpo. Desde que ela e Atticus me tocaram e aquele triângulo se formou, sinto uma onda de poder passar por mim toda vez que Zaia me toca. É um pouco como uma corrente elétrica e, também a recebi de Atticus. Era quase como se houvesse um fio energizado nos conectando de alguma forma.“Eu confio em você”, respondi a ela,
ZAIA.Entramos no estacionamento subterrâneo quando, de repente, senti uma intensa onda de emoções me atingir, tristeza, desespero… desesperança? O que seria isso? Olhei ao redor do estacionamento escuro. As luzes estavam acesas e tudo estava em seu devido lugar.Que estranho… Olhei para Sebastian. Ele era o mesmo de sempre, olhos azuis penetrantes em mim, cabelo escuro penteado para trás e aquele queixo sensual... Eu desviei o olhar. Por que me sentia assim?“Entre”, disse Sebastian e parou no carro à sua frente. “Ou gostaria que eu a levantasse? Eu poderia, desde que esteja disposta a me recompensar mais tarde”. Dei uma olhada nele, mas seu humor de alguma forma me deixava à vontade. Meus nervos estavam tomando conta de mim. Depois de todos esses anos, enfrentaria a família de Sebastian novamente.Havia uma sensação estranha no ar e senti que algo estava por vir. “Zaia?”. Balancei a cabeça e olhei para cima de repente, respirando fundo. "Você está bem?". Ele estava
Estávamos em silêncio durante o trajeto. A casa segura ficava na parte arborizada do território da matilha, então levamos uns bons quinze minutos para chegar à minha antiga casa... Quando os portões da mansão que nunca pensei que veria novamente apareceram diante de mim, senti a nostalgia me atingir com força. Memórias de nós aqui preencheram minha mente e meu coração apertou.Memórias boas, ruins, tristes… “Não deixe que nada do que eles possam falar afete você, certo?”, ele falou baixinho. Estendendo a mão, ele me soltou e me forçou a olhar para ele. “Zaia, o que há de errado?”. “Apenas me sinto desconfortável”, admiti, seu olhar suavizou um pouco antes de me puxar para perto."Não fique assim, estarei bem ao seu lado. Entendido?". Concordei com a cabeça, prestes a me virar quando ele me forçou a olhar para ele novamente, seus olhos estavam brilhando. “Zaia...”. Sua voz era profunda e rouca e meu estômago deu uma reviravolta."Hum?", perguntei. “Conseguimos isso...”
“Você irá conhecê-los, mas não agora”, Sebastian respondeu. “Temos muito para discutir antes, e preciso saber se você teria mais informações sobre certos assuntos”. Olhei para o pai dele, que simplesmente continuou trabalhando em seu computador e imaginei se deveria ir até ele ou não... Decidi fazer isso e atravessei a sala. "Senhor King, é bom vê-lo depois de tanto tempo. Peço desculpas por aborrecê-lo e por qualquer dor que tenha causado”. Eu disse e oferecei minha mão.Ele fez uma pausa, seus olhos azuis penetrantes que eram mais opacos do que o olhar de Sebastian, pousaram nos meus e ele levantou uma sobrancelha, me lembrando muito seu filho. “Você precisará ganhar minha aceitação. Afinal, é a razão pela qual nossa família foi destruída...”. "Isso não é verdade. Fui eu quem a traiu. Fui eu quem a machucou e a rejeitou. Você sabe disso. Ela não teve nada a ver com isso”. Sebastian disse bruscamente.Eu olhei para ele e murmurei 'Eu posso lidar com isso', mas ele não aceitou.
ZAIA.Meu coração bateu forte quando os King se voltaram para o homem e o que primeiro percebi foi a mudança na atitude de Aran. Ele engoliu em seco, olhando para Sebastian e depois para Agatha, quase inquieto. A raiva que estava estampada em seu rosto segundos atrás, havia desaparecido. “Gerard… você está aqui…”. Agatha parecia atordoada enquanto olhava para Aran, que estava sem emoção, e depois, voltou sua atenção para o homem.Gerard sorriu levemente e olhou entre os dois. “Achei que seria bem-vindo a qualquer momento, mas talvez agora não seja o momento adequado?”, ele perguntou levemente, enfiando a mão no bolso e seus olhos penetrantes passaram entre Aran e Sebastian e depois se voltaram para mim.Meu coração disparou e me senti desconfortável. Este homem parecia ter quarenta e poucos anos, talvez próximo dos cinquenta anos. E o que mais me impressionou era que ele estranhamente me lembrava Sebastian em mais aspectos do que apenas pelos seus olhos.Instintivamente, ag
Eu queria respostas dele, mas estava feliz que a discussão que estava prestes a acontecer tenha sido disseminada por enquanto. “Pai, posso falar com você em particular?”. Sebastian perguntou friamente. Talvez eu tenha falado cedo demais!“Temos convidados, Sebastian”, Aran respondeu, cerrando a mandíbula. “Oh, não se detenham por mim, e eu não me consideraria um convidado..., mas como você quiser”, disse Gerard. "Ou... talvez enquanto vocês dois têm sua... conversa, talvez Zaia possa me fazer companhia?". Sebastian franziu a testa, pronto para responder, quando coloquei minha mão em seu braço. “Acho que isso seria ótimo”. Olhei para Sebastian, que estava franzindo a testa, estendi minha mão a ele e beijei seus lábios suavemente.Nossos olhos se encontraram e desejei muito que desta vez ele pudesse me ler. Ficarei bem. “Vá”, eu disse calmamente.Sebastian acenou com a cabeça, olhando para Gerard antes de olhar para seu pai e apontar a cabeça em direção à porta. “Vamos,
SEBASTIAN. O som do meu coração batendo forte em meus ouvidos era tudo que conseguia ouvir enquanto aquelas palavras ressoavam em minha mente. Eu não era filho dele? Como isso seria possível? Pareço mais com ele do que com a mãe... ainda que não queira admitir, era a verdade."O que você quer dizer com não sou seu filho?", perguntei baixinho, mas meu choque transparecia em minha voz. “Ele não quis dizer isso, Sebastian. Aran, por favor, não faça isso”, mamãe implorava a ele, claramente havia dor em seus olhos."Não! Por que eu não deveria? Sua arrogância e sua atitude não são algo que tolerarei. Não mais". Papai disse friamente. “Agora você tem a verdade! Não quero um homem inútil que...”. “Eu sou um Alfa. Quer você queira admitir ou não, você sabe que tenho a aura de um alfa. Quem é meu pai, então?”. Eu perguntei bruscamente. Mamãe agarrou minha manga. “Sebastian, seu pai é seu pai...”.“Quero saber quem é meu pai biológico, mãe”, rosnei, tentando controlar minha raiva.
O que havia de errado com ela? “Estou bem, só estou com dor de garganta”. Sua voz estava rouca e dei a ela um lenço de papel para se limpar. "Obrigada". Ela limpou a boca olhando entre nós. “Ele precisa da verdade, Aran, por mim…”, ela sussurrou.Onde momentos atrás ele não era nada além de arrogante, sua preocupação com mamãe superou seus próprios sentimentos. Pelo menos eu soube que ele se importava com ela, já que não se preocupava comigo. Mas até eu me senti desconfortável, tossir sangue não era nada normal…Papai se sentou novamente, olhando pela janela e mamãe suspirou e se sentou em frente a ele. “A questão Toussaint sempre foi entre seu pai odiar Hugh... e Melanie... me odiar”, disse ela, sorrindo amargamente. "E por que?", me sentei no último lugar da sala, de frente para mamãe.Eu me perguntava se Zaia estaria bem. Olhei para a porta antes de olhar para mamãe. “Annette Toussaint é a predestinada do seu pai”.Meus olhos se arregalaram e a olhei com surpresa.